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A voz no teatro de animação : artificialidade e síntese vocal / The voice in Puppet Theater: artificiality and synthesis

Irlandini, Isabella Azevedo 12 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T16:51:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 114037.pdf: 2441864 bytes, checksum: b9e78a3d20e9a224a0d901ebb9cb39e0 (MD5) Previous issue date: 2013-09-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research focuses on the voice in Puppet Theater a term that embraces different kinds of performances, characterized by hybridity and the dynamics of the animate/inanimate present in Puppet Theater, Mask Theater, Shadow Puppetry, Visual Theater, etc. The voice is approached, in Puppet Theater, as a creator of presence and meaning, according to Hans Ulrich Gumbrecht s theory of presence production. I investigate how the voice can generate presence in relation to specific Puppet Theater poetics. The voice, in singular, refers to its essence as an oscillation between presence and meaning. However, since the voice unfolds itself in different cultural, poetic and historical contexts, actually the voice is plural in its several manifestations. By setting out the following problem, when voice is in Puppet Theater? , I seek to identify poetics that are also defined by its voice presence. Once identified such poetics, I seek to distinguish the voice s generating and constituting elements that establish it as presence and meaning, in relation to its poetics. During the investigation, I contemplate authors and artists that reflect about the use of voice in Puppet Theater and research their procedures, as well as those who treat it as a background to or even outlaw it from the scene. I survey the bibliography on the subject, bring examples from national and international performances seen in the last three years in Brazil, and use material drawn from interviews, seminars and courses realized in this period. Along this research, some recurring vocal procedures in Puppet Theater are individuated, and in some cases, these revealed themselves as specific to an art form characterized by the separation between the puppet-object and its sound source. During the investigation I came to realize that, although the Brazilian Puppet Theater quite often uses speech in its performances, there is significant absence of voice as I have defined above: voice as an oscillation between presence and meaning. Based on Adriana Cavarero s philosophical studies, which describe the de- vocalization process of a civilization centered in the logos (understood as reason), I realized that this process is mirrored by the Puppet Theater scene. The twentieth century emerges as a century in which performances are based on the sense of vision, promoted by a civilization centered on the image. The sense of vision has taken over all the other senses, promoting the de-vocalization of the logos, leading to a de-vocalization of the scene. The aim with this research is to - identify the vocal havens and to investigate the procedures that establish this oscillation between presence and meaning in Puppet Theater s voice, in relation to its poetics. This purpose is key to the re-vocalization in contemporary Brazilian Puppet Theater. / Esta pesquisa trata a voz no Teatro de Animação - termo que abraça diversas formas espetaculares híbridas centradas na dinâmica do animado/inanimado, como o teatro de bonecos, de máscaras, de sombras, visual, etc. A voz é abordada, no Teatro de Animação, como produtora de presença e sentido, conforme a teoria de produção de presença de Hans Ulrich Gumbrecht. Investigo como a voz gera presença numa relação com determinada poética no âmbito do Teatro de Animação. A voz no singular refere-se à sua essência como oscilação entre presença e sentido. Todavia, como a voz surge em diferentes contextos culturais e poéticos, ou seja, históricos, a voz na realidade é plural nas suas diversas manifestações. A partir da questão quando a voz é no Teatro de Animação? , procuro identificar poéticas que engendram o princípio pelo qual a voz é. Uma vez identificada a poética, busco distinguir os elementos que geram e constituem a voz, instaurando-a como presença e sentido, numa relação com a sua poética. Na investigação, contemplo autores e artistas que refletem sobre o uso da voz no teatro de animação e exploram seus procedimentos, assim como aqueles que a relegam a segundo plano ou mesmo a banem da cena. Faço um levantamento bibliográfico do assunto, recorro a exemplos de espetáculos nacionais e internacionais assistidos nos últimos três anos no Brasil e utilizo material colhido em entrevistas, seminários e cursos realizados nesse período. Durante a exposição desta pesquisa são individuados procedimentos recorrentes de uso da voz no Teatro de Animação que, em alguns casos, revelaram-se como específicos da linguagem cuja característica é a separação entre boneco-objeto e fonte sonora. Durante a investigação, constato que, embora a voz seja muito utilizada em cena no Teatro de Animação no Brasil, há uma significante ausência da voz como a defino acima: voz como oscilação entre presença e sentido. A partir dos estudos filosóficos de Adriana Cavarero, que descreve um processo de desvocalização numa civilização centrada no logos entendido como razão, chego à conclusão de que esse processo se espelha na cena do teatro de animação. O século XX desponta como um século cuja espetacularidade teatral é calcada na visão, reflexo de uma civilização centrada na imagem, em que o sentido da visão tem primazia sobre os outros sentidos, promovendo a desvocalização do logos, levando a uma desvocalização na cena. Tal conclusão faz com que o propósito da pesquisa - identificação dos redutos vocais e investigação dos procedimentos que instauram uma oscilação de presença e sentido na voz no Teatro de Animação, numa relação com as poéticas - seja fundamental para a revocalização da cena no Teatro de Animação contemporâneo no Brasil.

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