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Talis actor, qualis orator: encenando o discurso oratório

Pontes, Jefferson da Silva 21 February 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-04-18T12:12:21Z No. of bitstreams: 1 jeffersondasilvapontes.pdf: 2144736 bytes, checksum: 3ee731f9ffea64a6582c7401e4538761 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-04-18T13:53:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 jeffersondasilvapontes.pdf: 2144736 bytes, checksum: 3ee731f9ffea64a6582c7401e4538761 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-04-18T13:54:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 jeffersondasilvapontes.pdf: 2144736 bytes, checksum: 3ee731f9ffea64a6582c7401e4538761 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-18T13:54:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 jeffersondasilvapontes.pdf: 2144736 bytes, checksum: 3ee731f9ffea64a6582c7401e4538761 (MD5) Previous issue date: 2017-02-21 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Se o livro 11 da Institutio oratoria de Quintiliano tem sido considerado como um dos mais completos manuais de performance forense na Roma antiga, o livro 6, ao apresentar as instruções para uma peroração bem-feita, curiosamente aproxima a ação do orador à ação do ator de teatro na sofisticada arte de manipular as emoções do auditório. Esta dissertação tem por objetivo mostrar que a tradução completa do primeiro capítulo do sexto livro evidenciou similaridades entre bons atores e bons oradores quanto aos objetivos, às técnicas, e à própria atuação, além de um vasto vocabulário comum entre as duas artes. Pretende-se, de igual modo, trazer à discussão, através da tradução do undécimo capítulo do primeiro livro, o projeto educacional de Quintiliano para formar aquele que seria o uir bonus dicendi peritus fornecendo aos alunos não apenas conhecimentos técnicos e teóricos da oratória, mas, sobretudo, aspectos morais e práticos da atuação forense que construirão o êthos do orador. Preocupado com a atuação dos oradores de seu tempo e, particularmente, com certo excesso de dramaticidade que constatava nos discursos públicos, Quintiliano inaugura uma formação diferenciada ao oferecer um professor para cada uma das etapas que constituem o percurso escolar do futuro orador. Concomitantemente à formação na escola do grammaticus, em que os oradores aprendem, através da leitura dos textos literários, preceitos técnicos da arte retórica, Quintiliano propõe como parte de sua educação oratória a observação do ator dramático, etapa de aprendizado, até onde se sabe, instituída e discutida apenas na Institutio, uma dimensão prática daquelas instruções ensinadas pelo grammaticus, as quais também serão úteis última etapa da formação: a escola do rhétor, onde aprenderão os preceitos da retórica através de tarefas que os auxiliarão a desenvolver sua eloquência. Almeja-se, também, demarcar as fronteiras da atuação forense amparada muitas vezes por princípios da atuação cênica, investigando as referências teatrais presentes nos capítulos traduzidos da Instituio oratoria, tendo em vista as múltiplas similaridades entre as duas artes, as quais nos permitem estabelecer relações entre o palco e o fórum, bem como entre orador e ator quando o que está em jogo, durante a narração de um caso, é a persuasão da plateia. / If the 11th book of Quintilians Institutio oratoria has been considered one of the most complete manuals of forensic performance in Ancient Rome, the sixth book, by presenting the instructions for a well-made peroration performance, curiously approximates the orators action to the theatrical actors action in the sophisticated art of manipulating emotions of the audience. This dissertation aims to show that the complete translation of the first chapter of the sixth book has pointed out similarities between good actors and good orators regarding their objectives, techniques and performance itself, as well as a vast common vocabulary between the two arts. It is also intended to bring to discussion, by means of first books eleventh chapter translation, Quintilians educational project to rear the man that would become a uir bonus dicendi peritus, providing the students not only with technical and theoretical knowledge of oratory, but, especially, moral and practical aspects of the forensic practice that will build the orators Œthos. Concerned about performance of the orators of his time and, particularly, about a certain excess of drama that he observed in public speeches, Quintilian pioneers a distinct schooling formation by offering a teacher for each of the stages that would constitute the educational background of the future orator. Concomitantly with the formation of the grammaticus in which the orators learn, by reading literary texts, technical precepts of the rhetorical art Quintilian proposes as part of his oratory education the observation of dramatic actor, the stage of learning, as far as it is known, instituted and discussed only in the Institutio, a practical dimension for those instructions that were taught by the grammaticus. In the rhetors school, they would learn the precepts of rhetoric from tasks that would help them to develop their eloquence. It is also desired to demarcate the limits of forensic practice, which is often supported by principles of scenic performance, by investigating the theatrical references that are present in the translated chapters from the Institutio oratoria, in view of the multiple similarities between the two arts, which allow us to establish relations between the stage and the forum, as well as between the orator and the actor when what is being considered, during the narration of a case, is the persuasion of the audience.

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