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A Folha de S. Paulo e os protestos pelo impeachment de Collor / Folha de S. Paulo and the protests for Collors impeachmenVinícius Sales do Nascimento França 23 March 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação tem como objetivo observar as representações construídas pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o conjunto de protestos de rua, ocorrido nos meses de agosto e setembro de 1992, que influenciou o processo de impeachment do presidente Collor. A pesquisa também questionou o interesse e atuação do jornal em relação a Collor desde as eleições de 1989 até o impeachment. Para responder a tais problemas, o trabalho mobilizou os conceitos de hegemonia e imprensa como partido político, propostos por Gramsci, o conceito de campo jornalístico, de Bourdieu, e o de agenda-setting, delineado por McCombs e Shaw. A historiografia consultada abordou o contexto histórico anterior ao governo Collor, as relações entre o presidente e os grandes veículos de imprensa do país, a história do periódico e o papel dos movimentos sociais no processo de impeachment. A revisão bibliográfica, apoiada pela leitura de editoriais do jornal, constatou que ele apoiava medidas neoliberais, como as privatizações das empresas públicas e o fim de mecanismos protecionistas do Estado à indústria nacional, que foram implementadas por Collor. Porém, o periódico fazia oposição ao presidente devido ao fracasso da sua política econômica e a sua postura autoritária em relação às críticas jornalísticas. Para perceber a visão da Folha de S. Paulo sobre os movimentos sociais, a pesquisa examinou textos editoriais e o conteúdo publicado no caderno Folhateen, voltado ao público jovem, durante os meses de julho a setembro de 1992. As análises mostraram que, em um primeiro momento, o jornal viu as manifestações com desconfiança. Posteriormente, com o seu crescimento, ele passou a apoiá-las e procurou influenciar a sua direção, diminuindo a importância dos partidos e entidades sindicais e estudantis de esquerda nas suas narrações dos protestos. / This essay aims to observe the representations constructed by the newspaper Folha de S. Paulo about the set of street protests, which occurred in the months of August and September 1992 and influenced the process of impeachment of president Collor, it also aims to question the interests and action of the newspaper in relation to Collor since the elections of 1989 until the impeachment. There were mobilized herein concepts of hegemony and press as a political party, proposed by Gramsci, journalistic field, by Bourdieu, and agenda-setting, delineated by McCombs and Shaw. The consulted historiography addressed the historical context prior to Collors government, the relations between the president and the major media outlets in the country, the history of the newspaper Folha de S. Paulo and the role of the social movements in the process of impeachment. In order to observe the positioning of the newspaper in relation to the social movements, there were conducted some analyses of editorials published in the first part of the newspaper or Primeiro Caderno and of the content published in the part called Folhateen, addressed to the young public, during the months from July to September 1992. The work demonstrated that the newspaper supported neoliberal measures implemented by Collor, such as the privatization of public companies and the end of State protectionist mechanisms to the national industry. However, the periodical mounted an opposition to the president due to the failure of his economic policy and to his authoritarian posture in relation to the journalistic critics. When the first protests arose, the newspaper referred to them with distrust. Afterwards, with the increase of the protests, it started to support them and tried to influence in their direction, diminishing the importance assigned to parties, leftist unions and student organizations regarding their press coverage.
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A Folha de S. Paulo e os protestos pelo impeachment de Collor / Folha de S. Paulo and the protests for Collors impeachmenVinícius Sales do Nascimento França 23 March 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação tem como objetivo observar as representações construídas pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o conjunto de protestos de rua, ocorrido nos meses de agosto e setembro de 1992, que influenciou o processo de impeachment do presidente Collor. A pesquisa também questionou o interesse e atuação do jornal em relação a Collor desde as eleições de 1989 até o impeachment. Para responder a tais problemas, o trabalho mobilizou os conceitos de hegemonia e imprensa como partido político, propostos por Gramsci, o conceito de campo jornalístico, de Bourdieu, e o de agenda-setting, delineado por McCombs e Shaw. A historiografia consultada abordou o contexto histórico anterior ao governo Collor, as relações entre o presidente e os grandes veículos de imprensa do país, a história do periódico e o papel dos movimentos sociais no processo de impeachment. A revisão bibliográfica, apoiada pela leitura de editoriais do jornal, constatou que ele apoiava medidas neoliberais, como as privatizações das empresas públicas e o fim de mecanismos protecionistas do Estado à indústria nacional, que foram implementadas por Collor. Porém, o periódico fazia oposição ao presidente devido ao fracasso da sua política econômica e a sua postura autoritária em relação às críticas jornalísticas. Para perceber a visão da Folha de S. Paulo sobre os movimentos sociais, a pesquisa examinou textos editoriais e o conteúdo publicado no caderno Folhateen, voltado ao público jovem, durante os meses de julho a setembro de 1992. As análises mostraram que, em um primeiro momento, o jornal viu as manifestações com desconfiança. Posteriormente, com o seu crescimento, ele passou a apoiá-las e procurou influenciar a sua direção, diminuindo a importância dos partidos e entidades sindicais e estudantis de esquerda nas suas narrações dos protestos. / This essay aims to observe the representations constructed by the newspaper Folha de S. Paulo about the set of street protests, which occurred in the months of August and September 1992 and influenced the process of impeachment of president Collor, it also aims to question the interests and action of the newspaper in relation to Collor since the elections of 1989 until the impeachment. There were mobilized herein concepts of hegemony and press as a political party, proposed by Gramsci, journalistic field, by Bourdieu, and agenda-setting, delineated by McCombs and Shaw. The consulted historiography addressed the historical context prior to Collors government, the relations between the president and the major media outlets in the country, the history of the newspaper Folha de S. Paulo and the role of the social movements in the process of impeachment. In order to observe the positioning of the newspaper in relation to the social movements, there were conducted some analyses of editorials published in the first part of the newspaper or Primeiro Caderno and of the content published in the part called Folhateen, addressed to the young public, during the months from July to September 1992. The work demonstrated that the newspaper supported neoliberal measures implemented by Collor, such as the privatization of public companies and the end of State protectionist mechanisms to the national industry. However, the periodical mounted an opposition to the president due to the failure of his economic policy and to his authoritarian posture in relation to the journalistic critics. When the first protests arose, the newspaper referred to them with distrust. Afterwards, with the increase of the protests, it started to support them and tried to influence in their direction, diminishing the importance assigned to parties, leftist unions and student organizations regarding their press coverage.
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