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A poesia polimorfa de Francisco Alvim / The polymorphic poetry of Francisco AlvimGuimarães, Leandro Bernardo 27 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-27 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Poetry, centered on the expression of the first person of discourse, crystallized in the collective imaginary as the enunciative space of "lyrical self." Associated, at first, with the revelation of the emotional layers of the empirical poet, this concept become fragile, above all, from the literary Modernity, when the idealistic values are questioned in favor of a materialist view. This paradigmatic change will imply in the understanding of the human being as a subject fragmented by the incongruities of the historical process, which will result, in the lyric, in the configuration of subjectivities increasingly dissociated from the vision of a subject centered and intact, as thought from the seventeenth century . In the panorama of contemporary Brazilian poetry, in relation to the work around the construction of the lyrical subject, the work of Francisco Alvim stands out. From the publication of his first book, the blind men's Sun (1968), that constituent line of the lyrical gender has been a subject that the restless. Starting from a subjective configuration centered on the experiential experience of a "self", characteristic of his initial phase, it gains strength in his diction, mainly from his second work, Pastime (1964), poems in which there is the predominance of decentralization and the depersonalization of subjective speech. This procedure gives rise to voices and personas who, often in dialogue, make the poem a space of dramatization of subjectivity. This technique, which allows the enunciation of the "lyrical self" to the voice of the other, it makes possible the poet to denounce the violence forms that are naturalized by the society and for the State. Theoretical studies around the lyrical subject, such as those of Michel Collot (2013) and those of Michael Hamburger (2007); Studies on recent Brazilian poetry, such as those of Benedito Nunes (2009) and those of Iumna Maria Simon (1999); Critical studies on Francisco Álvim's lyric, such as those of Carlos Antonio de Brito (1988) and those of Roberto Schwarz (2002) support our reflections. / A poesia, centrada na expressão da primeira pessoa do discurso, cristalizou-se, no imaginário coletivo, como reduto elocutivo do “eu lírico”. Associado, a priori, à revelação dos estratos emocionais do poeta empírico, esse conceito se mostra frágil, sobretudo, a partir da Modernidade literária, momento no qual os valores idealistas são questionados em prol de uma ótica materialista. Essa mudança de paradigmas implicará na compreensão do ser humano como sujeito fragmentado pelas incongruências do processo histórico, o que resultará, na lírica, na configuração de subjetividades cada vez mais dissociadas da visão de um sujeito centrado e íntegro. No panorama da poesia brasileira contemporânea, em relação ao trabalho em torno da construção do sujeito lírico, destaca-se a obra de Francisco Alvim. Desde a publicação de seu primeiro livro, Sol dos
cegos (1968), esse traço constitutivo do gênero lírico tem sido uma questão que o inquieta. Partindo de uma configuração subjetiva centrada na experiência vivencial de um “eu”, característica de sua fase inicial, passa a ganhar força em sua dicção, principalmente a partir de sua segunda obra, Passatempo (1964), poemas nos quais há a predominância da descentralização e da despersonalização da elocução subjetiva. Esse procedimento faz emergir vozes e personas que, muitas vezes em diálogo, tornam o poema um espaço de dramatização da subjetividade. Essa técnica que permite a concessão da enunciação do “eu lírico” à voz do outro, possibilita ao poeta denunciar as formas de violência que são naturalizadas pela sociedade e pelo Estado. Estudos teóricos em torno do sujeito lírico, como os de Michel Collot (2013) e os de Michael Hamburger (2007); estudos sobre a recente poesia brasileira, como os de Benedito Nunes (2009) e os de Iumna Maria Simon (1999); estudos críticos sobre a lírica de Francisco Alvim, como os de Carlos Antonio de Brito (1988) e os de Roberto Schwarz (2002) embasam nossas reflexões.
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