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Natsume Sôseki - o olhar felino sobre as múltiplas faces do homem de Meiji / Natsume Sôseki: feline \'slook about the multiple of the man of the Meiji periodAfonso, Joy Nascimento 10 March 2011 (has links)
O romance Eu sou um Gato, do escritor japonês Natsume Sôseki, publicado entre 1906 e 1907, é marcado basicamente pela critica ao regime em voga, período Meiji (18681912) no Japão e seus costumes sociais. Entretanto, sua construção baseia-se em técnicas pouco utilizadas na época, pois o autor mescla influências dos romances naturalistas ocidentais à tradição oral e teatral do período Edo (1600-1867), a fim de descrever o período em que o homem transitava entre o antigo e o moderno. O autor se baseia, assim como sugere o título, no ponto de vista de um gato pedante e possuidor de uma linguagem aforística, que analisa o ser humano frente aos problemas do seu cotidiano, revelando seu caráter, seus vícios e segredos. Sugerindo que ao olhar para o íntimo do homem, encontramos também as mudanças sociais: a introdução do capitalismo e dos hábitos ocidentais, ainda alienígenas ao povo oriental, era ao mesmo tempo, discutida e porque não criticadas. Verificamos essas nuances desde a estrutura da obra, que mescla influências do conto e da novela, dando origem a uma voz narrativa polifônica e dialógica: o gato. Ele é a voz que narra e porque não escreve também a história, apesar de não possuir nem mesmo nome. Sua voz se alterna conforme pede a situção e durante o decorrer da obra, sua figura de inicio é um simples gato, se transforma em um ser monstruoso, fundamentado nas grandes figuras mitológicas e literárias de outros felinos. Tanto o gato quanto as outras personagens da obra utilizam-se de uma linguagem irônica e satírica revelando uma crítica sutil à sociedade de Meiji. Entretanto, para que esta linguagem surta o efeito desejado há o emprego do cômico e da paródia como apoio para a censura dos hábitos sociais. O cômico favorece o rir de si mesmo e das falhas humanas e a paródia faz alusão a uma desconstrução da literatura, visto que as estruturas sociais estão desgastadas e há algo que ainda precisa ser dito. A obra em questão é, em suma, uma grande afirmação de que a sociedade não está conformada com o que há. / The novel I am a Cat, of the japanese writer Natsume Sôseki, published between 1906 and 1907, it\'s marked basically, with the criticism of the regime in vogue, Meiji period (18681912) in Japan and your social habits. Nevertheless, your construction have based in techniques rarely used in that period, the author mix influences of occidental naturalist novels to oral and theatric tradition on the Edo period (16001867), with the objective of to describe a period that the man passed between the old and the modern. The author has based like was suggested in the title in the point of view from a pedantic cat and owner of a aphoristic language, that analyze the humans in their daily problems, exposing their character, their vices and secrets. Suggesting that when we look to the intimate of man, we too find socials changes: the introduction of the Capitalism and the occidentals habits, yet alienated to the oriental people, was in the same time discontinued and why didnt criticize. We verified this nuances since of the structure of the work, that mix influences of narrative and of novels, giving origin to the polyphony narrative voice and dialogic: the cat. It is the voice that report and because dont write too the history, although dont to posses neither same name. His voice change it according the situation and during the happening of the work, his figure in the start is a simple cat, that transform it in a monstrous be, it is founded in the literary and mythology greats figures of the others felines. So the cat as the others characters of work use it of a satiric and ironic language exposing a sewed criticism to the Meiji society. However, to this language to result in the effect desired must have the application of comic and of parody as support to the censure of socials habits. The comic encourage the laugh of himself and the humans mistakes and the parody make reference to the deconstruction of literature, looking that the social structure are consumed and there are something that yet need to be said. The work in question is a great affirmation that the society dont is resigned with that there is.
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Aspectos somáticos da conquista do Eu em D. W. WinnicottLaurentiis, Vera Regina Ferraz de 04 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-04 / The objective of this paper is to explain the somatic aspects inherent to the
Winnicottian maturational theory from the initial moment to the so-called I
am phase, to assist the psychoanalyst with the comprehension of the
clinical phenomena that occur in the soma but are not able to be verbalised.
To this end, I have briefly expounded on the theoretical change made by
Winnicott and the substitution of the traditional psychoanalytical guidetheory
of sexuality by the maturational theory and the Oedipal example for
that of the baby on its mother s lap. The distancing from metapsychology
and the consolidation of a descriptive language aims to draw closer to the
clinical phenomena. Focusing on the interaction between the so-called
living body and the human environment, highlighting the imaginative
elaboration of the soma and the primary psychosomatic character of
Winnicottian theory. Expounding on that which the author denominates as
inhabiting the psyche in the soma and the integration of instinct with the
self, which is at the foundation of future instinctive dualistic and/or
pluralistic relations. Through these propositions, one can understand the
author s sense of the I am phase, as that of a moment in which, with the
constitution of a body scheme, the baby acquires a place to exist and
experience the world / Este trabalho teve por objetivo explicitar os aspectos somáticos inerentes à
teoria winnicottiana do amadurecimento, dos momentos iniciais até a etapa
denominada eu sou , para instrumentalizar o psicanalista para a
compreensão de fenômenos clínicos que têm incidência no soma e não são
verbalizáveis. Para tanto, explicitou-se brevemente a mudança teórica
operada por Winnicott e a substituição da tradicional teoria-guia
psicanalítica da sexualidade pela teoria do amadurecimento e do exemplar
edípico para o do bebê no colo da mãe, o afastamento da metapsicologia e a
consolidação de uma linguagem descritiva que busca a reaproximação dos
fenômenos clínicos. Com o foco nas interações entre o assim chamado
corpo vivo e o ambiente humano, destacando-se o teor gestual das primeiras
elaborações, elucidou-se o caráter primariamente psicossomático da teoria
winnicottiana e explicitaram-se os fundamentos daquilo que o autor
denominou alojamento da psique no soma e da integração da
instintualidade ao si-mesmo, que estão na base das futuras relações
instintuais duais e triádicas. Com essas proposições, pôde-se compreender o
sentido do estágio do eu sou para o autor, como um momento em que,
com a constituição de um esquema corporal, o bebê conquista um lugar para
ser e ter experiências no mundo
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Natsume Sôseki - o olhar felino sobre as múltiplas faces do homem de Meiji / Natsume Sôseki: feline \'slook about the multiple of the man of the Meiji periodJoy Nascimento Afonso 10 March 2011 (has links)
O romance Eu sou um Gato, do escritor japonês Natsume Sôseki, publicado entre 1906 e 1907, é marcado basicamente pela critica ao regime em voga, período Meiji (18681912) no Japão e seus costumes sociais. Entretanto, sua construção baseia-se em técnicas pouco utilizadas na época, pois o autor mescla influências dos romances naturalistas ocidentais à tradição oral e teatral do período Edo (1600-1867), a fim de descrever o período em que o homem transitava entre o antigo e o moderno. O autor se baseia, assim como sugere o título, no ponto de vista de um gato pedante e possuidor de uma linguagem aforística, que analisa o ser humano frente aos problemas do seu cotidiano, revelando seu caráter, seus vícios e segredos. Sugerindo que ao olhar para o íntimo do homem, encontramos também as mudanças sociais: a introdução do capitalismo e dos hábitos ocidentais, ainda alienígenas ao povo oriental, era ao mesmo tempo, discutida e porque não criticadas. Verificamos essas nuances desde a estrutura da obra, que mescla influências do conto e da novela, dando origem a uma voz narrativa polifônica e dialógica: o gato. Ele é a voz que narra e porque não escreve também a história, apesar de não possuir nem mesmo nome. Sua voz se alterna conforme pede a situção e durante o decorrer da obra, sua figura de inicio é um simples gato, se transforma em um ser monstruoso, fundamentado nas grandes figuras mitológicas e literárias de outros felinos. Tanto o gato quanto as outras personagens da obra utilizam-se de uma linguagem irônica e satírica revelando uma crítica sutil à sociedade de Meiji. Entretanto, para que esta linguagem surta o efeito desejado há o emprego do cômico e da paródia como apoio para a censura dos hábitos sociais. O cômico favorece o rir de si mesmo e das falhas humanas e a paródia faz alusão a uma desconstrução da literatura, visto que as estruturas sociais estão desgastadas e há algo que ainda precisa ser dito. A obra em questão é, em suma, uma grande afirmação de que a sociedade não está conformada com o que há. / The novel I am a Cat, of the japanese writer Natsume Sôseki, published between 1906 and 1907, it\'s marked basically, with the criticism of the regime in vogue, Meiji period (18681912) in Japan and your social habits. Nevertheless, your construction have based in techniques rarely used in that period, the author mix influences of occidental naturalist novels to oral and theatric tradition on the Edo period (16001867), with the objective of to describe a period that the man passed between the old and the modern. The author has based like was suggested in the title in the point of view from a pedantic cat and owner of a aphoristic language, that analyze the humans in their daily problems, exposing their character, their vices and secrets. Suggesting that when we look to the intimate of man, we too find socials changes: the introduction of the Capitalism and the occidentals habits, yet alienated to the oriental people, was in the same time discontinued and why didnt criticize. We verified this nuances since of the structure of the work, that mix influences of narrative and of novels, giving origin to the polyphony narrative voice and dialogic: the cat. It is the voice that report and because dont write too the history, although dont to posses neither same name. His voice change it according the situation and during the happening of the work, his figure in the start is a simple cat, that transform it in a monstrous be, it is founded in the literary and mythology greats figures of the others felines. So the cat as the others characters of work use it of a satiric and ironic language exposing a sewed criticism to the Meiji society. However, to this language to result in the effect desired must have the application of comic and of parody as support to the censure of socials habits. The comic encourage the laugh of himself and the humans mistakes and the parody make reference to the deconstruction of literature, looking that the social structure are consumed and there are something that yet need to be said. The work in question is a great affirmation that the society dont is resigned with that there is.
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