With a sometimes ambiguous stance, the Catholic Church has, over the centuries, demonstrated an immeasurable capacity for renewal and adaptation to the current historical context, something that can be observed, for example, in its attitudes towards military dictatorships. Whether it is in support or questioning this type of regime, the Brazilian clergy as well as Sergipe experienced moments of tension in the second half of the twentieth century. During his episcopate (1960-1987), Bishop José Brandão de Castro, the first bishop of the Diocese of Propria - se, was involved in a series of accusations of communist practices due to his change of attitude of condescension towards the defender regime of social causes and human rights. In this context, we aim to analyze the performance of Dom Brandão during the Brazilian civil-military dictatorship, emphasizing the period in which he was accused of communism, trying to understand the circumstances surrounding the episode, its repercussion in the religious, social and political scenario, but also attentive to the discourses built around the fact, especially in the press. To that end, the sources used in the production of this paper include newspapers such as A Defesa, Jornal de Sergipe, Gazeta de Sergipe, among others, and official sources (encyclicals, documents of the State Commission of Truth-SE), highlighting the fields of research in Church History and Press History. We thus understand that Dom Brandão's performance at the head of the diocese of Propriá displeased some sectors of society, a determining factor for having been raised the condition of constant vigilance by state security organs, as well as the Catholic Church itself which was part. / Com postura por vezes ambígua, a Igreja Católica ao longo dos séculos demonstrou possuir uma capacidade imensurável de renovação e adequação ao contexto histórico vigente, algo que pode ser observado, por exemplo, em suas atitudes diante das ditaduras militares. Seja apoiando ou questionando esse tipo de regime, o clero brasileiro, em particular o sergipano vivenciou momentos de tensões na segunda metade do século XX. Durante seu episcopado (1960-1987), Dom José Brandão de Castro, primeiro bispo da Diocese de Propriá - SE, viu-se envolto em uma série de acusações de práticas comunistas devido a sua mudança de postura de condescendência em relação ao regime para defensor de causas sociais e direitos humanos. Nesse contexto, objetivamos analisar a atuação de Dom Brandão durante a ditadura civil-militar brasileira, enfatizando principalmente o período em que foi acusado de comunismo buscando entender as circunstâncias que envolveram o episódio, sua repercussão no cenário religioso, social e político, mas também atentos aos discursos construídos em torno do fato, sobretudo na imprensa. Para tanto, as fontes utilizadas na produção do presente trabalho englobam jornais como A Defesa, Jornal de Sergipe, Gazeta de Sergipe, entre outros e fontes oficiais (encíclicas, documentos da Comissão Estadual da Verdade-SE) que serão analisadas pelo viés da História Cultural, salientado os campos da pesquisa de História da Igreja e História da Imprensa. Compreendemos, desse modo, que o desempenho de Dom Brandão a frente da Diocese de Propriá desagradou alguns setores da sociedade, fator determinante para ter sido alçado a condição de alvo de vigilância constante dos órgãos de segurança do Estado, como também da própria Igreja Católica a qual fazia parte. / São Cristóvão, SE