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Da angústia e o gozo: um percurso psicanalítico na escrita de Clarice Lispector

Valdelice Nascimento de França 28 May 2012 (has links)
Ce travail a comme but de vérifier les possibles relations entre les concepts dangoisse et de jouissance et lécriture de Clarice Lispector. Nous partons de létude du concept dangoisse dans les textes de Sigmund Freud et Jacques Lacan pour, ensuite, entamer une recherche sur les modes de subjectivation de lart qui participent à la clinique. Pour cela, nous utiliserons les concepts de sublimation selon Freud et Lacan. Par la suite, nous tenterons de développer les avatars de la relation de lart avec la psychanalyse, à partir du concept de unheimlich chez Freud. Selon Lacan, lart nous donne loccasion de voir ce qui, sans lui, ne serait passif dobservation, gardant les caractéristiques insaisissables de lobjet. Nous abandonnons ainsi la métaphore du psychanalyste déchiffreur de lart pour penser lart comme une source de questions dirigées au psychanalyste. Cette relation nous met plutôt dans une logique de ramasseur de miettes , comme laffirme Lacan. Dans le dernier chapitre je discute le concept de jouissance développé par Lacan tout au long de ses séminaires. Finalement, je suggère lhypothèse que le texte de Clarice Lispector est une écriture qui jouit, en proposant de le distinguer dune écriture mystique / Este trabalho tem o objetivo de verificar as possíveis articulações com o conceito de angústia e gozo a partir da escrita de Clarice Lispector. Partimos do estudo do conceito de angústia nos textos de Sigmund Freud e Jacques Lacan, para pesquisar em seguida os modos de subjetivação da arte que estão em jogo na clínica, para isto abordamos o conceito de sublimação em Freud e Lacan. Adiante procuramos desdobrar os avatares da relação da arte com a psicanálise, a partir do conceito de unheimlich para Freud. A arte, segundo Lacan, nos dá a ver o que de outro modo não se veria, mantendo o que há de inapreensível no objeto. Saímos, assim, da metáfora do psicanalista como decifrador da arte para pensar a arte como aquilo que coloca questões ao psicanalista. Neste lugar estaríamos mais na posição de catadores de migalhas, como afirma Lacan. No último capítulo abordo o conceito de gozo desenvolvido por Lacan ao longo dos seus seminários e ao final lanço mão da hipótese da escrita de Clarice como uma escrita gozante e proponho diferenciá-la da escrita mística
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Da angústia e o gozo: um percurso psicanalítico na escrita de Clarice Lispector

Valdelice Nascimento de França 28 May 2012 (has links)
Ce travail a comme but de vérifier les possibles relations entre les concepts dangoisse et de jouissance et lécriture de Clarice Lispector. Nous partons de létude du concept dangoisse dans les textes de Sigmund Freud et Jacques Lacan pour, ensuite, entamer une recherche sur les modes de subjectivation de lart qui participent à la clinique. Pour cela, nous utiliserons les concepts de sublimation selon Freud et Lacan. Par la suite, nous tenterons de développer les avatars de la relation de lart avec la psychanalyse, à partir du concept de unheimlich chez Freud. Selon Lacan, lart nous donne loccasion de voir ce qui, sans lui, ne serait passif dobservation, gardant les caractéristiques insaisissables de lobjet. Nous abandonnons ainsi la métaphore du psychanalyste déchiffreur de lart pour penser lart comme une source de questions dirigées au psychanalyste. Cette relation nous met plutôt dans une logique de ramasseur de miettes , comme laffirme Lacan. Dans le dernier chapitre je discute le concept de jouissance développé par Lacan tout au long de ses séminaires. Finalement, je suggère lhypothèse que le texte de Clarice Lispector est une écriture qui jouit, en proposant de le distinguer dune écriture mystique / Este trabalho tem o objetivo de verificar as possíveis articulações com o conceito de angústia e gozo a partir da escrita de Clarice Lispector. Partimos do estudo do conceito de angústia nos textos de Sigmund Freud e Jacques Lacan, para pesquisar em seguida os modos de subjetivação da arte que estão em jogo na clínica, para isto abordamos o conceito de sublimação em Freud e Lacan. Adiante procuramos desdobrar os avatares da relação da arte com a psicanálise, a partir do conceito de unheimlich para Freud. A arte, segundo Lacan, nos dá a ver o que de outro modo não se veria, mantendo o que há de inapreensível no objeto. Saímos, assim, da metáfora do psicanalista como decifrador da arte para pensar a arte como aquilo que coloca questões ao psicanalista. Neste lugar estaríamos mais na posição de catadores de migalhas, como afirma Lacan. No último capítulo abordo o conceito de gozo desenvolvido por Lacan ao longo dos seus seminários e ao final lanço mão da hipótese da escrita de Clarice como uma escrita gozante e proponho diferenciá-la da escrita mística
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O Supereu na clínica psicanalítica: avesso do desejo? / Le surmoi dans la clinique psychanalytique: em face du désir?

Daniela de Oliveira Martins Mendes Daibert 02 May 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Cette étude aborde le surmoi à partir de l'expression "lenvers du désir", daprès le texte de Gerez Ambertin. L'envers est un mot dorigine latine et, parmi ses signifiés possíbles, nous trouvons les expressions : être une frontière, être en face. Selon cette perspective, la recherche se dirigea vers le surmoi conçu comme une charnière entre le le champ de la jouissance, le champ de lAutre et le désir, c'est-à-dire entre la loi symbolique du désir et la loi d'airain de la jouissance. Le premier chapitre présente un parcours par loeuvre de Freud, depuis les premiers jours de la psychanalyse, alors qu il traitait ce qui plus tard deviendra les caracteristiques de ce quil designera comme le surmoi, à savoir : la culpabilité, la peine et le parricide. Pour ce faire, nous avons suivi la lecture de Totem et Tabou, afin de travailler la jouissance des lois du père tyrannique ainsi que la loi symbolique représentée par le totem. Les textes Sur le narcissisme : une introduction et Le moi et le ça ont contribué à résoudre la relation entre l'idéal du moi et du surmoi. Pour terminer le chapitre, nous avons recouru au virage de 1920 et à la théorisation à propos de la seconde topique freudienne qui ont permis la formulation de la notion du surmoi. Le deuxième chapitre présente les premières orientations de Lacan sur le surmoi. Pour ce faire, il nous a semblé important de faire un tour sur le concept freudien d'idéal du moi, puisque la différence entre celui-ci et le surmoi n'est pas très claire dans l'uvre de Freud. Chez Lacan, la constitution de l'idéal du moi est basée sur le regard de l'Autre, essentiellement symbolique et étroitement lié à ce qui est demandé à l'Autre comme une unité idéale de soi. Le surmoi, d'autre part, est lié au discours symbolique interrompu et à l'introduction d'une loi de nature incompréhensible. Pour étudier la relation entre la jouissance, le désir et les jouissances extrèmes nous avons eu recours au texte lacanian Kant avec Sade. Le troisième chapitre traite du surmoi au-delà de l dipe, à partir des dernières élaborations de Lacan. À ce propos, nous avons parcouru loeuvre de Melanie Klein qui a traité le surmoi comme un développement pré-dipien et essentiellement pulsionnel, cest-à-dire au-delà du complexe d'dipe et des identifications. Cela a permis à Lacan de faire le rapprochement entre ce concept et le registre du réel, en le rattachant à lobject petit a comme la voix et l'impératif de jouissance. Pour conclure, nous avons travaillé la notion de surmoi en tant que bord, frontière entre le champ de lAutre et le champ de la jouissance, selon la conception de Lacan du non-rapport sexuel. / Este estudo aborda o supereu a partir da expressão avesso do desejo, extraída do texto de Gerez-Ambertin. Avesso é uma palavra de origem latina que possui, entre os seus significados, as expressões: ser fronteira, estar defronte. De acordo com essa perspectiva, a pesquisa caminhou na direção de considerar o supereu como ocupando o lugar de uma dobradiça entre o campo do gozo, o campo do Outro e o do desejo, ou seja, entre a lei simbólica do desejo e a lei de ferro do gozo. O primeiro capítulo apresenta um percurso pela obra freudiana, desde os primórdios da psicanálise, quando Freud lidava com o que, posteriormente, passou a caracterizar o que ele nomearia como supereu: a culpa, o parricídio e a punição. Nesse trajeto, a pesquisa cotejou Totem e Tabu com o objetivo de trabalhar as leis de gozo do pai tirano e a lei simbólica representada pelo totem. Os textos Sobre o narcisismo: uma introdução e O eu e o isso ajudaram a abordar a relação entre o ideal do eu e o supereu. Para finalizar, lançamos mão das elaborações freudianas da virada de 1920 e da segunda teoria pulsional que possibilitaram a formulação do conceito do supereu. O segundo capítulo traz as abordagens iniciais de Lacan a respeito do supereu. Para tanto, fez-se um percurso retomando o conceito freudiano do ideal do eu, uma vez que a diferença entre este e o supereu não se apresenta muito clara na obra freudiana. Em Lacan, a constituição do ideal do eu tem como base o olhar do Outro, fundamentalmente simbólico e intimamente vinculado àquilo que se busca no Outro como ideal para a unidade do eu. O supereu está relacionado ao simbólico como discurso interrompido que instaura uma lei de caráter incompreensível. Para trabalhar a relação entre o gozo e o desejo e os extremos do gozo, recorremos aos texto Kant com Sade, de Lacan. O terceiro capítulo aborda o supereu para além do Édipo, a partir das últimas elaborações de Lacan. Para tanto, retomamos as elaborações de Melanie Klein que tratou o supereu como um desenvolvimento pré-edípico, essencialmente pulsional, ou seja, para além do Édipo e das identificações, o que possibilitou a Lacan aproximar esse conceito do registro do real, vinculando-o ao objeto a como voz e ao imperativo de gozo. Para concluir, trabalhamos com o supereu como borda entre o campo do Outro e o campo do gozo, de acordo com a concepção de Lacan da não relação sexual.
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Que lugar para a psicanálise no campo da saúde mental? elementos para um estudo sobre a clínica da psicose / Quelle place pour la psychanalyse dans le champ de la santé mentale? -E lé mentals pour une étude sur la clinique de la psychose

Karine Querino Mira 09 July 2003 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / La présente recherche est tributaire d'un intérêt particulier par la clinique des psychoses. À partir d'elle nous sommes venus endosser la proposition de Jacques Lacan selon lequel l'analyste ne doit pas reculer face à la psychose, ajoutant que ne reculer pas face à la psychose implique de ne pas reculer face à l'institution psychiatrique, y compris pas seulement lhospital psychiatrique et les ambulatoires publics, mais aussi et, surtout, les dispositifs qui composent ce qui se sont appele à partir de la réforme psychiatrique, de "champ de la santé mentale". En prenant comme point de départ la croyance dont la plupart des cas de psychose a besoin de l'institution psychiatrique, soit celle-ci une institution traditionnelle - l'hospital psychiatrique -, ou un dispositif qui se prétend substitut concernant lui - une hospital-jour ou un CAPS (Centre d'Attention Psicossocial), nous proposons dans cette dissertation un questionnement concernant la place de la psychanalyse dans le champ de la santé mentale. Depuis Freud la psychose vient en posant des questions à la psychanalyse, convoquant les analystes au travail de soutenir le dispositif analytique dans un terrain où cet semble être posé la preuve. Et quand s'agit de le soutenir dehors du setting du cabinet de consultations privé - dans une infirmerie ou dans un CAPS, par exemple -, le défi encore est plus grand. Dans cette dissertation nous essayerons de delimiter ce qui la psychanalyse a dont spécifique dans concerne à l'abordage de la psychose et tant que clinique du sujet, ce qui définit une correctement place pour elle dans le champ de la santé mentale. Freud nous présent l'auditeur comme l'instrument principal de l'analyste dans la pratique clinique. Lacan, dans sa relecture de Freud, va indiquer pour ce quelle a spécifique - d'un auditeur fait reference dans une éthique particulier: l'éthique de la psychanalyse, soutenue dans le désir de l'analyste. Donc, c'est à partir de cet auditeur que nous visons suggérer une place spécifique pour la psychanalyse, indépendant de l'environnement où se produit l'experience analytique. / A presente pesquisa é tributária de um interesse particular pela clínica das psicoses. A partir dela viemos endossar a proposta de Jacques Lacan segundo a qual o analista não deve recuar diante da psicose, acrescentando que não recuar diante da psicose implica em não recuar diante da instituição psiquiátrica, incluindo aí não só o hospital psiquiátrico e os ambulatórios públicos, mas também e, sobretudo, os dispositivos que compõem o que se denominou, a partir da reforma psiquiátrica, de campo da saúde mental. Tendo como ponto de partida a crença de que a maioria dos casos de psicose necessita da instituição psiquiátrica, seja esta uma instituição tradicional - o hospital psiquiátrico -, ou um dispositivo que se pretende substitutivo em relação a ele - um hospital-dia ou um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), propomos nessa dissertação um questionamento acerca do lugar da psicanálise no campo da saúde mental. Desde Freud a psicose vem colocando questões à psicanálise, convocando os analistas ao trabalho de sustentar o dispositivo analítico num terreno onde este parece ser colocado à prova. E quando se trata de sustentá-lo fora do setting do consultório privado - numa enfermaria ou num CAPS, por exemplo -, o desafio ainda é maior. Nessa dissertação tentaremos delimitar o que a psicanálise tem de específico no que tange à abordagem da psicose e enquanto clínica do sujeito, o que define um certo lugar para ela no campo da saúde mental. Freud nos apresenta a escuta como instrumento principal do analista na prática clínica. Lacan, em sua releitura de Freud, vai apontar para o que ela tem de específico - uma escuta referenciada numa ética particular: a ética da psicanálise, sustentada no desejo do analista. Portanto, é a partir dessa escuta que visamos sugerir um lugar específico para a psicanálise, independente do ambiente onde se dá a experiência analítica
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Em torno de Alberto Giacometti: arte, ética e psicanálise

Paulo Lisboa Proença 28 October 2009 (has links)
Ce travail se propose de réfléchir sur certains aspects de loeuvre de lartiste suisse Alberto Giacometti (1901-1966) à partir des élaborations de Lacan concernant léthique de la psychanalyse. Art et psychanalyse doivent sinterpénétrer sans abandonner la spécificité du faire artistique avec sa provocation à lanalyste. Dans ce but, nous utilisons comme instruments certaines indications de Heidegger contenues dans le Séminaire VII Léthique de la psychanalyse. Ayant élevé la psychanalyse à la dignité de la Chose (das Ding), dans son retour à Freud, Lacan, de même que le fondateur de la psychanalyse, considère lart comme capable danticiper cette dignité et comme indice de linconsistance du sujet. Avec la Chose, objet perdu depuis toujours, le monde perd son entièreté imaginaire et dordre moral et le sujet vient produire quelque chose de singulier qui est attrelé à la sublimation et à léthique du désir. À partir de cela, la différence entre voir et regarder est présente, pour Giacometti, comme question fondamentale, en valorisant le monde par létrangerment, en constituant son aventure secrèt. / O presente trabalho procura pensar aspectos da obra do artista suíço Alberto Giacometti (1901-1966) a partir das elaborações de Lacan na ética da psicanálise. Arte e psicanálise devem atravessar uma por dentro da outra, sem abandonar a especificidade do fazer artístico e sua provocação ao analista. Para tanto, nos utilizamos instrumentalmente de algumas indicações de Heidegger contidas no Seminário VII A ética da psicanálise. Tendo elevado a psicanálise à dignidade da Coisa (das Ding) em seu retorno a Freud, Lacan, assim como o fundador da psicanálise, colocam a arte como antecipadora dessa dignidade e índice da inconsistência do sujeito. Com a Coisa, objeto desde sempre perdido, o mundo perde sua inteireza imaginária e de ordem moral, e o sujeito vem produzir algo de singular que está atrelado à sublimação e à ética do desejo. A diferença entre ver e olhar comparece, para Giacometti, como questão fundamental, valorizando o mundo pelo viés do estranhamento e constituindo sua aventura secreta.
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O lugar da clínica na reforma psiquiátrica brasileira / Le lieu de la clinique dans la réforme psychiatrique brésilienne

Daniela Santos Bezerra 13 August 2008 (has links)
Cette dissertation cherche à situer le statut donné à la dimension de la clinique dans les services du réseau dattention psychosociale du Brésil, partant de notre insertion comme enquêteuse auprès des services CIAPS Adauto Botelho Cuiabá / MT. Nous sommes partis de la présupposition que la Réforme Psychiatrique Brésilienne se constitue par un processus de construction de nouvelles pratiques en santé mentale, dont lemphase est déposée dans la réssocialization et le rachat de la citoyenneté des usufrutiers des services de santé mentale publique. Cette visée laisse souvent de côté les questions de la clinique, ce qui fait quon laisse de tenir en compte le sujet, tel quil est revelé par la Psychanalyse. La mise en scène trouvée signale une tension entre la clinique et la politique, comme deux pôles excludents, et revèle aussi différentes notions de clinique orientant les actions des professionnels. Nous utilisons comme borne théorique-métodologique les découvertes de Sigmund Freud, reprises par Jacques Lacan et cherchons contribuer avec quelques notions extraites de la clinique psychanalytique pour proposer, au lieu de lexclusion intrinsèque, une politique qui passe par la clinique. / Esta dissertação procura situar o estatuto dado à dimensão da clínica nos serviços da rede de atenção psicossocial do Brasil, a partir de nossa inserção como pesquisadora junto aos serviços CIAPS Adauto Botelho em Cuiabá/MT e CAPSI Pequeno Hans no Rio de Janeiro/RJ. Partimos do pressuposto que a Reforma Psiquiátrica Brasileira constitui-se por um processo de construção de novas práticas em saúde mental, cuja ênfase é depositada na ressocialização e no resgate à cidadania dos usuários dos serviços de saúde mental pública. Este enfoque, muitas vezes, deixa de lado as questões da clínica, o que faz com que se deixe de levar em conta o sujeito, tal como ele é revelado pela Psicanálise. O cenário encontrado aponta para uma tensão entre a clínica e a política, como dois pólos excludentes, assim como também revela diferentes noções de clínica orientando as ações dos profissionais. Utilizamos como marco teórico-metodológico as descobertas de Sigmund Freud retomadas por Jacques Lacan e procuramos contribuir com algumas noções extraídas da clínica psicanalítica para propor, em vez de exclusão intrínseca, uma política que passe pela clínica.
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O lugar ético dos sons musicais quando significantes na clínica e na política de saúde mental infanto-juvenil

Francisca Mariana Abreu 13 February 2008 (has links)
Esta dissertação tem como tema o recurso à música em transferência na clínica de crianças e adolescentes numa instituição de saúde mental, partindo da orientação ética e metodológica da psicanálise de Freud e Lacan. Com isso, ao contrário do conjunto da música, partimos aqui dos sons musicais, no que estes possuem a propriedade de fazer brecha ao advento do sujeito do inconsciente, podendo aceder assim ao estatuto de significantes. O fio condutor desse trabalho é a leitura e a interpretação psicanalíticas que tomam com rigor a consideração à diferença absoluta do sujeito. Essa premissa serve de base para uma abordagem ao campo da arte, situando-o por sua delimitação em relação ao campo da clínica da psicanálise, construindo neste último um lugar para a música. Igualmente abordamos a política de saúde mental, na possibilidade de que dela se faça uma leitura ética. Dessa forma, através da direção ao real, na possibilidade de bordejá-lo através da ética da psicanálise que nos aproximamos tanto da arte, quanto da política, como da clínica, por onde esses três campos fazem-se ler pelo reconhecimento à diferença do sujeito. Arte política do bem-dizer do desejo, seja falando com palavras, música ou silêncio, é sobre isso que se propõe pensar esse escrito. A partir de quatro casos clínicos de jovens autistas e/ou psicóticos refletimos então sobre a questão de como o sujeito é forçado a um trabalho de se fazer valer na adversidade, trabalho que é tarefa princeps da encarnação da função do analista, através da qual pode-se ler tanto a arte, como a política, a clínica... ou a vida, a partir da escuta do sujeito do inconsciente.
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Sintoma como acontecimento de corpo: os tempos de constituição do sujeito

Maria Angela Mársico da Fonseca Maia 20 August 2008 (has links)
A proposta desta dissertação é investigar o sintoma como acontecimento de corpo consoante à expressão repetitiva de marcas. Para tal, discriminamos diferentes temporalidades de formação de marcas e de sintomas. Investigamos e concluímos que o sintoma opera como ponto de tangência entre a teorização inicial e final de Lacan. Assim como, entre as concepções de Freud sobre o sintoma formado a partir do trauma ou da fantasia. Desenvolvemos o caráter de insistência, de repetição do sintoma, e os tempos de constituição do sujeito, que culminam no estudo sobre os tempos de urgência subjetiva. Ressaltamos que o sujeito do inconsciente não se faz presente no dispositivo analítico em muitas situações clínicas. A clínica psicanalítica se orienta para a leitura das marcas que constituem o sujeito, ou ainda, para propiciar novas inscrições.
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Os neurônios não explicam o inconsciente : um recorte da trajetória de Freud da neurologia ao campo pulsional

Paula da Rocha e Silva 22 October 2008 (has links)
Através, fundamentalmente, da história de Freud e dos primeiros textos do autor, a dissertação faz um recorte da trajetória pessoal de Freud e das mudanças teóricas operadas por ele no período de transição entre seu descolamento em relação à neurologia e a fundação do novo campo inaugurado por ele, o da psicanálise. Durante este percurso, fica marcada a importância da clínica, da fala dos pacientes, como ponto que fundamenta as articulações teóricas de Freud, muito embora sua formação tenha recebido forte influencia da corrente positivista de Viena. No lugar do esquema neurônico, a teoria da pulsão melhor representa o campo propriamente freudiano, na medida em que subverte a dimensão da necessidade do vivo e inscreve, por sua operação, o corpo pulsional marcado pelo movimento circular de contorno do objeto a.
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A transferência e a posição do analista na clínica com adolescentes

Maria Aimée Laupman Ferraz Mutti 25 February 2013 (has links)
A presente pesquisa se iniciou a partir da observação sobre a importância da relação transferencial na clínica com adolescentes. Esta dissertação desenvolve uma reflexão sobre a transferência e a posição do analista na clínica com adolescentes. Procura tocar em pontos importantes desta clínica levando em consideração as transformações sociais e psíquicas que envolvem esse momento da adolescência. A pesquisa se fundamenta na teoria de Freud e no ensino de Lacan como de outros autores psicanalistas. Tendo como base esses teóricos, privilegia o conceito de transferência. A transferência, como instrumento operador da experiência analítica, tem como suporte o Sujeito suposto Saber que articula a falta estrutural do sujeito ao desejo através do amor transferencial. Sustentado pelo desejo do analista, o psicanalista se oferece como objeto para o sujeito adolescente ir ao encontro do seu próprio desejo. Destacando a interseção entre teoria e clínica, foram selecionados fragmentos clínicos para elucidação de alguns pontos considerados

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