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Justiça organizacional e estresse no trabalho: um estudo com colaboradores do setor bancário de Santa Maria / Organizational justice and stress at work: a study with employees of the banking sector in Santa MariaGomes, Tarízi Cioccari 02 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this study was to analyze the relationship between the perception of organizational justice and job stress on employees of public and private banking sector in Santa Maria. Therefore, the theoretical background focused on organizational justice and stress, with emphasis on work. A survey was conducted on 339 bank employees - 224 from public sector and 115 from private. A questionnaire was structure with sociodemographic questions and the instruments used were the Perception of Organizational Justice Scale (MENDONÇA et al., 2003), the Job Stress Scale (KARASEK, 1985; THEORELL, 1988; ALVES et al., 2004) and the reduced version of Effort-Reward Imbalance Scale (SIEGRIST et al., 1996, 2009; CHOR et al., 2008). Data were described using descriptive statistics, Cronbach alpha indicator, normality tests, Mann-Whitney test, Kruskal-Wallis test, chi-square test, and Correspondence Analysis. Regarding the population, the profile of the respondents is the majority is married, receives monthly compensation above 10 minimum wages, is graduate, has never received a stress diagnosis, or medications used for this purpose. Concerning organizational justice, it was found that employees of private banks perceive higher justice than employees of public banks and justice scored higher in the interactional dimension in both sectors. Analysis of the Demand-Control Model of Job Stress Scale in the data of respondents from public sector revealed that 24.55% of respondents are in the "low distress" (ideal condition) and 37.40% fit in this situation in private banks. Social support was considered low for 66.52% of the respondents from public banks, indicating the effects of stress at work, and it was assessed as high for 60% of employees in private banks, what can mitigate the damage of stress. Regarding the Model Scale Effort-Reward Imbalance, 77.23% of respondents from public banks and 57.39% from private sector showed imbalance between high effort spent at work and the reward received. However, in the public sector, the consequences of stress might be reduced, because the excess of commitment was considered low for 54.91% of the respondents, whilst in the private sector, the variable was perceived as high for 51.30 % what can maximize the damage caused by stress. Regarding the scales of Demand-Control and Effort-Reward Imbalance, individuals from the public banks were more exposed to work stress and consequently showed higher risk of mental illness. According to the results, in public sector, perceptions of distributive, procedural and interactional justice showed significant relationships with the dimensions control and social support. Moreover, in private banks, the perceptions of distributive, procedural and interactional justice were associated with the dimensions of psychological demands and social support. Furthermore, in both sectors, all three dimensions of justice were related to the size reward. High perceptions of justice (distributive, procedural and interactional), "low distress" and "low DER" showed significant associations among them. Relationships among low perceptions of organizational justice (distributive, procedural and interactional) and "high distress" and "high DER" were also identified. Solely in public sector, low perceptions of distributive, procedural and interactional justice showed relationship with "passive job". Furthermore, the results of this research reveal that the perceived justice of employees contributes to the way of dealing with work situations and the factors that lead to stress, such as psychological demands and control, effort spent and the reward received. / O objetivo dessa pesquisa foi analisar a relação entre a percepção de justiça organizacional e o estresse no trabalho em colaboradores do setor bancário público e privado de Santa Maria. Desse modo, o referencial teórico abordou os temas justiça organizacional e o estresse, com enfoque no estresse no trabalho. Realizou-se uma pesquisa descritiva, com estratégia do tipo survey. A população pesquisada foi 339 colaboradores bancários, sendo 224 do setor público e 115 do privado. Aplicou-se um questionário estruturado, contendo dados sociodemográficos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Percepção de Justiça Organizacional (MENDONÇA et al., 2003), a Escala de Estresse no Trabalho ou Job Stress Scale (KARASEK, 1985; THEÖRELL, 1988; ALVES et al., 2004) e a versão reduzida da Escala Desequilíbrio Esforço-Recompensa (SIEGRIST et al., 1996, 2009; CHOR et al., 2008). Os dados foram descritos por meio de estatística descritiva, indicador alfa de Cronbach, testes de normalidade, teste Mann-Whitney, teste Kruskal-Wallis, teste Qui-Quadrado e Análise de Correspondência. Pode-se verificar, em relação ao perfil dos colaboradores, que a maioria é casado, recebe remuneração mensal acima de 10 salários mínimos, possui ensino superior, não obteve diagnóstico de estresse, nem utilizou medicamentos para esse fim. Quanto à justiça organizacional, verificou-se que os colaboradores de bancos privados percebem maior justiça do que os de bancos públicos e que em ambos os setores foi identificada maior justiça na dimensão interacional. A análise do modelo Demanda-Controle da Escala de Estresse no Trabalho em bancos públicos constatou que 24,55% dos pesquisados encontram-se no baixo desgaste (estado ideal) e 37,40% enquadraram-se nessa situação em bancos privados. O apoio social foi considerado baixo para 66,52% dos pesquisados de bancos públicos, o que pode estar destacando os efeitos do estresse no trabalho, e avaliado como alto para 60% dos colaboradores de bancos privados, podendo amenizar os danos do estresse. Em relação ao modelo da Escala Desequilíbrio Esforço-Recompensa, 77,23% dos respondentes de bancos públicos e 57,39% de privados apresentaram alto desequilíbrio entre o esforço gasto no trabalho e a recompensa recebida. Contudo, no setor bancário público, as decorrências do estresse podem estar sendo reduzidas, pois o excesso de comprometimento foi considerado baixo para 54,91% dos respondentes, enquanto que, no setor bancário privado, essa variável foi percebida como alta para 51,30%, podendo maximizar os danos causados pelo estresse. Dessa forma, os indivíduos pertencentes aos bancos públicos apresentaram maior exposição ao estresse no trabalho e consequentemente maior risco de adoecimento psíquico, quando considerados os modelos Demanda-Controle e Desequilíbrio Esforço-Recompensa. De acordo com os resultados, em bancos públicos, as percepções de justiça distributiva, processual e interacional apresentaram relações significativas com as dimensões controle e apoio social. Por outro lado, em bancos privados, as percepções de justiça distributiva, processual e interacional se associaram com as dimensões demanda psicológica e apoio social. Além disso, nos dois setores pesquisados, as três dimensões de justiça se relacionaram com a dimensão recompensa. Pode-se perceber ainda que as altas percepções de justiça (distributiva, processual e interacional), o baixo desgaste e o baixo DER apresentaram significativas associações entre si. Foram identificadas também relações entre as baixas percepções de justiça organizacional (distributiva, processual e interacional) e o alto desgaste e o alto DER . Em bancos públicos as baixas percepções de justiça distributiva, processual e interacional apresentaram relações com o trabalho passivo dos colaboradores. Com isso, os resultados dessa pesquisa evidenciam que a percepção de justiça dos colaboradores contribui para a maneira de lidar com as situações de trabalho e, assim, com os fatores que levam ao estresse, como a demanda psicológica e o controle, o esforço gasto e a recompensa recebida pelo trabalho desempenhado.
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