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Fatores ambientais e antrópicos que controlam a acumulação de carbono em sedimentos de manguezalPérez Segovia, Alexander 05 February 2018 (has links)
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Tese Alexander P. Segovia.pdf: 9903800 bytes, checksum: a5bb996555083e7690e2fd8dc051dcc0 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-05T16:01:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese Alexander P. Segovia.pdf: 9903800 bytes, checksum: a5bb996555083e7690e2fd8dc051dcc0 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / presente estudo quantificou a importância dos ecossistemas de manguezais como
sumidouros de carbono, avaliando o efeito de distintos fatores ambientais e antrópicos
que podem influenciar significativamente na acumulação de carbono nos sedimentos de
manguezais da Nova Zelândia, do Brasil e do Peru. No estudo, a expansão natural dos
ecossistemas de manguezais e a presença ou ausência natural de cobertura vegetal foram
considerados como fatores naturais, enquanto que o desmatamento, a eutrofização por
desenvolvimento urbano e de cultivo de camarão foram considerados como fatores
antrópicos. Os efeitos destes fatores sobre a acumulação de carbono sedimentar em
termos de estocagens e fluxos foram estudados mediante o uso de indicadores
elementares (carbono orgânico, nitrogênio e fósforo), isotópicos (13C e 15N) e o
cálculo das taxas de sedimentação mediante a medição das atividades de 210Pb e
239+240Pu em sedimentos. No estuário Moanaanuanu (Nova Zelândia) foram
quantificados os efeitos da expansão natural dos ecossistemas de manguezais e do
desmatamento antrópico, observando-se que após da expansão dos ecossistemas de
manguezais, o acumulo de carbono em sedimentos aumentou em até três vezes (~66 g
m-2 a-1) em comparação com o período prévio à dominância de vegetação de manguezal
no estuário (~24 g m-2 a-1). Também se observou que após desmatamento, a acumulação
de carbono nos sedimentos diminuiu em até duas vezes (~26 g m-2 a-1) em comparação
com o período prévio ao desmatamento (~44 g m-2 a-1). Na área de manguezais da baia
de Sepetiba (Brasil) foram quantificadas as mudanças temporais nas taxas de
sedimentação e acumulação do carbono, observando-se um aumento de até três vezes na
acumulação de carbono após 1950s (~1100 vs. ~344 g m-2 a-1), associado à transposição
das aguas do Rio Paraíba do Sul para a Baia. Também, a assinatura isotópica do
carbono e nitrogênio revelou que a alta acumulação de nutrientes durante as ultimas
décadas, derivaria dos esgotos urbanos que foram depositados na baia desde 1990s. Isto
teria potencializando a fertilização do sistema e consequente maior acumulação de
carbono orgânico nos sedimentos. Além disso, dentro de uma área degradada e eutrófica
de manguezais na baia de Guanabara (Brasil) foram quantificados os efeitos do
desmatamento acontecido décadas atrás, observando-se que a acumulação de carbono
após desmatamento (~65 g m-2 a-1) não mudou significativamente em comparação com
aquele observado antes do desmatamento (~58 g m-2 a-1). Enquanto que os estoques de
carbono foram ligeiramente mais baixos após do período de desmatamento (~1989 vs.
~2321 g m-2), quando se evidenciou uma maior deposição de matéria orgânica de
origem marinha que não conseguiu compensar as perdas de carbono produzidas pelo
desmatamento. Finalmente, no ecossistema de manguezais de Tumbes (Peru) foram
quantificados os efeitos das atividades de cultivo de camarão sobre a acumulação de
carbono nos sedimentos de manguezais, observando-se que a maior acumulação de
carbono esteve associada com as maiores proporções de matéria orgânica de origem
terrestre. Além disso, a acumulação de carbono no sistema aumentou até em duas vezes
após estabelecimento das atividades de cultivo de camarão em 1970s (~73 vs. ~143 g m-
2 a-1). Os resultados destes estudos sugerem que os fatores naturais e antrópicos podem
influenciar negativa ou positivamente sobre a capacidade de estocagem de carbono nos
sedimentos de manguezais, contribuindo significativamente com a regulação da
exportação ou retenção de carbono dentro destes ecossistemas. / This study quantified the importance of mangrove ecosystems as carbon sinks by
assessing the effect of environmental and anthropogenic factors that may influence on
carbon accumulation within mangrove sediments of New Zealand, Brazil and Peru. The
natural expansion of mangrove ecosystems as well as the presence and absence of
mangrove vegetation cover were considered as environmental factors, while
deforestation and eutrophication due to urban development and shrimp farming
activities were considered as anthropogenic factors. The effect of these factors on
sedimentary organic carbon accumulation in terms of stocks and fluxes were studied by
using element analysis (organic carbon, phosphorus and nitrogen), isotopes values (13C
e 15N) and the determination of sediment accumulation rates in sediments (210Pb e
239+240 Pu). In Moanaanuanu estuary (New Zealand) the effects of mangrove vegetation
dominance and anthropogenic deforestation were quantified. In this research it was
observed that after the mangrove expansion occurs, the carbon accumulation in
sediments increased up to threefold (~66 g m-2 yr-1) in comparison to that before
mangrove expansion within the estuary (~24 g m-2 yr-1). Also, it was observed that after
the deforestation, the carbon accumulation in sediments decreased up to twofold (~26 g
m-2 yr-1) in comparison to those values before mangrove deforestation (~44 g m-2 yr-1).
In a mangrove-bound area in Sepetiba Bay (Brazil) temporal changes in sediment
accumulation rates and carbon accumulation were quantified. In this research it was
observed an increase of up to threefold in carbon accumulation after 1950s (~1100 vs.
~344 g m-2 yr-1), associated to the water diversion Paraiba do Sul River into the Bay.
Furthermore, the carbon and nitrogen isotopic values revealed that the high nutrient
accumulation observed in the last decades resulted from the urban sewage influx
released into the Bay since 1990s. This would have triggered the system fertilization
and the consequent higher organic carbon accumulation in sediments. In Guanabara Bay
(Brazil) the effects of the deforestation occurred three decades ago within a degraded
and eutrophic mangrove area were quantified. It was evidenced that carbon
accumulation after deforestation (~65 g m-2 yr-1) was similar to that observed before
mangrove deforestation (~58 g m-2 yr-1). Also, the carbon stocks were slightly lower
after the deforestation period (~1989 vs. ~2321 g m-2), when higher marine organic
matter deposition in sediments were observed. Nevertheless, this organic matter
deposition was not able to compensate the losses of carbon due to deforestation process
within the study area. In the mangrove forest of Tumbes (Peru) the effect of the shrimp
farming activities on carbon accumulation in sediments were quantified. It was observed
that the higher carbon accumulation was linked to higher terrestrial organic matter.
Finally, the carbon accumulation increased up to twofold after the establishment of
shrimp farming activities in 1970s (~73 vs. ~143 g m-2 yr-1). The results of this study
suggest that environmental and anthropogenic factors may positively or negatively
influence on the carbon storage capacity of mangrove sediments, contributing to the
carbon dynamics within these ecosystems
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Estudo da distribuição de metais numa área de recuperação de manguezal na Baía de Guanabara (RJ), com enfoque na aplicação da geoquímica no ensino básicoCeschini, Ester Batista 29 May 2017 (has links)
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Dissertação Ester Ceschini.pdf: 1250748 bytes, checksum: 9594b56261da9429314abdc4fcd0d813 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-29T17:53:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação Ester Ceschini.pdf: 1250748 bytes, checksum: 9594b56261da9429314abdc4fcd0d813 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / O estudo da geoquímica de contaminantes (como os metais de origem antropogênica)
no ecossistema de manguezal pode contribuir para uma melhor compreensão das funções e
d
os serviços ambientais
prestados por este
ecossistema.
Este conhecimento dev
e ser traduzido
pa
ra a sociedade,
para fins de conservação
e manutenção dos recursos naturais dos
manguezais para as gerações futuras. Neste estudo, a distribuição de metais de interesse
ambiental (Fe, Mn, Zn, Cu e Pb) entre o sedimento e os compartimentos
vegetais (raízes,
troncos, galhos e folhas de
Rhizophora mangle
) foi avaliada numa área
recuperada de
manguezal no Aterro Sanitário de Gramacho, Baía de Guanabara, Duque de Caxias
(
RJ). Além disto, foram realizadas atividades junto a alu
nos do sistema de ensino formal em
prol da conscientização para a preservação ambiental, baseada no conhecimento da
importância dos manguezais para a dinâmica de contaminantes em áreas costeiras. No estudo
da biogeoquímica de metais, foram realizadas análi
ses do material vegetal, das placas
-
de
-
ferro
(depósitos de óxidos sobre as raízes
) e do sedimento (extrações em HCl 1 mol/L). A
distribuição das concentrações médias dos elementos nos sedimentos não esteve
estatisticamente correlacionada com a variação da
granulometria ou da matéria orgânica. O
s
resultados evidenciam que a matéria orgânica
está fortemente associada à fração
silte
. O
pH
do sedimento está dentro da normalidade
para
florestas de manguezal
, não sugerindo forte
efeito de aportes de chorume do at
erro sanitário. Os coeficientes de acumulação nos
compartimentos da vegetação em relação ao sedimento mostraram que as raízes finas, sem
placas
-
de
-
ferro, apresentaram o maior enriquecimento em Zn, Cu e Pb. As placas
-
de
-
ferro
foram mecanismos eficientes de
exclusão de Fe e Mn, mas não em relação aos outros metais.
O Mn teve distribuição diferenciada, pois as folhas constituem o compartimento vegetal que
apresentou as maiores concentrações. Foi evidenciada uma baixa incorporação e translocação
dos contaminant
es metálicos (Zn, Cu e Pb) na vegetação, favorecendo a manutenção destes
elementos nos sedimentos e partes subterrâneas da vegetação, o que contribui para a
capacidade de retenção de metais pelo ecossistema de manguezal. O desenvolvimento do
estudo junto a
os alunos do ensino básico mostrou que os alunos evoluíram de concepções
prévias de senso comum,
para respostas que demonstraram ganho de conhecimento a partir
das atividades realizadas. Houve uma recomendação maior por parte dos alunos em relação à
realiz
ação de saída de campo, como forma de haver um maior aproveitamento. Neste cenário,
a Educação Ambiental através do ensino da Geoquímica Ambiental no ensino básico pode ser
um meio para favorecer a melhor percepção dos alunos em relação a um ecossistema
fu
ndamental para proporcionar uma
melhor qualidade de vida ao homem. Desta forma, pode
-se obter uma melhor construção do comportamento voltado para a valorização do ambiente / The
study of contaminants geochemistry (such as anthropogenic metals) in mangrove
ecosystems can contribute to a better comprehension on the functions and services of th
ese
ecosystems, which should be translated to the society. This knowledge should be applied for
the mangrove resources conservation for future generations. In this study, the distribution of
metals of environmental interest (Fe, Mn, Zn, Cu and Pb) between
sediments and vegetation
compartments (roots, stems, branches and leaves of
Rhizophora mangle
) was evaluated in a
restored mangrove area in the Gramacho Landfill, Guanabara Bay, Duque de Caxias (RJ).
Moreover, activities with formal school education studen
ts were carried out in order to
improve their environmental preservation conscience, based on the knowledge on the
mangrove importance for coastal areas. In the study of metal biogeochemistry, analysis of
vegetation material, iron plaques (oxide deposits o
n the roots) and sediment cores (extractions
in 1 mol/L
HCl) were carried out. Average metal concentrations in sediments cores were not
correlated with sediment grain size and organic matter content.
Zinc, Cu and Pb
concentrations exceeded local background
levels. Se
diment pH
was
within the normal range
for mangrove forests, suggesting no strong effect of
landfill
leachate
input
. Coefficients of
accumulation in the vegetation
compartments (
in relation to the sediment
concentrations)
showed that the fine roo
ts,
without
iron plaques
, showed the greatest enrichment in Zn, Cu
and Pb
. Iron plaques were
efficient mechanisms of exclusion
for
Fe
and
Mn, but not in
relation to other metals.
The Mn showed a different
distribution, because the leaves are the
plant comp
artment that had the highest concentrations. The results showed a low
incorporation and translocation of metal contaminants (Zn, Cu and Pb) in
the
vegetation,
favoring the maintenance of these elements in sediments and subterranean parts of the
vegetation,
which contributes to the metal
retention capacity of
mangrove
ecosystem. The
development of the study with school students showed
an evolution
from previous
conceptions of common sense
,
show
ing
knowledge gain. There was a major recommendation
from the stu
dents regarding the field trip
s
as a way to
improve this
knowledge gain. In this
scenario, environmental education through
E
nvironmental Geochemistry teaching in basic
education can be a
way
to promote better understandi
ng of students in relation to ecolog
ically
important ecosystems that
provid
es
a better quality of life to human
populations that use their
resources
. Th
en
, a better behavior toward environment
valorization
could be
constructed
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