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The buddhist concept of selflessness according to Je Tsongkhapa / O conceito budista de \'Anatma\' (ausência de identidade) segundo Je Tsongkhapa

Piza, Adriana Toledo 22 February 2019 (has links)
This doctoral research has the purpose of articulating a consistent presentation of the Buddhist concept of selflessness as explained by the great Tibetan Buddhist scholar Tsongkhapa (Tibet, 13571419 CE), who composed some major philosophical masterpieces about this key Buddhist concept based on Ngrjuna´s (India, ca 150250 CE) famous Mla-madhyamaka-krik (MMK). Tsongkhapa presents himself as a follower of Ngrjuna, that is, as a proponent of the \'Middle Way\' (madhyamaka, dbu ma pa) Buddhist philosophical school. As our study of the first treatise in which he presents his view on selflessness advanced, we realized that it was necessary to dedicate part of our research to the analysis of the epistemological theory that substantiates his explanation of selflessness, since his approach to the subject is based on the use of what he calls \'rational analysis\' and \'inferential knowledge\'. Therefore, a preliminary part of our thesis is dedicated to the clarification of Tsongkhapa´s conceptions of rational analysis and inferential knowledge, which are based primarily on the theory of \'valid cognition\' (pramna, tshad ma) elaborated centuries earlier by the great Indian scholar Dharmakrti (6th and 7th centuries CE). The next stage of our research was guided by the following question: since, for Tsongkhapa, not possessing a self means the same as not possessing a nature (svabhva, rang zhin), a concept upon which Dharmakrti´s explanation of inferential knowledge is based, how does Tsongkhapa combine his presentation of selflessness with Dharmakrti´s epistemology without generating internal contradictions in his system? We have concluded that, in Tsongkhapa´s presentation of selflessness as united with causation, that is, as one implying the other due to the introduction of the key distinction between \'inherent nature\' and \'mere nature\', there is no contradiction between his epistemological use of inferences based on the notion of mere natures (recognized as conventional) and his final ontological assertion that phenomena lack inherent natures. / A presente pesquisa de doutoramento tem por finalidade articular uma apresentação consistente do conceito budista de anatma (ausência de identidade) segundo a explicação do grande pensador tibetano Tsongkhapa (Tibete, 13571419 D.C.), que compôs relevantes obras filosóficas sobre esse conceito budista fundamental, baseadas no famoso tratado Mla-madhyamaka-krik (MMK) de Ngrjuna (Índia, ca 150250 D.C.). Tsongkhapa se apresenta como um seguidor de Ngrjuna, ou seja, como um proponente da escola de filosofia budista \'Caminho do Meio\' (madhyamaka, dbu ma pa). À medida que nosso estudo do primeiro tratado em que ele articula sua visão da noção de anatma (ausência de identidade) se desenvolvia, percebemos que seria necessário dedicar parte de nossa pesquisa à análise da teoria epistemológica que fundamenta sua explicação da \'ausência de identidade\' (dos fenômenos), visto que sua abordagem baseia-se na utilização do que ele chama de \'análise racional\' e \'conhecimento por inferência\'. Dessa forma, a primeira parte de nossa tese é dedicada à compreensão das noções de \'análise racional\' e \'conhecimento por inferência\' usadas por Tsongkhapa, que se baseiam principalmente na teoria sobre as \'cognições válidas\' (pramna, tshad ma), elaborada séculos antes pelo grande pensador indiano Dharmakrti (séculos VI e VII). A etapa seguinte de nosso trabalho teve como fio-condutor a seguinte questão: visto que, para Tsongkhapa, a ausência de identidade (anatma, dak me) significa o mesmo que não ser dotado de uma \'natureza\' (svabhva, rang zhin), conceito sobre o qual a explicação de Dharmakrti do conhecimento por inferência se baseia, como Tsongkhapa elabora conceitualmente a articulação da epistemologia de Dharmakrti com sua explicação da ausência de identidade dos fenômenos sem gerar contradições internas em seu sistema? Concluímos que, na apresentação de Tsongkhapa, em que a noção de causalidade passa a implicar a de \'ausência de identidade\' devido à introdução da distinção essencial entre \'natureza inerente\' e \'mera natureza\', não há contradição entre seu uso epistemológico de inferências baseadas na noção de \'meras naturezas\' (reconhecidas como convencionais) e sua afirmação ontológica final da ausência de natureza inerente nos fenômenos.

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