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As marcas da polifonia na produção escrita de estudantes universitários.Barros, Maria Emília de Rodat de Aguiar Barreto January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Este trabalho consiste em uma abordagem discursiva dos textos de alunos universitários. Nesses textos buscam-se as marcas de polifonia, de subjetividade deixadas pelos locutores, com o fim de se examinarem as posições de sujeito perpassadas no texto. Pesquisam-se ainda as formações discursivas (FDs), a partir das quais os sujeitos enunciam, observando-se as possíveis imbricações das FDs, haja vista o postulado de Foucault (1997), segundo o qual a FD não tem limite. Nesse sentido, o presente estudo está circunscrito à Lingüística do Discurso, em contraposição à Lingüística Imanente. E, a partir da Análise do Discurso, observam-se as FDs, já citadas, a constituição do sujeito, os conceitos de língua, de texto, de sujeito e de sentido. À luz da Lingüística Textual, buscam-se as marcas lingüísticas dos textos, articulando-as com a produção de sentido. Além dessas áreas do conhecimento, utilizam-se as Teorias da Enunciação e da Polifonia. Com a primeira, examinam-se as marcas da enunciação dos sujeitos no discurso, baseando-se nas teorias de Benveniste (1989, 1991); a formação de repertório dos alunos, por sua vez, é discutida segundo a teoria de Bakhtin (1999) acerca da palavra e do sentido. E, a partir dos postulados teóricos de Ducrot (1987) e Authier-Revuz (2004) sobre a polifonia, a heterogeneidade (constitutiva e mostrada), pretende-se ouvir as múltiplas vozes dos sujeitos, o ponto de vista dos enunciadores posto em cena pelo enunciado. Nesse caminho, investiga-se de quais princípios os locutores se servem para colocar em relação os argumentos e as posições sujeitos no interior dos textos. Ademais, faz-se um percurso histórico do ensino de Língua Portuguesa, a fim de se entender por que ocorre o silenciamento das vozes desses sujeitos na escola. Nessa perspectiva, estudam-se as políticas de fechamento, de acordo com Foucault (2003), verificando-se a questão de a Língua Portuguesa ter se tornado uma disciplina. Discute-se também sobre as sociedades de discurso das quais participam os professores. Nesse contexto, estudam-se os processos de constituição da linguagem: a polissemia, relacionada ao novo, à criatividade; a paráfrase, relacionada ao dado, ao mesmo. Constata-se, então, o caráter de produtividade dos discursos dos alunos, na medida em que eles estão mais centrados no processo parafrástico, corroborando a cristalização dos discursos. / Salvador
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