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Avaliação do tratamento cirúrgico da obstrução da junção pielo-ureteral por meio de pieloplastia vídeo-laparoscópica robótica assistida / Evaluation of the management of ureteropelvic junction obstruction using a laparoscopic robotic approach

Chammas Júnior, Mário Fernandes 15 January 2016 (has links)
Objetivo: Avaliar os resultados iniciais e a curva de aprendizado dos primeiros 100 casos consecutivos do tratamento cirúrgico da obstrução da junção ureteropiélica por meio da pieloplastia robótica laparoscópica. Materiais e Métodos: Um total de 99 pacientes (41 homens e 58 mulheres), com idade média de 38 anos (18-81 anos), foi submetido a 100 pieloplastias robóticas laparoscópicas consecutivas (um procedimento bilateral), realizadas pelo mesmo cirurgião. A determinação da curva de aprendizado foi baseada na avaliação do tempo de anastomose, tempo cirúrgico, complicações precoces e tardias e resultados a longo prazo. Os casos foram divididos em grupos de 25 procedimentos consecutivos (grupos 1, 2, 3, 4) de acordo com a data, em ordem cronológica, em que foram submetidos ao procedimento. Os pacientes foram reavaliados pelos médicos do serviço de urologia 3, 12 meses e anualmente após o procedimento através de avaliação clínica, onde relatavam melhora ou não dos sintomas, e exames de imagem (urografia excretora e/ou cintilografia renal). Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à idade e índice de massa corpórea. O tempo médio para confecção da anastomose foi de 50,0, 36,8, 34,2 e 29,0 minutos para os grupos 1 a 4, respectivamente (p=0,137). O tempo cirúrgico médio foi 144,6, 119,2, 114,5 e 94,6 minutos, apresentando uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 vs. 2 (p=0,015), 1 vs. 3 (p=0,002), 1 vs. 4 (p < 0,001) e 2 vs. 4 (p=0,022). A internação hospitalar média foi de 7,08, 4,76, 4,88 e 4,20 dias, apresentando uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 vs. 2 (p < 0,001), 1 vs. 3 (p < 0,001) e 1 vs. 4 (p < 0,001). Complicações significativas (Clavien-Dindo grau > 3) ocorreram apenas no grupo 2 (2 complicações grau IIIb). Um paciente no grupo 1 necessitou de conversão cirúrgica para a via aberta devido a dificuldades técnicas na dissecção piélica. O seguimento pós-operatório médio foi de 50,6 meses. Houve perda de seguimento em três pacientes do grupo 1, um do grupo 2, dois do grupo 3 e um do grupo 4. Uma melhora significativa (clínica e radiológica) foi demonstrada em 98,9% dos casos nesta série. Em um seguimento tardio (50 meses) um paciente do grupo 3 apresentou um quadro de obstrução recorrente da JUP. Conclusão: Os resultados demonstram que a PRL é uma alternativa efetiva para o tratamento da estenose da JUP com altas taxas de sucesso e baixo índice de complicações. Apesar da presença de uma alta taxa de sucesso já nos primeiros casos uma queda significativa no tempo de internação e tempo cirúrgico foi evidente após a realização de 25 procedimentos. Aparentemente um número de 25 casos parece ser suficiente para um aprendizado efetivo das bases deste procedimento cirúrgico e uma diminuição sustentada de seu tempo operatório / Purpose: To evaluate the results and learning curve of laparoscopic robotic pyeloplasty during the initial 100 cases. Materials and Methods: A total of 99 patients (41 men, 58 women), with a median age of 38 years (range: 18-81 years), underwent 100 consecutive laparoscopic robotic pyeloplasties (one bilateral procedure), performed by the same surgeon. Learning curve estimations were used for anastomosis, operative time, early and late complications and long-term results. Sequential analyses were performed between the cases, which were divided in groups of consecutive 25 procedures (groups 1, 2, 3 and 4). Statistical analyses comparing the groups were performed. Results: All groups were similar with respect to age and body mass index. The median anastomosis time was 50.0, 36.8, 34.2 and 29.0 minutes for groups 1 to 4, respectively (p=0.137). Median operative time was 144.6, 119.2, 114.5 and 94.6 minutes, with a statistical difference present when comparing groups 1 and 2 (p=0.015), 1 and 3 (p=0.002), 1 and 4 (p < 0.001) and 2 and 4 (p=0.022). Mean hospital stay was 7.08, 4.76, 4.88 and 4.20 days, with a statistical difference present when comparing groups 1 and 2 (p < 0.001), 1 and 3 (p < 0.001) and 1 and 4 (p < 0.001). Major complications (Clavien-Dindo grade 3 or above) were present only in group 2 (2 grade IIIb complications). One patient in the group 1 required a conversion to open surgery due to dissection difficulties during pyelic exposure. The medium follow up was 50.6 months. Three patients in group 1, one in group 2, two in group 3 and one in group 4 were lost to follow-up. A significant improvement (clinical and radiological) was present in 98.9% of patients in this series. At a late follow-up (50 months) one patient in group 3 presented a recurrent ureteropelvic junction obstruction. Conclusion: Our results demonstrate that success rate of LARP is high and complication rates are low. The operative time (learning curve) decreased with experience, confirming the procedure\'s complexity. Although favorable results were already present in the first few cases, a significant decrease in hospital stay and surgical time was evident after 25 cases. Apparently, 25 cases appear to be a reasonable experience in order to decrease the operative time and master the basics of the procedure
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Avaliação do tratamento cirúrgico da obstrução da junção pielo-ureteral por meio de pieloplastia vídeo-laparoscópica robótica assistida / Evaluation of the management of ureteropelvic junction obstruction using a laparoscopic robotic approach

Mário Fernandes Chammas Júnior 15 January 2016 (has links)
Objetivo: Avaliar os resultados iniciais e a curva de aprendizado dos primeiros 100 casos consecutivos do tratamento cirúrgico da obstrução da junção ureteropiélica por meio da pieloplastia robótica laparoscópica. Materiais e Métodos: Um total de 99 pacientes (41 homens e 58 mulheres), com idade média de 38 anos (18-81 anos), foi submetido a 100 pieloplastias robóticas laparoscópicas consecutivas (um procedimento bilateral), realizadas pelo mesmo cirurgião. A determinação da curva de aprendizado foi baseada na avaliação do tempo de anastomose, tempo cirúrgico, complicações precoces e tardias e resultados a longo prazo. Os casos foram divididos em grupos de 25 procedimentos consecutivos (grupos 1, 2, 3, 4) de acordo com a data, em ordem cronológica, em que foram submetidos ao procedimento. Os pacientes foram reavaliados pelos médicos do serviço de urologia 3, 12 meses e anualmente após o procedimento através de avaliação clínica, onde relatavam melhora ou não dos sintomas, e exames de imagem (urografia excretora e/ou cintilografia renal). Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à idade e índice de massa corpórea. O tempo médio para confecção da anastomose foi de 50,0, 36,8, 34,2 e 29,0 minutos para os grupos 1 a 4, respectivamente (p=0,137). O tempo cirúrgico médio foi 144,6, 119,2, 114,5 e 94,6 minutos, apresentando uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 vs. 2 (p=0,015), 1 vs. 3 (p=0,002), 1 vs. 4 (p < 0,001) e 2 vs. 4 (p=0,022). A internação hospitalar média foi de 7,08, 4,76, 4,88 e 4,20 dias, apresentando uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 vs. 2 (p < 0,001), 1 vs. 3 (p < 0,001) e 1 vs. 4 (p < 0,001). Complicações significativas (Clavien-Dindo grau > 3) ocorreram apenas no grupo 2 (2 complicações grau IIIb). Um paciente no grupo 1 necessitou de conversão cirúrgica para a via aberta devido a dificuldades técnicas na dissecção piélica. O seguimento pós-operatório médio foi de 50,6 meses. Houve perda de seguimento em três pacientes do grupo 1, um do grupo 2, dois do grupo 3 e um do grupo 4. Uma melhora significativa (clínica e radiológica) foi demonstrada em 98,9% dos casos nesta série. Em um seguimento tardio (50 meses) um paciente do grupo 3 apresentou um quadro de obstrução recorrente da JUP. Conclusão: Os resultados demonstram que a PRL é uma alternativa efetiva para o tratamento da estenose da JUP com altas taxas de sucesso e baixo índice de complicações. Apesar da presença de uma alta taxa de sucesso já nos primeiros casos uma queda significativa no tempo de internação e tempo cirúrgico foi evidente após a realização de 25 procedimentos. Aparentemente um número de 25 casos parece ser suficiente para um aprendizado efetivo das bases deste procedimento cirúrgico e uma diminuição sustentada de seu tempo operatório / Purpose: To evaluate the results and learning curve of laparoscopic robotic pyeloplasty during the initial 100 cases. Materials and Methods: A total of 99 patients (41 men, 58 women), with a median age of 38 years (range: 18-81 years), underwent 100 consecutive laparoscopic robotic pyeloplasties (one bilateral procedure), performed by the same surgeon. Learning curve estimations were used for anastomosis, operative time, early and late complications and long-term results. Sequential analyses were performed between the cases, which were divided in groups of consecutive 25 procedures (groups 1, 2, 3 and 4). Statistical analyses comparing the groups were performed. Results: All groups were similar with respect to age and body mass index. The median anastomosis time was 50.0, 36.8, 34.2 and 29.0 minutes for groups 1 to 4, respectively (p=0.137). Median operative time was 144.6, 119.2, 114.5 and 94.6 minutes, with a statistical difference present when comparing groups 1 and 2 (p=0.015), 1 and 3 (p=0.002), 1 and 4 (p < 0.001) and 2 and 4 (p=0.022). Mean hospital stay was 7.08, 4.76, 4.88 and 4.20 days, with a statistical difference present when comparing groups 1 and 2 (p < 0.001), 1 and 3 (p < 0.001) and 1 and 4 (p < 0.001). Major complications (Clavien-Dindo grade 3 or above) were present only in group 2 (2 grade IIIb complications). One patient in the group 1 required a conversion to open surgery due to dissection difficulties during pyelic exposure. The medium follow up was 50.6 months. Three patients in group 1, one in group 2, two in group 3 and one in group 4 were lost to follow-up. A significant improvement (clinical and radiological) was present in 98.9% of patients in this series. At a late follow-up (50 months) one patient in group 3 presented a recurrent ureteropelvic junction obstruction. Conclusion: Our results demonstrate that success rate of LARP is high and complication rates are low. The operative time (learning curve) decreased with experience, confirming the procedure\'s complexity. Although favorable results were already present in the first few cases, a significant decrease in hospital stay and surgical time was evident after 25 cases. Apparently, 25 cases appear to be a reasonable experience in order to decrease the operative time and master the basics of the procedure

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