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Estudo fitoquímico e investigação da atividade citotóxica das cascas do caule de Duguetia surinamensis (Annonaceae)Oliveira, Rodolfo Nascimento de, 92-98150-8388 30 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-11-30 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Duguetia surinamensis R. E. Fries is a species of Annonaceae endemic to the
Amazon, and can be found in Brazil, Colombia and Guianas. According to the
literature, there are no reports of chemical and pharmacological studies about it. In this
work, the phytochemical and in vitro cytotoxicity studies of the crude extracts and
fractions of the stem of D. surinamensis were carried out, which led to the isolation of
nine substances, eight of them of the alkaloid class. For this, classical chromatographic
techniques were used for the isolation of the chemical constituents, and spectroscopic
techniques (NMR 1H and 13C 1D/2D) and spectrometric (MS) for the identification of
these constituents. The alkaloids isolated were identified as belonging to the subclasses
of aporphines (duguetine, duguetine N-oxide, dicentrine and 7-hydroxynordicentrine),
oxoaporphines (dicentrinone), tetrahydroprotoberberines (tetrahydrojathrorrizine),
morphinanodienone (pallidine), and an alkaloid with a novel isoquinoline skeleton. The
ninth isolated substance was benzene 1,2,4-trimethoxybenzene. Of these substances,
only the alkaloids tetrahydrojathrorrizine, duguetine, duguetine N-oxide and
dicentrinone are reported in the genus. 7-hydroxyncedicentrin was isolated for the first
time in the family. The methanolic extract presented moderate activity against the
HepG2 (human hepatocellular carcinoma) and K562 (human chronic myelocytic
leukemia) tumor cell lines with IC50 values equal to 46.86 and 35.58 μg/mL,
respectively. The alkaloids 7-hydroxynordicentrine, dicentrine, duguetine, and
duguetine N-oxide showed promising cytotoxic activity against MCF7 (human breast
adenocarcinoma), HCT116 (human colon carcinoma), HepG2, HL-60 (human
promyelocytic leukemia) tumor cells with IC50 below 8.0 μg/mL for all cells tested,
with except for the duguetine N-oxide compared to the HepG2 line, which had an IC50
of 10.41 μg/mL. 7-hydroxynordicentrine showed potent cytotoxic activity against the
MCF7, HCT116 and HL-60 tumor lines with IC50 of 3.41, 1.38 and 0.69 μg/mL,
respectively, whereas duguetin showed high cytotoxic activity against the HepG2
lineage (IC50 = 1.78 μg/mL). The results confirm that D. surinamensis is chemically a
representative of the Annonaceae family, and a promising source of bioactive
substances with potential cytotoxic activity. / Duguetia surinamensis R. E. Fries é uma espécie de Annonaceae endêmica da
Amazônia, podendo ser encontrada no Brasil, Colômbia e Guianas. De acordo com a
literatura, não há relatos de estudos químicos e farmacológicos a seu respeito. Nesse
trabalho, foi realizado o estudo fitoquímico e de citotoxicidade in vitro dos extratos
brutos e frações das cascas do caule de D. surinamensis, que levou ao isolamento de
nove substâncias, sendo oito delas da classe dos alcaloides. Para isso foram empregadas
técnicas cromatográficas clássicas para o isolamento dos constituintes químicos, e
técnicas espectroscópicas (RMN de 1H e 13C 1D/2D) e espectrométrica (EM) para a
identificação desses constituintes. Os alcaloides isolados foram identificados como
pertencentes as subclasses dos aporfínicos (duguetina, duguetina N-óxido, dicentrina e
7-hidroxinordicentrina), oxoaporfínicos (dicentrinona), tetraidroprotoberberínicos
(tetrahidrojathrorrizina), morfinanodienonas (pallidina), além de um alcaloide com
esqueleto isoquinolínico inédito. A nona substância isolada foi o benzenoide 1,2,4-
trimetoxibenzeno. Dessas substâncias, apenas os alcaloides tetrahidrojathrorrizina,
duguetina, duguetina N-óxido e dicentrinona possuem relato no gênero. A pallidina é o
primeiro alcaloide da subclasse morfinanodienona isolado no gênero e a 7-
hidroxinordicentrina foi isolado pela primeira vez na família. O extrato metanólico
apresentou atividade moderada frente às linhagens de células tumorais HepG2 e K562
com valores de CI50 iguais a 46,86 e 35,58 μg/mL respectivamente. Os alcaloides 7-
hidroxinordicentrina, dicentrina, duguetina e duguetina N-óxido apresentaram atividade
citotóxica promissora contra as linhagens de células tumorais MCF7, HCT116, HepG2,
HL-60 com CI50 abaixo de 8,0 μg/mL para todas as células testadas, com exceção da
duguetina N-óxido frente à linhagem HepG2, que apresentou CI50 igual a 10,41 μg/mL.
7-Hidroxinordicentrina apresentou potente atividade citotóxica contra as linhagens
tumorais MCF7, HCT116 e HL-60 com CI50 de 3,41, 1,38 e 0,69 μg/mL,
respectivamente, enquanto que a duguetina apresentou elevada atividade citotóxica
frente à linhagem HepG2 (CI50=1,78 μg/mL). Os resultados confirmam que D.
surinamensis é quimicamente uma representante da família Annonaceae, e uma fonte
promissora de substâncias bioativas com potencial atividade citotóxica.
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