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Atividades das colinesterases em ratos infectados experimentalmente por Sporothrix schenckii / Activities cholinesterase in rats experimentally infected by Sporothrix schenckiiCastro, Verônica Souza Paiva 19 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Sporotrichosis is an implantation mycose, caused by species complex Sporothrix spp.,
considered the subcutaneous mycosis with higher occurrence and importance in the Americas,
this thermally dimorphic fungus induces a chronic inflammatory granulomatous response in
their hosts. The cholinesterase, acetylcholinesterase (AChE) and butyrylcholinesterase
(BChE) are the "key" enzimes signal in inflammatory and immune processes, for regulating
the levels of ACh, the main neurotransmitter "cholinergic antiinflammatory pathway". The
cholinesterase activity has been demonstrated in various inflammatory conditions; however,
there is no evidence of his participation in sporotrichosis. The objective of this study was to
report a case of feline sporotrichosis by natural infection; evaluate the activities of AChE in
the lymphocytes and whole blood; evaluate the activity of BChE; cytokines (IL1, IL6, TNF,
and IL-10 INFγ) and immunoglobulins (IgA, IgG, IgM, IgE) in serum of rats experimentally
infected with S. schenckii. Sixty-three rats were divided into three groups, control group
(CG), group by subcutaneous infection (GSC) and group by intraperitoneal infection (GIP).
Blood collection for activities evaluation of cholinesterase, cytokines and immunoglobulins
were held on 15, 30 and 40 post-infection (PI). The GIP, had an increase in the activity of
AChE in the blood in all experimental times, the increase in lymphocytes occurred only on 30
and 40 days PI. The increase of the enzyme suggests a decrease in the levels of ACh with
consequently increased IL-1, IL-6, TNF-α, INF-γ, as observed in this study. In the acute phase
of infection wants an intense inflammatory response in an attempt to remove the agent.
However, with the chronicity of infection if the stimulus is maintained can lead to remarkable
tissue injury. Regarding the chronic process observed in GIP, 30 and 40 days PI, that IL-10
was shown to be increased, but not enough to contain inflammation, as pro cytokines,
continued high levels. Conversely, what happened in the GIP, the SC group had reduced
levels of IL-10 at all times PI, this decrease can lead to tissue damage by not blocking the
inflammatory response. The activity of AChE in the GSC only statistically increased in
lymphocytes, at 40 days PI. There was no significant activity when assessing the BChE, in
both groups, except in the GSC 40 days PI. The BChE is not efficient in Ach s hydrolysis in
low concentrations, but it can replace the AChE when itself is inhibited. High levels of
immunoglobulins in all groups and at all times, shows the induction of humoral immune
response in sporotrichosis. Thus, the increase in the AChE activity in whole blood and
lymphocytes, together with high levels of serum immunoglobulins and cytokines, suggesting
the involvement of cholinesterases, and in immune cell response against infection by S.
schenckii. / A esporotricose é uma micose de implantação, causada pelo complexo de espécies
Sporothrix spp., considerada a micose subcutânea com a maior ocorrência e importância nas
Américas, esse fungo termodimórfico induz uma resposta inflamatória granulomatosa crônica
em seus hospedeiros. As colinesterases, acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase
(BChE) desempenham um papel chave na sinalização de processos inflamatórios e imunes,
por regular os níveis de ACh, o principal neurotransmissor da via colinérgica antiinflamatória .
A atividade das colinesterases tem sido demonstrada em várias condições
inflamatórias, contudo, não há evidencias de sua participação na esporotricose. O objetivo
deste estudo foi relatar um caso de esporotricose felina por infecção natural; avaliar as
atividades da AChE em linfócitos e no sangue total; avaliar a atividade da BChE; citocinas
(IL1, IL6, TNFα, INFγ e IL10) e imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM, IgE) no soro de ratos
infectados experimentalmente por S. schenckii. Foram utilizados sessenta e três ratos
distribuídos em três grupos, grupo controle (GC), grupo por infecção subcutânea (GSC) e
grupo por infecção intraperitoneal (GIP). A coleta de sangue para avaliação das atividades das
colinesterases, citocinas e imunoglobulinas foram realizadas nos dias 15, 30 e 40 pós-infecção
(PI). No GIP, ocorreu um aumento na atividade das AChE no sangue em todos os tempos
experimentais, nos linfócitos o aumento ocorreu apenas nos dias 30 e 40 dias PI. O aumento
dessa enzima sugere uma diminuição nos níveis de ACh, com consequentemente aumento das
IL-1, IL-6, TNFα, INFγ, como observado neste estudo. Na fase aguda da infecção deseja-se
uma resposta inflamatória intensa na tentativa de eliminar o agente. Porém, com a cronicidade
da infecção, se o estímulo for mantido pode acarretar marcante lesão tecidual. Com relação ao
processo crônico observou no GIP, aos 30 e 40 dias PI, que a IL-10 mostrou-se aumentada,
porém não sendo suficiente para conter a inflamação, pois as citocinas pró, continuaram com
altos níveis. Inversamente o que aconteceu no GIP, o grupo SC obteve níveis reduzidos de IL 10 em todos s tempos PI, este decréscimo pode levar a danos teciduais pelo não bloqueio da
resposta inflamatória. A atividade da AChE, no GSC só se mostrou estatisticamente
aumentada nos linfócitos, aos 40 dias PI. Não houve atividade estatística significativa ao
avaliar a BChE, em ambos os grupos, exceto no GSC 40 dias PI. A BChE não é eficiente em
hidrolisar ACh em baixas concentrações, mas ela pode substituir a AChE na hidrolise da ACh
quando a mesma estiver inibida. Os altos níveis evidenciados das imunoglobulinas em ambos
os grupos e em todo os tempos, demonstra a indução da resposta imune humoral na
esporotricose. Assim, o aumento na atividade da AChE em sangue total e em linfócitos,
juntamente com os elevados níveis de citocinas e imunoglobulinas séricas, sugere-se o
envolvimento dessa colinesterase, na resposta imune e celular frente a infecção por S.
schenckii.
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