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A mãe que não embala o berço: um estudo de caso de duas gerações de mães abandonantesPortella, Lorena Brandão 31 January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-01-31 / O objetivo principal deste trabalho foi compreender a entrega do filho recém-nascido a partir da motivação e dos sentimentos da mãe que a realiza. Denominada mãe abandonante, essa mulher que não deseja maternar pode deixar seu filho em condições perigosas ou entrega-lo para adoção, e este trabalho diferencia abandono de entrega. Seguindo uma abordagem qualitativa foram entrevistadas duas gerações de mães abandonantes [de quarenta e três anos de idade e vinte anos de idade] que já abandonaram alguns filhos entre zero e três anos [já tiveram sete e dois filhos respectivamente], e através de entrevista buscou-se motivações e sentimentos que se acercaram do enjeitamento. Para tanto, foi necessário avaliar e descrever o cotidiano de cada figura feminina sob diferentes etapas do ciclo de vida. As categorias utilizadas para analisar as aproximações e distanciamentos das duas jornadas foram infância, adolescência/juventude, iniciação sexual, maternidade, filhos e relação com parceiros, entrega de filhos. O que fica claro com o estudo é que essa entrega reflete a história de vida de cada uma e que os sentimentos e motivações são complexos e só podem ser analisados de per si. O estudo conclui que abandono gera abandono e, que nessa perspectiva, quem não teve um modelo de apego seguro com seus genitores, ou cuidador, estará mais propenso ao enjeitamento. / This study discusses the process of child abandonment in maternal perspective, identifying the birthmother’s profile and the relationship of her life story with this denial. In light of the literature this phenomenon is surrounded by factors of personal, family, social or economic issues that contribute for a mother to give up her son for adoption and is related in this research. The birthmother is the one who abandons leaving or delivering the child to be cared for by others and this research seeks to differentiate abandonment from giving to adoption. We interviewed two generations of birthmothers [forty-three and twenty years of age] who have already left some children between zero and three years [seven and two children respectively] through the interview and looked up motivations and feelings that have approached the abandonment. Therefore, it was necessary to evaluate and describe the daily life of each female figure under different stages of the life cycle. The categories used to analyze the similarities and differences of the two women were: childhood, adolescence/ youth, sexual initiation, maternity, children and relationship with partners, delivering children. What is clear from the study is that this delivery or abandonment reflects the life history of each one, and that the feelings and motivations are complex and can only be analyzed in each case. The study concludes that negligence generates abandonment, which in this perspective, those who did not have a model of secure attachment with their parent or caregiver, will be more prone to abandonment.
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