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Um psicanalista no hospital geral: possibilidades e limites de atuação / A psychoanalyst in the general hospital: possibilities and limitations of workMarcus Vinícius Rezende Fagundes Netto 09 December 2014 (has links)
Desde a criação do instituto de Berlim, em 1919, primeiro serviço ambulatorial em que psicanalistas prestavam assistência aos neuróticos de guerra, a psicanálise não mais se limita às quatro paredes de um consultório particular. A aplicação da psicanálise se dá nas mais diversas instituições e o hospital geral é uma delas. Portanto, esse trabalho é resultado de um estudo realizado durante o estágio que fazia parte do programa da especialização em Psicologia Hospitalar do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além disso, encontra-se aqui também experiências decorrentes de nossa experiência enquanto pesquisador auxiliar do mesmo instituto. Assim, atendimentos à beira dos leitos do pronto socorro, de unidades de tratamento intensivo, de enfermaria, além de atendimentos ambulatoriais, discussão de casos e o trabalho de consultoria e interconsultoria com equipes multiprofissionais, são relatados nesta dissertação, numa tentativa de seguir a indicação freudiana de que, em Psicanálise, clinica e pesquisa coincidem. O objetivo principal deste trabalho foi dissertar sobre as possibilidades e limites de atuação do analista em um hospital geral, partindo da indicação lacaniana de que todo discurso traz em sua estrutura a marca do real, ou seja, o impossível de coincidir seu produto com a verdade, que é sempre não toda. Para isso, coloca-se em relevo a necessidade do retorno de cada um psicanalista aos fundamentos da teoria freudiana e da técnica da psicanálise para que possa não só entrar, mas se inserir em uma equipe multiprofissional. Além disso, partimos da teoria dos quatro discursos de Jacques Lacan para diferenciar a ética da psicanálise da ética aristotélica e a ética dos bens. Isso se faz importante para evidenciar que os limites de atuação de um analista no contexto hospitalar são mais éticos do que burocráticos. Posteriormente, considerando a avaliação como um dos principais efeitos do discurso capitalista no hospital, discutimos o sentido do significante eficácia em psicanálise, ao se diferenciar eficácia simbólica de eficácia analítica. Finalmente, delimitamos que as especificidades de atuação do analista no hospital refere-se ao método e não à teoria e, com isso, propomos a localização subjetiva como o que geralmente se faz possível no hospital em termos de entrevistas preliminares / Since the foundation of Berlin Institute, the first service in which psychoanalysts took care of the neurotics from the war, psychoanalysis is not something that happens only in a private practice. The application of psychoanalysis occurs in different institutions and the general hospital is one of them. Therefore, this study is the result of a research that took place during the probation work that was part of the curriculum of the post graduation in Health Psychology of Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo. Besides, there is here our experience as researcher of the same institute. Thus, assistance in the Emergency Room, in Intensive Care Units, ambulatory assistance, discussion of the clinical cases and the work with multiprofessional team are described in this dissertation, in an attempt to follow the Freudian suggestion that in Psychoanalysis assistance and research are the same. The main aim of this study was to talk about the possibilities and the limits of an analyst work in a general hospital, taking into account Lacans idea that every discourse has in its structure the mark of Real, in other words, the impossible of coincide its production with the truth, which is always not total. So we emphasize the necessity of a return that every psychoanalyst to the foundations of Freudian theory and technic so as he can not only enter but be insert in the multiprofessional team. Futhermore, taking into consideration Jacques Lacans four discourses theory, we differentiate the ethics of psychoanalysis from Aristotles ethics and the ethics influenced by capitalism. This will be important to emphasize that the limits of the psychoanalysts work in a general hospital are more ethical than bureaucratic. Besides, taking into consideration evaluation as one of the main effects of the capitalist discourse in the hospital, we discuss the meaning of the significant efficiency for psychoanalysis, as we differentiate symbolic efficiency from the psychoanalytical one. Finally we emphasize that the specifications of the analysts work in the hospital is more connected to the method rather than to the theory and, therefore, we propose the subjective localization as what is possible as far as the preliminary interviews are concerned
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Um psicanalista no hospital geral: possibilidades e limites de atuação / A psychoanalyst in the general hospital: possibilities and limitations of workMarcus Vinícius Rezende Fagundes Netto 09 December 2014 (has links)
Desde a criação do instituto de Berlim, em 1919, primeiro serviço ambulatorial em que psicanalistas prestavam assistência aos neuróticos de guerra, a psicanálise não mais se limita às quatro paredes de um consultório particular. A aplicação da psicanálise se dá nas mais diversas instituições e o hospital geral é uma delas. Portanto, esse trabalho é resultado de um estudo realizado durante o estágio que fazia parte do programa da especialização em Psicologia Hospitalar do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além disso, encontra-se aqui também experiências decorrentes de nossa experiência enquanto pesquisador auxiliar do mesmo instituto. Assim, atendimentos à beira dos leitos do pronto socorro, de unidades de tratamento intensivo, de enfermaria, além de atendimentos ambulatoriais, discussão de casos e o trabalho de consultoria e interconsultoria com equipes multiprofissionais, são relatados nesta dissertação, numa tentativa de seguir a indicação freudiana de que, em Psicanálise, clinica e pesquisa coincidem. O objetivo principal deste trabalho foi dissertar sobre as possibilidades e limites de atuação do analista em um hospital geral, partindo da indicação lacaniana de que todo discurso traz em sua estrutura a marca do real, ou seja, o impossível de coincidir seu produto com a verdade, que é sempre não toda. Para isso, coloca-se em relevo a necessidade do retorno de cada um psicanalista aos fundamentos da teoria freudiana e da técnica da psicanálise para que possa não só entrar, mas se inserir em uma equipe multiprofissional. Além disso, partimos da teoria dos quatro discursos de Jacques Lacan para diferenciar a ética da psicanálise da ética aristotélica e a ética dos bens. Isso se faz importante para evidenciar que os limites de atuação de um analista no contexto hospitalar são mais éticos do que burocráticos. Posteriormente, considerando a avaliação como um dos principais efeitos do discurso capitalista no hospital, discutimos o sentido do significante eficácia em psicanálise, ao se diferenciar eficácia simbólica de eficácia analítica. Finalmente, delimitamos que as especificidades de atuação do analista no hospital refere-se ao método e não à teoria e, com isso, propomos a localização subjetiva como o que geralmente se faz possível no hospital em termos de entrevistas preliminares / Since the foundation of Berlin Institute, the first service in which psychoanalysts took care of the neurotics from the war, psychoanalysis is not something that happens only in a private practice. The application of psychoanalysis occurs in different institutions and the general hospital is one of them. Therefore, this study is the result of a research that took place during the probation work that was part of the curriculum of the post graduation in Health Psychology of Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo. Besides, there is here our experience as researcher of the same institute. Thus, assistance in the Emergency Room, in Intensive Care Units, ambulatory assistance, discussion of the clinical cases and the work with multiprofessional team are described in this dissertation, in an attempt to follow the Freudian suggestion that in Psychoanalysis assistance and research are the same. The main aim of this study was to talk about the possibilities and the limits of an analyst work in a general hospital, taking into account Lacans idea that every discourse has in its structure the mark of Real, in other words, the impossible of coincide its production with the truth, which is always not total. So we emphasize the necessity of a return that every psychoanalyst to the foundations of Freudian theory and technic so as he can not only enter but be insert in the multiprofessional team. Futhermore, taking into consideration Jacques Lacans four discourses theory, we differentiate the ethics of psychoanalysis from Aristotles ethics and the ethics influenced by capitalism. This will be important to emphasize that the limits of the psychoanalysts work in a general hospital are more ethical than bureaucratic. Besides, taking into consideration evaluation as one of the main effects of the capitalist discourse in the hospital, we discuss the meaning of the significant efficiency for psychoanalysis, as we differentiate symbolic efficiency from the psychoanalytical one. Finally we emphasize that the specifications of the analysts work in the hospital is more connected to the method rather than to the theory and, therefore, we propose the subjective localization as what is possible as far as the preliminary interviews are concerned
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A ética psicanalítica na escuta de adolescentes em instituições / The psychoanalytic ethics in listening adolescents in institutionsAline Lima Tavares 12 December 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Partindo das questões colocadas pela clínica com adolescentes, mais especificamente em dispositivos públicos destinados a jovens em situação de risco social e/ou conflito com a lei, a presente dissertação versa sobre a importância do fazer do psicanalista na instituição, uma vez que é somente ao escutar os adolescentes que se abre a possibilidade deles próprios se responsabilizarem pelo seu destino. Na contramão de propostas universalizantes, que visam adaptação, adestramento, educação, propõe-se operar uma escuta a fim de verificar a que o sintoma está respondendo, que gozo o sintoma vem delimitar. Definida como um golpe de real que deixa o sujeito sem palavras, em psicanálise a adolescência corresponde a uma etapa lógica de articulação do sujeito na estrutura, marcada pelo encontro com o sexo e com a falta no Outro. Através do relato de fragmentos clínicos atendidos por nós nas instituições supracitadas e do estudo dos dois casos de adolescentes atendidos por Freud Dora e a jovem homossexual verificou-se que na puberdade o sujeito está sempre às voltas com a reatualização do drama edípico e que as dificuldades da adolescência são proporcionais à ferocidade do supereu, formado a partir da incorporação dos pais que se dá através da identificação com eles na infância. Ressalta-se a importância do Outro social, que deve fornecer ao jovem o desejo de viver, apoio e amparo, num momento em que as condições de seu desenvolvimento o compelem a afrouxar os vínculos com a casa dos pais e a família
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A ética psicanalítica na escuta de adolescentes em instituições / The psychoanalytic ethics in listening adolescents in institutionsAline Lima Tavares 12 December 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Partindo das questões colocadas pela clínica com adolescentes, mais especificamente em dispositivos públicos destinados a jovens em situação de risco social e/ou conflito com a lei, a presente dissertação versa sobre a importância do fazer do psicanalista na instituição, uma vez que é somente ao escutar os adolescentes que se abre a possibilidade deles próprios se responsabilizarem pelo seu destino. Na contramão de propostas universalizantes, que visam adaptação, adestramento, educação, propõe-se operar uma escuta a fim de verificar a que o sintoma está respondendo, que gozo o sintoma vem delimitar. Definida como um golpe de real que deixa o sujeito sem palavras, em psicanálise a adolescência corresponde a uma etapa lógica de articulação do sujeito na estrutura, marcada pelo encontro com o sexo e com a falta no Outro. Através do relato de fragmentos clínicos atendidos por nós nas instituições supracitadas e do estudo dos dois casos de adolescentes atendidos por Freud Dora e a jovem homossexual verificou-se que na puberdade o sujeito está sempre às voltas com a reatualização do drama edípico e que as dificuldades da adolescência são proporcionais à ferocidade do supereu, formado a partir da incorporação dos pais que se dá através da identificação com eles na infância. Ressalta-se a importância do Outro social, que deve fornecer ao jovem o desejo de viver, apoio e amparo, num momento em que as condições de seu desenvolvimento o compelem a afrouxar os vínculos com a casa dos pais e a família
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