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Risco de cÃncer utilizado como estratÃgia de governamentalidade no Programa de PolÃticas e AÃÃes para PrevenÃÃo do CÃncer no BrasilAdriana Pessoa Lima 05 August 2011 (has links)
nÃo hà / As aÃÃes implementadas pelo governo na gestÃo do cÃncer vem constituindo esta
doenÃa como risco, posicionando todas as pessoas na fronteira entre a saÃde e a doenÃa, de
forma a estimular a adesÃo a determinados modos de existÃncia de ser saudÃvel. Mas nem
sempre os discursos oficiais dirigidos à populaÃÃo fizeram uso da estratÃgia discursiva atual,
que articula diversos atores sociais na busca da saÃde, por meio do dispositivo do risco. Neste
trabalho, procuramos compreender as condiÃÃes que possibilitaram esse discurso se constituir
numa estratÃgia global de combate à doenÃa, passando a ser inscrita nas prÃticas biopolÃticas
do Ocidente na contemporaneidade. Com base no referencial teÃrico-metodolÃgico
foucaultiano, essa pesquisa tem o objetivo de analisar a constituiÃÃo do discurso de cÃncer
como risco, visando discutir as particularidades histÃricas e culturais dessa construÃÃo
discursiva e seus diferentes usos e efeitos ao organizar, regular e governar a vida social.
TambÃm buscamos entender a relaÃÃo entre a polÃtica de prevenÃÃo de cÃncer no Brasil e as
polÃticas globais de saÃde, na medida em que a gestÃo contemporÃnea da saÃde se articula
com um projeto transnacional de ressignificaÃÃo sanitÃria que constrÃi uma agenda
governamental a ser adotada pelos paÃses. E por fim, para contextualizar os discursos que
promovem e sustentam o cÃncer como risco, analisamos a versÃo brasileira do documento
lanÃado pelo WCRF/AICR em 2009 denominado âPolÃticas e AÃÃes para PrevenÃÃo do
CÃncer no Brasil: alimentaÃÃo, nutriÃÃo e atividade fÃsicaâ, de forma a entender os
procedimentos do poder que possibilitam o controle dos estilos de vida da populaÃÃo em
termos de estratÃgias e tÃticas. Esse estudo nos aponta para a elaboraÃÃo de uma agenda de
saÃde que alinha os interesses polÃticos Ãs aspiraÃÃes individuais em termos de saÃde e
longevidade, de forma que o discurso de cÃncer instituÃdo funciona para o exercÃcio do poder
polÃtico. Constitui, portanto, uma tecnologia de atenÃÃo/cuidado com a vida, tendo o efeito de
fomentar uma sociedade higiÃnica. / The actions taken by the government in the management of cancer in the world has
constituted this disease as a risk by placing all the people on the border between health and
disease in order to promote the filiation to certain modes of existence of being healthy. But
official discourses aiming populations havenât always made use of the actual discursive
strategy which articulates different social actors in search of health by means of risk device.
In this work, we try to understand the conditions that made it possible for the risk discourse to
become a global strategy to fight the disease and be inscribed in the practices of biopolitics in
contemporary West. Based on the Foucaultian, theoretical and methodological frames, this
research aims to analyze the constitution of the discourse of cancer as a risk in order to
discuss the historical and cultural and discursive construction and its different uses and effects
when organizing, regulating and governing social life. We also aim to understand the
relationship between the policy of cancer prevention in Brazil and global health policies, to
the extent that the contemporary management of health is linked to a sanitary transnational
project that builds a government agenda to be adopted throughout nations. Finally, to
contextualize the discourses that promote and sustain cancer as a risk for everyone, we sought
to analyzed the Brazilian version of the document released by the WCRF / AICR in 2009
entitled "Policies and Actions for the Prevention of Cancer in Brazil: food, nutrition and
physical activity" in order to understand the power procedures that enable the control the
lifestyles of the population in terms of strategies and tactics. This study highlights the
development of a health agenda that aligns political interests and individual aspirations in
terms of health and longevity, so that the discourse of cancer instituted works for the exercise
of political power. It is therefore a technology of attention / care for life, with the effect of
promoting a hygienic society.
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Risco de câncer utilizado como estratégia de governamentalidade no Programa de Políticas e Ações para Prevenção do Câncer no BrasilLIMA, Adriana Pessoa January 2011 (has links)
LIMA , Adriana Pessoa. Psicologia e Sistema Único da Assistência Social - SUAS: estudo sobre a inserção dos(as) psicólogos(as) nos Centros de Referência da Assistência Social - CRAS's. 2011. 145 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2011-11-29T19:54:49Z
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Previous issue date: 2011 / The actions taken by the government in the management of cancer in the world has constituted this disease as a risk by placing all the people on the border between health and disease in order to promote the filiation to certain modes of existence of being healthy. But official discourses aiming populations haven’t always made use of the actual discursive strategy which articulates different social actors in search of health by means of risk device. In this work, we try to understand the conditions that made it possible for the risk discourse to become a global strategy to fight the disease and be inscribed in the practices of biopolitics in contemporary West. Based on the Foucaultian, theoretical and methodological frames, this research aims to analyze the constitution of the discourse of cancer as a risk in order to discuss the historical and cultural and discursive construction and its different uses and effects when organizing, regulating and governing social life. We also aim to understand the relationship between the policy of cancer prevention in Brazil and global health policies, to the extent that the contemporary management of health is linked to a sanitary transnational project that builds a government agenda to be adopted throughout nations. Finally, to contextualize the discourses that promote and sustain cancer as a risk for everyone, we sought to analyzed the Brazilian version of the document released by the WCRF / AICR in 2009 entitled "Policies and Actions for the Prevention of Cancer in Brazil: food, nutrition and physical activity" in order to understand the power procedures that enable the control the lifestyles of the population in terms of strategies and tactics. This study highlights the development of a health agenda that aligns political interests and individual aspirations in terms of health and longevity, so that the discourse of cancer instituted works for the exercise of political power. It is therefore a technology of attention / care for life, with the effect of promoting a hygienic society. / As ações implementadas pelo governo na gestão do câncer vem constituindo esta doença como risco, posicionando todas as pessoas na fronteira entre a saúde e a doença, de forma a estimular a adesão a determinados modos de existência de ser saudável. Mas nem sempre os discursos oficiais dirigidos à população fizeram uso da estratégia discursiva atual, que articula diversos atores sociais na busca da saúde, por meio do dispositivo do risco. Neste trabalho, procuramos compreender as condições que possibilitaram esse discurso se constituir numa estratégia global de combate à doença, passando a ser inscrita nas práticas biopolíticas do Ocidente na contemporaneidade. Com base no referencial teórico-metodológico foucaultiano, essa pesquisa tem o objetivo de analisar a constituição do discurso de câncer como risco, visando discutir as particularidades históricas e culturais dessa construção discursiva e seus diferentes usos e efeitos ao organizar, regular e governar a vida social. Também buscamos entender a relação entre a política de prevenção de câncer no Brasil e as políticas globais de saúde, na medida em que a gestão contemporânea da saúde se articula com um projeto transnacional de ressignificação sanitária que constrói uma agenda governamental a ser adotada pelos países. E por fim, para contextualizar os discursos que promovem e sustentam o câncer como risco, analisamos a versão brasileira do documento lançado pelo WCRF/AICR em 2009 denominado “Políticas e Ações para Prevenção do Câncer no Brasil: alimentação, nutrição e atividade física”, de forma a entender os procedimentos do poder que possibilitam o controle dos estilos de vida da população em termos de estratégias e táticas. Esse estudo nos aponta para a elaboração de uma agenda de saúde que alinha os interesses políticos às aspirações individuais em termos de saúde e longevidade, de forma que o discurso de câncer instituído funciona para o exercício do poder político. Constitui, portanto, uma tecnologia de atenção/cuidado com a vida, tendo o efeito de fomentar uma sociedade higiênica.
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