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Prioridades para a conservação de anfíbios da Mata Atlântica / Conservation priorities for amphibians of the Atlantic forestSilva, Priscila Lemes de Azevedo 18 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-18 / Global processes such as: habitat loss, overexploitation, invasive species and
climate change are driving many species to extinction. In the face of these threats,
the development of systematic planning which indicates the most important
biodiversity conservation areas has become widely accepted. The establishment
of protected areas is the main strategy for the protection of biodiversity and
maintenance of ecosystem processes due to its feasibility and economic cost.
However, species distribution can be altered by global climate change and,
possibly, the current network of protected areas may not be sufficient for species
representation in future scenarios. The impact of climate change on biodiversity
can be anticipated by spatial prioritization for conservation through the
development of dynamic conservation plans. However, it is clear that some
species have a more important ecological role than others (due to their biological
and life history characteristics) which includes the unique challenge of taking an
integrated view of biodiversity in conservation planning into account. The
Atlantic Forest is a lush biome which holds 7.7% of the world's known species of
amphibians and high concentration of endemic species. However, the Atlantic
Forest is also one of the most threatened tropical biomes of the world, mainly due
to the loss and fragmentation of natural habitats. This thesis provides proposals
for conservation efforts, considering the possible effects of climate change and
also the wider aspects of biodiversity. For this, I used the available amphibian
data from the Red List of Threatened Species of the International Union for
Conservation of Nature, available climate models, information on protected areas
by the World Database on Protected Areas, and attributes of species and the
phylogenetic tree consistent with specific literature. Chapter 1 highlights a discussion on the impact of climate change and priorities for biodiversity
conservation and the importance of including the functional and phylogenetic
diversity in conservation efforts. Chapter 2 brings a discussion about available
data for conservation studies, as well as the advantages and disadvantages of
using maps of extent of occurrence in systematic planning for conservation.
Chapter 3 shows the effectiveness of protected areas in maintaining species
richness under climate change from consensual projections of species
distribution models for amphibians inhabiting of the Atlantic Forest. In this
chapter, we identified that protected areas may gain or lose species due to climate
change according to the location of the current network of protected areas.
Chapter 4 presents an alternative approach to complement the existence of
protected areas and incorporates possible changes in species distribution. The
prioritization is based mainly on the distribution of species in both present and
future scenarios. This chapter outlines a conservation plan that minimizes the
effects of climate change on species dispersion. Besides these effects on species
dispersion, this solution also minimizes the uncertainty associated with
distribution models and prioritizing areas of low uncertainty. Chapter 5 explains
the spatial prioritization of conservation, including different aspects of
biodiversity, such as: phylogenetic & functional diversity measures and their
influence on evolutionary history and underlying ecological processes. The main
objective is to identify and compare the places that contain the most information
on the taxonomic, phylogenetic and functional diversity, while also indicating the
conservation priorities for each biogeographical region of the Atlantic Forest. In
conclusion, we present our new and original ideas for conservation and discuss
the future prospects and predictions in this area. / Processos globais como a perda de habitat, a superexploração, a invasão de
espécies exóticas e as mudanças climáticas estão conduzindo muitas espécies à
extinção. Nesse contexto, o desenvolvimento de um planejamento sistemático
que indique as áreas mais importantes para a conservação da biodiversidade tem
sido amplamente aceito. O estabelecimento de áreas protegidas é a principal
estratégia para proteção da biodiversidade e a manutenção dos processos
ecossistêmicos devido à viabilidade e ao custo econômico. Todavia, a distribuição
das espécies pode ser alterada pelas mudanças climáticas global e, possivelmente,
a atual rede de áreas protegidas pode não ser suficiente para representar as
espécies no futuro. A priorização espacial para a conservação pode antecipar os
impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade, além de mitigar tais
impactos por meio do desenvolvimento de planos dinâmicos de conservação. No
entanto, é evidente que algumas espécies têm um papel ecológico mais
importante que outras devido às suas características biológicas e à história de
vida, portanto, um novo desafio é adotar uma visão integrada da biodiversidade
no planejamento da conservação. A Mata Atlântica é um exuberante bioma que
detém 7,7% das espécies de anfíbios conhecidas do mundo e grande concentração
de espécies endêmicas. Contudo, a Mata Atlântica é também um dos biomas
tropicais mais ameaçados do mundo, sobretudo devido à perda e fragmentação
dos hábitats naturais. Esta tese fornece propostas para os esforços de
conservação, considerando os possíveis efeitos das mudanças climáticas e
também os amplos aspectos da biodiversidade. Para tanto, utilizei os dados de
anfíbios disponíveis na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União
Internacional para a Conservação da Natureza para toda a Mata Atlântica,modelos climáticos disponíveis e informações sobre áreas protegidas oferecidas
pelo World Database on Protected Areas. Os atributos das espécies e a árvore
filogenética estão de acordo coma literatura específica. O capítulo 1 apresenta
uma discussão sobre os impactos das mudanças climáticas e as prioridades para
a conservação da biodiversidade. Ainda, é discutida a importância de incluir a
diversidade funcional e filogenética nos esforços de conservação. O capítulo 2
apresenta os tipos de dados disponíveis para estudos de conservação, além das
vantagens e das desvantagens do uso de mapas de extensão de ocorrência no
planejamento sistemático para a conservação. O capítulo 3 apresenta a avaliação
da eficiência das áreas protegidas em manter a riqueza de espécies no contexto
de mudanças climáticas a partir de projeções consensuais dos modelos de
distribuição das espécies para anfíbios da Mata Atlântica. Essa avaliação
identifica se uma área protegida poderá ganhar ou perder espécies devido às
mudanças climáticas considerando a localização da rede atual das áreas
protegidas. O capítulo 4 apresenta uma abordagem alternativa para
complementar a atual rede de áreas protegidas e incorpora as possíveis mudanças
na distribuição das espécies. A priorização baseia-se, principalmente, na
distribuição das espécies tanto no presente quanto no futuro e busca minimizar
os efeitos dessa mudança na distribuição das espécies a partir de uma medida de
dispersão no contexto de mudanças climáticas. Além da medida de dispersão, a
solução também minimiza a incerteza associada aos modelos de distribuição,
priorizando locais de baixa incerteza. O capítulo 5 apresenta a priorização
espacial da conservação, incluindo diferentes aspectos da biodiversidade tal como
a diversidade filogenética e funcional cujas medidas inferem tanto a história
evolutiva quanto os processos ecológicos subjacentes. O principal objetivo é
identificar e comparar os locais que conservam a maior informação sobre a diversidade taxonômica, filogenética e funcional quanto possível. Além disso, são
indicadas as prioridades para a conservação para cada região biogeográfica da
Mata Atlântica. Finalmente, em sua conclusão, são apresentadas as principais
novidades da tese e discutidos os rumos para futuros trabalhos.
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