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Existe associação entre dismotilidade esofágica e hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico? / Importance of hiatal hernia for occurence of ineffective esophageal motility in patients with gastroesophageal reflux disease

Conrado, Leonardo Menegaz January 2010 (has links)
Introdução: A fisiopatologia da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é multifatorial, sendo a motilidade esofágica um dos fatores implicados na sua gênese. Todavia, ainda não há consenso sobre a existência de associação entre dismotilidade e Hérnia Hiatal (HH) em pacientes com DRGE. Esse estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de Dismotilidade Esofágica (DE) em pacientes com HH e avaliar se a herniação é fator relacionado à DE. Métodos: Foram estudados 356 pacientes com diagnóstico clínico de DRGE submetidos à Endoscopia Digestiva Alta e Manometria Esofágica. Hérnia Hiatal foi definida endoscopicamente por uma distância igual ou maior que 2 cm entre o pinçamento diafragmático e a junção escamo-colunar e Dismotilidade Esofágica quando a ME identificou amplitude das ondas peristálticas no esôfago distal < 30 mmHg e/ou menos de 80% de contrações efetivas. Foi feita a divisão dos pacientes para a análise estatística em 2 grupos, com e sem HH. Resultados: Pacientes com DRGE portadores de HH tiveram prevalência de DE igual a 14,8% e os sem HH, prevalência de 7,7% (p = 0,041). O grupo de pacientes com HH apresentou também maior frequência de esofagite erosiva (47,5% contra 24,2%, p <0,001), menor valor de pressão no EEI (10,4 versus 13,10; p < 0,001) e maior frequência de indivíduos com valores de pH-metria anormais (p < 0,001). A razão bruta de prevalências de DE, segundo a presença de HH, foi 1,92 (IC: 1,04 - 3,53; p = 0,037), porém essa associação não persistiu quando controlada por idade, esofagite, pH-metria alterada e EEI alterado (RP ajustada: 1,69; IC: 0,68 – 4,15; p = 0,257). Conclusão: Apesar da prevalência de DE no grupo HH ter sido maior do que no grupo sem HH, a associação entre HH e DE em indivíduos com DRGE desaparece ao se controlar por co-variáveis relevantes, levando a crer que neste tipo de paciente, HH não é fator de risco independente destas variáveis. / Introduction: The pathophysiology of gastroesophageal reflux disease is multifactorial, where esophageal motility is one of the factors implicated in its genesis. However, there is still no consensus on the existence of an association between esophageal dysmotility and hiatal hernia in patients with gastroesophageal reflux disease. The objective of this study was to establish the prevalence of esophageal dysmotility in patients with hiatal herina and to determine if herniation is a factor related to esophageal dysmotility. Methods: The study included 356 patients with a clinical diagnosis of gastroesophageal reflux disease submitted to upper digestive endoscopy and esophageal functional dagnostics. Hiatal Hernia was defined endoscopically by a distance equal to or greater than 2 cm between the diaphragmatic constriction and the squamo-columnar junction and esophageal dysmoyility when the esophageal manometry identified the amplitude of the peristaltic waves in the distal esophagus are < 30 mmHg and/or less than 80% of effective contractions. For statistical analysis, the patients were divided into 2 grups: with and without HH. Results: Gastroesophageal reflux disease patients with hiatal hernia had a prevalence of esophageal dysmotility equal to 14.8% and those without hiatal hernia, a prevalence of 7.7% (p = 0.041). The group of patients with hiatal hernia also showed a greater frequency of erosive esophagitis (47.5% versus 24.2%, p <0.001), lower low esophageal sphincter pressure (10.4 versus 13.10; p < 0.001) and greater frequency of individuals with abnormal pH-metry values (p < 0.001). The crude prevalence ratios for esophageal dysmotility, according to the presence of hiatal hernia, was 1.92 (CI: 1.04 - 3.53; p = 0.037), but this association did not persist when controlled for age, esophagitis, altered pH-metry and altered low esophageal sphincter (adjusted PR: 1.69; CI: 0.68 – 4.15; p = 0.257). Conclusion: Despite the prevalence of esophageal dysmotility in the hiatal hernia group being higher than that in the group without hiatal hernia, the association between hiatal hernia and esophageal dysmotility in individuals with gastroesophageal reflux disease disappeared on controlling for relevant co-variables, leading us to believe that in this type of patient, hiatal hernia is not a risk factor independent of these variables.
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Existe associação entre dismotilidade esofágica e hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico? / Importance of hiatal hernia for occurence of ineffective esophageal motility in patients with gastroesophageal reflux disease

Conrado, Leonardo Menegaz January 2010 (has links)
Introdução: A fisiopatologia da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é multifatorial, sendo a motilidade esofágica um dos fatores implicados na sua gênese. Todavia, ainda não há consenso sobre a existência de associação entre dismotilidade e Hérnia Hiatal (HH) em pacientes com DRGE. Esse estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de Dismotilidade Esofágica (DE) em pacientes com HH e avaliar se a herniação é fator relacionado à DE. Métodos: Foram estudados 356 pacientes com diagnóstico clínico de DRGE submetidos à Endoscopia Digestiva Alta e Manometria Esofágica. Hérnia Hiatal foi definida endoscopicamente por uma distância igual ou maior que 2 cm entre o pinçamento diafragmático e a junção escamo-colunar e Dismotilidade Esofágica quando a ME identificou amplitude das ondas peristálticas no esôfago distal < 30 mmHg e/ou menos de 80% de contrações efetivas. Foi feita a divisão dos pacientes para a análise estatística em 2 grupos, com e sem HH. Resultados: Pacientes com DRGE portadores de HH tiveram prevalência de DE igual a 14,8% e os sem HH, prevalência de 7,7% (p = 0,041). O grupo de pacientes com HH apresentou também maior frequência de esofagite erosiva (47,5% contra 24,2%, p <0,001), menor valor de pressão no EEI (10,4 versus 13,10; p < 0,001) e maior frequência de indivíduos com valores de pH-metria anormais (p < 0,001). A razão bruta de prevalências de DE, segundo a presença de HH, foi 1,92 (IC: 1,04 - 3,53; p = 0,037), porém essa associação não persistiu quando controlada por idade, esofagite, pH-metria alterada e EEI alterado (RP ajustada: 1,69; IC: 0,68 – 4,15; p = 0,257). Conclusão: Apesar da prevalência de DE no grupo HH ter sido maior do que no grupo sem HH, a associação entre HH e DE em indivíduos com DRGE desaparece ao se controlar por co-variáveis relevantes, levando a crer que neste tipo de paciente, HH não é fator de risco independente destas variáveis. / Introduction: The pathophysiology of gastroesophageal reflux disease is multifactorial, where esophageal motility is one of the factors implicated in its genesis. However, there is still no consensus on the existence of an association between esophageal dysmotility and hiatal hernia in patients with gastroesophageal reflux disease. The objective of this study was to establish the prevalence of esophageal dysmotility in patients with hiatal herina and to determine if herniation is a factor related to esophageal dysmotility. Methods: The study included 356 patients with a clinical diagnosis of gastroesophageal reflux disease submitted to upper digestive endoscopy and esophageal functional dagnostics. Hiatal Hernia was defined endoscopically by a distance equal to or greater than 2 cm between the diaphragmatic constriction and the squamo-columnar junction and esophageal dysmoyility when the esophageal manometry identified the amplitude of the peristaltic waves in the distal esophagus are < 30 mmHg and/or less than 80% of effective contractions. For statistical analysis, the patients were divided into 2 grups: with and without HH. Results: Gastroesophageal reflux disease patients with hiatal hernia had a prevalence of esophageal dysmotility equal to 14.8% and those without hiatal hernia, a prevalence of 7.7% (p = 0.041). The group of patients with hiatal hernia also showed a greater frequency of erosive esophagitis (47.5% versus 24.2%, p <0.001), lower low esophageal sphincter pressure (10.4 versus 13.10; p < 0.001) and greater frequency of individuals with abnormal pH-metry values (p < 0.001). The crude prevalence ratios for esophageal dysmotility, according to the presence of hiatal hernia, was 1.92 (CI: 1.04 - 3.53; p = 0.037), but this association did not persist when controlled for age, esophagitis, altered pH-metry and altered low esophageal sphincter (adjusted PR: 1.69; CI: 0.68 – 4.15; p = 0.257). Conclusion: Despite the prevalence of esophageal dysmotility in the hiatal hernia group being higher than that in the group without hiatal hernia, the association between hiatal hernia and esophageal dysmotility in individuals with gastroesophageal reflux disease disappeared on controlling for relevant co-variables, leading us to believe that in this type of patient, hiatal hernia is not a risk factor independent of these variables.
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Existe associação entre dismotilidade esofágica e hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico? / Importance of hiatal hernia for occurence of ineffective esophageal motility in patients with gastroesophageal reflux disease

Conrado, Leonardo Menegaz January 2010 (has links)
Introdução: A fisiopatologia da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é multifatorial, sendo a motilidade esofágica um dos fatores implicados na sua gênese. Todavia, ainda não há consenso sobre a existência de associação entre dismotilidade e Hérnia Hiatal (HH) em pacientes com DRGE. Esse estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de Dismotilidade Esofágica (DE) em pacientes com HH e avaliar se a herniação é fator relacionado à DE. Métodos: Foram estudados 356 pacientes com diagnóstico clínico de DRGE submetidos à Endoscopia Digestiva Alta e Manometria Esofágica. Hérnia Hiatal foi definida endoscopicamente por uma distância igual ou maior que 2 cm entre o pinçamento diafragmático e a junção escamo-colunar e Dismotilidade Esofágica quando a ME identificou amplitude das ondas peristálticas no esôfago distal < 30 mmHg e/ou menos de 80% de contrações efetivas. Foi feita a divisão dos pacientes para a análise estatística em 2 grupos, com e sem HH. Resultados: Pacientes com DRGE portadores de HH tiveram prevalência de DE igual a 14,8% e os sem HH, prevalência de 7,7% (p = 0,041). O grupo de pacientes com HH apresentou também maior frequência de esofagite erosiva (47,5% contra 24,2%, p <0,001), menor valor de pressão no EEI (10,4 versus 13,10; p < 0,001) e maior frequência de indivíduos com valores de pH-metria anormais (p < 0,001). A razão bruta de prevalências de DE, segundo a presença de HH, foi 1,92 (IC: 1,04 - 3,53; p = 0,037), porém essa associação não persistiu quando controlada por idade, esofagite, pH-metria alterada e EEI alterado (RP ajustada: 1,69; IC: 0,68 – 4,15; p = 0,257). Conclusão: Apesar da prevalência de DE no grupo HH ter sido maior do que no grupo sem HH, a associação entre HH e DE em indivíduos com DRGE desaparece ao se controlar por co-variáveis relevantes, levando a crer que neste tipo de paciente, HH não é fator de risco independente destas variáveis. / Introduction: The pathophysiology of gastroesophageal reflux disease is multifactorial, where esophageal motility is one of the factors implicated in its genesis. However, there is still no consensus on the existence of an association between esophageal dysmotility and hiatal hernia in patients with gastroesophageal reflux disease. The objective of this study was to establish the prevalence of esophageal dysmotility in patients with hiatal herina and to determine if herniation is a factor related to esophageal dysmotility. Methods: The study included 356 patients with a clinical diagnosis of gastroesophageal reflux disease submitted to upper digestive endoscopy and esophageal functional dagnostics. Hiatal Hernia was defined endoscopically by a distance equal to or greater than 2 cm between the diaphragmatic constriction and the squamo-columnar junction and esophageal dysmoyility when the esophageal manometry identified the amplitude of the peristaltic waves in the distal esophagus are < 30 mmHg and/or less than 80% of effective contractions. For statistical analysis, the patients were divided into 2 grups: with and without HH. Results: Gastroesophageal reflux disease patients with hiatal hernia had a prevalence of esophageal dysmotility equal to 14.8% and those without hiatal hernia, a prevalence of 7.7% (p = 0.041). The group of patients with hiatal hernia also showed a greater frequency of erosive esophagitis (47.5% versus 24.2%, p <0.001), lower low esophageal sphincter pressure (10.4 versus 13.10; p < 0.001) and greater frequency of individuals with abnormal pH-metry values (p < 0.001). The crude prevalence ratios for esophageal dysmotility, according to the presence of hiatal hernia, was 1.92 (CI: 1.04 - 3.53; p = 0.037), but this association did not persist when controlled for age, esophagitis, altered pH-metry and altered low esophageal sphincter (adjusted PR: 1.69; CI: 0.68 – 4.15; p = 0.257). Conclusion: Despite the prevalence of esophageal dysmotility in the hiatal hernia group being higher than that in the group without hiatal hernia, the association between hiatal hernia and esophageal dysmotility in individuals with gastroesophageal reflux disease disappeared on controlling for relevant co-variables, leading us to believe that in this type of patient, hiatal hernia is not a risk factor independent of these variables.

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