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Saúde, ambiente e territórioAraújo, Carlos Dacio Pereira de January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. / Made available in DSpace on 2012-10-17T20:54:09Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T16:24:31Z : No. of bitstreams: 1
177317.pdf: 8607036 bytes, checksum: 649160219300392fbffd861a1c25eda4 (MD5) / Esta investigação, focalizada no Distrito do Pântano do Sul, em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, aborda sob enfoque de saúde pública fatores e condições envolvidos na interação entre a população e o meio ambiente que podem resultar em problemas de saúde coletiva e se expressam como situações de risco ambiental à saúde. O território é caracterizado por uma alta diversidade, onde ecossistemas naturais remanescentes subsistem em meio ao ambiente transformado por mais de dois séculos de exploração dos recursos naturais. O rápido processo de urbanização, decorrente do crescimento espacial da cidade e da forte atratividade turística da região, impõe mudanças na paisagem, refletindo alterações ambientais. Evidenciam-se atualmente sinais de crescente degradação. O aumento da população, não acompanhado da infra-estrutura de serviços de saneamento, a expõe a situações de risco à saúde. Os objetivos específicos deste trabalho consistem em identificar, caracterizar e espacializar no território situações de risco ambiental à saúde originadas ou potencializadas pelo ambiente natural ou transformado, visando subsidiar o planejamento e administração de saúde e gestão territorial. A metodologia utilizada inclui reconhecimento e análise espacial do território, uso de dados secundários sobre condições geográficas e de qualidade ambiental, o perfil da população, serviços de saúde, doenças e agravos e condições relacionadas à saúde. Efetuou-se uma análise qualitativa das frações territoriais, considerando que a interpretação fisionômica da paisagem local permite a detecção de fatores e situações de risco à saúde. Apesar da indisponibilidade de dados epidemiológicos para a escala territorial, apontam-se algumas situações de risco ambiental à saúde. As consideradas mais importantes são relacionadas com o ambiente urbanizado, como os agravos por acidentes de trânsito e as decorrentes da deficiência de condições de saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos), como o risco da ocorrência do dengue. A avaliação dos riscos do ambiente natural requer pesquisas mais acuradas, especialmente referentes à presença, densidade e infectividade de vetores ou reservatórios de algumas doenças silvestres, como a malária. Como conclusões, reforça-se o entendimento da importância de considerar os fatores e situações ambientais de risco no planejamento e gestão de saúde e território, mas torna-se necessário o estabelecimento e utilização de indicadores para possibilitar uma avaliação tanto qualitativa quanto quantitativa destas situações e sua importância relativa. A melhora de condições de ambientais para a saúde e o bem estar constitui necessidade e uma tarefa a ser desenvolvida mediante a integração de políticas entre o setor saúde e outros da administração pública e ainda através de uma nova atitude da comunidade. A tarefa mais urgente é a formulação de um projeto sustentável para o território, um objetivo consensual para um próximo futuro, visando não apenas prevenir ou controlar doenças e agravos, mas promover a saúde e a qualidade de vida.
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