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A educação popular em saúde e a prática dos agentes de controle das Endemias de Camaragibe: uma ciranda que acaba de começarOliveira, Maria Verônica Araújo de Santa Cruz 29 March 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002-03-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the midst of important political, epidemiological and managerial changes, new experiences concerning the control of endemic diseases at the municipal level have
arisen. The municipality of Camaragibe, Pernambuco, has adopted an integrated strategy for the control of endemic diseases. In addition, it has sought to develop a
policy of popular health education. The Endemic Disease Agents (EDAs) have an important role in this process. Popular health education is necessary for the resolution of endemic diseases and in the reorganisation of health services. As such,
this study aimed to trace the resistances, difficulties and the possibilities with a policy of continued and institutionalised popular health education in endemic disease control activities, focussing on the educative practices of the EDAs. A qualitative methodology was used, based on a case study, participative observation and semistructured questionnaires. The study showed that the integration of the field teams,
the distribution of the EDAs in microareas and specifically the principle of the EDAs demonstrate a significant potential in creating an effective relationship with and improves the working knowledge of the community. As a process of transformation, difficulties in the development of health education activities were found, particularly with regards institutional and managerial attitudes and which therefore encouraged the maintenance of the traditional model. The taylorist managerial model, the work process that depends on production results and the lack of continued health
education and follow-up of the agents all contributed towards these difficulties. The health education practices of the EDAs demonstrated tendencies towards the traditional model, however some agents demonstrated considerable transforming
potential using practices that were more similar to popular health education. Despite the difficulties that were encountered, popular health education is an important
strategy in the construction of a more humanized Unified Health System and is closely associated with the struggle for a better quality of life. / Estamos diante de um momento de grande importância para as políticas de controle das endemias, onde vêm ocorrendo transformações epidemiológicas, políticas e gerenciais. Diante deste cenário, novas experiências municipais têm surgido no país. O município de Camaragibe, Pernambuco, adotou como princípio orientador para esta política, o controle integrado das endemias. Além disto, busca construir uma proposta de educação popular em saúde. Os agentes de controle das endemias (ACEs), desempenham um importante papel neste processo, tecendo e dando sentido a estas transformações no seu cotidiano. Dada a importância deste momento e do papel que a educação popular em saúde pode ter no enfrentamento destes agravos e na reorientação global dos serviços, o objetivo deste trabalho é mapear as resistências, as dificuldades e possibilidades de institucionalização da
educação popular em saúde nas ações de controle das endemias, focalizando a prática educativa dos agentes de controle das endemias de Camaragibe. A metodologia utilizada foi da pesquisa qualitativa, a partir de um estudo de caso, da
observação participante e uso de entrevistas semi-estruturadas. A pesquisa revelou que das transformações ocorridas, a integração das equipes de campo e a
distribuição espacial dos agentes em microáreas, tal qual a lógica das ACS, apresentam grandes potencialidades para aumentar o conhecimento da dinâmica comunitária e no estabelecimento de relações mais efetivas dos agentes com esta. Por se tratar de um momento de transição, ao lado dos avanços, ainda foram encontradas algumas estruturas e atitudes institucionais e gerenciais que contribuíram para que permanecessem características do modelo tradicional,
gerando dificuldades para o desenvolvimento das ações educativas, o que foi agravado pelo modelo gerencial taylorista, pela organização do processo de trabalho
pautado na cobrança da produção, pela falta de um projeto de educação continuada e acompanhamento contínuo dos agentes no campo. A concepção e prática de educação em saúde dos agentes, em sua maior parte, esteve ligada à educação normativa. Mas, alguns agentes trouxeram elementos potenciais de transformação que o aproximam da educação popular em saúde. Apesar das dificuldades
encontradas, pode ser percebido que a educação popular em saúde é uma importante estratégia na construção de um Sistema Único de Saúde mais humanizado e ligado à luta pela melhoria da qualidade de vida.
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