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Impacto do uso de um app para smartphone associado a métodos educativos convencionais na saúde bucal de adolescentesMarchetti, Gisele January 2017 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Luciana Reichert A. Zanon / Coorientador: Prof. Dr. Fabian Calixto Fraiz / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Odontologia. Defesa: Curitiba, 23/08/2017 / Inclui referências : f. 55-60 / Resumo: O objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto do uso de um Aplicativo (App) para smartphones associado a métodos educativos convencionais na saúde bucal de adolescentes. Além disso, também buscou verificar a influência do nível de conhecimento prévio sobre saúde bucal no padrão de higiene oral dos jovens. Foi realizado um estudo longitudinal com amostra inicial de 291 adolescentes matriculados em escola pública na cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. O estudo se desenvolveu em quatro fases. O impacto dos diferentes metodos de ensino foi avaliado através do escore de conhecimento (EC) e de exames clínicos para o índice de higiene oral simplificado (IHO-S) e sangramento gengival (ISG), sendo estes realizados por uma avaliadora calibrada (k>0,80). O EC foi obtido através de um questionário aplicado em três momentos (baseline/pré-teste, pós-teste e teste de seguimento) contendo cinco afirmações sobre doenças periodontais e suas formas de prevenção. As respostas foram dispostas em escala Likert de três pontos e receberam pontuação 1 (um) para as respostas corretas e 0 (zero) para as incorretas. Na fase I da pesquisa, os participantes (n=291) responderam ao questionário (baseline/pré-teste) e foram avaliados clinicamente (IHO-S e ISG). Além disso, os responsáveis legais dos adolescentes responderam a um questionário para coleta de dados socioeconômicos e demográficos. Na fase II, logo após a fase I, a amostra (n=288) foi aleatoriamente dividida em dois grupos os quais receberam duas diferentes intervenções educativas: orientação oral (OR) e orientação por vídeo (VD). Após cada intervenção o questionário foi reaplicado (pós-teste). Na fase seguinte (III), a população de estudo (n=288) foi dividida em quatro grupos (Grupos: OR+App, OR sem App, VD+App e VD sem App), sendo que, dois deles (OR+App / VD+App) receberam um App para smartphone elaborado para esta pesquisa. O App apresentou como propósito enviar mensagens de reforços duas vezes ao dia durante um período de 30 dias. Logo após os 30 dias (Fase IV), os participantes (n=263) responderam novamente ao questionário (teste de seguimento) e foram reavaliados clinicamente. Testes não paramétricos e regressão univariada e multivariada de Poisson com variância robusta foram utilizados para análise estatística (?=0,05). Do total dos 291 adolescentes avaliados, 159 (54,6%) era do sexo feminino, com idade média de 16,1 anos (DP =1,21). Na fase I, verificou-se uma associação inversamente proporcional entre EC e IHO-S (P=0,018), sendo que adolescentes com menor EC (RP=0,93; IC95%:0,88-0,99), do sexo masculino (RP=1,17;IC95%:1,01-1,37) e cujos responsáveis apresentavam baixa escolaridade (RP=1,30;IC95%:1,03-1,64) apresentaram maior IHO-S. Na fase II, não houve diferença significativa entre o EC e o tipo de intervenção (VD / OP). De uma maneira geral, houve um maior EC entre os participantes que receberam o App (P<0,001) quando comparado aos que não receberam, sendo que, avaliando-se os quatro grupos, VD+App mostrou melhores resultados para EC. Grupo de adolescentes que utilizou o App apresentou maior retenção no EC quando comparado à aquele que não teve acesso ao App (P<0,001). Quanto às avaliações clínicas, houve redução significativa no segundo exame clínico (Fase IV) quando comparado ao primeiro (Fase I) nos quatro grupos avaliados. Conclui-se que o App foi efetivo para o aumento do escore de conhecimento, especialmente quando associado a aplicação do vídeo. Além disso, observou-se que o nível de conhecimento influencia no padrão de higiene bucal dos adolescentes, bem como o gênero e nível de escolaridade dos responsáveis. Houve uma melhora nos índices clínicos bucais para todos os métodos de ensino testados. Palavras-chaves: Educação em saúde bucal; Adolescente; Saúde bucal. / Abstract: The main objective of this study was to evaluate the impact of an application (App) for smartphones associated with conventional educational methods in adolescents' oral health. In addition, it also sought to verify the influence of the previous level of knowledge on oral health and the standard of oral hygiene standards in young people. A longitudinal study was conducted with an initial sample of 291 adolescents enrolled in a public school in the city of Curitiba, Paraná, Brazil. The study was developed in four phases. The impact of the different educational methods was evaluated through the knowledge score (KS) and clinical exams, using the simplified oral hygiene index (IHO-S) and gingival bleeding index (ISG), which were performed by a calibrated evaluator (k>0.80). The KS was obtained through a questionnaire that was applied in three different moments (baseline/pre-test, post-test and follow-up test), containing five statements about periodontal diseases and their forms of prevention. Responses on a three-point Likert scale were scored 1 (one) for the correct answers and 0 (zero) for the incorrect answers. In the phase I of the research, participants (n=291) answered the questionnaire (baseline/pre-test), and were also clinically evaluated (IHO-S and ISG). In addition, those responsible for the adolescents answered a questionnaire in order to collect socioeconomic and demographic data. In phase II, shortly after phase I, the sample (n = 288) was randomly divided into two groups, which received two different educational interventions: oral orientation (OR) and video orientation (VD), which was specially developed for this research. After each intervention, the questionnaire was reapplied (post-test). In the next phase (III), the study population (n = 288) was again divided into four groups (Groups: OR + App, OR without App, VD + App and VD without App). Two of them (OR+App/VD+App) received an App for smartphone developed for this research. The App's purpose was to send reinforcement messages twice a day for a period of 30 days. Immediately after the 30 days (Phase IV), the participants (n = 263) answered the questionnaire (follow-up test) and were clinically reassessed. Non-parametric tests and univariate and multivariate Poisson regression with robust variance were used for statistical analysis (?=0.05). In the total of 291 adolescents evaluated, 159 (54.6%) were female, with a mean age of 16.1 years (SD=1.21). In phase I, an inversely proportional association between KS and IHO-S (P=0.018) was verified, where adolescents with lower KS (RP=0.93, IC95%:0.88- 0.99), from the male gender (RP=1.17, IC95%:1.01-1.37), and those whose responsible had low schooling (RP=1.30, IC95%:1.03-1.64) presented a higher IHOS. In phase II, there was no significant difference between the KS and the type of intervention (RV/OP). In general, there was a higher KS among participants who received the App (P<0.001) when compared to those who did not, and when evaluating the four groups separately, VD+App showed better results for KS. Group of adolescents who used App presented higher retention of KS when compared to that who did not have access to the App (P<0.001). Regarding the clinical evaluations, there was a significant reduction in the second clinical examination (Phase IV) when compared to the first one (Phase I) in the four groups evaluated. It is concluded that the App was effective for increasing the knowledge score, especially when associated with video orientation. In addition, it was observed that the level of knowledge influences the adolescent's oral hygiene pattern, as well as the gender and level of education of those responsible for the adolescent. There was an improvement in oral clinical indexes for all educational methods. Key words: Health education, Dental; Adolescent; Oral health.
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