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Qualidade de vida, ansiedade e depressão após infarto do miocáridioVasconcelos, Carolita Borges 14 March 2007 (has links)
The Acute Myocardial Infarction (AMI) is a vascular disease that generally results from the
aterosclerotic process with thrombotic occlusion of the coronaries. This acute situation
unbalances the offer and consumption of oxygen, leading to a necrosis of the tissue. Due to
the higher number of AMI survivors, we tend to be more concerned about clinical care, what
motivates the search for methods that enable an objective and quantitative assessment of the
quality of life, anxiety and depression. These factors must be particularly focused during
medium and long-term treatments. We also need to compare the various types of treatment
presently used in post-infarction, especially the percutaneal or surgical revascularization and
the clinical treatment, with the aim of choosing the ones which are more efficient and present
more correlation with a better quality of life, with lower levels of anxiety and depression. The
purpose of this study is to evaluate the quality of life, anxiety and depression in patients after
acute myocardial infarction (AMI), through the application of Mac New QLMI, IDATE and
BDI questionnaires, respectively, and confront them to risk factors and the kind of treatment
established before the recruitment. We evaluated 59 patients, being 46 (78%) males and 13
(22%) females, with an average age of 57,70 +/- 6,96, selected from the medical file of the
Clinics Hospital of the Federal University of Uberlândia, MG. All of them presented an AMI
episode before the evaluation started. The questionnaires were firstly applied in August 2003,
and reapplied in August 2004. The results were analyzed through descriptive techniques,
using also the Pearson and the Spearman correlation coefficients. The results demonstrate
that: a) there was a reduction in anxiety and depression levels added to a worsening in life
quality between the two evaluations; b) stress and tobaccoism positively correlated with the
existence of depression; c) the arterial hypertension and the medicamental treatment showed
correlations with a higher anxiety only in the first evaluation; d) the worsening in life quality
was correlated with tobaccoism, in the first evaluation, and with the presence of dislipidemy,
after twelve months; e) depression showed significant correlation with the black race and
widowhood. These results showed the necessity of accompanying these patients through
special rehabilitation programs, with multidisciplinary scope and with protocols, established
trough a clinical approach, but always followed by an evaluation of life quality, anxiety and
depression, which deserve special attention from the team. / O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma doença vascular que resulta, quase sempre, do
processo aterosclerótico com oclusão trombótica das artérias coronárias. Esta situação aguda
causa desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, com conseqüente necrose
tecidual. Com o aumento do número de sobreviventes ao IAM, são maiores as preocupações
com os cuidados clínicos, fato que tem motivado a busca por métodos que permitam uma
mensuração objetiva e quantitativa da qualidade de vida (QV), da ansiedade e da depressão,
fatores que devem ser enfocados, particularmente, no tratamento de médio e longo prazo. Para
estes pacientes é também necessário comparar os diversos tipos de tratamento utilizados
atualmente no pós-infarto, em especial a revascularização, seja ela percutânea ou cirúrgica, e
o tratamento clínico isoladamente, com a finalidade de escolher aqueles mais eficazes e que
mais se correlacionam com a melhor QV e menores graus de ansiedade e de depressão. O
objetivo deste estudo é avaliar a qualidade de vida, a ansiedade e a depressão em pacientes
após o IAM, por meio da aplicação dos questionários Mac New QLMI, IDATE e BDI,
respectivamente, correlacionando-se essas variáveis com a presença dos fatores de risco e o
tipo de tratamento instituído antes do recrutamento. Foram estudados 59 pacientes, com idade
média de 57,70 +/- 6,96 anos, sendo 46 (78%) do sexo masculino e 13 (22%) do sexo
feminino, selecionados a partir do arquivo médico do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal de Uberlândia, MG, todos tendo apresentado um episódio de IAM antes do início da
avaliação. Os questionários foram aplicados, inicialmente, em agosto de 2003 e reaplicados
em agosto de 2004. Os resultados foram analisados por meio de técnicas descritivas,
utilizando-se também os coeficientes de correlação de Pearson e Spearman. Os resultados
demonstraram que: a) houve redução nos níveis de ansiedade e depressão e piora na
qualidade de vida entre as duas avaliações; b) os fatores de risco estresse e tabagismo,
correlacionaram-se positivamente com a existência de depressão; c) a hipertensão arterial e o
tratamento medicamentoso apenas, apresentaram correlação com maior ansiedade na
avaliação inicial; d) a pior qualidade de vida se correlacionou com o tabagismo, na primeira
avaliação, e com a presença de dislipidemia, após 12 meses; e) a depressão apresentou
correlação significativa positiva com a raça negra e com a viuvez. Estes resultados
demonstram a necessidade de acompanhamento destes pacientes em programas especiais de
reabilitação, com abrangência multidisciplinar e com protocolos estabelecidos a partir de
enfoque clínico, mas acompanhados sempre de uma avaliação da QV, ansiedade e depressão,
que devem merecer atenção especial da equipe. / Mestre em Ciências da Saúde
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