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Déficit público, dívida pública e crescimento econômico: uma análise do período pós-realTormin, Sérgio 20 May 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-05-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this study is to analyze according to the Keynesian approach
the relationship between deficit public, the growth of the public debt, and its
implications of the economic activity. The stabilization of the Brazilian economy was
followed by deterioration of public finance which the outcome was a severe fiscal
disequilibrium and a rise of tax that is not compatible with sustainable economic
growth. During the analyzed period, the government through central bank raised
interest rate in order to avoid speculation attack against real, in order to limit the
devaluation of real, avoiding the so called cost inflation, in order to attract capital
inflows to finance the balance of payment, in order to control inflation by reducing
consumer expenditure, and the investment expenditure as a result decreasing
aggregate demand. The interest rate determined by central bank s reaction raising
the finance cost to the government who is the big debtor. This economic policy of
high interest rate does not estipulate the economic growth. Besides the maintenance
of high interest rate generates volatilities on fiscal budget weakening the government
policies against crisis. As government faces difficult time that obligates to raise
interest rate the impact on public account is immediately validating the expectation of
higher debt since important size of debt relies on the interest rate (Selic), due to
maturity shortens and concentration of debt payments. Therefore, the higher the cost
of debt on public deficit leads to a smaller impact on aggregate demand and
correspond to an increase in the ratio of public debt to gdp, since a good portion of
Brazil s debt is denominated in interest rate, representing a source of uncertainty to
the economic players which demand a higher risk premium to hold public bonds. In a
fiscal policy regime that keeps constant the level of the primary surplus, a financial
shock may put the debt ratio along an unstable path and the economy may fall in a
bad equilibrium which a negative impact on employment and economic activity / O objetivo deste trabalho é analisar, sob uma perspectiva keynesiana, a interrelação
entre o déficit público, o crescimento da dívida pública e seus reflexos na
atividade econômica. A estabilização da economia brasileira foi marcada por um
agravamento das finanças públicas cujas conseqüências foram um desequilíbrio
fiscal crônico e um aumento da carga tributária incompatível com o crescimento
sustentável. Ao longo do período analisado, o governo, via BACEN, elevou as taxas
de juros, ora para evitar o ataque especulativo contra o real, ora para limitar a
desvalorização do real, evitando a inflação de custo, ora para atrair capital externo
para financiar o saldo em conta corrente da balança de pagamento e ora para
combater a inflação, reduzindo o consumo e o investimento e, conseqüentemente, a
demanda agregada. A taxa de juros determinada pelo BACEN implica um custo
financeiro para o governo, que é o grande devedor. Esta política de juros altos não
incentiva o crescimento econômico e torna as contas públicas mais vulneráveis às
crises. Caso o governo venha a enfrentar uma dificuldade conjuntural que o obrigue
a elevar os juros, o impacto nas contas públicas é imediato, devido à indexação dos
títulos públicos à taxa de juros, ao encurtamento dos prazos da dívida e à
concentração de vencimentos em poucos dias. Nesse sentido, quanto maior a
composição financeira do déficit público, menor será o seu efeito na demanda
agregada e maior seu impacto na dívida pública interna, representando uma fonte de
incerteza para os agentes econômicos, que passam a demandar um prêmio de risco
maior para carregar os papéis do governo, com reflexo negativo para o emprego e
atividade econômica
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