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Itinerário terapêutico do adolescente com diabetes mellitus tipo 1 e seus familiaresMattosinho, Mariza Maria Serafim 05 December 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Enfermagem / Made available in DSpace on 2013-12-05T21:29:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Este é um estudo de natureza qualitativa, do tipo convergente assistencial, que teve como objetivo compreender o itinerário terapêutico de um grupo de adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 e seus familiares, vinculados a um Hospital Geral de Florianópolis. Neste estudo, o itinerário terapêutico foi compreendido como o percurso realizado pelos adolescentes e familiares na busca por cuidados e tratamentos para a sua condição de saúde. Utilizei, como marco de referência, o Sistema de Cuidado a Saúde, composto pelos subsistemas Profissional, Popular e Familiar, desenvolvido por Arthur Kleinman. Participaram deste estudo vinte pessoas, entre adolescentes e familiares de cinco famílias. Seus domicílios foram o cenário principal da coleta de dados, realizada através de entrevistas em profundidade. Na análise dos dados evidenciou-se duas categorias. A primeira, Decisões e negociações sobre a saúde, os cuidados e os tratamentos apresenta o itinerário terapêutico a partir da compreensão dos sujeitos do estudo. Através da análise dos dados, observou-se que o percurso não é linear, mas sim, constituído por um processo complexo, composto de vários momentos: algo não está bem; a descoberta da doença; o diabetes veio para mudar minha vida; o viver com DM; a avaliação dos tratamentos e cuidados realizados e a participação da família. Na busca por cuidados e tratamentos, esperam encontrar explicação, diagnóstico e cura da doença. A segunda categoria, o percurso nos três subsistemas de saúde, representa onde os sujeitos do estudo realizaram seus cuidados e tratamentos. Aqui, observa-se que a busca por cuidados e tratamentos parte do subsistema familiar, depois simultaneamente do popular e do profissional, com prevalência de um ou de outro em determinados momentos. Porém, o subsistema familiar está sempre presente na hora das decisões, avaliações e realizações de algum outro cuidado. Entre os cuidados realizados no subsistema familiar, os integrantes do estudo referiram: fé, reza e suporte familiar. No subsistema profissional realizam: dieta, exercício, insulina e homeopatia; e, no subsistema popular, que aparece como mais um recurso que se sobrepõe aos demais, encontra-se: o uso de chás, garrafadas, idas a benzedeiras e a centros espíritas. Vários fatores contribuem para a entrada e a saída de um subsistema de saúde, tais como: acessibilidade, custo/benefício, eficácia, experiências anteriores, valores e crenças e a maneira como são ouvidos pelas pessoas que integram cada um dos subsistemas. A compreensão do itinerário terapêutico vem mostrar que o conhecimento dos profissionais de saúde não é o único, havendo diferentes saberes em saúde. Portando, compreender o itinerário de adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 e seus familiares contribuiu na elucidação da maneira pela qual eles se orientam em seu mundo, nos permitindo uma atuação profissional mais convergente à situação vivenciada por estas pessoas.
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Déficits de autocuidado vivenciados por familias de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1Mello, Maria Berra de January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Enfermagem / Made available in DSpace on 2012-10-22T09:35:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
231727.pdf: 800529 bytes, checksum: 9294e62aedcd9f96b8261385e66871b1 (MD5) / Este estudo constitui-se de uma pesquisa qualitativa do tipo convergente assistencial, realizada com oito famílias de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, com o objetivo de conhecer e identificar os déficits de autocuidado e os fatores que influenciaram no engajamento dessas famílias no autocuidado. O referencial teórico norteador desta pesquisa foi a teoria de autocuidado de Dorothea Orem, por considerar que seu modelo conceitual permite uma compreensão mais clara do que é o autocuidado e o papel da família nesse contexto. A partir de uma prática assistencial desenvolvida por meio de encontros de grupos de convivência com as famílias e de entrevistas semi-estruturadas, os dados foram levantados e analisados, segundo a proposta de Trentini e Paim (2004), dando origem a duas grandes categorias: (a) Identificação dos déficits de autocuidado; (b) Fatores que influenciam o autocuidado. Entre os déficits de autocuidado identificados, foram selecionados quatro subcategorias: a) déficit em lidar com a dependência e independência do filho; b) déficit na incorporação do diabetes mellitus e seus cuidados e tratamento no cotidiano da família; c) déficit na aceitação de saúde da criança ou adolescente com diabetes mellitus e suas repercussões no viver da família; d) déficit de conhecimento sobre o diabetes mellitus e seus cuidados e tratamentos. Da categoria de fatores que influenciam o autocuidado, emergiram quatro subcategorias: a) acesso às informações; b) esperança; c) apoio de familiares, de outras pessoas próximas e de profissionais da saúde; d) condições financeiras. O estudo possibilitou a articulação entre a prática e a pesquisa, contribuindo para a compreensão da realidade vivenciada no cotidiano pelas famílias, bem como superar os déficits de autocuidado que estão vinculados ao processo de viver com essa condição crônica de saúde. Nesse processo, o enfermeiro age como facilitador, procurando utilizar estratégias que possibilitem a incorporação do autocuidado a pessoas com diabetes, com a finalidade de evitar complicações agudas e crônicas. Nesse sentido, é necessário continuar a implementação de processos educativos nas instituições de ensino, salientando a importância de ações de saúde referente à promoção e prevenção de complicações, orientando no sentido de adquirir comportamentos referentes a melhores hábitos de vida. Este trabalho de pesquisa trouxe também outra contribuição, ou seja, a possibilidade de ampliar o cuidar diferenciado de enfermagem, mediante o reconhecimento de alguns déficits de autocuidado, presentes em famílias de crianças e adolescentes com diabetes mellitus.
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