• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 5
  • Tagged with
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Mineralogia e geoquímica supergênicas do urânio - Província Uranífera de Lagoa Real, Caetité - Bahia

Adriana Mônica Dalla Vechia Chaves 16 August 2005 (has links)
Nenhuma / Análises por Difratometria de Raios-X e Espectroscopia de Infravermelho (FTIR) revelaram que a mineralização secundária de urânio dos albititos da Jazida Cachoeira e Ocorrência das Laranjeiras, situadas na região de Lagoa Real Caetité BA, é predominantemente constituída pelos seguintes hidroxisilicatos de uranila: β-Uranofano - Ca[(UO2)(SiO3OH)]2.5(H2O); Uranofano - Ca[(UO2)(SiO3OH)]2.5(H2O); Sklodowskita - Mg[(UO2)(SiO3OH)]2.6(H2O); Haiweeita - Ca[(UO2)Si5O12(OH)2].3(H2O); Utilizando-se apenas a Difratometria de Raios-X, os seguintes fosfatos de uranila também puderam ser caracterizados: Autunita - Ca[(UO2)(PO4)]2 . 8-12(H2O); Meta-autunita - Ca[(UO2)(PO4)]2 .6-8(H2O); A coloração natural amarelada característica dos minerais acima foi também encontrada pela mesma metodologia em calcitas e albitas levemente intemperizadas, que estiveram presentes no material coletado para análise. Assim, nem todo material de coloração amarela associado aos albititos uraníferos representa, de fato, mineral secundário de urânio. β-Uranofano, Uranofano, Sklodowskita e Haiweeita teriam sido resultantes da interação entre os cátions Ca+2, Mg+2 e UO2+2 e os complexos aniônicos do tipo hidroxisilicato. Esses íons são provenientes do intemperismo que afetou os principais tipos petrográficos (granitos, gnaisses e albititos) existentes na região. O íon Ca+2 foi liberado pelo intemperismo de minerais tais como piroxênio, plagioclásio não albítico e calcita. O íon Mg+2 foi liberado pela alteração dos anfibólios e biotitas e o íon uranila a partir da oxidação do U+4 presente nas uraninitas disseminadas nos albititos. A origem do Ca+2 e do íon uranila da autunita e meta-autunita é a mesma descrita acima. Os íons PO4-3 são provenientes do intemperismo de apatitas e monazitas dos granitos e ortognaisses da região. Um modelo geoquímico que permite explicar a formação dos hidroxisilicatos de uranila caracterizados neste trabalho segue a seguinte ordem de eventos: Oxidação do U+4 presente nas uraninitas (UO2) a U+6 que se manifesta sob a forma de íon uranila (UO2+2); Hidrólise do íon uranila e respectiva formação dos complexos de hidróxidos de uranila (de baixa estabilidade); Dissociação dos complexos de hidróxidos de uranila e hidrólise dos íons carbonato provenientes da calcita, resultando na elevação do pH das águas subterrâneas, o que favorece a solubilização da sílica dos minerais silicáticos dos albititos e explica o surgimento de hidroxisilicatos de uranila com Ca+2 ou Mg+2; Intensificação da dissociação dos complexos de hidróxidos de uranila, que desloca o equilíbrio da hidrólise dos íons carbonato, favorecendo o aparecimento de complexos carbonatados de uranila, estáveis em solução aquosa, e limita a formação de hidroxisilicatos de uranila. A mineralização secundária de urânio caracterizada neste estudo indica a existência, no perfil de alteração, de um lençol freático duradouro em um passado geológico recente, capaz de manter os albititos uraníferos em constante contato com a água, sem a qual os processos acima descritos não teriam sido desencadeados. Com o rebaixamento do nível do lençol freático conduzido pela erosão em passado geológico ainda mais recente, os minerais secundários de uranila foram expostos, permitindo o entendimento das alterações físico-químicas sofridas pelos albititos uraníferos de Lagoa Real. A não caracterização de sulfatos e carbonatos de uranila confirma a inexistência de um ambiente de forte evaporação. / X Ray Diffraction and Infrared Spectroscopy (FTIR) analysis reveal that the following uranyl hidroxisilicates mainly constitute the uranium secondary mineralogy from albitites of the Cachoeira and Laranjeiras uranium anomalies (Lagoa Real BA Brazil): β-Uranophane-Ca[(UO2)(SiO3OH)]2.5(H2O); Uranophane-Ca[(UO2)(SiO3OH)]2.5(H2O); Sklodowskite-Mg[(UO2)(SiO3OH)]2.6(H2O); Haiweeite-Ca[(UO2)Si5O12(OH)2].3(H2O). Using only the X Ray Diffraction, the uranyl phosphates below were also characterized: Autunite - Ca[(UO2)(PO4)]2 . 8-12(H2O); Meta-autunite - Ca[(UO2)(PO4)]2 .6-8(H2O); The natural yellowish color of the above minerals was also found by the same analytical methodology in slightly weathered calcites and albites of the sampled material. Thus, yellowish materials from uraniferous albitites do not represent only uranyl minerals. β-Uranophane, Uranophane, Sklodowskite and Haiweeite resulted from the interaction between Ca+2, Mg+2 and UO2+2 cationic species and hidroxisilicate anionic complexes. These ions originated from the weathering that affected the mineralogy of the albitites, granites and gneisses found in the Lagoa Real uranium district. The Ca+2 ion came from pyroxenes, calcium plagioclase and calcite. The Mg+2 came from amphiboles and biotites. The mobile ion uranyl (hexavalent U) came from the uraninite (UO2) by the U+4 oxidation. The Ca+2 and uranyl íons of the autunite and meta-autunite originated in the same way as above. The PO4-3 ions came from the weathering that affected the apatites and monazites of the granites and gneisses. A geochemical model allowing the formation of the aforementioned uranyl hidroxisilicates could beas follows: 1. U+4 oxidation to U+6 which appears as the mobile uranyl ion [UO2]+2. 2. Uranyl hydrolysis and formation of the uranyl hydroxide complexes (low stability). 3. Dissociation of the uranyl hydroxide complexes and hydrolysis of the carbonate ions from calcite, resulting in groundwater pH increasing which improves the silica dissolution from silicatic minerals and consequent precipitation of the uranyl hidroxisilicates with Ca e Mg. 4. Intensification of the dissociation of uranyl hydroxide complexes, which dislocates the equilibrium of the carbonate ion hydrolysis, allowing the formation of the uranyl carbonate complexes (stable in aqueous solution), and limits the formation of uranyl hidroxisilicates. The Lagoa Real uranium secondary mineralogy indicates the existence of a permanent groundwater table in the weathering profile during a recent geological past.The climatic oscilation of it maintains the uraniferous albitites in permanent contact with water, allowing the formation of [UO2]+2 and its gheochemical immobilization by the [XO4]x-ou {[XO4][OH]}y- found in the rockpores as well. The erosion in a more recent geological past lowered the groundwater sheet and exposed this uranium secondary mineralogy at the surface. The inexistence of uranyl sulfates and carbonates corroborates the lack of a strong evaporation setting during the formation of the Lagoa Real uranium secondary mineralogy.
2

Caracterização de piroxênios associados à mineralização uranífera da Jazida Cachoeira, Província Uranífera de Lagoa Real, Bahia

Rhaine Matos Gonçalves 31 May 2006 (has links)
Este trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento sobre a gênese da Jazida de Urânio Cachoeira (Lagoa Real, BA), caracterizando piroxênios (com ênfase nos associados à mineralização uranífera e que hospedam inclusões fluidas) e suas inclusões associadas. Em função das análises realizadas, foram descritos, de maneira geral, os passos que devem ser seguidos para obtenção e nterpretação de dados, em inclusões fluidas (IF), na linha D09B XRF Fluorescência de Raios-X do Laboratório Nacional de Luz síncrotron (LNLS), Campinas, SP. As análises dos piroxênios revelaram augita, diopsídio e aegirina-augita, havendo também termos intermediários, por exemplo entre augita e diopsídio. Os piroxênios apresentaram inclusões fluidas bifásicas e trifásicas (que podiam apresentar fase sólida birrefringente), sendo algumas possivelmente primárias. Os piroxênios apresentaram, também, inclusões sólidas. A análise de algumas inclusões sólidas revelou tratarem-se de albita, que provavelmente é anterior ao piroxênio hospedeiro. Os resultados obtidos indicaram que os piroxênios estudados estão associados a uma importante fase de metassomatismo cálcico. Tais piroxênios não estariam totalmente associados à precipitação do minério uranífero. No estudo petrográfico das amostras chamou a atenção, a identificação de duas gerações de plagioclásios, uma fortemente alterada e outra menos alterada. A luz síncrotron, utilizada para estudo de IF, é uma poderosa ferramenta de análise. Foi constatado que cuidados na preparação da amostra, como a seleção de IF superficiais, são muito importantes para se obter um bom dado. Devido principalmente a fatores experimentais, somente o vanádio foi detectado em maior quantidade na área que continha as IF (no piroxênio), em relação à área branca, nos estudos com luz síncrotron. A ocorrência de tal elemento é de difícil interpretação. Estudos futuros, envolvendo as inclusões fluidas e sólidas do piroxênio, e de outros minerais, serão importantes para compreender a Jazida Cachoeira. A pesquisa de U em IF, mediante uso da luz síncrotron, será também de grande importância. / This work had as objective to contribute for the knowledge about the genesis of the Cachoeira uranium deposit (Lagoa Real Uranium Province, Bahia State, Brazil), characterizing pyroxenes (with emphasis in those associated with the uranium mineralization and those hosting inclusions) of the deposit and their associated inclusions. In function of the accomplished analyses, steps that should be followed to obtain and interpret data from fluid inclusions (FI), in the D09B XRF X-Ray Fluorescence Beam Line of the National Synchrotron Light Laboratory, Campinas, Brazil, have been described. The analyzed pyroxenes are augites, diopsides and aegirine-augites, and intermediate terms, for example between augite and diopside, were detected. They presented two and three phases fluid inclusions being some, possible, primary ones. The three phases FI could present a birefringent solid phase. The pyroxenes presented, also, solid inclusions. The analysis of some solid inclusions revealed that they were albites. These albites are, probably, previous to the pyroxene host mineral. The obtained results indicated that the studied pyroxenes are associated to an important phase of calcic metasomatism. These pyroxenes are not totally associated to the precipitation of the uranium. In the petrographic study of the samples, two types of plagioclase were identified, one very altered and other less altered. Synchrotron light is a powerful tool for analyze FI. It was verified that care in the preparation of the sample, such as the selection of near-surface FI, are very important to obtain reliable data. In the studies with synchrotron light only the vanadium was detected in larger amount in the area that contained FI (in pyroxene), in relation to the control area, due, mainly, to experimental factors. The presence of this element its not easy to interpret. Additional studies, on solid and fluid inclusion in pyroxene, and in other minerals, will be important to understand the Cachoeira uranium deposit. The research of U in FI, using synchrotron light, will be of great importance as well.
3

Significado metalogenético da mineralogia dos albititos da Jazida Cachoeira (Província uranífera de Lagoa Real)

Sônia Pinto Prates 25 August 2008 (has links)
Nenhuma / A Província Uranífera de Lagoa Real (PULR) constitui a melhor conhecida e a mais importante ocorrência de urânio atualmente no Brasil. Abrange uma área de 1200 Km2 e está localizada na região centro-sul do Estado da Bahia. Na PULR, são conhecidas 34 áreas mineralizadas em urânio, distribuídas aproximadamente ao longo de uma faixa orientada N-S com cerca de 30 km de comprimento por 5 km de largura. No extremo norte da região, situa-se a Jazida Cachoeira, única jazida de urânio em fase de produção no Brasil e na América Latina, atualmente sendo lavrada a céu aberto. A jazida apresenta uma extensão de 420 metros na direção noroeste e uma largura de aproximadamente 250 metros. Nessa jazida foram individualizados três corpos principais de minério. As amostras utilizadas neste estudo foram coletadas no corpo 3 da jazida. A mineralização uranífera na PULR está associada às rochas ricas em albita denominadas albititos que são rochas constituídas de plagioclásio, de composição albita a albita-oligoclásio, em porcentagem volumétrica estimada igual ou superior a 70%. Ocorrem ainda, como minerais essenciais: piroxênio, granada, anfibólio e biotita. Os minerais acessórios mais freqüentes são: titanita, apatita, zircão, allanita, magnetita e hematita. Carbonato e fluorita também podem ser observados. O objetivo do trabalho é o detalhamento da caracterização mineralógica e cristaloquímica dos albititos mineralizados e não mineralizados da Jazida Cachoeira, procurando-se pesquisar possíveis diferenças entre eles. Os principais minerais constituintes dos albititos desta jazida foram, portanto, estudados aplicando-se as seguintes técnicas: Difratometria de raios X, Espectroscopia vibracional de absorção no infravermelho, Análise Térmica, Microssonda Eletrônica, além de microscopia óptica convencional. Além desses minerais, foram também estudados microclina (variedade amazonita), natroapofilita, wollastonita e minerais secundários de urânio observados na mesma Jazida (autunita e tyuyamunita). Durante a primeira etapa dos estudos foram realizadas as observações mesoscópicas e microscópicas das amostras. A seguir, foi efetuada a separação mineralógica dos minerais em função de suas características magnéticas e densimétricas, visando-se obter minerais limpos e puros. Esses foram, a seguir, preparados de acordo com a técnica a ser empregada. As técnicas analíticas utilizadas permitiram o entendimento da cristaloquímica dos minerais, obtendo-se resultados confiáveis a partir de pequenas quantidades de material (cerca de 10 mg). Além da identificação dos minerais e da determinação da sua composição, foram também obtidas informações sobre a presença de água nos minerais. A presença de wollastonita (CaSiO3) indica condições de formação sob elevadas pressões litostáticas, sem as quais haveria a liberação de CO2 para a atmosfera. A transformação do U6+ presente na uranila em U4+ incorporado na uraninita implica na oxidação do Fe2+ para Fe3+ que se incorpora na estrutura cristalina de vários minerais da paragênese da uraninita (granada, magnetita, aegirina-augita). Se estas transformações estiverem associadas a zonas de cisalhamento, essas poderão ser reativadas ao longo do tempo geológico. Isto revela que as rochas encaixantes das faixas mineralizadas da PULR são mais antigas que a mineralização e que as futuras prospecções de urânio devem se localizar nas faixas de cisalhamento. O trabalho permitiu a descrição de tyuyamunita pela primeira vez no âmbito da PULR. / The Lagoa Real uranium province is presently by far the most important and best known uranium occurrence in Brazil. With an area of 1,200 Km2 it is located in centralsouthern part of Bahia State. The 34 deposits or prospects are distributed within a N-S 30 x 5 Km area. The Cachoeira open pit mine is in the northern part of the province and is the sole uranium mine in production in Brazil and South America as well. The mine has an area of 420 x 250 m stretching in northwestern direction. Three main mineralized orebodies have been identified. The samples studied were all collected in the orebody #3. The uranium mineralization is hosted by albitites, a rock with over 70% of albite and/or oligoclase. Pyroxene, garnet, amphibole, and biotite are the other essential minerals. Titanite, apatite, zircon, allanite, magnetite, and hematite are the accessory minerals besides carbonate and fluorite. The mineralogical and crystallochemical features of the main albitites minerals were investigated, looking for possible differences and characteristics between uraniferous and barren rocks. The following analytical techniques were applied during the work: X ray diffraction, Infrared spectroscopy, thermal analysis, microprobe and also optical microscopy. Besides albitites minerals, microcline (amazonite), natroapophyllite, wollastonite and oxidized uranium mineral (autunite and tyuyamunite) were also studied. This is also the first description of tyuyamunite in the Lagoa Real uranium province. All these minerals are from the Cachoeira open pit mine. The studying process started with mesoscopic and microscopic (thin sections) observations. Next, clean and pure fractions of each mineral were obtained using magnetic and/or bromoform separation . Using tiny amounts of each mineral (~10mg) the analytical methods used permitted the determination not only of their composition, including the water content, but the comprehension of crystallochemical characteristics as well. The presence of wollastonite indicates high hydrostatic pressure conditions which prevents the CO2 liberation to the atmosphere. The reduction process of U6+ to U4+ leading to the uraninite deposition occurs simultaneously with the oxidation of Fe2+ to Fe3+ which is incorporated in the crystalline structure of garnet, hematite, and aegirine-augite. As these transformations seem to be related to shear zones, it may indicate an epigenetic model for the U mineralization. The mineral tyuyamunite was described for the first time in the PULR.
4

Inclusões fluidas nos minerais associados a mineralização uranífera da jazida do Engenho (anomalia 09), Província Uranífea de Lagoa Real, Bahia / Fluid Inclusions in minerals associated to uranium mineralization in Engenho Deposit (anomaly 09) Lagoa Real Uranium Province Bahia

Aurélio da Silva de Souza 31 August 2009 (has links)
A Jazida do Engenho (anomalia 09) está situada ao norte da Província Uranífera de Lagoa Real. A mineralização está associada aos albititos, rochas constituídas de plagioclásio, de composição albita a albita-oligoclásio, em porcentagem volumétrica igual ou superior a 70%. Também ocorrem epidositos mineralizados. Os minerais essenciais do albitito são piroxênio, granada, albita, anfibólio, e biotita. Neste trabalho foi estudada, por inclusões fluidas, boa parte dos minerais (piroxênio, granada, plagioclásio, titanita, epidoto) que constituem a seqüência mineralógica associada à mineralizações uraníferas dos albititos desta jazida. Os fluidos associados a piroxênio, granada e epidoto, aquo-salinos, primários e sem fases carbônicas apresentam características semelhantes, com leves variações. Todos apresentam média a alta salinidade (de 14 a 18% equivalente em peso de NaCl), onde os maiores valores correspondem ao piroxênio e os menores à granadas e epidotos. Os fluidos associados ao metassomatismo sódico, que gerou o plagioclásio albítico nos albititos, embora sejam aquo-salinos e sem fases carbônicas, apresentam salinidades muito inferiores às observadas no piroxênio, granada e epidoto, sugerindo processo de diluição bem mais intensos. Desta maneira, os fluidos da anomalia 09 apresentam uma diluição no sentido das fases minerais mais recentes. Os resultados sugerem que os processos de fomação do piroxênio ocorreram sob condições de pressão equivalente a 3,5 kbar que corresponde a profundidades de aproximadamente 10 km. Entretanto, a dilatação observada nas IF da albita durante o aquecimento, originaram uma dispersão nas medidas de Th, tornando pouco confiáveis os cálculos de pressão para esse mineral. A microscopia de IF em plagioclásios dos gnaisses (encaixantes dos albititos) sugere que, provavelmente, haveria fluidos carbônicos primários associados a esses minerais. Os fluidos com CO2 que aparecem nos gnaisses talvez também estejam presentes nos albititos, provavelmente como fluidos tardios ou intergranulares. Esta suposição baseia-se no fato de ter sido encontrado (durante os estudos de esmagamento nos albititos) indícios da presença de gases carbônicos. Estas tendências sugerem a ocorrência de duas etapas de albitização no setor de Lagoa Real: um associado a fluido composto por H2O + CO2 + sais (na encaixante gnáissica) e outro (no albitito) formado por uma fase aquo-salina. Os dados obtidos neste trabalho sugerem que, provavelmente, o Brasiliano foi um evento térmico sem um fluido predominante associado, pelo menos no setor de Lagoa Real. Do contrário, esse fluido deveria estar presente nos minerais da paragênese mineral. Finalmente, os dados obtidos na Jazida do Engenho permitiram verificar a ocorrência de um quadro de fluidos que apresentam variações composicionais em, pelo menos, três estágios diferentes: Piroxênio magmático → Px metamórfico associado a urânio → albita (poligonizada) associada a urânio, faltando posicionar o fluido associado à albita precoce. / The Engenho deposit (anomaly 09) is south-eastern from Cachoeira Mine (anomaly 13), in the northern part of the Province. The uranium mineralization is associated to albitites (over 70% of albite/oligoclase). Epidosites with uranium may also occur. The albitite main minerals are pyroxene, garnet, albite/oligoclase feldspar, amphibole and biotite. Pyroxene, garnet, plagioclase, titanite and epidote are the minerals associated to the uranium mineralization. The fluids related to pyroxene, garnet and epidote are aqueous-saline, primary and with no carbonic phases and are constant, with small variations. They all present medium to high salinity (14 to 18wt% NaCl eq.), the higher values being related to pyroxene and the lower ones related to garnet and epidote. The fluids associated to albite/oligoclase, although aquo-saline and with no carbonic phases, show salinities much lower than in pyroxene, garnet and epidote, suggesting a intense dilution process indicating dilution toward the later minerals phases. The data suggest the pyroxene formation process occurring under a 3,5 kbar pressure condition which corresponds to approximately 10km depth. The dispersion on Th in albites, due probably to the overheating and non elastic increase in volume, precluded a reliable pressure calculation. The IFs microscopy in plagioclase gneiss (albitites host-rocks) suggests the probability of primary carbonic fluids associated to these minerals. The fluids with CO2 showed in the gneiss maybe also be present in the albitites, probably as late or intergranular fluids. This assumption is based on the fact that signs of carbonic gases were shown during crushing tests. These tendencies suggest the occurrence of two albitization phases in this Lagoa Real area: one associated to a fluid composed by H2O + CO2 + salts (in the gneiss host) and another (in the albitite) formed by an aqueous-saline phase. The data indicate the Brasiliano event as a thermal event without a predominant fluid associated, at least in this Lagoa Real area. Otherwise, the presence of this fluid should be present in the mineral paragenesis. Finally, the data from the Engenho deposit indicate the occurrence of fluids showing compositional variations in, at least, three different stages: magmatic pyroxene → metamorphic pyroxene associated to uranium → albite (recristalized) associated to uranium. The place of the aqueous-carbonic fluid associated to previous albite is still unknown.
5

Caracterização dos fluidos associados à paragênese mineral dos albititos uraníferos e encaixantes gnáissicas da jazida Lagoa da Rabicha, Província uranífera de Lagoa Real, Bahia / CHARACTERIZATION OF FLUIDS ASSOCIATED TO MINERAL PARAGENESIS OF URANIFEROUS ALBITITES AND THEIR GNEISSIC EMBEDDING ROCKS FROM LAGOA DA RABICHA URANIUM DEPOSIT, LAGOA REAL, BAHIA.

Lucilia Aparecida Ramos de Oliveira 12 March 2010 (has links)
O Brasil possui atualmente a sétima maior reserva de urânio do mundo. A Província Uranífera de Lagoa Real (PULR) está localizada na região centro-sul do estado da Bahia. Ao longo de uma estrutura helicoidal, com orientação norte-sul, de aproximadamente 33 km de extensão, estão concentradas mais de 30 anomalias de urânio. A anomalia 03 (AN03), denominada Lagoa da Rabicha, está localizada na região centro-sul dessa estrutura e foi descoberta e mapeada pela NUCLEBRÁS (Empresas Nucleares Brasileiras), na década de 80. A Mina da Cachoeira (AN13), localizada na região norte da PULR, é atualmente a única jazida de urânio em fase de produção no Brasil e na América do Sul. Tendo em vista o crescimento da demanda energética no Brasil e no mundo, estudos e pesquisas petrogenéticas aplicadas ao estudo de jazidas de urânio são relevantes tanto para que se possa aumentar seu potencial de prospecção quanto para auxiliar na possível descoberta de futuras ocorrências. Nos últimos anos, análises de inclusões fluidas (IF) vêm sendo amplamente utilizadas no estudo da gênese das jazidas de urânio da PULR e ainda assim existem dúvidas sobre a metalogênese das mineralizações uraníferas. Nesse contexto este trabalho teve como principal objetivo estudar os minerais e fluidos associados a um setor representativo dos albititos uraníferos (rochas portadoras de mineralização uranífera) e rochas encaixantes gnáissicas da Jazida Lagoa da Rabicha. Dessa forma, procurou-se elaborar um quadro geral dos fluidos encontrados nesse setor, estabelecendo uma comparação com estudos realizados por diversos autores em outros setores de Lagoa Real, tentando-se mostrar a evolução das soluções, ao tempo que ocorria a precipitação de uraninita. As metodologias de trabalho utilizadas foram petrografia, a microssonda eletrônica (ME), a ablação a laser (LA-ICP-MS) e os estudos de inclusões fluidas (IF). Foram estudados os fluidos presentes no piroxênio, granada e plagioclásio, constituintes da sequência mineralógica dessa jazida. O fluido mais antigo foi encontrado no piroxênio aegirina-augita, de composição aquo-salina (sem fases carbônicas) contendo Ca, Fe e Mg, salinidades de 9-13 wt% NaCl e temperatura de homogeneização entre 220 e 290 C. Concomitantemente ocorreu uma remobilização e precipitação de uraninita. Essa remobilização e precipitação de urânio também foi registrada nas granadas, originadas a partir de fluidos aquo-salinos com Na, Mg, Sr, Ba e Pb, sob condições de temperatura e salinidade próximas as do piroxênio. Nas amostras estudadas não foi encontrado o piroxênio diopsídico precoce (magmático), com fluidos aquo-salinos [H2O + Na, Rb, Ba (16%wt NaCl)], estudado por Chaves et al (2007) na Jazida da Cachoeira (Anomalia 13, norte de Lagoa Real). Isto provavelmente é consequência de que a intensidade do metamorfismo no setor da Rabicha foi maior do que na Cachoeira, preservando assim muito pouco da textura magmática pré-existente. Salienta-se que é notória a ocorrência de uma diluição dos fluidos, presentes nos minerais piroxênio e granada, quando se observa as jazidas no sentido N→S (AN13→AN09→AN03). Também foi verificado que o volume de anfibólios aumenta no centro e norte de Lagoa Real. A precipitação do plagioclásio (que forma a estrutura dos albititos) ocorreu posteriormente, a partir de um fluido bem menos salino, provavelmente com pouco ou nenhum CO2 associado. Uma remobilização e precipitação de urânio também esta associada a esta fase. Nas amostras estudadas não foram encontrados carbonatos. Portanto, não foi possível cruzar dados com dados preliminares obtidos por Fuzikawa (1982) em fluidos primários de carbonatos, que evidenciaram a presença de soluções aquo-carbônicas (H2O + CO2 +CH4), que sugerem condições redutoras para essa fase evolutiva. O estudo de inclusões fluidas nas encaixantes gnáissicas dos albititos foi focado nos plagioclásios, com o intuito de comparar as soluções associadas ao metassomatismo sódico que teria afetado corpos mineralizados e rochas hospedeiras. Nos gnaisses foi registrada a presença de fluidos aquo-carbônicos precoces de salinidade intermediária, associados aos plagioclásios precoces. Entretanto, as soluções que precipitaram os plagioclásios tardios eram de composição aquo-salina de baixa salinidade, equivalentes aquelas encontradas nos plagioclásios dos albititos. Fluidos tardios aquo-carbônicos foram encontrados em alguns cristais de quartzo da matriz gnáissica. A presença de CO2 foi verificada sistematicamente no quartzo de veios formados tardiamente, que cortam gnaisses e albititos, revelando condições oxidantes para os últimos estágios de precipitação mineral no setor da Rabicha. Sobre a presença de fluidos em todas as fases minerais estudadas os dados apresentados demonstram que o Evento Brasiliano não obliterou os fluidos pré-existentes. Entretanto, com exceção do plagioclásio precoce do gnaisse encaixante dos albititos, os fluidos aquo-carbônicos não são facilmente encontrados nos minerais precoces da paragênese. Isso pode ser explicado pelo fato de esse fluido ser anterior ao evento de deformação Brasiliano. Durante esse evento as inclusões contendo o CO2 dos minerais precoces poderiam ter crepitado devido à diferença de pressão, restando poucas evidências deste fluido nas rochas. Isto, aliado ao fato de não se ter encontrado um fluido característico associado ao Brasiliano, sugere que este evento deformacional deve ter sido predominantemente térmico, uma vez que fluidos anteriores ao evento foram preservados. / Brazil has now the seventh largest uranium reserve in the world. The Lagoa Real Uranium Province (PULR) is located in central-south region of Bahia State. Along a helical structure, north-south oriented, with approximately 33 km long, there are 34 known uranium mineralized areas. In its central-south portion is located anomaly 03 (AN03), named Lagoa da Rabicha, discovered and mapped by NUCLEBRÁS (Brazilian Nuclear Enterprises), in the 80s. The Cachoeira Mine (AN13), located in northern PULR, is currently the only uranium mine in production in Brazil and even in South America. Nowadays it is observed a growth in energy demand in Brazil and also worldwide and studies and research applied to the petrogenetic uranium deposits are relevant both to be able to increase their potential for exploration and to assist in the possible future occurrences discovery. In recent years, fluid inclusions analysis (FI) have been widely used to study the genesis of uranium deposits in PULR and even thought there are still doubts about the uranium mineralization metallogenesis at Lagoa Real. Therefore, this work aimed to study the minerals and fluids associated with Lagoa da Rabicha albitites uraniferous and gneissic host rocks. In this way it was prepared an overview of the fluids found in this sector, establishing a comparison with several authors studies in this and others Lagoa Real anomalies, trying to show the solutions evolution, at the same time that happened the uraninite precipitation. Petrography, electronic microprobe, laser ablation (LA-ICP-MS) and fluid inclusion studies were the applied methodologies. The fluids inclusions assemblages present in pyroxene, garnet and plagioclase, the main mineralogical constituents, were studied. The older fluid was found in aegirine-augite pyroxene and had aquo-saline composition (without carbonic phases) with Ca, Fe and Mg, 9-13 wt% NaCl salinities and homogenization temperatures between 220 and 290 C. Concomitantly, occurred a uraninite remobilization and precipitation. This uranium remobilization and precipitation was also registered in garnets, formed from aquo-salines fluids with Na, Mg, Sr, Ba and Pb, under temperatures and salinities conditions close to those of pyroxene. In the studied samples it was not found the precocious diopsidic pyroxene (magmatic), with aquo-salines fluids [H2O + Na, Rb, Ba (16%wt NaCl)], studies by Chaves et al (2007) in Cachoeira Mine (Anomaly 13, north of Lagoa Real). This is probably a consequence of a more intense metamorphism in the Rabicha sector when compared to Cachoeira Mine region, preserving very little the pre-existing magmatic texture. It is worthy to note that occurs a dilution of the fluids present in pyroxene and garnet, when the uranium occurrences are observed in the N→S direction (AN13→AN09→AN03). It was also observed that the amphibole volume increases in the center and north portion of Lagoa Real. The plagioclase precipitation (which forms the albitite structure) occurred lately from a less saline fluid, probably with little or no associated CO2. One uranium remobilization and precipitation is also associated to this phase. In the studied samples carbonate was not found. It was not possible to compare data with some preliminary data from Fuzikawa (1982) in primary fluids from carbonate, where the presence of aquo-carbonic solutions (H2O + CO2 +CH4) suggest reducing conditions for this evolutionary phase. The fluid inclusion studies in albitites host rocks were focused in plagioclase, in order to compare the solutions associated to the sodium metassomatism that would have affected the mineralized bodies and host rocks. In the gneisses it was registered the presence of precocious aquo-carbonic fluids with intermediate salinities, associated do precocious plagioclases. However, the solutions that precipitate the late plagioclase had aquo-saline composition with low salinity, similar to those found in plagioclase from albitites. Late aquo-carbonic fluids were found in some quartz grains in the gneissic matrix. The CO2 occurrence was systematically verified in lately formed quartz veins that cut gneisses and albitites, showing oxidizing conditions for the last mineral precipitation stages in the Rabicha sector. About the presence of fluids in all the studied mineral phases, the shown data demonstrate that the Brasiliano Event (Pan African Event) had not obliterated the pre-existing fluids. However, with exception to early plagioclase from gneiss albitite host rock, the aquo-carbonic fluids are not easily found in precocious minerals. This might be explained by the fact that this fluid is previous to the Brasiliano deformation event. During this event the inclusions containing the CO2 from the precocious minerals may have crepitated due to the pressure difference, remaining little evidence of this fluid in the rocks. This observation, associated to the fact that no characteristic fluid was found related to Brasiliano, suggest that this deformation event must have been predominantly thermal, since previous fluids were preserved.

Page generated in 0.0777 seconds