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O preceito da Deusa: o não ser como contradição em Parmênides de Eléia / The precept of the Goddess: non-being as contradiction in Parmenides of EleaGalgano, Nicola Stefano 29 April 2015 (has links)
O presente trabalho é um estudo da noção de não ser em Parmênides. Este estudo se propõe a preencher uma falta que, ao longo do século XX e agora no XXI, foi se tornando cada vez maior, na medida em que crescia o interesse por essa noção extraordinária, que pertence ao universo da lógica e da ontologia antigas e da nossa atualidade. Para evidenciar essa noção o trabalho deixou de lado os demais aspectos do poema, principalmente o estatuto do ser, e se restringiu à análise da noção de não ser. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia que pudesse tornar claros tanto o problema inicial parmenidiano quanto a solução que ele propõe. Descobriu-se, então, uma habilidade específica de Parmênides em observar o comportamento da mente humana; com isto, o estudo esclareceu o papel do método de Parmênides para compensar a amechanie (falta de recursos) do homem comum na compreensão do mundo. Ele identifica o não ser como objeto virtual que enganosamente confunde aquele que se põe no caminho da pesquisa, pois, para Parmênides, o não ser é impossível. Com a noção desta impossibilidade ele determina, discute e aplica o método que garante a persuasão verdadeira, um autêntico princípio de não-contradição, mas diferente daquele de Aristóteles. A este princípio enunciado pela thea, para distingui-lo daquele do Estagirita, o autor dá o nome de Preceito da Deusa. / The present work is an inquiry into the notion of non-being in Parmenides. The study has the purpose of filling a lack that increased, along the XX century and now in the XXI, according to the growth of concern about this extraordinary notion, which belongs to the universe of ancient and modern logic and ontology. With the aim of making this notion evident, the work put aside the other aspects of the poem, mainly the statute of being, and was restricted to the analysis of the notion of non-being. For this reason, a methodology was developed that could make clear both the initial parmenidian problem and the solution that he offers. A specific ability was discovered, that of Parmenides as observer of the human mind; with this, the study made clear the role of Parmenides method to compensate the amechanie (lack of resource) of the common man in understanding the world. He identifies the non-being as a virtual object that deceptively confounds that who takes the way of inquiry, because, to Parmenides, non-being is impossible. With the notion of this impossibility, he determines, discusses and applies the method that certifies the true persuasion, an authentic principle of non-contradiction, albeit different of that of Aristotle. To this principle enunciated by the thea, to distinguish it from that of Stagirite, the author gives the name of Precept of the Goddess.
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A Doxa no poema de Parmênides: uma investigação a partir dos testemunhos doxográficosConte, Bruno Loureiro 16 September 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-11-01T11:27:10Z
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Previous issue date: 2016-09-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The aim of this investigation is to establish the place of the so-called Doxa section in
Parmenides’ Poem, both in terms of its textual reconstruction and of its theoretical value.
The task is justified, in the one hand, by the acknowledgement that the modern picture
of the Poem, with its division into two main Parts, Alêtheia (Truth) and Doxa (Opinion),
is not in complete agreement with our sources. In this perspective, the dichotomical
principle adopted by modern editors of the fragments of Parmenides is in lack of proper
scrutinity. We begin thereby with a careful review of the sources, with the objective of
determining the precise thematic content referred to in the tradition by the expression ta
pros doxan. Particular attention is dedicated to the testimonies of Simplicius and Aristotle.
In the other hand, the dominant view in the scholarly litterature, with its tendency
to undermine the value of “opinions” in Parmenides’ thought, faces the problem of explaining
why a Cosmogony is present in the so-understood Second Part of the Poem.
Drawing from our investigation of the sources, we propose a deflationary hypothesis
about the Doxa, which is to be regarded as comprehending verses B8.51-61 and B9.1-4
(according to Diels-Kranz numbering of the fragments). As a result, it is shown that this
section is to be inserted, together with the Cosmogony properly speaking, into the larger
context of a Diakosmêsis, and an interpretative hypothesis is elaborated trying to understand
its positive theoretical value, in terms of what has been seen in the tradition as the
postulation of cosmological principles (arkhai), corresponding in the Poem to a “cosmical
arrangement” (diakosmos) of opposites. According to this hypothesis, however, the Doxa
is to be interpreted not only as a physical theory, but also as implying epistemologicalcritical
aspects, as well as in the grounding of Parmenides’ philosophy of language, thus
revealing its rôle in the global argument of the Poem / O objetivo desta investigação é determinar o lugar da assim chamada seção da Doxa no
Poema de Parmênides, tanto do ponto de vista de sua reconstituição textual quanto de
seu estatuto teórico. O trabalho se justifica, de um lado, a partir da constatação de que a
representação moderna do Poema, dividindo-o em duas Partes principais, Alêtheia (Verdade)
e Doxa (Opinião), não concorda com alguns aspectos noticiados pela doxografia.
Desse ponto de vista, coloca-se em questão o princípio dicotômico adotado pelos editores
modernos no estabelecimento do texto parmenídeo que nos chega fragmentariamente.
Trata-se assim, em um primeiro momento, de investigar com cuidado as fontes, procurando
a partir delas determinar o conteúdo temático preciso que a tradição identificou
através da expressão ta pros doxan. Particular atenção é dedicada aos testemunhos de Simplício
e de Aristóteles. De outro lado, a visão predominante na literatura interpretativa,
que tende a simplesmente desvalorizar as “opiniões” para o pensamento de Parmênides,
depara-se com o problema de explicar a razão da presença de uma Cosmogonia na assim
entendida Segunda Parte do Poema. Apresentamos, a partir da investigação das fontes, a
hipótese de uma versão deflacionista da Doxa, composta pelos versos B8,51-61 e B9,1-4
(numeração da edição Diels-Kranz). A partir daí, mostramos a sua inserção, em conjunto
com a Cosmogonia propriamente dita, no contexto mais amplo de uma Diakosmêsis, e
desenvolvemos uma hipótese interpretativa que procura mostrar o seu estatuto teorético
positivo, o que a tradição viu como a postulação de princípios cosmológicos (arkhai), e
que identifica-se no poema a um “arranjo cósmico” (diakosmos) dos contrários. De acordo
a essa hipótese, no entanto, a Doxa pode ser interpretada não apenas como uma teoria
física, mas também segundo aspectos de suas implicações crítico-epistemológicas e para
os fundamentos de uma filosofia da linguagem parmenídea, o que revela o seu papel no
conjunto do argumento do Poema
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O preceito da Deusa: o não ser como contradição em Parmênides de Eléia / The precept of the Goddess: non-being as contradiction in Parmenides of EleaNicola Stefano Galgano 29 April 2015 (has links)
O presente trabalho é um estudo da noção de não ser em Parmênides. Este estudo se propõe a preencher uma falta que, ao longo do século XX e agora no XXI, foi se tornando cada vez maior, na medida em que crescia o interesse por essa noção extraordinária, que pertence ao universo da lógica e da ontologia antigas e da nossa atualidade. Para evidenciar essa noção o trabalho deixou de lado os demais aspectos do poema, principalmente o estatuto do ser, e se restringiu à análise da noção de não ser. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia que pudesse tornar claros tanto o problema inicial parmenidiano quanto a solução que ele propõe. Descobriu-se, então, uma habilidade específica de Parmênides em observar o comportamento da mente humana; com isto, o estudo esclareceu o papel do método de Parmênides para compensar a amechanie (falta de recursos) do homem comum na compreensão do mundo. Ele identifica o não ser como objeto virtual que enganosamente confunde aquele que se põe no caminho da pesquisa, pois, para Parmênides, o não ser é impossível. Com a noção desta impossibilidade ele determina, discute e aplica o método que garante a persuasão verdadeira, um autêntico princípio de não-contradição, mas diferente daquele de Aristóteles. A este princípio enunciado pela thea, para distingui-lo daquele do Estagirita, o autor dá o nome de Preceito da Deusa. / The present work is an inquiry into the notion of non-being in Parmenides. The study has the purpose of filling a lack that increased, along the XX century and now in the XXI, according to the growth of concern about this extraordinary notion, which belongs to the universe of ancient and modern logic and ontology. With the aim of making this notion evident, the work put aside the other aspects of the poem, mainly the statute of being, and was restricted to the analysis of the notion of non-being. For this reason, a methodology was developed that could make clear both the initial parmenidian problem and the solution that he offers. A specific ability was discovered, that of Parmenides as observer of the human mind; with this, the study made clear the role of Parmenides method to compensate the amechanie (lack of resource) of the common man in understanding the world. He identifies the non-being as a virtual object that deceptively confounds that who takes the way of inquiry, because, to Parmenides, non-being is impossible. With the notion of this impossibility, he determines, discusses and applies the method that certifies the true persuasion, an authentic principle of non-contradiction, albeit different of that of Aristotle. To this principle enunciated by the thea, to distinguish it from that of Stagirite, the author gives the name of Precept of the Goddess.
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Mythos e logos no poema de ParmênidesConte, Bruno Loureiro 04 November 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:26:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Bruno Loureiro Conte.pdf: 597433 bytes, checksum: 474791994388813765e9eb9230745941 (MD5)
Previous issue date: 2010-11-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / It is widely known that Parmenides Poem, which is considered a fundamental work in Greek
philosophical thought, presents a plurality of mythical elements, and that its clarification constitutes
an issue to the interpreters. This research is an investigation of the historical and
philosophical meaning of mythos and logos in the Poem, considering the work in its cultural
contexts. Our analysis begins by bringing to the foreground the presence of mythos, understood
in its original sense of authorized way of speaking, pointing out its interweaving with logos,
in such a manner that without the former the argument of the latter would remain incomprehensible.
On the other hand, we aim to determine the specificity of logos in Parmenides:
it shows up as a reflexive, refutative logos, but not, as some interpreters have sustained, a
strict demonstration . Having established this point, Parmenides work shows itself as productive
of a plurality of mythical assemblages, appropriating images of the traditional inspired
poet, of initiation in cults of mystery, of divinity figures and of the Archaic Lyric conception of
human existence. Furthermore, the Poem deploys itself in multiple discursive configurations:
narration, argument, oracular speaking. In accordance to that, we introduce an interpretative
hypothesis associating the Goddess speech in the Poem to a particular kind of oracle, similar
to that of the mantic healer. Such associations or assemblages, nonetheless, are not simple reproductions
of aspects already present in Greek culture: they are, as a matter of fact, subverted
in the direction of the philosophically instituted radical reflection, which collects signals from
visible and invisible, leading to thinking / Como é bem sabido, o poema de Parmênides, considerado uma das obras fundamentais
do pensamento filosófico grego, apresenta uma pluralidade de elementos míticos, seu esclarecimento
constituindo um problema para os intérpretes. Trata-se, neste trabalho, de
investigar o significado histórico-filosófico do mythos e do logos no poema, a partir da inserção
da obra em seus contextos culturais. Nossa análise inicia-se destacando a presença
do mythos, entendido em seu sentido original de maneira autorizada de falar, mostrando-o
de tal modo entrelaçado ao logos que o argumento , sem ele, sequer seria compreensível.
De outro lado, procuramos determinar a especificidade do logos de Parmênides: trata-se
de um logos reflexivo, refutativo , mas não, como pretendem alguns intérpretes, de uma
estrita demonstração . Estabelecido esse ponto, surge a obra de Parmênides como produtora
de agenciamentos míticos diversos, apropriando-se das imagens do poeta tradicional
inspirado, da iniciação nos cultos de mistérios, de figuras de divindades e da concepção da
existência humana presente na Lírica arcaica, efetuando-se o poema em múltiplas configurações discursivas (narrativa, argumento, fala oracular). Nesse sentido, introduzimos a
hipótese interpretativa da associação da fala da deusa no poema a um tipo específico de oráculo,
similar ao do médico-adivinho. Tais associações ou agenciamentos, todavia, não se
revelam como simples reproduções de aspectos presentes na cultura grega: eles são mesmo
subvertidos em direção à instauração filosófica de uma reflexão radical, que recolhe sinais
do visível e do invisível, conduzindo ao pensar
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