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Ecofisiologia da germinaÃÃo e do crescimento inicial de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke E Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan / Ecophysiology germination and early growth of Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke and Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

Wanessa Nepomuceno Ferreira 25 May 2011 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este estudo apresenta a hipÃtese de que P. stipulacea à uma espÃcie caracterÃstica de estÃgio inicial de sucessÃo, enquanto A. colubrina de estÃgios mais avanÃados. Para caracterizar as duas espÃcies, estudaram-se alguns atributos utilizados na classificaÃÃo de grupos ecolÃgicos de florestas tropicais Ãmidas, respondendo as seguintes questÃes: a) as espÃcies apresentam dormÃncia de sementes? b) quais as condiÃÃes de temperatura e luz para germinaÃÃo? c) as sementes apresentam tolerÃncia à dessecaÃÃo? d) quais as caracterÃsticas de crescimento das plÃntulas sob diferentes graus de irradiÃncia? Dessa forma, o trabalho apresentou as seguintes previsÃes: a) as sementes de P. stipulacea apresentam dormÃncia, enquanto as de A. colubrina nÃo apresentam; b) as sementes de P. stipulacea germinam em uma ampla faixa de temperatura, enquanto as de A. colubrina germinam em uma faixa de temperatura mais estreita; c) as sementes de P. stipulacea toleram baixos nÃveis de dessecaÃÃo, enquanto as de A. colubrina nÃo toleram; d) as plÃntulas de P. stipulacea crescem melhor em maiores nÃveis de irradiÃncia, enquanto as de A. colubrina crescem melhor em menores nÃveis de irradiÃncia. Os frutos foram coletados em Ãrea de caatinga situada na fazenda âNÃo Me Deixesâ, no municÃpio de QuixadÃ-CE, e os experimentos foram realizados no LaboratÃrio de AnÃlise de Sementes e no NÃcleo de Ensino e Pesquisa em Agricultura Urbana. Resultados do teste preliminar de germinaÃÃo mostraram que sementes de P. stipulacea apresentam dormÃncia, sendo melhor superada com escarificaÃÃo quÃmica por 10 minutos. Jà as sementes de A. colubrina nÃo possuem dormÃncia. O experimento de temperatura e luz revelou que as duas espÃcies apresentam a mesma amplitude de germinaÃÃo (10ÂC a 40ÂC), com melhor germinaÃÃo a 30ÂC, porÃm, nas menores temperaturas P. stipulacea apresentou germinaÃÃo muito baixa. Quanto à tolerÃncia a dessecaÃÃo, as sementes de P. stipulacea suportaram secagem atà 5,16% de umidade sem influenciar a germinaÃÃo, representando comportamento ortodoxo. Jà com A. colubrina a germinaÃÃo diminuiu à medida que as sementes perderam Ãgua, porÃm, mesmo com teor de Ãgua de 5,81%, a germinaÃÃo permaneceu acima de 80%, indicando que esta espÃcie tambÃm apresenta sementes ortodoxas. No experimento de irradiÃncia, plÃntulas de P. stipulacea apresentaram maior diÃmetro a pleno sol e, em todos os tratamentos, acumularam maior biomassa para o caule. A. colubrina apresentou maior altura e diÃmetro em 50% de sombra e maior nÃmero de folhas e biomassa da parte aÃrea em 70% de sombra, indicando que esta espÃcie tolera nÃveis intermediÃrios de sombra. Sugere-se que caracterÃsticas utilizadas na classificaÃÃo de grupos ecolÃgicos de florestas tropicais Ãmidas tambÃm possam ser utilizadas para subsidiar a identificaÃÃo de qual estÃgio sucessional pertencem determinadas espÃcies da caatinga, com o objetivo de entender sua ocorrÃncia, distribuiÃÃo e desenvolvimento, para melhor conservaÃÃo e uso adequado no reflorestamento de Ãreas degradadas. / This study presents the hypothesis that P. stipulacea is a species characteristic of early stages of succession, while A. colubrina in later stages. To characterize the two species studied are some attributes used in classification of ecological groups of tropical rainforests, answering the following questions: a) species have seed dormancy? b) what conditions of temperature and light for germination? c) the seeds are desiccation tolerance? d) the characteristics of seedling growth under different levels of irradiance? Thus, the work made the following predictions: a) seeds of P. stipulacea present dormancy, while those of A. colubrina not present; b) seeds of P. stipulacea germinate over a wide temperature range, while those of A. colubrina germinate in a narrow temperature range; c) the seeds of P. stipulacea tolerate low levels of desiccation, while those of A. colubrina not tolerate; d) seedlings of P. stipulacea grow best at higher irradiance levels, while those of A. colubrina grow best at lower levels of irradiance. Fruits were collected in the caatinga area located on the farm "NÃo Me Deixesâ city of Quixada-CE, and the experiments were performed at the Seed Analysis Laboratory and the Core Teaching and Research in Urban Agriculture. Results of preliminary testing of germination showed that seeds of P. stipulacea present dormancy and are better solved with chemical scarification for 10 minutes. The seeds of A. colubrina have no dormancy. The experiment temperature and light was revealed that the two species have the same range of germination (10ÂC to 40ÂC), with best germination at 30ÂC, but at lower temperatures P. stipulacea showed germination very low. As for tolerance to desiccation, seeds of P. stipulacea bore drying up 5.16% moisture without influencing germination, representing orthodox behavior. Already A. colubrina germination decreased as the seeds lost water, but even with a water content of 5.81%, germination remained above 80%, indicating that this species also has orthodox seeds. In the irradiance experiment, seedlings of P. stipulacea showed larger diameter in full sun, and all treatments accumulated more biomass to the stem. A. colubrina showed greater height and diameter in 50% shade and a larger number of leaves and shoot biomass by 70% shade, indicating that this species tolerates intermediate levels of shade. It is suggested that features used for classification of ecological groups of tropical forests could also be used to support the identification of which stage of succession belongs to certain species of caatinga, with the aim of understanding their occurrence, distribution and development, for better conservation and use suitable for the reforestation of degraded areas.
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InfluÃncia de fatores biÃticos e abiÃticos na regeneraÃÃo inicial de espÃcies com abundÃncias distintas na caatinga. / Influence of biotic and abiotic factors in the initial regeneration of species with different abundances in caatinga.

Wanessa Nepomuceno Ferreira 17 December 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Uma questÃo central em ecologia refere-se à distribuiÃÃo e abundÃncia das espÃcies, e como estes atributos sÃo influenciados por fatores biÃticos e abiÃticos. O nicho de regeneraÃÃo expressa os limites de condiÃÃes biÃticas e abiÃticas toleradas e/ou requeridas durante o processo de regeneraÃÃo de uma espÃcie. Esse processo envolve desde a produÃÃo de sementes atà o recrutamento de juvenis, incluindo a dispersÃo e germinaÃÃo de sementes, e estabelecimento de plÃntulas. Qualquer fator que diminua a probabilidade de sobrevivÃncia, em qualquer etapa da regeneraÃÃo, pode reduzir o tamanho da populaÃÃo, sendo este efeito conhecido como gargalo demogrÃfico. Dentro desse contexto, nosso objetivo foi avaliar como fatores biÃticos e abiÃticos podem afetar o processo de regeneraÃÃo inicial em espÃcies da caatinga, sugerindo possÃveis preditores de suas abundÃncias. As espÃcies focais foram Poincianella bracteosa (Tul.) L.P. Queiroz, que apresenta alta densidade de indivÃduos adultos em Ãreas de caatinga e Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz, que possui baixa densidade nessas Ãreas e ocorre, preferencialmente, nas margens de rios temporÃrios. Portanto, a escolha das espÃcies deveu-se ao contraste de abundÃncia entre elas, o que as tornam bons modelos para compreender a relaÃÃo entre nicho de regeneraÃÃo e abundÃncia. No manuscrito I, os fatores estudados foram predaÃÃo prÃ-dispersÃo e dormÃncia de sementes. Os frutos das espÃcies foram coletados em Ãrea de caatinga localizada na Fazenda Experimental Vale do Curu/UFC, no municÃpio de Pentecoste-CE. No experimento de predaÃÃo, realizamos a biometria dos frutos (n=100/espÃcie), em seguida, estes foram beneficiados e as sementes classificadas em trÃs grupos (sadias, mal-formadas e predadas). Para cada espÃcie, calculou-se a taxa de predaÃÃo e contabilizou-se o nÃmero de insetos predadores. No experimento de dormÃncia, as sementes sadias de ambas as espÃcies foram submetidas a seis tratamentos prÃ-germinativos. Ao final do ensaio, calculou-se a porcentagem de germinaÃÃo, Ãndice de velocidade de germinaÃÃo e tempo mÃdio de germinaÃÃo. L. ferrea apresentou maior taxa de predaÃÃo de sementes do que P. bracteosa e baixo potencial de germinaÃÃo, pois, suas sementes possuem tegumento fortemente impermeÃvel à Ãgua. Nossos resultados sugerem que os fatores estudados podem afetar a regeneraÃÃo inicial de L. ferrea e parecem nÃo ter efeitos significativos para P. bracteosa. No manuscrito II, o fator estudado foi o estresse hÃdrico. Avaliamos caracterÃsticas morfolÃgicas e fisiolÃgicas de plÃntulas submetidas a diferentes regimes hÃdricos (10, 40, 70 e 100% da capacidade de campo) durante 85 dias, em casa de vegetaÃÃo localizada na EstaÃÃo MeteorolÃgica/UFC, em Fortaleza-CE. P. bracteosa apresentou caracterÃsticas de espÃcie de baixo-recurso, que conferem vantagens ecolÃgicas em condiÃÃes de estresse, enquanto L. ferrea apesentou caracterÃsticas de espÃcie de alto-recurso. Nossos resultados sugerem que os atributos da âSÃndrome de resistÃncia ao estresseâ podem favorecer a alta abundÃncia de P. bracteosa em Ãreas de caatinga. No manuscrito III os fatores estudados foram o estresse hÃdrico e a herbivoria. Avaliamos o crescimento inicial e a sobrevivÃncia das plantas em condiÃÃes naturais de disponibilidade hÃdrica sazonal e ataque de insetos herbÃvoros, em Ãrea de caatinga localizada na Fazenda Experimental Vale do Curu/UFC. Plantas jovens (dois meses de idade) de ambas as espÃcies foram submetidas a dois tratamentos, controle e inseticida. Mensalmente, foram realizadas medidas de altura, diÃmetro e nÃmero de foliÃlulos durante um ano (abril/2013 - abril/2014). As taxas de crescimento em altura e diÃmetro foram calculadas para diferentes perÃodos: chuvoso/2013, seco/2013 e chuvoso/2014. A herbivoria foi avaliada durante as estaÃÃes chuvosas (2013/2014), contabilizando-se o nÃmero de foliÃlulos com danos causados por insetos. TambÃm foram realizadas medidas de trocas gasosas durante as estaÃÃes chuvosa e seca/2013. As espÃcies nÃo apresentaram diferenÃas significativas nas taxas de crescimento, mas L. ferrea foi mais susceptÃvel à herbivoria e à seca do que P. bracteosa. Nossos resultados sugerem que, durante o estÃgio de planta juvenil, os efeitos do estresse hÃdrico associados aos danos cumulativos da herbivoria podem limitar a regeneraÃÃo natural de L. ferrea em Ãreas de caatinga, sendo os efeitos pouco expressivos na regeneraÃÃo de P. bracteosa. / A central question in ecology refers to the distribution and abundance of species, and how these attributes are influenced by biotic and abiotic factors. The regeneration niche expressed limits biotic and abiotic conditions tolerated and/or required during the regeneration process of a species. This process involves from producing seed until recruitment of juvenile, including seed dispersal, germination, and seedling establishment. Any factor that decreases the probability of survival at any stage of regeneration can reduce the size of the population, and this effect is known as demographic bottleneck. In this context, the aim of this study was to evaluate how biotic and abiotic factors can affect the natural regeneration process and to suggest possible predictors of species abundance. The focal species were Poincianella bracteosa (Tul.) LP Queiroz, who has a high abundance of adults in caatinga areas and Libidibia ferrea (Mart. Ex Tul.) LP Queiroz, who has low abundance in these areas and occurs preferentially on the banks temporary rivers. The choice of species is due to the contrast of abundance between them, which makes them good models for understanding the relationship between regeneration niche and abundance. In the manuscript I, studied factors were pre-dispersal predation and seed dormancy. The fruits were collected in caatinga area located at the Fazenda Experimental Vale do Curu/UFC in the city of Pentecoste-CE. In the predation experiment, conducted biometrics fruits (n=100/species), then fruits have benefited and the seeds were classified into three groups (healthy, malformed and preyed). For each species, we calculated the rate of predation and recorded the number of predator insects. In the dormancy experiment, healthy seeds of both species were subjected to six pre-germinative treatments. At the end of the test, was calculated the germination percentage, germination speed index and average germination time. L. ferrea showed the highest seed predation than P. bracteosa and low germination potential, since its seeds have strongly coat impermeability to water. Our results suggest that the factors can affect the regeneration of L. ferrea and seem to have no significant effects on P. bracteosa. In the manuscript II, the studied factor was water stress. We assess morphological and physiological characteristics of seedlings under different water regimes (10, 40, 70 and 100% of field capacity) for 85 days, in a greenhouse located at the Meteorological Station/ UFC, in the city of Fortaleza-CE. P. bracteosa showed features of species low-resource, which provide ecological benefits in conditions of stress, while L. ferrea showed features of species high-resource. Our results suggest that the attributes of "Stress resistance syndrome" may favor the high abundance of P. bracteosa in areas of caatinga. In the manuscript III the factors studied were water stress and herbivory. We evaluate the initial growth and survival of seedlings under natural conditions of seasonal water availability and attack insect herbivores on caatinga area located at the Fazenda Experimental Vale do Curu/UFC. Seedlings (two months of age) of species were submitted to two treatments, control and insecticide. Monthly, were performed measures of height, diameter and number of leaflets for one year (April/2013 - April/2014). Growth rates in height and diameter were calculated for different periods: rainy/2013, dry/2013 and rainy/2014. The herbivory was conducted during the rainy seasons (2013/2014), counting the number of leaflets with insect damage. Were also conducted measurements of gas exchange during the rainy season and dry/2013. The species showed no significant differences in growth rates, but L. ferrea was more susceptible to herbivory and drought than P. bracteosa. Our results suggest that during the seedling stage, water stress associated with cumulative damage of herbivory may affect the natural regeneration of L. ferrea in areas of caatinga and is little significant in the regeneration of P. bracteosa.

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