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Ditongos Fonéticos: a interferência da língua falada na escrita de alunos da zona urbana e da zona rural de São José do Norte

Amaral, Veronica Santos do 21 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T14:24:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Veronica.pdf: 6053471 bytes, checksum: 680bd51960b4defb1b7d89abebed71b1 (MD5) Previous issue date: 2013-05-21 / The present work investigates of writing acquisition of the falling oral diphthongs [aj], [ej] and [ow] in the town of São José do Norte/RS, as well as the relationship set between the spoken language and the written language in this process. The subjects are in 1st, 2nd, 3rd and 6th grade classes from two public schools, one in the urban area of town and one in the countryside. Three instruments were elaborated for data collection, one for oral collection and two for written collection. The oral collection instrument consists of 62 pictures which were presented to each subject through a computer. Concerning the written data collection, one instrument was elaborated for the 1st, 2nd and 3rd grade students and another for the 6th grade students. For the 1st, 2nd and 3rd grades, the instrument had the image of the pictures shown to them in the computer previously, so that they would write words about these pictures. For the 6th grade students, the instrument presented statements with blanks to be properly completed. The words in the written collection were, therefore, the same in the oral data collection. Linguistic variables were investigated such as following phonological context, morphologic category and stress, as well as extralinguistic variables such as grade, sex, school zone in order to investigate their influence in the process of graphic acquisition of the respective diphthongs. The data description was carried out by using percentages referring to the production and the deletion of glides in these diphthongs. We added, in the data analysis, statistical results, through the application of the SPSS v. 17.0 program, in order to extend the research results to an ampler sample. The results confirm the proposal of Bisol (1989) about the existence of only one vowel element in the mental representation of learners, due to the significant number of reduction found in writing produced in the initial school years. The gradual appropriation of diphthongs in writing, as well as the emergence, in oral language, of the sequences [aj], [ej] and [ow] in subjects from the 3rd and 6th grades, corroborate the possibility that these diphthongs emerge in the mental representation from the contact of the subjects with the writing. They also point out to an interference of the spoken language in the written one and an influence of writing on oral language. / O presente trabalho investiga o processo de aquisição da escrita dos ditongos orais decrescentes [aj], [ej] e [ow] na cidade de São José do Norte/RS, assim como a relação que se estabelece entre língua falada e língua escrita nesse processo.Os sujeitos pertencem às turmas da 1ª, 2ª, 3ª e 6ª série de duas escolas públicas, uma da zona urbana e outra da zona rural. Foram elaborados três instrumentos de coleta de dados, sendo um para a coleta oral e dois para a coleta escrita. O instrumento da coleta oral contém 62 figuras que foram apresentadas a cada sujeito por meio de um computador. Quanto à coleta escrita, um instrumento foi elaborado para os alunos da 1ª, 2ª e 3a séries e o outro para os alunos da 6ª série. Aos alunos da 1ª, 2ª e 3a séries, o instrumento continha as imagens das figuras mostradas a eles no computador anteriormente, para que escrevessem palavras sobre essas figuras.Para os alunos da 6ª série, o instrumento apresentava frases com espaços em branco, para que fosse completado o sentido de cada uma.As palavras da coleta escrita foram, portanto, as mesmas trabalhadas na oralidade. Foram investigadas variáveis linguísticas, como contexto fonológico seguinte, categoria morfológica e tonicidade, assim como variáveis extralinguísticas, como série, sexo e zona da escola a fim de investigar a influência destas no processo de aquisição gráfica dos respectivos ditongos. A descrição dos dados foi realizada por meio de percentuais referentes à produção e à supressão das semivogais desses ditongos. Acrescentamos, na análise dos dados, resultados estatísticos, por meio da aplicação do programa SPSS v.17.0, a fim de estender os resultados da pesquisa a uma amostra mais ampla.Os resultados confirmam a proposta de Bisol (1989) acerca da existência de apenas um elemento vocálico na representação mental dos aprendizes, tendo em vista o expressivo número de reduções na escrita realizadas nas séries iniciais. A gradual apropriação dos ditongos na escrita, bem como a emergência, na oralidade, de sequências [aj], [ej] e [ow] em sujeitos das turmas de 3ª e 6ª séries, corroboram a possibilidade de esses ditongos emergirem na representação mental a partir do contato dos sujeitos com a escrita. Apontam, ainda, para uma interferência da língua falada na escrita, assim como, uma influência da escrita na oralidade.
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Um estudo sobre o estatuto fonológico dos ditongos variáveis [aj] e [ej] do PB a partir de dados orais e ortográficos produzidos por crianças de séries iniciais / A study of the phonological laws related to the variable diphthongs [aj] and [ej] in Brazilian Portuguese collected in oral and orthographic data produced by children in their early grades

Adamoli, Marco Antônio 21 December 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T13:48:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marco Antonio Adamoli_Tese.pdf: 5526851 bytes, checksum: 925611790770b0566c88972581441cf7 (MD5) Previous issue date: 2012-12-21 / In this dissertation, I have analyzed the oral and orthographic production of the variable diphthongs [aj] and [ej] in Brazilian Portuguese (BP) by a group of fifteen children who were developing their literacy processes in an Elementary School in Pelotas, RS. My main objective was to describe the oral and written production of such vowel sequences and, based on comparisons found in the collected material, to provide arguments not only for the discussion about the phonological representation of those sequences but also for the proposal of child representation restructuring based on how they learn to write. In order to achieve this objective, I presupposed that children‟s oral production and their early orthographic productions of the diphthongs under investigation, collected for two years in a row, could provide clues to comprehend these children‟s phonological knowledge of those vowel sequences. Data analysis showed that, regarding oral production, the first graders produced very low frequencies around 5% - of both diphthongs whereas second graders yielded 63% for [aj] and 44% for [ej]. Concerning orthographic productions, data analysis showed that, at the beginning of their literacy processes, children tend to have some difficulties regarding conventional writing in terms of spelling both vowel groups since they prefer forms without the semivowel. Besides, in subsequent stages, an important change was perceived in the children‟s orthographic development: around 80% for the production of the grapheme i‟, which seems to evidence that these orthographic structures have already been acquired by second graders. On the whole, the data, along with further arguments regarding the diphthongs in variation and oral acquisition, provided arguments to make me suggest that children spell such segments as if they had one vowel only in the subjacency, /a/ and /e/, in accordance with the input they got, rather than as a structure vowel + glide, which would be produced in the following stages, when they learn how to write. This interpretative proposal is supported by the fact that children are acquiring the phonology of their language in a successive process of (re)construction of their phonological representations while their orthographic systems are being built. Based on the data collected by this study and a set of data on the acquisition of such segments, I questioned whether palatal fricatives are complex segments in child phonology and proposed an interpretation for the utterance of the phonetic diphthongs [aj] and [ej] which says that the children under study interpreted the palatal fricative consonants, in their early phonological development, as simple segments and modified their interpretation due to the learning of the alphabet writing. / Nesta tese, analisamos as produções orais e ortográficas dos ditongos variáveis [aj] e [ej] do PB de um grupo composto por quinze crianças em fase de alfabetização, pertencentes a uma escola de ensino fundamental da cidade de Pelotas/RS. Tivemos como objetivo principal descrever a produção oral e escrita de tais sequências vocálicas e, a partir da comparação do material empírico obtido, fornecer argumentos à discussão sobre a representação fonológica de tais sequências vocálicas, bem como à proposta de reestruturação das representações infantis a partir da aprendizagem da escrita. A fim de atender a esse objetivo, partimos do pressuposto de que as produções orais infantis e as primeiras produções ortográficas dos ditongos em foco, coletados em um período de dois anos consecutivos, pudessem oferecer-nos indícios para a compreensão do conhecimento fonológico desse grupo de crianças sobre tais sequências vocálicas. O levantamento dos dados mostrou-nos que, quanto às produções orais, as crianças concluíram o primeiro ano produzindo frequências muito baixas desses dois ditongos, próximas a 5%, ao passo que, ao final do segundo ano de escolarização, os percentuais chegaram a 63%, para [aj], e 44%, para [ej]. Em relação às produções ortográficas, o levantamento dos dados revelou-nos que, no início da escolarização, as crianças tendem a apresentar dificuldades quanto à escrita convencional no que diz respeito à grafia desses dois grupos vocálicos, preferindo formas sem a semivogal, e que, em estágios subsequentes, uma mudança importante no desenvolvimento ortográfico das crianças é percebida, pois constatamos índices em torno de 80% de produção do grafema i‟, o que parece indicar que essas estruturas ortográficas são adquiridas pelas crianças já a partir do segundo ano. Em seu conjunto, os dados coletados, somados a outros argumentos adicionais também sobre os ditongos na variação e na aquisição oral, forneceram argumentos para sugerirmos que as crianças grafam tais segmentos considerando-os como portadores de uma vogal apenas na subjacência, /a/ e /e/, dadas as informações percebidas pelo input, e não como uma estrutura do tipo vogal + glide, a qual viria a surgir em estágios posteriores, por meio da aprendizagem da escrita. Essa proposta interpretativa tem como apoio o fato de a criança estar adquirindo a fonologia de sua língua, em um processo sucessivo de (re) construção de suas representações fonológicas, ao mesmo tempo em que o seu sistema ortográfico passa a ser construído. Com base nos dados deste estudo e em um conjunto de dados de aquisição sobre tais grupos vocálicos, questionamos a proposta de serem as fricativas palatais segmentos complexos na fonologia infantil e propusemos uma interpretação para o surgimento dos ditongos fonéticos [aj] e [ej] segundo a qual as crianças investigadas interpretam as consoantes fricativas palatais, em etapa do desenvolvimento fonológico inicial, como segmentos simples, tendo sua interpretação modificada em decorrência da aprendizagem da escrita alfabética.

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