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Etnoteorias parentais: um estudo com mães de diferentes gerações e níveis sociais e econômicos

Barreto, Mariana Leonesy da Silveira 08 August 2012 (has links)
Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2014-01-17T17:58:53Z No. of bitstreams: 1 Dissertação MARIANA LEONESY DA SILVEIRA BARRETO.pdf: 848353 bytes, checksum: 650d968a10392e974b4a25e844b739b5 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2014-02-03T14:46:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação MARIANA LEONESY DA SILVEIRA BARRETO.pdf: 848353 bytes, checksum: 650d968a10392e974b4a25e844b739b5 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-02-03T14:46:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação MARIANA LEONESY DA SILVEIRA BARRETO.pdf: 848353 bytes, checksum: 650d968a10392e974b4a25e844b739b5 (MD5) / As etnoteorias parentais são definidas como um conjunto organizado de ideias sobre o desenvolvimento infantil, cuidados e práticas parentais, incluindo metas de socialização: desejos e expectativas em relação ao futuro de uma criança e ao modo mais efetivo de criá-la (Harkness e Super, 1996a). Etnoteorias parentais têm sido, algumas vezes, pesquisadas conjuntamente com a concepção de modelo de self, definida como um produto das representações que o indivíduo possui de si mesmo e do modo como ele estabelece relações interpessoais (Markus & Kitayama, 1991). O objetivo deste trabalho é entender como o modelo de self e as metas de socialização são compartilhadas entre mães com diferentes níveis sociais e econômicos e de diferentes gerações. Para isso, foi adotado como perspectivas teóricas o conceito de cultura de Tooby e Cosmides (1995) e a concepção de etnoteorias parentais de Harkness e Super (1996a, 1996b). Foi realizado um estudo descritivo e exploratório, de abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 116 mães com diferentes faixas etárias e níveis sociais e econômicos, as quais responderam as escalas de self autônomo e relacional (Kagitçibasi, 2007), a escala de metas de socialização (Keller et al., 2006) e um questionário sociodemográfico. As escalas de self foram mensuradas a partir do modelo proposto por Kagitçibasi (2007), as escalas de metas de socialização foram analisadas levando em consideração duas dimensões: autonomia e relacionamento e os dados sociodemográficos foram tratados de acordo com o Four Fator Scale de Hollinsghead (1975). Os resultados indicaram que a maioria dos participantes foi enquadrada no modelo de self autônomo relacional. Entre as mães mais jovens, prevaleceu o modelo de self autônomo separado, enquanto que entre as mães com idade mais avançada houve uma maior aderência ao modelo de self autônomo relacional. Ao comparar o modelo de self entre as mães de diferentes níveis sociais e econômicos, não foram obtidas diferenças significativas. No que se refere às metas de socialização, houve um maior compartilhamento das metas relacionais pelas mães que estudaram por menos tempo e pelas mães com menor renda. Houve correlações entre os modelos de self e as metas de socialização; no entanto, como as correlações foram fracas, os resultados permitem afirmar que há uma congruência parcial em relação à teoria dos modelos culturais, a qual indica haver um certo padrão ao relacionar os modelos de self às metas de socialização. A pesquisa realizada contribuiu para a discussão de conceitos que, embora sejam amplamente discutidos, ainda carecem de estudos empíricos. Ethnotheories are defined as an organized set of ideas regarding child development, care and parenting practices, including socialization goals, desires and expectations regarding the future of a child and the most effective way to create it (Harkness and Super, 1996a). Sometimes, ethnotheories have been studied together with the concept of self model, which is defined as a product of the representations that the individual has of himself and how he establishes interpersonal relationships (Markus & Kitayama, 1991). The objective of this study is to understand how the model of self and socialization goals are shared between mothers with different social and economic levels and different generations. Therefore, it was adopted as the theoretical perspectives of the culture concept (Tooby & Cosmides 1995) and the concept of parental ethnotheories (Harkness & Super 1996a, 1996b). It was conducted a descriptive study, using a quantitative approach. The participants were 116 mothers who varied in age and with different social and economic levels, which responded to the scales of autonomous self and relational self (Kagitçibasi, 2007), the scale of socialization goals (Keller et al., 2006) and a sociodemographic survey. The scales of self were measured from the model proposed by Kagitçibasi (2007), the scales of socialization goals were analyzed taking into account two dimensions: autonomy and relationship, and the sociodemographic data was treated according to the Four Factor Scale of Hollinsghead (1975). The results indicated that most participants were included on the relational model. Among the younger mothers, the prevailing self model was autonomous separate while between the older mothers was a greater adherence to the autonomous relational self. A comparison of the model of self among mothers of different social and economic differences was not obtained.With regard to the socialization goals, there was a greater sharing of relational goals by mothers who are less educated and for mothers with lower incomes. Correlations were observed between the models of self and socialization goals, however, the correlations were weak, the results indicate that there is a partial congruence in relation to the theory of cultural models, which suggests a certain pattern that relates the self models to the socialization goals. The research contributed to the discussion of concepts, although widely discussed, still lacks of empirical studies.
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[pt] ETNOTEORIAS PARENTAIS: A PARENTALIDADE EM CASAIS HOMOAFETIVOS MASCULINOS / [en] PARENTAL ETHNOTHEORIES: SAME-SEX MALE COUPLE S PARENTING

JESSICA MORAES ROSA 15 March 2021 (has links)
[pt] Diante das inúmeras modificações sofridas ao longo da história, a sociedade ocidental deparou-se com o surgimento de novos modelos de configurações familiares, dentre eles as famílias homoparentais. Diante dessas transformações, a parentalidade surge para se repensar a família, indo além dos vínculos biológicos, considerando a importância do aspecto social nas funções parentais, principalmente no tocante às práticas educativas das crianças, referindo-se aos valores e crenças das pessoas responsáveis pela educação destes, que exercem o papel parental. O objetivo da presente pesquisa consistiu em investigar a valorização dos sistemas de cuidado parental, bem como das metas de socialização em homens cuidadores residentes da cidade do Rio de Janeiro, que estejam em relações homoafetivas e que possuam filhos com idade até 11 anos. A partir de uma entrevista semi-estruturada e da aplicação de um inventário de metas de socialização em 20 sujeitos, o presente estudo apontou para uma preferência pelo modelo autônomo-relacional quanto ao desenvolvimento do self dos filhos desses cuidadores, implicando a valorização tanto da independência da criança como das relações que ela estabelecerá com o social; além da valorização dos sistemas de cuidados parentais de contato corporal e contato face-a-face, ressaltando a importância do afeto na constituição dessas famílias. / [en] In view of the countless transformations underwent throughout history, Western society has faced the emergence of new family configuration models, among them the homoparental families. On this matter, the concept parenting comes up to rethink the family, comprising beyond biological bonds, pointing out to the importance of social factors on parental roles, mostly in relation to children s education practices, regarding the parents values and beliefs.This reaserch aims to investigate the appreciation in both parental care systems and the socialization goals set by male parents from Rio de Janeiro, who are currently in a same-sex relationship and who have children under 11 years old. Based on a semi-structured interview as well as on the application of an inventory containing socialization goals, both conducted on 20 subjects, the present study has pointed out to their preferring of the autonomous-relational model regarding the development of their children s self, implying the valorization of both the independence of the child and the relations that he will establish with the social; besides the appreciation of parental care systems which comprise body and face-to-face contact, highlighting the importance of affection in the constitution of these families.

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