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A sacralização da ciência em Deuses Americanos, de Neil Gaiman / The sacralization of science in American Gods, by Neil Gaiman

Marin, Hebe Tocci [UNESP] 31 May 2016 (has links)
Submitted by HEBE TOCCI MARIN null (hebe.marin@gmail.com) on 2016-07-15T15:27:03Z No. of bitstreams: 1 Dissertação de mestrado - Hebe Marin.pdf: 1054901 bytes, checksum: 5558d9e101da5b60fb322957ee0bd909 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-07-15T17:10:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 marin_ht_me_arafcl.pdf: 1054901 bytes, checksum: 5558d9e101da5b60fb322957ee0bd909 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-15T17:10:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 marin_ht_me_arafcl.pdf: 1054901 bytes, checksum: 5558d9e101da5b60fb322957ee0bd909 (MD5) Previous issue date: 2016-05-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Abordar a ciência e as mudanças científico-tecnológicas na literatura é uma prática que acompanha a humanidade e sua evolução desde o princípio. Dessa prática surge a Ficção Científica (FC), um dos muitos ramos da rica literatura gótica. Na nossa sociedade, que faz uso constante e cada vez maior da tecnologia e seus gadgets, porém, muitas das mudanças imaginadas pelos autores de FC, sendo elas fantásticas ou verossímeis, já foram alcançadas e, desta maneira, o gênero foi compelido a buscar novos temas e abordagens. À beira de uma revolução na FC, o autor inglês Neil Gaiman cria em sua obra Deuses Americanos (2001) um novo tipo de ciência: uma ciência sacralizada, “deusificada”. No romance, deuses de culturas e religiões antigas devem conviver com e sobreviver a novos deuses emergentes – os deuses da mídia, dos carros e dos computadores, entre outros. As duas gerações de deuses disputam a fé da humanidade, o que os alimenta, e nesse processo, muitos desses deuses evoluem, involuem ou até mesmo morrem. A FC criada por Neil Gaiman retorna ao mito para explicar o desconhecido e torna-se então uma espécie de FC “reversa”. Este trabalho propõe um debate sobre essa nova face da FC, com base nas teorias de Fred Botting, Mircea Elíade, Robert Adams e Sigmund Freud, entre outros. / Approaching science and technoscientific changes in literature has been done by humanity since the beginning and has evolved alongside with history. From this practice derives Science Fiction (SF), one of the many branches of gothic literature. In our society, which makes constant and increasing use of technology and gadgets, however, many changes imagined by SF authors, either fantastic or verisimilar, have already been reached and so the literary genre was compelled to search for new themes and approaches. On the brink of a revolution in SF, British author Neil Gaiman creates in his masterpiece, American Gods (2001), a new type of science: a sacralized and “godfied” science. In the novel, gods from different cultures and ancient religions must live with and survive to new emergent gods – gods of the media, of cars and computers, among others. Both generations of gods fight over what feeds them – the faith of mankind – and during this process, many of these gods evolve, devolve or even perish. The SF created by Neil Gaiman returns to the myth as an explanation to the unknown and becomes then a kind of “reverse” SF. This work proposes a debate on this new face of SF, based on the theories of Fred Botting, Mircea Elíade, Robert Adams and Sigmund Freud, among others.
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Intertextuality in Neil Gaiman's American Gods

Amaral, Tiago Kern do January 2016 (has links)
A presente dissertação consiste em um estudo do romance Deuses americanos de Neil Gaiman levando em consideração suas conexões a outros textos bem como inserções de diversos textos provenientes de outros trabalhos na prosa do romance. A proposta de leitura do texto de Gaiman segundo este trabalho utiliza os conceitos de intertextualidade e arquétipos de forma a analisar a relação entre a trama de Deuses americanos às várias utilizações de textos cuja escrita “original” não é atribuída ao autor do livro inseridos (ou referenciados) na prosa do romance. Embora o objeto de estudo seja comumente visto como um livro difícil de ser categorizado dentre de um certo gênero, a proposta desta dissertação é demonstrar que o movimento e o fluxo contínuo de discursos (textos) e estilos na prosa do romance remonta a uma visão de um estrangeiro sobre os Estados Unidos e como o país foi criado: ou seja, que ele é não somente um ponto geográfico de confluência de muitos povos, mas também de muitas crenças e culturas que, de um modo ou outro, trouxeram os seus deuses consigo. A análise do uso de intertextos, intratextos e arquétipos no romance está estruturada em três capítulos centrais: o primeiro contextualiza os mitos que aparecem no romance e discute a questão de gênero literário do livro, além do conceito de América no texto de Gaiman. O segundo capítulo examina o uso de mitos por Gaiman em relação a outros trabalhos, tanto os manuscritos antigos de crenças pagãs quanto instâncias mais modernas de mito e alegoria, além de estudar as conexões entre Deuses americanos e outros textos escritos por Gaiman de acordo com o conceito de intratextualidade proposto por Affonso de Sant’Anna. Por fim, o terceiro capítulo se concentra no uso pontual de intertextos no romance, organizando-os entre alusões literárias, referências à cultura pop, além de estudar o conflito entre a era digital e o antigo reinado da fé religiosa, sem deixar de investigar o uso de arquétipos e apropriação na prosa do romance. O trabalho, assim, tem como objetivo verificar a alegação de que a qualidade intertextual do romance é essencial tendo em vista sua trama e cenário, bem como a afirmação de que ele redefine o conceito da América do final dos anos 90 como um espaço multicultural, dinâmico e mítico. / This thesis consists of a study of Neil Gaiman’s American Gods in the light of its connections to other texts as well as the punctual insertions of various texts from other works in the novel’s prose. The proposed reading of Gaiman’s text employs the concepts of intertextuality and archetypes in order to further analyze the relation of the plot of American Gods to the various uses of texts - that were not originally written by the book’s author – which are inserted (or alluded to) in the novel’s prose. Although the object of study is generally seen as a book that is hard to brand within a certain genre, this thesis’ approach to the novel demonstrates that movement and the continuous flow of speeches (texts) and styles in the novel’s prose comprises an outsider’s view of America and how the country came into existence – that is, that it is the geographical conflux not only of many peoples, but also of many beliefs and cultures, which in some way or other brought their gods with them. This examination of the use of intertexts, intratexts and archetypes in the novel is structured in three main chapters: The first chapter contextualizes the myths that appear in the novel and discusses the issues of genre and the concept of America in Gaiman’s text. The second chapter analyzes Gaiman’s use of myths in relation to other works – the original manuscripts of ancient beliefs as well as modern instances of myth and allegory – along with the connections between American Gods and Gaiman’s other works according to Affonso de Sant’Anna’s concept of intratextuality. Finally, the third chapter focuses on the punctual uses of intertexts in the novel, breaking them down into literary allusions, references to pop culture and the conflict between the digital era and the age of religious faith, and the use of archetypes and appropriation in the novel’s prose. At the end of the work, I aim to assert my belief that the intertextual nature of the novel is essential to its plot and setting, and re-defines the concept of late-90’s/early 2000’s America as a multicultural, dynamic mythical space.
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Intertextuality in Neil Gaiman's American Gods

Amaral, Tiago Kern do January 2016 (has links)
A presente dissertação consiste em um estudo do romance Deuses americanos de Neil Gaiman levando em consideração suas conexões a outros textos bem como inserções de diversos textos provenientes de outros trabalhos na prosa do romance. A proposta de leitura do texto de Gaiman segundo este trabalho utiliza os conceitos de intertextualidade e arquétipos de forma a analisar a relação entre a trama de Deuses americanos às várias utilizações de textos cuja escrita “original” não é atribuída ao autor do livro inseridos (ou referenciados) na prosa do romance. Embora o objeto de estudo seja comumente visto como um livro difícil de ser categorizado dentre de um certo gênero, a proposta desta dissertação é demonstrar que o movimento e o fluxo contínuo de discursos (textos) e estilos na prosa do romance remonta a uma visão de um estrangeiro sobre os Estados Unidos e como o país foi criado: ou seja, que ele é não somente um ponto geográfico de confluência de muitos povos, mas também de muitas crenças e culturas que, de um modo ou outro, trouxeram os seus deuses consigo. A análise do uso de intertextos, intratextos e arquétipos no romance está estruturada em três capítulos centrais: o primeiro contextualiza os mitos que aparecem no romance e discute a questão de gênero literário do livro, além do conceito de América no texto de Gaiman. O segundo capítulo examina o uso de mitos por Gaiman em relação a outros trabalhos, tanto os manuscritos antigos de crenças pagãs quanto instâncias mais modernas de mito e alegoria, além de estudar as conexões entre Deuses americanos e outros textos escritos por Gaiman de acordo com o conceito de intratextualidade proposto por Affonso de Sant’Anna. Por fim, o terceiro capítulo se concentra no uso pontual de intertextos no romance, organizando-os entre alusões literárias, referências à cultura pop, além de estudar o conflito entre a era digital e o antigo reinado da fé religiosa, sem deixar de investigar o uso de arquétipos e apropriação na prosa do romance. O trabalho, assim, tem como objetivo verificar a alegação de que a qualidade intertextual do romance é essencial tendo em vista sua trama e cenário, bem como a afirmação de que ele redefine o conceito da América do final dos anos 90 como um espaço multicultural, dinâmico e mítico. / This thesis consists of a study of Neil Gaiman’s American Gods in the light of its connections to other texts as well as the punctual insertions of various texts from other works in the novel’s prose. The proposed reading of Gaiman’s text employs the concepts of intertextuality and archetypes in order to further analyze the relation of the plot of American Gods to the various uses of texts - that were not originally written by the book’s author – which are inserted (or alluded to) in the novel’s prose. Although the object of study is generally seen as a book that is hard to brand within a certain genre, this thesis’ approach to the novel demonstrates that movement and the continuous flow of speeches (texts) and styles in the novel’s prose comprises an outsider’s view of America and how the country came into existence – that is, that it is the geographical conflux not only of many peoples, but also of many beliefs and cultures, which in some way or other brought their gods with them. This examination of the use of intertexts, intratexts and archetypes in the novel is structured in three main chapters: The first chapter contextualizes the myths that appear in the novel and discusses the issues of genre and the concept of America in Gaiman’s text. The second chapter analyzes Gaiman’s use of myths in relation to other works – the original manuscripts of ancient beliefs as well as modern instances of myth and allegory – along with the connections between American Gods and Gaiman’s other works according to Affonso de Sant’Anna’s concept of intratextuality. Finally, the third chapter focuses on the punctual uses of intertexts in the novel, breaking them down into literary allusions, references to pop culture and the conflict between the digital era and the age of religious faith, and the use of archetypes and appropriation in the novel’s prose. At the end of the work, I aim to assert my belief that the intertextual nature of the novel is essential to its plot and setting, and re-defines the concept of late-90’s/early 2000’s America as a multicultural, dynamic mythical space.
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Intertextuality in Neil Gaiman's American Gods

Amaral, Tiago Kern do January 2016 (has links)
A presente dissertação consiste em um estudo do romance Deuses americanos de Neil Gaiman levando em consideração suas conexões a outros textos bem como inserções de diversos textos provenientes de outros trabalhos na prosa do romance. A proposta de leitura do texto de Gaiman segundo este trabalho utiliza os conceitos de intertextualidade e arquétipos de forma a analisar a relação entre a trama de Deuses americanos às várias utilizações de textos cuja escrita “original” não é atribuída ao autor do livro inseridos (ou referenciados) na prosa do romance. Embora o objeto de estudo seja comumente visto como um livro difícil de ser categorizado dentre de um certo gênero, a proposta desta dissertação é demonstrar que o movimento e o fluxo contínuo de discursos (textos) e estilos na prosa do romance remonta a uma visão de um estrangeiro sobre os Estados Unidos e como o país foi criado: ou seja, que ele é não somente um ponto geográfico de confluência de muitos povos, mas também de muitas crenças e culturas que, de um modo ou outro, trouxeram os seus deuses consigo. A análise do uso de intertextos, intratextos e arquétipos no romance está estruturada em três capítulos centrais: o primeiro contextualiza os mitos que aparecem no romance e discute a questão de gênero literário do livro, além do conceito de América no texto de Gaiman. O segundo capítulo examina o uso de mitos por Gaiman em relação a outros trabalhos, tanto os manuscritos antigos de crenças pagãs quanto instâncias mais modernas de mito e alegoria, além de estudar as conexões entre Deuses americanos e outros textos escritos por Gaiman de acordo com o conceito de intratextualidade proposto por Affonso de Sant’Anna. Por fim, o terceiro capítulo se concentra no uso pontual de intertextos no romance, organizando-os entre alusões literárias, referências à cultura pop, além de estudar o conflito entre a era digital e o antigo reinado da fé religiosa, sem deixar de investigar o uso de arquétipos e apropriação na prosa do romance. O trabalho, assim, tem como objetivo verificar a alegação de que a qualidade intertextual do romance é essencial tendo em vista sua trama e cenário, bem como a afirmação de que ele redefine o conceito da América do final dos anos 90 como um espaço multicultural, dinâmico e mítico. / This thesis consists of a study of Neil Gaiman’s American Gods in the light of its connections to other texts as well as the punctual insertions of various texts from other works in the novel’s prose. The proposed reading of Gaiman’s text employs the concepts of intertextuality and archetypes in order to further analyze the relation of the plot of American Gods to the various uses of texts - that were not originally written by the book’s author – which are inserted (or alluded to) in the novel’s prose. Although the object of study is generally seen as a book that is hard to brand within a certain genre, this thesis’ approach to the novel demonstrates that movement and the continuous flow of speeches (texts) and styles in the novel’s prose comprises an outsider’s view of America and how the country came into existence – that is, that it is the geographical conflux not only of many peoples, but also of many beliefs and cultures, which in some way or other brought their gods with them. This examination of the use of intertexts, intratexts and archetypes in the novel is structured in three main chapters: The first chapter contextualizes the myths that appear in the novel and discusses the issues of genre and the concept of America in Gaiman’s text. The second chapter analyzes Gaiman’s use of myths in relation to other works – the original manuscripts of ancient beliefs as well as modern instances of myth and allegory – along with the connections between American Gods and Gaiman’s other works according to Affonso de Sant’Anna’s concept of intratextuality. Finally, the third chapter focuses on the punctual uses of intertexts in the novel, breaking them down into literary allusions, references to pop culture and the conflict between the digital era and the age of religious faith, and the use of archetypes and appropriation in the novel’s prose. At the end of the work, I aim to assert my belief that the intertextual nature of the novel is essential to its plot and setting, and re-defines the concept of late-90’s/early 2000’s America as a multicultural, dynamic mythical space.

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