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Individuação e expatriação: resiliência da esposa acompanhanteBorba, Daniela 07 November 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-11-07 / The present study has intended to understand the acculturation experience in Brazil, among
ten Latin-American Spanish speaking women, following their executive expatriate
husbands. Expatriation is a form of globalized immigration, characterized by a change of
countries without the changing companies.
The verbal material from the interviews (were treated under the Collective Subject, Speech
Method), the resilience test content, as well as the dialogue between three approaches:
intercultural psychology, human resilience and the analytical psychology of C. G. Jung,
have contributed to establishing findings that can contribute with the understanding of a
transformation process that takes place in this context. A initial period of mourning is
started by the enrooting process and the ambivalent losses from: social net and gender roles
changing, professional versus family conflict and, cultural and intrapsychic boundaries
destabilization. Such adversity has induced, through self overcoming, the development in
other areas such as: the recognition of deep relationships importance, flexibility, patience,
positive attitude, new cultural codes acquisition, deepening of family relations, and the
increase of motherhood and femininity. On the other hand, some risk factors for this
experience have been found. Their relationship with the Brazilian culture, for instance,
were characterized as superficial e restrict, for the majority, indicating a acculturation
process as separation. This defensive form of intercultural relation, allowed the participants
to perceive some Brazilian inferior cultural complex symptoms (low self-esteem,
passiveness, uncommitted behavior, pleasure search and law disrespect). Shallowness, thus,
occurs both ways of this intercultural encounter. Risk factors were also found: a high
control of impulses joined to a low regulation of emotions indicates that, as repression
tends to increase, the emotional control diminish, stopping wishes and plans from
happening, and also expanding the dependence on the spouse. Therefore, to stimulate a
healthy development is most important that health and organizational professionals, and the
participants themselves, notice and encourage: 1. acculturation by means of cultural
integration, 2. the balance of resilience factors, and 3. the individuation process resulting
from the elaboration of deeper layers of the unconscious, brought up by the intercultural
experience. As conclusion, the path of development for these women indicates the need of
investments in their own projects, apart from family, so that, through self-accomplishment,
they turn expatriation into their own journey / A presente pesquisa buscou compreender a experiência de aculturação no Brasil, de 10
mulheres hispano-americanas, casadas com executivos expatriados. A expatriação é uma
forma de imigração globalizada, na qual o executivo muda de país, mas não muda de
empresa. A análise de entrevista (pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo) , a
aplicação de teste de resiliência, bem como a articulação teórica entre três perspectivas, a
saber: psicologia intercultural, a resiliência humana e a psicologia analítica de C. G. Jung,
contribuíram para a elaboração de resultados com implicações para o entendimento do
processo de transformação nesse contexto. Foi identificado um período inicial de luto
decorrente do desenraizamento e das perdas ambíguas referentes a transformação na rede
social, nos papéis de gênero, conflitos entre a vida profissional e familiar e,
desestabilização das referências culturais e intrapsíquicas. Tal adversidade possibilitou
também, por meio de sua superação, crescimento em outros aspectos como:
reconhecimento da importância de relações íntimas, flexibilidade, paciência, otimismo,
aquisição de novos códigos culturais, aprofundamento das relações familiares e
desenvolvimento da maternidade e feminilidade. Por outro lado, foram encontrados alguns
fatores de risco para essa experiência. A relação com a cultura brasileira, por exemplo, se
mostrou superficial e restrita, no caso da maioria, caracterizando uma aculturação na
modalidade separação. Essa forma de relação intercultural defensiva, permitiu que as
participantes identificassem características (baixa auto-estima, passividade,
descomprometimento, busca constante de prazer e desrespeito às leis) de um possível
complexo cultural brasileiro de inferioridade. A superficialidade ocorre, portanto, em as
partes desse encontro intercultural. Foram encontrados alguns fatores de risco importantes
para o desenvolvimento resiliente das participantes: o alto controle dos impulsos somado à
baixa regulação das emoções. Esse quadro indica que a repressão da autoexpressão tende a
aumentar o descontrole emocional, dificultando a realização de desejos e projetos, e
estimulando a dependência do cônjuge. Portanto, para um desenvolvimento saudável é
importante que profissionais da área da saúde e das organizações, bem como as próprias
participantes, atentem para e estimulem: 1. a aculturação por meio da integração cultural, 2.
a resiliência mediante o equilíbrio dos fatores resilientes e, 3. o processo de individuação
decorrente da elaboração do material das camadas inconscientes da psique, constelados na
experiência intercultural. Pode-se concluir que o caminho de desenvolvimento dessas
mulheres aponta para a necessidade de construção de projetos próprios, independentes da
família, para que, através da auto-realização façam, da experiência de expatriação, a sua
jornada
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