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Estudo do sistema inato de defesa de Biomphalaria tenagophila (d’Orbigny, 1835) frente ao Schistosoma mansoni Sambon, 1907

Mattos, Ana Carolina Alves de January 2011 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2013-01-25T10:42:23Z No. of bitstreams: 1 MATTOS, Ana Carolina.pdf: 1283545 bytes, checksum: a4b542c6c88309cd3a7cec32cb5e787f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-01-25T10:42:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MATTOS, Ana Carolina.pdf: 1283545 bytes, checksum: a4b542c6c88309cd3a7cec32cb5e787f (MD5) Previous issue date: 2011 / A fenoloxidase (PO) é uma enzima envolvida no processo de melanização. A melanização é um mecanismo de defesa contra patógenos, muito importante para diversos invertebrados, inclusive, alguns artigos já descreveram a existência dessa enzima em Biomphalaria glabrata. Utilizando B. tenagophila (linhagem resistente Taim e linhagem susceptível Cabo Frio), tentou-se esclarecer, por meio de experimentos “in vivo” e “in vitro”, a real importância desse sistema enzimático no processo de resistência da Biomphalaria ao S. mansoni. Verificou-se que, apesar do sistema fenoloxidase apresentar, em alguns experimentos, uma atividade significativamente maior, principalmente na linhagem Taim, na presença do S. mansoni, não foi possível afirmar que esse sistema tem importância no mecanismo de resistência da B. tenagophila Taim contra S. mansoni, pois a ativação enzimática ocorreu em todas as linhagens testadas. Quando os testes da atividade enzimática foram realizados, utilizando Echistosoma paraensei (trematódeo, digenea), que infecta a linhagem Taim, os resultados foram semelhantes. Outro aspecto estudado neste trabalho foi a resposta do sistema interno de defesa (SID - hemócitos, fração solúvel e hemolinfa total) da B. glabrata e B. tenagophila (Taim e Cabo Frio), frente aos esporocistos secundários, obtidos de caramujos B. glabrata infectadas. Já foi descrito na literatura o processo de mascaramento/mimetismo molecular como mecanismo de evasão do parasito. Assim, utilizando os esporocistos secundários, foi possível demonstrar que os esporocistos primários são mais afetados pelo SID da Biomphalaria (principalmente Taim) do que os esporocistos secundários. Os esporocistos primários apresentaram maior mortalidade e danos no tegumento do que os esporocistos secundários. No entanto, a inoculação dos esporocistos secundários, provenientes de B. glabrata, obteve sucesso apenas na espécie análoga, resultando na eliminação de cercárias, trinta dias após a inoculação. O mesmo não ocorreu nas linhagen de B. tenagophila Taim e Cabo Frio. Dessa forma, o mimetismo/mascaramento molecular é um mecanismo possível, porém experimentos utilizando esporocistos secundários provenientes da B. tenagophila são necessários para verificar a real importância desse processo como mecanismo de escape do parasito em relação a B. tenagophila Taim. / Phenoloxidase (PO) is an enzyme involved in the process of melanization, which is a defense mechanism against pathogens, being very important for different invertebrates. Several articles have described the presence of this enzyme in Biomphalaria glabrata. Using B. tenagophila (resistant Taim and susceptible Cabo Frio) lineages to Schistosoma mansoni), we carried out “in vivo” and “in vitro” experiments aimed at clarifying the real importance of this enzymatic system in the process of Biomphalaria resistance to S. mansoni. It was observed in some experiments that the phenoloxydase system presented a significantly higher activity, mainly in Taim lineage in the presence of S. mansoni, but it was not possible to confirm whether this system exerts some importance in the resistance mechanism of B. tenagophila Taim against S. mansoni, since the enzymatic activity has occurred in all the lineages tested. When the enzymatic activity was tested using Echistosoma paraensi (Trematode, Digenea), which infects the Taim lineage, the results obtained were very similar. Another aspect investigated in the present work was the response of the internal defense system (IDS – hemocytes, soluble fraction, and total hemolymph) of B. glabrata and B. tenagophila (Taim and Cabo Frio) in the presence of secondary sporocysts derived from infected B. glabrata snails. The process of molecular masking/mimetism as evasion mechanism of the parasite has been described in the literature. Thus, using secondary sporocysts, it was possible to demonstrate that primary sporocysts are more affected by IDS of Biomphalaria (mainly of Taim), presenting higher mortality rate and tegumental damages than the secondary ones. Nevertheless, inoculation of secondary sporocysts derived from B. glabrata was successful only in the analogue species, showing as a result elimination of cercariae thirty days post-inoculation. The same result did not occur with B. tenagophila Taim and Cabo Frio. In this way, the molecular masking/mimetism may be considered a possible mechanism, however, further experiments using secondary sporocysts derived from B. tenagophila are needed in order to verify the real importance of this process as the parasite´s scape mechanism in relation to B. tenagophila Taim.
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Biomphalaria tenagophila guaibensis (MOLLUSCA: PLANORBIDAE): avaliação da suscetibilidade a Schistosoma mansoni e do status de subespécie

Braga, Lidiane Bento January 2012 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2012-08-21T13:52:31Z No. of bitstreams: 1 Mestrado29.06.final (1).pdf: 1136355 bytes, checksum: c198b67f270ca090a0e6d74af62ad693 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-08-21T13:52:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mestrado29.06.final (1).pdf: 1136355 bytes, checksum: c198b67f270ca090a0e6d74af62ad693 (MD5) / O registro da única subespécie do gênero Biomphalaria no Brasil, Biomphalaria tenagophila guaibensis, foi realizado no sul do país por Paraense (1984). A subespécie foi assim classificada devido a similaridades morfológicas com Biomphalaria tenagophila, especialmente pela presença de uma bolsa vaginal. Esta característica é a principal diferença que distingue esta subespécie de Biomphalaria occidentalis, espécie com a qual apresenta, também, grandes semelhanças. Informações sobre esta subespécie são escassas, inexistem dados de cruzamento de B. t. guaibensis com B. tenagophila e com B. occidentalis e há apenas um experimento demonstrando que esta subespécie não infectou-se quando exposta a cinco miracídios/molusco da cepa SJ de Schistosoma mansoni. Estas lacunas geram dúvidas quanto à classificação taxonômica da subespécie, uma vez que estudos de relação filogenética demonstram uma afinidade maior de B. t. guaibensis e B. occidentalis do que com B. tenagophila. No intuito de ampliar os conhecimentos sobre esta subespécie, esta dissertação teve como objetivos 1) investigar possível cruzamento com as duas espécies crípticas, utilizando o caráter de albinismo e a técnica molecular de PCR-RFLP; 2) verificar a sua suscetibilidade a S. mansoni, com três diferentes cepas AL, SJ, e LE e 50 e 100 miracídios/molusco e 3) verificar a suscetibilidade dos moluscos F1 e F2 de possíveis cruzamentos. No cruzamento B. t. guaibensis X B. tenagophila albino, quatro albinos (27%) geraram F1 pigmentada, e o perfil molecular obtido foi de B. t. guaibensis, enquanto B. t. guaibensis x B. occidentalis não apresentaram evidências de cruzamento. Nos experimentos de exposição a S. mansoni, os moluscos B. t. guaibensis e os moluscos pigmentados F1 e F2 de B. tenagophila albino resultantes do cruzamento com B. t. guaibensis não se infectaram. Esses dados têm importância epidemiológica, uma vez que, afasta a possibilidade de focos da esquistossomose em regiões onde somente essa subespécie está presente. E ainda, foi demonstrado que o posicionamento de B. t. guaibensis como subespécie é válido, uma vez que houve cruzamento comprovado entre a B. t. guaibensis e a espécie B. tenagophila, e que, há isolamento reprodutivo entre B. t. guaibensis e B. occidentalis. / The registration of a single subspecies of the genus Biomphalaria in Brazil, Biomphalaria tenagophila guaibensis, was carried out in the south of the country by Paraense (1984). The subspecies was classified this way because of morphological similarities with Biomphalaria tenagophila, especially by the presence of a vaginal pouch. This feature is the main difference that distinguishes that subspecies of Biomphalaria occidentalis, a species with which also presents strong similarities. Information about this subspecies are scarce, there are no data crossing B. t. guaibensis with B. tenagophila and with B. occidentalis and there is only one experiment demonstrating that this subspecies is not infected when exposed to five miracidia/ mollusk of SJ strain of Schistosoma mansoni. These gaps create doubts about the taxonomy classification of subspecies, since studies of phylogenetic relationship show higher affinity of B. t. guaibensis with B. occidentalis than with B. tenagophila. In order to expand knowledge about this subspecies, this work aimed 1) to investigate possible crosses between the two cryptic species, using the character of albinism and the molecular technique of PCR-RFLP; 2) to verify their susceptibility to S. mansoni, with three different strains AL, SJ, and LE 50 and 100 miracidia/ mollusk and 3) verify the susceptibility of mollusks F1 and F2 of possible crosses. At the crosses B. t. guaibensis X B. tenagophila albino, four albino (27%) generated pigmented F1, and the molecular profile obtained was from B. t. guaibensis, while B. t. guaibensis x B. occidentalis showed no evidence of interbreeding. In the experiments of exposure to S. mansoni, the B. t. guaibensis mollusks and the pigmented mollusks F1 and F2 of B. tenagophila albino resulting from crosses with B. t. guaibensis didn’t become infected. These data have epidemiological importance, since it removes the possibility of outbreaks of schistosomiasis in areas where only this subspecies is present. Furthermore, it was demonstrated that the positioning of subspecies B. t. guaibensis as valid, since there was shown the crosses between B. t. guaibensis and the species B. tenagophila, and there is reproductive isolation between B. t. guaibensis and B. occidentalis.

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