Mémoire numérisé par la Direction des bibliothèques de l'Université de Montréal.

Dissertation--Fachbereich III, Neuere und Neueste Geschichte--Universität Trier, 2004. / Bibliogr. p. [363]-415.

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Ao comparar a visibilidade da figura feminina na tragédia do período clássico (508 – 338 a.C) com o espaço destinado às mulheres concretas da Atenas do mesmo período, deparamo-nos com um intrigante contraste, já que a participação destas na vida pública era restrita aos cerimoniais religiosos. Amplamente representada na tradição literária antiga - nos versos de um amplo leque de poetas - a figura de Helena possibilita múltiplas interpretações a respeito de seu caráter e culpabilidade nos eventos desencadeadores da Guerra de Tróia. Dos três tragediógrafos atenienses cujas composições foram significativamente preservadas, Eurípides foi o único que pôs em cena a rainha espartana, nas peças Troianas (415 a.C), Helena (412 a.C) e Orestes (408 a.C). Eurípides teve duas características bastante contraditórias marcando sua composição: a oratória, instrumento cívico masculino (uma voz); e a representação do feminino, corpo ausente do espaço cívico (uma realidade muda). Pensando na sistematização do discurso como um instrumento cívico que entra em destaque no século V a.C. em Atenas, assim como nas representações cômicas e trágicas - outro elemento típico da identidade cívica da pólis - podemos ver em Eurípides um “laboratório” rico para discutir o paradoxo da representação do feminino no espaço trágico. Nessa dissertação, Helena é uma amostra da representação poliédrica do feminino na tragédia, direcionando a atenção precisamente para o ethos da personagem, ou seja, para a imagem de si que ela projeta no seu discurso nas três peças em que é representada por Eurípides. / Comparing the visibility of the female figure in tragedy during the Classic period (508-338 B.C) with the space for the concrete women of Athens in the same period, we come across an interesting contrast, since their participation in public life was restricted to religious ceremonies. Widely represented in ancient literary tradition – in the lines of many poets – Helen‟s figure creates multiple interpretations of her character and blame for the events that triggered the Trojan War. Among the three Athenian tragedians whose compositions were significantly preserved, Euripides was the one who placed the Spartan queen on the scene: in Trojan Women (415 B.C), Helen (412 B.C) and Orestes (408 B.C). Euripides had two rather contradictory characteristics marking his composition: oratory, a male civic tool (a voice); and the female representation, missing body of civic space (a voiceless reality). Thinking about the systematization of speech as civic tool that gets highlighted in the fifth century B.C. in Athens, as well as in comic and tragic representations (an other typical element of the polis civic identity), we can see in Euripides a rich “laboratory” to discuss the paradox of the female representation in tragic space. In this dissertation, Helen is a sample of the female polyhedral representation in tragedy, driving our attention directly to the ethos of Helen, in other words, to the self-image that she projects through her speech in the three plays in wich she appears represented in Euripides.

Also issued as a Ph.D. thesis in the Dept. of Electrical Engineering, 1970. / Bibliography: p.109-112.

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Ao comparar a visibilidade da figura feminina na tragédia do período clássico (508 – 338 a.C) com o espaço destinado às mulheres concretas da Atenas do mesmo período, deparamo-nos com um intrigante contraste, já que a participação destas na vida pública era restrita aos cerimoniais religiosos. Amplamente representada na tradição literária antiga - nos versos de um amplo leque de poetas - a figura de Helena possibilita múltiplas interpretações a respeito de seu caráter e culpabilidade nos eventos desencadeadores da Guerra de Tróia. Dos três tragediógrafos atenienses cujas composições foram significativamente preservadas, Eurípides foi o único que pôs em cena a rainha espartana, nas peças Troianas (415 a.C), Helena (412 a.C) e Orestes (408 a.C). Eurípides teve duas características bastante contraditórias marcando sua composição: a oratória, instrumento cívico masculino (uma voz); e a representação do feminino, corpo ausente do espaço cívico (uma realidade muda). Pensando na sistematização do discurso como um instrumento cívico que entra em destaque no século V a.C. em Atenas, assim como nas representações cômicas e trágicas - outro elemento típico da identidade cívica da pólis - podemos ver em Eurípides um “laboratório” rico para discutir o paradoxo da representação do feminino no espaço trágico. Nessa dissertação, Helena é uma amostra da representação poliédrica do feminino na tragédia, direcionando a atenção precisamente para o ethos da personagem, ou seja, para a imagem de si que ela projeta no seu discurso nas três peças em que é representada por Eurípides. / Comparing the visibility of the female figure in tragedy during the Classic period (508-338 B.C) with the space for the concrete women of Athens in the same period, we come across an interesting contrast, since their participation in public life was restricted to religious ceremonies. Widely represented in ancient literary tradition – in the lines of many poets – Helen‟s figure creates multiple interpretations of her character and blame for the events that triggered the Trojan War. Among the three Athenian tragedians whose compositions were significantly preserved, Euripides was the one who placed the Spartan queen on the scene: in Trojan Women (415 B.C), Helen (412 B.C) and Orestes (408 B.C). Euripides had two rather contradictory characteristics marking his composition: oratory, a male civic tool (a voice); and the female representation, missing body of civic space (a voiceless reality). Thinking about the systematization of speech as civic tool that gets highlighted in the fifth century B.C. in Athens, as well as in comic and tragic representations (an other typical element of the polis civic identity), we can see in Euripides a rich “laboratory” to discuss the paradox of the female representation in tragic space. In this dissertation, Helen is a sample of the female polyhedral representation in tragedy, driving our attention directly to the ethos of Helen, in other words, to the self-image that she projects through her speech in the three plays in wich she appears represented in Euripides.

Ao comparar a visibilidade da figura feminina na tragédia do período clássico (508 – 338 a.C) com o espaço destinado às mulheres concretas da Atenas do mesmo período, deparamo-nos com um intrigante contraste, já que a participação destas na vida pública era restrita aos cerimoniais religiosos. Amplamente representada na tradição literária antiga - nos versos de um amplo leque de poetas - a figura de Helena possibilita múltiplas interpretações a respeito de seu caráter e culpabilidade nos eventos desencadeadores da Guerra de Tróia. Dos três tragediógrafos atenienses cujas composições foram significativamente preservadas, Eurípides foi o único que pôs em cena a rainha espartana, nas peças Troianas (415 a.C), Helena (412 a.C) e Orestes (408 a.C). Eurípides teve duas características bastante contraditórias marcando sua composição: a oratória, instrumento cívico masculino (uma voz); e a representação do feminino, corpo ausente do espaço cívico (uma realidade muda). Pensando na sistematização do discurso como um instrumento cívico que entra em destaque no século V a.C. em Atenas, assim como nas representações cômicas e trágicas - outro elemento típico da identidade cívica da pólis - podemos ver em Eurípides um “laboratório” rico para discutir o paradoxo da representação do feminino no espaço trágico. Nessa dissertação, Helena é uma amostra da representação poliédrica do feminino na tragédia, direcionando a atenção precisamente para o ethos da personagem, ou seja, para a imagem de si que ela projeta no seu discurso nas três peças em que é representada por Eurípides. / Comparing the visibility of the female figure in tragedy during the Classic period (508-338 B.C) with the space for the concrete women of Athens in the same period, we come across an interesting contrast, since their participation in public life was restricted to religious ceremonies. Widely represented in ancient literary tradition – in the lines of many poets – Helen‟s figure creates multiple interpretations of her character and blame for the events that triggered the Trojan War. Among the three Athenian tragedians whose compositions were significantly preserved, Euripides was the one who placed the Spartan queen on the scene: in Trojan Women (415 B.C), Helen (412 B.C) and Orestes (408 B.C). Euripides had two rather contradictory characteristics marking his composition: oratory, a male civic tool (a voice); and the female representation, missing body of civic space (a voiceless reality). Thinking about the systematization of speech as civic tool that gets highlighted in the fifth century B.C. in Athens, as well as in comic and tragic representations (an other typical element of the polis civic identity), we can see in Euripides a rich “laboratory” to discuss the paradox of the female representation in tragic space. In this dissertation, Helen is a sample of the female polyhedral representation in tragedy, driving our attention directly to the ethos of Helen, in other words, to the self-image that she projects through her speech in the three plays in wich she appears represented in Euripides.

It is generally assumed that the activities of associations based on voluntary membership not only are multi-faceted, but simultaneously contribute to societal, economic, and political spheres. This dissertation draws on an integrated theoretical framework of functions of nonprofit organizations, and then studies the composition of roles that professional and business associations (PBAs) play in Russia's transition to market economy. Moreover, a theoretical framework of environmental embeddedness of nonprofit organizations is applied to examine the forces that drive, as well as hinder, fulfillment of their missions. This study focuses on examination of the relative importance of the advocacy, community building, and service delivery functions fulfilled by business associations, intermediary unions, and liberal professional societies. Moreover, governance, public and political, and socio-economic factors are investigated to determine whether they drive or hinder successful achievement of PBAs' missions. The original empirical data, collected qualitatively from fifteen leading experts on associational activities, is triangulated with quantitative evaluations from 215 associations across Russia. Such an approach allows better interpretation both of the multiplicity of roles played by different types of associations, and of the forces driving and hindering their activities in a country in transition. The results show that the prevailing majority of the examined professional and business associations are multi-functional, simultaneously performing all three major functions. Advocacy is considered the most important function for all types of associations. The governance factors are deemed major drivers of accomplishment of associational missions, while public and political factors are regarded as an obstacle, undermining the potential of PBAs. The findings suggest that even though professional and business associations are not yet granted the status of an equal partner of the state, they manage to build constructive relations with the government by combining policy and public advocacy and relying on bonding community building activities. This study highlights the expressive, rather than service-oriented, character of organized civil society in Russia. (author's abstract)