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Morcegos em paisagens fragmentadas na Amazônia : uma abordagem em múltiplas escalasMartins, Ana Carolina Moreira 06 September 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-11-08T16:38:57Z
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2016_AnaCarolinaMoreiraMartins.pdf: 67463150 bytes, checksum: 40180dbaa9ff2ff477550e027b371a44 (MD5) / A degradação de florestas tropicais tem reduzido o percentual de habitat de qualidade, criando paisagens fragmentadas e desmatadas. Estas alterações na paisagem causam muitos ajustes na distribuição, abundância e capacidade de cada espécie de persistir em uma determinada área. Devido aos vários serviços ecossistêmicos desempenhados pelos morcegos como dispersores de sementes, polinizadores e predadores, estes animais contribuem para o funcionamento dos ecossistemas florestais. Neste contexto, é importante entender como estes prestadores de serviços ecossistêmicos reagem às alterações antrópicas, em diversas escalas de análise, sejam elas espaciais (variáveis locais como estrutura da vegetação ou de paisagem), temporais (efeito da sazonalidade) ou em níveis ecológicos (populações, métricas de comunidade, diversidades filogenética e taxonômica). Para isso, morcegos foram coletados em 24 sítios florestados de 2013 a 2014 (amostragens de 6 horas/noite, 12 redes de neblina [12 x 2,6 m], 4 noites/sítio [durante estações seca e chuvosa], esforço amostral de 8640 m2.h/sitio). A área de estudo consiste de uma paisagem fragmentada de 100 km2 no município de Alta Floresta, norte do estado do Mato Grosso, Brasil. A paisagem compreende quatro classes de uso do solo: floresta (habitat), matriz (tipicamente pastagem), vegetação arbustiva e vegetação secundária. A estrutura da paisagem foi quantificada (tamanho do fragmento; quantidade de floresta; características do habitat, da matriz, ou de toda a paisagem), assim como a estrutura da vegetação (densidade, altura e área basal das árvores, densidade de sub-bosque e abertura de dossel). No capítulo 1, o objetivo foi compreender como a diversidade e as populações de morcegos (14 espécies mais abundantes) são afetadas por variações na estrutura da vegetação em florestas fragmentadas. O modelo para abundância total, diversidade taxonômica (diversidade de espécies e dominância) e diversidade filogenética foram significativos, apresentando relação positiva com a altura e área basal das árvores, e relação negativa com a abertura de dossel. Em nível populacional, a abundância dos frugívoros (Carollia perspicillata, Rhinophylla pumilio, Artibeus planirostris, A. obscurus, A. lituratus, Uroderma bilobatum) e nectarivoros (Lonchopylla thomasi, Glossophaga soricina) foi relacionada à estrutura da vegetação. Alguns frugívoros de sub-bosque exibiram relações negativas com altura das árvores, optando por florestas mais jovens, enquanto alguns frugívoros de dossel preferiram florestas com dossel fechado. Dos nectarívoros, L. thomasi foi mais abundante em florestas mais maduras (relação negativa com densidade de árvores), enquanto G. soricina foi mais abundante em áreas com dossel mais aberto e reduzidas áreas basais (i.e., florestas em estágio sucessional inicial). Consequentemente, órgãos governamentais deveriam continuar a priorizar a conectividade florestal e tamanhos de fragmentos, mas também deveriam considerar idade e estrutura das florestas locais. Em geral, áreas protegidas com grandes árvores e dosséis fechados aumentam a persistência de polinizadores e dispersores de semente. No capítulo 2, aumentamos a escala de análise espacial, procurando entender como as populações dos morcegos são afetadas pela fragmentação da paisagem. As respostas às características da paisagem foram detectadas para as populações das 14 espécies mais abundantes e representativas em um gradiente ambiental de perda florestal. Usamos uma abordagem de múltiplas hipóteses concorrentes em uma seleção de modelos por AIC, com o objetivo de descobrir quais características da paisagem importam para estas populações de morcegos. Este processo foi reproduzido para 5 escalas de análise com raio de 1, 2, 3, 4 e 5 km, porque as espécies de morcegos têm diferentes estratégias de forrageio. Os morcegos exibiram diferentes respostas a essa paisagem fragmentada: 1) O maior frugívoro de dossel, Artibeus lituratus, respondeu à paisagem desde a menor escala local até a maior, mas não se mostrou dependente de grandes áreas florestadas em algumas escalas (2, 3 e 4 km). Entretanto, tem relações positivas com a diversidade da paisagem; 2) Artibeus obscurus apresentou abundância associada a cobertura florestal em escala local; 3) Glossophaga soricina, um nectarívoro que realiza um serviço ecossistêmico-chave, esteve associado à paisagens mais heterogêneas em escala local, exibindo relações negativas com a quantidade de matriz (2 km) e isolamento das manchas de floresta (3 km); 4) Lophostoma silvicola, que auxilia no controle de populações de artrópodes, apresentou respostas somente em uma escala de 5 km, com maior abundância relacionada à matriz e vegetação arbustiva. Concluindo, alguns morcegos são sensíveis ao desmatamento e outros não, e suas repostas à alteração do habitat variam entre as espécies e com a escala espacial. No capítulo 3, na mesma escala espacial, avaliamos como a diversidade dos morcegos é afetada por variações em uma paisagem fragmentada. As respostas às características da paisagem foram testadas para riqueza, abundância total, equitabilidade, dominância, raridade, diversidade taxonômica, e diversidade filogenética de morcegos filostomideos. Aqui, foi usada a mesma metodologia estatística e as mesmas variáveis do capítulo 2. As dimensões de diversidade e abundância apresentaram relações variadas com as métricas da paisagem e dependente de escalas, as demais métricas não apresentaram um padrão. Diversidade taxonômica e filogenética respondem positivamente à área de floresta em escala local. A abundância apresentou respostas em todas as escalas e muito diferenciadas, o que demonstra as formas complexas em que perturbação antrópica pode afetar cada espécie de morcego. O estudo reforça a ideia da relação espécie-área, já que a quantidade de habitat é um determinante da diversidade taxonômica e filogenética de morcegos em áreas fragmentadas da Amazônia. No capítulo 4, apresentamos o uso de uma nova e eficiente abordagem para entender quais são os fatores estruturadores de comunidades (Análise de Elementos de Metacomunidade (AEM) associada à partição de variância) que permite descobrir um gradiente ambiental latente que afeta em particular a estrutura de uma metacomunidade e a variação na composição de espécies entre os sítios. Assim, na AEM, foram avaliadas coerência, troca de espécies, e coincidência de limites de distribuição, para identificar a estrutura emergente de metacomunidades. Também foi estimada a importância relativa das características da paisagem na composição de espécies de morcegos usando a partição de variância, apenas na escala de 1 km. Análises foram conduzidas para todos os morcegos e para duas grandes guildas (herbívoros e carnívoros), nas duas estações (seca e chuvosa). Foi avaliado se a estrutura da metacomunidade era consistente com um gradiente de paisagem via Correlação de Spearman. Através da Partição de Variância, baseada em quatro partições (Composição e Configuração do Habitat e das Classes de Matriz), exploramos como a composição de morcegos (identidade das espécies e abundâncias) respondem à variação na paisagem. As metacomunidades baseadas em todos os morcegos e somente animalívoros evidenciaram uma estrutura aleatória. Em contraste, a distribuição de herbívoros (nectarívoros e frugívoros) indicou uma estrutura Quasi- Clemensiana, sugerindo que a maioria das espécies está respondendo ao mesmo gradiente ambiental latente. Esta organização ocorre porque espécies que formam agrupamentos utilizam recursos semelhantes. A metacomunidade não foi associada a nenhum gradiente ambiental latente. Entretanto, a metacomunidade de herbívoros foi associada com a latitude (Correlação de Spearman = 0,4; p = 0,051), um substituto para distância das populações-fonte ao norte da área de estudo (grande maciço de florestas não perturbadas). A variação na composição de espécies de herbívoros (ponderada pela abundância) foi associada com a variação das características da paisagem (Modelo Global= p = 0,092; R2aj = 0,46), principalmente devido a Composição do Habitat (p= 0,036; R2aj = 0,51). A metacomunidade de herbívoros mostrou resposta significativa à composição de habitat (quantidade e densidade de fragmentos florestais), quando a presença foi ponderada pela abundância. Esses resultados indicam que comunidades em uma paisagem fragmentada próxima a uma extensa área de floresta preservada não sofrem extinções locais, mas a abundância das espécies se altera em resposta à fragmentação e perda de habitat. __________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The degradation of tropical forests has reduced the amount of high-quality habitat, creating deforested and fragmented landscapes. These changes in landscape cause many shifts in distribution, abundance, and ability of each species to persist in an area. Because seed dispersers, pollinators, or top predators, such as bats, contribute to the structure and function of forests, it is important to understand how these ecosystem services respond to anthropogenic changes at several scales of analysis, whether spatial (local variables such as vegetation structure or landscape metrics), temporal (seasonal effects), or ecological levels (populations, community metrics, phylogenetic and taxonomic diversity). We collected bats from 24 forested sites in 2013 and 2014 (sampling six hours per night, with 12 mist nets [12 x 2.6 m], 4 nights/site (during dry and wet seasons), with a total effort of 8640 m2.h/site). The study area was a 100 km2-fragmented landscape in southern Amazonia, northern Mato Grosso State, Brazil. This landscape comprises four land use classes: forest, matrix (typically pasture), shrubby vegetation, and disturbed areas. Landscape attributes were determined (patch size; forest amount; habitat, matrix or landscape characteristics), and we quantified vegetation structure (density, height and basal area of trees, density of understory and canopy openness). In chapter 1, the aim was to understand how the population (14 more abundant species) and biodiversity of bats were affected by variation in vegetation structure in fragmented forests. The models for total abundance, taxonomic diversity (species diversity and dominance), and phylogenetic diversity were significant, positively associated with tree height and basal area, and negatively associated with canopy openness. At the population level, frugivores (Carollia perspicillata, Rhinophylla pumilio, Artibeus planirostris, A. obscurus, A. lituratus, Uroderma bilobatum) and nectarivores (Lonchopylla thomasi, Glossophaga soricina) abundances were significantly related to vegetation structure. Abundances of some understory frugivores exhibited negative relationships with tree height (and consequently forest age), whereas abundances of canopy frugivores were highest in closed-canopy forests. Among the nectarivores, L. thomasi was more abundant in older forests (negative relationship with density of trees), whereas G. soricina was more abundant in areas with low canopies and low basal area (i.e., earlier successional forest). Consequently, government agencies should prioritize local forest age and structure, in addition to forest connectivity and patch size. In general, protecting areas with large trees and closed canopies enhances the persistence of pollinators and seed dispersers. In chapter 2, we increased the spatial scale of analysis, trying to understand how bat abundance is affected by landscape fragmentation. The responses to landscape features were detected for fourteen populations of phyllostomid bats along an environmental gradient of forest loss. We have used a multiple hypothesis approach using model selection by AIC, with the aim of assessing which landscape attributes matter most to bat populations. This procedure was conducted at five scales with radii of 1, 2, 3, 4 and 5 km, because bat species have different foraging strategies. Bats showed different responses to landscape fragmentation: the greater canopy frugivore Artibeus lituratus did not require huge amounts of forest, but had positive associations with landscape diversity (2, 3 and 4 km); Artibeus obscurus was more abundant in highly forested sites, but at the 2-km scale this species chose a less forested landscape; Glossophaga soricina, a nectarivore that plays a key ecosystem role, preferred a more heterogeneous landscape at local scales, presenting a negative relationship with matrix amount (2 km) and forest isolation (3 km); and Lophostoma silvicola, that seems to control arthropod populations, showed landscape associations only at the 5-km scale, with greater abundances related to matrix and shrub vegetation amount. In conclusion, some of these bats were sensitive to deforestation and other not, their response to habitat modification varying among species and with spatial scale. In chapter 3, at the same spatial scale, and increasing the taxonomic scale, we evaluated how bat diversity is affected by variations in a fragmented landscape. Responses to landscape features were tested for richness, total abundance, evenness, dominance, rarity, taxonomic diversity, and phylogenetic diversity of phyllostomid bats. Here we used the same statistical analyses and the same variables as in Chapter 2. Bat diversity and abundance presented different relationships with the landscape metrics, and are scale dependent, while the other community metrics were unassociated with landscape attributes. Taxonomic and phylogenetic diversity were positively associated with forest area at local scales. Total abundance presented different responses at all spatial scales, which shows the complex ways in which human disturbance can affect each bat species. The study reinforces the classical idea of the species-area relationship, since the amount of habitat is a determinant of the taxonomic and phylogenetic diversity of bats in fragmented areas of the Amazon. In chapter 4, we presented the use of a new and effective approach to understand which factors are structuring the communities, elements of metacommunity structure (EMS) associated with Variance Partitioning. This approach allows the uncovering of a latent environmental gradient that particularly affect metacommunity structure and the variation of species composition among sites. Thus, using the EMS, based on presence–absence data, were evaluated coherence, species turnover, and range boundary clumping to identify the emergent bat metacommunity structure. Moreover, we assessed the relative importance of landscape characteristics on bat species composition using variance partitioning, at the scale of 1 km only. Analyses were conducted for all bats and for two broad feeding guilds (herbivores and animalivores). Using landscape metrics (number of patches, total area, edge density, mean patch size, shape index, proximity index, mean nearest neighbor) we evaluated whether the metacommunity structure was consistent with a local landscape gradient using Spearman correlations. By means of a Variance Partitioning Analysis, based on four partitions (i.e. Composition and Configuration for Habitat/Forest and Matrix Classes), we explored how bat composition (identity of species and their abundance) responded to variation in the landscape structure. The metacommunities based on all bats and only animalivores evinced a random structure at the local scale. In contrast, herbivores (nectarivores and frugivores) evinced a Quasi-Clementsian structure, suggesting that most species are responding to the same environmental gradient. This pattern arises because species that form clusters have similar resource requirements. Metacommunities’ scores were not associated with any latent environmental gradient. However, the herbivorous metacommunity was associated with latitude (Spearman Correlation = 0.4; p = 0.051), a surrogate for distance from source populations in the North of the study area (massive block of undisturbed forest). Variation in herbivorous species composition (weighted by abundance) was associated with variation in Landscape characteristics (Global Model p = 0.092, R2adj = 0.46), mostly due to Habitat Composition (p = 0.036, R2adj = 0.51). However, the herbivores metacommunity showed a significant response to habitat composition (amount and density of forest areas), when presence was weighted by abundance. These outcomes indicate that communities in fragmented landscapes in close proximity to extensive undisturbed forests do not present local extinctions, but species abundances do change in response to fragmentation and habitat loss in the landscape.
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Gastos com meio ambiente no Brasil : comparação entre o valor do dano e a destinação de recursos públicos para sua recuperação entre os anos de 2000 a 2009Nascimento Júnior, Eurípedes Rosa do 01 March 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, 2011. / Submitted by wiliam de oliveira aguiar (wiliam@bce.unb.br) on 2011-06-28T14:46:09Z
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2011_EurípedeRosadoNascimentoJúnior.pdf: 1485358 bytes, checksum: fcf3de12a0f9110e7a928e65c8b64bec (MD5) / Approved for entry into archive by Guilherme Lourenço Machado(gui.admin@gmail.com) on 2011-06-29T16:05:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2011_EurípedeRosadoNascimentoJúnior.pdf: 1485358 bytes, checksum: fcf3de12a0f9110e7a928e65c8b64bec (MD5) / Made available in DSpace on 2011-06-29T16:05:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_EurípedeRosadoNascimentoJúnior.pdf: 1485358 bytes, checksum: fcf3de12a0f9110e7a928e65c8b64bec (MD5) / A discussão sobre danos causados ao meio ambiente e a necessidade de preservação do
ecossistema teve um aumento significativo, principalmente nas conferências internacionais
organizadas pelas Nações Unidas ocorridas em Estocolmo, em 1972, no Rio de Janeiro, em
1992, em Johanesburgo, em 2002, e, em Copenhagen, em 2009. Temas ambientais entraram
no debate público, especialmente em países como o Brasil, face à existência de bens naturais
e à responsabilidade da manutenção da qualidade de vida e da qualidade ambiental. O país é
responsável por danos ambientais causados ao ar com a emissão de gases, às florestas com o
desmatamento da Amazônia e aos rios com o lançamento de resíduos. Embora os ativos
intangíveis e danos causados ao meio ambiente sejam difíceis de ser mensurados, a utilização
de métodos de valoração é necessária para que o governo possa destinar recursos e ações
públicas que combatam a degradação do meio ambiente. O objetivo do trabalho é valorar o
dano ambiental causado ao ar pela emissão de CO2 dos veículos, à água pelo lançamento de
esgoto sem tratamento e ao solo pelas queimadas ocorridas nas florestas do Brasil, a fim de
averiguar se o montante de gastos realizados pelo Governo Federal foi superior ao valor dos
danos ocorridos, no período de 2000 a 2009. O método de valoração utilizado foi o custo de
reposição que utiliza preços de mercado sobre a medida de benefício para reposição ou
restauração de um bem. As informações dos danos foram obtidas no sítio do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Sistema Nacional de Informações Sociais
(SNIS), do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DENATRAN), da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) e do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do
Governo Federal (SIGPLAN). Os resultados apontaram para a necessidade maior de
investimentos do Governo Federal na recuperação dos danos causados ao meio ambiente,
além de se intensificar o planejamento de políticas públicas que visem a aumentar os
programas destinados à criação de meios capazes de conter a destruição dos biomas
analisados. Percebeu-se ainda que entre os anos de 2000 e 2005 não foram encontrados
recursos do Governo Federal para a recuperação do ar e da água poluída pela falta de
esgotamento sanitário. Os danos ambientais valorados demonstraram aumento contínuo e em
larga escala em comparação aos gastos governamentais. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The discussion of environmental damage and the ecosystem preservation need had a
significant increase especially in international conferences organized by the United Nations in
Stockholm in 1972, Rio de Janeiro in 1992, Johannesburg in 2002 and Copenhagen in 2009.
Environmental issues entered the public discussion especially in countries like Brazil, with
the existence of natural resources and responsibility for maintaining the life quality and
environmental quality. The country is responsible for environmental damage caused to the air
with gas emissions, to the forests with the deforestation of the Amazonia and to the rivers
with the release of waste. Although the intangible assets and environmental damage are
difficult to measure, the use of valuation methods is needed, so that the government can
allocate resources and public actions fighting against the environmental degradation. The
research goal was to valuate the environmental damage caused to the air by the CO2 vehicles
emission, to the water by untreated sewage release and to the soil by fires in Brazil forests, in
order to investigate whether the amount of expenditures made by the Federal Government was
higher than the value of the damage occurred in the period 2000 to 2009. The valuation
method used was the replacement cost, which uses market prices on a benefit measure for a
good replacement or restoration. The damage details were extracted on the Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), Sistema Nacional de Informações Sociais (SNIS),
Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DENATRAN), Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) websites and on the system called Sistema de Informações Gerenciais e de
Planejamento do Governo Federal (SIGPLAN). The results indicated a greater need of
Federal Government investments in the recovery of damages caused to the environment as
well as intensify the public policies planning that aimed at increasing programs to create
capable media of containing the examined biomes destruction. It was also noticed that during
the analyzed period, from 2000 to 2004 were not found Federal Government resources for the
recovery of air and polluted water by the lack of sewerage. The environmental damage valued
in this study demonstrates continuous and large-scale improvement in comparison to
government spending.
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Interfaces entre Bioética, conservação da diversidade biológica e justiça socioambiental : análise qualitativa da implantação da política pública de aquicultura e pescaPombo, Vivian Beck 11 September 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Bioética), 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-01-22T15:10:08Z
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2015_VivianBeckPombo.pdf: 3777430 bytes, checksum: ed59db59909c702affe50e5ecf9bc2c4 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-05-12T18:27:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_VivianBeckPombo.pdf: 3777430 bytes, checksum: ed59db59909c702affe50e5ecf9bc2c4 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-12T18:27:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_VivianBeckPombo.pdf: 3777430 bytes, checksum: ed59db59909c702affe50e5ecf9bc2c4 (MD5) / Esta pesquisa teve como objetivo analisar dois casos de implantação da Política de Aquicultura e Pesca no Brasil, nos municípios de Barra e Xique-xique, na região da Caatinga, estado da Bahia, sob o olhar da justiça ambiental e o ecologismo popular, considerando os princípios dos documentos internacionais adotados pelo Brasil, a Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos e a Convenção sobre Diversidade Biológica. Por se tratar de uma situação contemporânea complexa, envolvendo fenômenos socioambientais, a metodologia escolhida foi o Estudo de Caso Único Integrado Exploratório e como as evidências, contidas nas entrevistas, apresentaram informações sobre a política de aquicultura e sobre problemas gerados por politicas públicas anteriores, foi usada a técnica Rival Mista. Sob o olhar da Bioética Ambiental, o estudo de caso evidenciou que a política pública em foco apresentou conflitos éticos relacionados à manutenção cultural, conservação da biodiversidade, manutenção da autonomia dos sujeitos e reprodução de práticas que contribuem para situações de pobreza. / This research aimed to analyze two cases of implementation of Aquaculture and Fisheries Policy in Brazil, in the cities of Barra and Xique-Xique in the Region of Caatinga, Bahia, from the perspective of environmental justice and popular environmentalism, considering the principles of international documents adopted by Brazil, the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights and the Convention on Biological Diversity. Because it is a complex contemporary situation involving environmental phenomena, was chose methodology Integrated Single Case Study Exploratory and how the evidence contained in the interviews, provided information on aquaculture policy and on problems caused by previous government policies, it was used Rival Mixed technique. Under the gaze of Environmental Bioethics, the case study showed that the public policy focus had ethical conflicts related to cultural maintenance, biodiversity conservation, maintenance of the autonomy of subjects and breeding practices that beget to povert situations.
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Conexão (in)visível : degradação ambiental e saúde na fronteira agrícola amazônicaWeihs, Marla Leci 16 March 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2015-12-11T16:55:27Z
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2015_MarlaLeciWeihs.pdf: 4112472 bytes, checksum: 8fd9d2a700082a67422c28fb89e45366 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-04-08T21:59:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2015_MarlaLeciWeihs.pdf: 4112472 bytes, checksum: 8fd9d2a700082a67422c28fb89e45366 (MD5) / No horizonte em que se projetam os problemas ambientais da Amazônia brasileira, as fronteiras agrícolas ocupam a primeira posição. A conversão das áreas de florestas em áreas de cultivo produziu desmatamento, incêndios florestais, erosão de solos e uma importante perda de espécies e diversidade genética. Ademais, os garimpos de ouro e as lavouras de soja contaminaram os ecossistemas, sobretudo com mercúrio e agrotóxicos. Como esses fenômenos afetaram a saúde da população? Esta foi a questão que orientou este estudo. Trata-se de uma pesquisa interdisciplinar e participativa, ancorada na área da saúde ambiental. O objetivo foi compreender a relação entre a degradação ambiental e a saúde coletiva. A pesquisa foi desenvolvida na fronteira agrícola de Alta Floresta, situada no Norte do Estado de Mato Grosso. No curso do avanço da ocupação agrícola desta fronteira houve uma notável transição de doenças infectoparasitárias para doenças crônicas. Neste contexto, a emergência das doenças foi condicionada, entre outros fatores, pela degradação do meio ambiente. Ao longo da ocupação da região, o desmatamento potencializou a exposição dos trabalhadores aos insetos transmissores da malária. As queimadas florestais produziram partículas atmosféricas tóxicas que aumentaram a prevalência das doenças respiratórias. O acúmulo de mercúrio e agrotóxicos nos ecossistemas, por sua vez, condicionou o perfil recente da saúde pública. No quadro atual, sob o ponto de vista da saúde, a fronteira de Alta Floresta está integrada ao território nacional. Entretanto, a contaminação agrícola continua sendo o principal determinante da emergência das doenças. No cenário futuro, a saúde pública dependerá, entre outros fatores, de uma reconfiguração do sistema de produção agrícola, com foco na regulação do consumo de pesticidas. Adicionalmente, verificou-se a necessidade de uma reorientação do sistema de saúde em que concerne à gestão dos riscos de origem agrícola. / Agricultural frontiers occupy the first position among the set of environmental problems that impact the Brazilian Amazon. The conversion of forest areas in cultivated ones produced deforestation, forest fires, soil erosion and an important loss of biodiversity, including genetic diversity. Additionally, gold mining and soy fields have contaminated the ecosystem, especially with mercury and pesticides. How these phenomena have affected public health? This was the guiding question for the research, an interdisciplinary and participatory exploration supported by the environmental health area, with the objective of understanding the relationship between environmental degradation and public health. The research was conducted in the Alta Floresta agricultural frontiers, in the north of the Mato Grosso state, Brazil. A remarkable transition from infectious and parasitic diseases to chronic diseases has been observed during the advance of agricultural frontiers. In this context, the emergence of diseases was conditioned, among other factors, by the environmental degradation. Throughout the occupation of this region, deforestation increased the exposure of workers to insect vectors of malaria. Forest fires produced toxic atmospheric particles that increased prevalence of respiratory diseases. Meanwhile, mercury and pesticide accumulation on the ecosystem conditioned the recent profile of public health. In the present scenario, from the point of view of health, the frontier of Alta Floresta is integrated to the national territory. However, agricultural contamination remains the primary determinant of emerging diseases. We highlight that public health in the future will depend, among other factors, on the reconfiguration of agricultural systems, with emphasis on pesticide use regulation. Additionally, reorientation of the health care system is deemed necessary concerning the management of risks related to agricultural activities. / En la Amazonía brasileña, las fronteras agrícolas están entre los fenómenos más importantes en términos de devastación de los ecosistemas. La formación de las zonas de cultivo han producido la deforestación, los incendios forestales, la erosión del suelo y una importante pérdida de especies y de diversidad genética. Por otra parte, las minas de oro y cultivos de soya contaminan los ecosistemas, especialmente de mercurio y pesticidas. ¿Cómo estos fenómenos han afectado la salud de la población? Esta fue la pregunta que orientó el desarrollo de este estudio. Se trata de una investigación interdisciplinaria y participativa, basada en el área de la salud ambiental. El objetivo era comprender la relación entre la degradación del medio ambiente y la salud pública. La investigación fue realizada en la frontera agrícola de Alta Floresta, situada al norte del estado de Mato Grosso, Brasil. Se observó una importante transición de enfermedades, en el transcurso de la ocupación agrícola. Enfermedades infectoparasitarias fueron reemplazadas progresivamente, para enfermedades crónicas. En este contexto, la degradación del medio ambiente, entre otros factores, ha determinado la aparición de enfermedades. En el transcurso de la ocupación de la región, la deforestación aumentó la exposición de los trabajadores a los insectos vectores de la malaria. Incendios forestales han producido partículas atmosféricas tóxicas que han aumentado la prevalencia de las enfermedades respiratorias. La acumulación de mercurio y pesticidas en los ecosistemas, a su vez, condicionó el perfil reciente de la salud pública. En el marco actual, desde el punto de vista de la salud, la frontera de Alta Floresta está integrada al territorio nacional. Sin embargo, la contaminación agrícola sigue siendo el principal factor determinante de la aparición de enfermedades crónicas. En el futuro, la salud pública dependerá, entre otros factores, de la reconfiguración del sistema de producción agrícola, en particular en lo relativo a la regulación del consumo de plaguicidas. Además, el estudio demostró la necesidad de una reorientación del sistema de salud en relación con la gestión del riesgo de origen agrícola. / Les fronts pionniers sont l'un des phénomènes les plus importants pour la dévastation de l'Amazonie. Le processus d‘occupation de l‘espace, notamment agricole, a entraîné le défrichement de la forêt, des feux de forêt, l'érosion des sols et une importante perte de biodiversité. Par ailleurs, l‘orpaillage clandestin et les cultures de soja contaminent l'environnement, principalement par l‘action du mercure et des pesticides. Dans ce contexte, cette recherche a été guidée par la question suivante : quels impacts ces phénomènes ont-ils sur la santé publique ? Il s'agit d'une recherche interdisciplinaire et participative, qui s'inscrit dans le registre de la santé environnementale. L'objectif était de comprendre les relations existantes entre dégradation de l'environnement et santé publique. La recherche a été conduite sur le front pionnier d'Alta Floresta, situé au nord de l'État brésilien du Mato Grosso. En parallèle de l‘avancée de la frontière agricole, une transition notable s‘est opérée en termes de santé, passant d‘une situation dominée par les maladies infectieuses et parasitaires à une situation où les maladies chroniques prédominent. Dans ce contexte, la dégradation de l'environnement naturel a constitué un des facteurs responsables de l'émergence de maladies : au cours de l'occupation de la région, le déboisement a facilité l'exposition des travailleurs aux insectes transmetteurs du paludisme ; les feux de forêt produisent des particules atmosphériques toxiques qui augmentent la fréquence des maladies respiratoires ; l'accumulation de mercure et de pesticides dans les écosystèmes ont conditionné, entre autres facteurs, le profil actuel des maladies chroniques. À l‘heure actuelle, du point de vue de la santé, le front pionnier d'Alta Floresta est intégré au reste du pays. Cependant, la contamination agricole reste le principal facteur déterminant l'émergence de maladies. À l'avenir, la bonne conduite de la santé publique devra prendre en compte, entre autres, la reconfiguration du système de production agricole, particulièrement en ce qui concerne la réglementation liée à l'utilisation de pesticides. En outre, l'étude a montré que le système de santé, en ce qui concerne la gestion des risques d'origine agricole, méritait d‘être réorienté.
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