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Estresse e hipertensão arterial de trabalhadores de enfermagem em um hospital de pronto socorroUrbanetto, Janete de Souza January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / INTRODUCTION: Stress in the workplace has been studied in search for associations with the ailment of workers and repercussions in health. Among the references for evaluation of stress at work, the Karasek’s Demand-Control Model, has been used to relate stress in the workplace with the risk of disease and the implications for health. This model relates two psychosocial dimensions to the risk of diseases, psychological demand and control over the work. The short version, called Job Stress Scale (JSS), is validated for use in Brazil. The dimensions demand and control, separated into low and high, form the quadrants of the Demand-Control Model: high strain (high demands and low control); active work (high demands and high control); passive work (low demand and low control) and low strain (low demand and high control). Workers in the high strain and passive work quadrants would have greater chance of illness; while in the low strain would have better conditions of health preservation. Systemic hypertension is considered one of the major modifiable risk factors and one of the most important health problems. OBJETIVE: To investigate nursing workers in an emergency hospital with the Demand-Control Model using the Job Stress Scale. METHODS: Cross-sectional study with 388 members of the nursing staff working at Hospital de Pronto Socorro from Porto Alegre. Blood pressure, anthropometric measurements, sociodemographic variables and the Job Stress Scale were evaluated. Data were analyzed using descriptive statistics, univariate and multivariate analysis. RESULTS: The prevalence of hypertension was 32%, and its presence had a positive association with age, non-white skin color, body mass index and waist/hip ratio. No association between hypertension and the quadrants of the demand-control model were disclosed. However, risk quadrants for illness (passive work and high strain) were associated with other cardiovascular risk factors, such as overweight and obesity, and 59. 7% of hypertensive workers were in these quadrants. In the analysis of stress at work, accordingly to the demand-control model, there was significant association of the high strain quadrant with the post of technical/assistant nurse, with being for at least 15 years in the job and with low social support. FINAL CONSIDERATIONS: The prevalence of hypertension, overweight and obesity were elevated in nursing professionals at the Hospital de Pronto Socorro. Stress, by Job Stress Scale, was not associated with the occurrence of hypertension. Policies targeted to the health of the worker are strategies needed in order to achieve to achieve better health, disease prevention and quality of life at work of the nursing professionals. / INTRODUÇÃO: O estresse tem sido estudado na busca de associações com o adoecimento dos trabalhadores em geral. Dentre os referenciais adotados para a avaliação do estresse laboral, o Modelo Demanda-Controle, tem sido utilizado na avaliação do estresse e as repercussões para a saúde. Este modelo relaciona duas dimensões psicossociais ao risco de adoecimento, a demanda psicológica e o controle sobre o trabalho. A versão resumida, denominada Job Stress Scale (JSS), está validada para uso no Brasil. As dimensões demanda e controle, dicotomizadas em baixa e alta, formam os quadrantes do Modelo Demanda-Controle: alto desgaste (alta demanda e baixo controle); trabalho ativo (alta demanda e alto controle); trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle) e, baixo desgaste (baixa demanda e alto controle). Os trabalhadores nos quadrantes alto desgaste e trabalho passivo teriam maiores chances de adoecimento, enquanto no quadrante baixo desgaste teriam melhores condições de preservação de sua saúde. A Hipertensão Arterial Sistêmica é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde. OBJETIVO: Investigar os quadrantes demanda-controle da Job Stress Scale e sua associação com a pressão arterial em trabalhadores de enfermagem de um hospital de pronto socorro.MÉTODO: estudo do tipo transversal, realizado com 388 trabalhadores de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Foram verificadas a pressão arterial, medidas antropométricas e investigado as variáveis sociodemográficas, laborais e questões da Job Stress Scale. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, análise univariada e multivariada. RESULTADOS: a prevalência de hipertensão arterial foi 32% com associação positiva com a idade, a cor da pele não-branca e as alterações de índice de massa corpórea e relação x cintura/quadril. O estudo não encontrou associação dos quadrantes do modelo demanda-controle com a ocorrência de hipertensão arterial nos trabalhadores pesquisados. No entanto, evidenciou que os quadrantes de risco (trabalho passivo e alto desgaste) estão associados com outro fator de risco cardiovascular, o sobrepeso e a obesidade e que 59,7% dos trabalhadores hipertensos situavam-se nos quadrantes alto desgaste e trabalho passivo (quadrantes de risco para o adoecimento). Na análise isolada do estresse laboral, conforme os quadrantes do modelo demanda-controle, ocorreu associação significativa com o cargo de técnico/auxiliar de enfermagem, tempo no cargo superior a 15 anos e baixo apoio social com o quadrante alto desgaste. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a prevalência de hipertensão arterial, sobrepeso e obesidade foram elevadas nos profissionais de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro. O estresse, pela JSS, não esteve associado com a ocorrência de hipertensão arterial. Políticas voltadas para a saúde do trabalhador devem ser compreendidas como uma estratégia necessária para se atingir ótimos resultados no atendimento a saúde e nas repercussões para a qualidade de vida no trabalho da enfermagem.
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