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Dietas hospitalares versus estado nutricional de pacientes internados em um hospital universitário

Melo, Fernanda Godoi 27 September 2013 (has links)
The high prevalence of hospital protein-energy malnutrition is associated with several factors, including implemented dietary conducts. Most hospitalized patients receive oral diets as their only source of nutrition. Study objectives were to evaluate the consumption of oral diets, the presence of reasons for not ingesting or incomplete food intake, and the evolution of the nutritional status of adult patients admitted to the Hospital de Clínicas, Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). It was also objective of the study, analyze the general oral diet (GOD) served to inpatients in HC-UFU. The study was prospective, observational and descriptive for the inpatients, and prospective, descriptive, with semi-quantitative/qualitative approach for the food of the hospital GOD. Patients were included in the first 48 hours of hospitalization and maintained in follow-up throughout the period of hospital stay in the internal medicine ward. The supply, intake, minimum and adjusted energy needs (MEN; AEN) and minimum and adjusted protein needs (MPN; APN), and the reasons for not ingesting or incomplete food intake were assessed daily using the 24h Food Record form. The nutritional status of patients was assessed by anthropometric measurements (weight, height, body mass index) and Subjective Global Assessment (SGA). GOD was evaluated during 28 consecutive days, it was performed the weighing of each food served in the styrofoam lunch boxes of the lunch (n=3/day) and dinner (n=3/day) of the four implemented menus. The food options served in snacks (breakfast, afternoon snack and dinner) were not heavy because the portions are standard and known. Tables of nutritional composition were used to calculate the total energy value (TEV) and the energy distribution of macronutrients (percentage) of the food meals served daily, as well as to quantify the portions of foods from different food groups. Twenty-three patients who did not have a classification of malnutrition in the first 48 hours of hospitalization (SGA A) were included in the study, it corresponded to 204 days of follow-up. The supplied oral diets were sufficient to meet the AEN in 148 days (72.5%) and the APN in 80 days (39.2%). Dietary intake was insufficient to meet the AEN in 100 days (49%) and the APN in 156 days (76%). The mean intake of energy and/or protein was lower than the MEN and MPN for 7 patients (30.4%) and smaller than the AEN and APN for 21 patients (91.3%). A large number of reasons for not ingesting or incomplete food intake (n=1193) were reported, of which 1119 (93.8%) was present in food records of days in which food intake was below that adjusted need. The most common reasons were \"fasting\" (27.1%), \"lack of appetite\" (18.1%), \"satiety\" (13.4%) and \"sensory characteristics of food\" (9.1%). At the end of the follow-up period, one patient changed the classification of nutritional status of AGS A to AGS B, and 16 patients (69.6%) showed loss of body weight (-1.4±1.2kg). Negative associations were observed for \"difference between total energy intake and AEN\" and the number of \"reasons for not ingesting or incomplete food intake\" ( &#61554; =-0.7268; p-value<0.0000), and \"difference between the total amount of protein intake and APN\" and the number of \"reasons for not ingesting or incomplete food intake\" ( &#61554; =-0.8381; pvalue< 0.0000). And positive associations for \"difference between total energy intake and AEN\" and \"weight difference\" ( &#61554; =0.5034; p-value=0.0143), and \"difference between the total amount of protein intake and NPA\" and the number of \"weight difference\" ( &#61554; =0.6441; p-value=0.0009). In assessing the GOD, which presented TEV of the average offer of 2396.53±152.55 kcal/day, the mean energy distribution was adequate for protein (13.47%), carbohydrates (65.08%) and lipids (22%). Variable energy supply (percentage of TEV) was identified at breakfast (15.57%-20.61%), lunch (26.19%-36.59%), dinner (22.21%-31.06%), afternoon snack and supper (8.41%-15.50%). The period of overnight fasting was up to 13h. Regarding food groups, the supply was excessive for beans, meat/eggs, oils/fats/oilseed and sugar/sweets, and deficient for fruit/juices, legumes/vegetables, milk/derivatives. The supply of oral diets and the food intake of energy and protein were insufficient to meet the needs adjusted of considerable proportion of patients. The reasons that interfere the adequate food intake should be investigated and implemented measures to reduce them. It is essential to characterize the quantitative/qualitative aspects of GOD served to inpatients. Reducing the period of overnight fasting, as well as adjustments in the supply of food groups and in the food fractionation can contribute to better meet the nutritional needs and preventing the onset/worsening of nutritional deficiencies. / A alta prevalência da desnutrição proteico-energética hospitalar está associada a diversos fatores, incluindo condutas dietéticas implementadas. A maioria dos pacientes hospitalizados recebe dietas orais como única fonte de nutrição. Os objetivos do estudo foram avaliar o consumo de dietas orais, a presença de motivos para não ingestão ou ingestão incompleta de alimentos, e a evolução do estado nutricional de pacientes adultos internados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Também foi objetivo do estudo, analisar a dieta geral oral (DGO) servida aos pacientes internados no HC-UFU. O estudo foi desenvolvido de forma prospectiva, observacional e descritiva em relação aos pacientes internados, e de forma prospectiva, descritiva, com abordagem semiquantitativa/ qualitativa para alimentos da DGO hospitalar. Os pacientes foram incluídos no estudo nas primeiras 48h de internação e mantidos em seguimento durante todo período de internação na enfermaria de Clínica Médica. A oferta, ingestão, necessidades mínimas e ajustadas de energia (NEM; NEA) e proteínas (NPM; NPA), e os motivos para não ingestão ou ingestão incompleta de alimentos, foram avaliados diariamente, utilizando formulário de Registro Alimentar de 24h. O estado nutricional dos pacientes foi avaliado por medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal) e Avaliação Global Subjetiva (AGS). A DGO foi avaliada durante 28 dias consecutivos, em que foi realizada pesagem de cada alimento servido nas marmitas do almoço (n=3/dia) e jantar (n=3/dia) dos quatro cardápios implementados. As opções alimentares servidas nos lanches (desjejum, lanche da tarde e ceia) não foram pesadas porque as porções são padronizadas e conhecidas. Tabelas de composição foram utilizadas para o cálculo do valor energético total (VET) e da distribuição energética percentual dos macronutrientes dos alimentos das refeições servidas diariamente, assim como, para quantificar as porções de alimentos dos diferentes grupos alimentares. Foram incluídos 23 pacientes que não apresentaram a classificação de desnutrição nas primeiras 48h de internação (AGS A), correspondendo a 204 dias de seguimento. As dietas orais ofertadas foram suficientes para suprir a NEA em 148 dias (72,5%) e a NPA em 80 dias (39,2%). A ingestão alimentar foi insuficiente para suprir a NEA em 100 dias (49%) e a NPA em 156 dias (76%). A ingestão média de energia e/ou proteína foi menor do que as NEM e NPM para 7 pacientes (30,4%) e menores do que as NEA e NPA para 21 pacientes (91,3%). Foram relatados 1193 motivos para não ingestão ou ingestão incompleta de alimentos, sendo 1119 (93,8%) presentes em registros alimentares de dias em que a ingestão alimentar foi inferior à necessidade ajustada. Os motivos mais frequentes foram jejum (27,1%), inapetência (18,1%), saciedade (13,4%) e características sensoriais dos alimentos (9,1%). Ao final do período de seguimento, um paciente mudou a classificação do estado nutricional de AGS A para AGS B, e 16 pacientes (69,6%) apresentaram perda de peso corporal (- 1,4±1,2kg). Foram observadas associações negativas para diferença entre quantidade total de energia ingerida e a NEA e o número de motivos para não ingestão ou ingestão incompleta de alimentos ( &#61554; =-0,7268; p-valor<0,0000), e para diferença entre quantidade total de proteína ingerida e a NPA e o número de motivos para não ingestão ou ingestão incompleta de alimentos ( &#61554; =-0,8381; pvalor< 0,0000). E associações positivas para diferença entre quantidade total de energia ingerida e a NEA e diferença de peso ( &#61554; =0,5034; p-valor=0,0143), e para diferença entre quantidade total de proteína ingerida e a NPA e o número de diferença de peso ( &#61554; =-0,6441; p-valor=0,0009). Na avaliação da DGO, que apresentou VET da oferta média de 2396,53±152,55 kcal/dia, a distribuição energética média foi adequada para proteínas (13,47%), carboidratos (65,08%) e lipídios (22%). Oferta energética variável (porcentagem do VET) foi identificada no desjejum (15,57%-20,61%), almoço (26,19%-36,59%), jantar (22,21%-31,06%), lanche da tarde e ceia (8,41%-15,50%). O período de jejum noturno foi de até 13h. Em relação aos grupos alimentares, a oferta foi excessiva para feijões, carnes/ovos, óleos/gorduras/oleaginosas e açúcares/doces e deficiente para frutas/sucos, legumes/verduras, leite/derivados. A oferta de dietas orais e ingestão alimentar de energia e proteínas foram insuficientes para atender as necessidades ajustadas de proporção considerável de pacientes. Os motivos que interferem a ingestão alimentar adequada devem ser investigados e implementadas medidas para reduzílos. É essencial realizar a caracterização quantitativa/qualitativa da DGO servida a pacientes hospitalizados. Redução do período de jejum noturno, assim como, adequações na oferta de grupos alimentares e no fracionamento alimentar podem contribuir para melhor atendimento das necessidades nutricionais e prevenção da instalação/agravamento de deficiências nutricionais. / Mestre em Ciências da Saúde

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