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Heidegger e a fenomenologia como explicitação da vida fáctica

Evangelista, Paulo Eduardo Rodrigues Alves 11 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Eduardo Rodrigues Alves Evangelista.pdf: 781323 bytes, checksum: 7ad511b312139c0c2e42d4ac44e9ff8a (MD5) Previous issue date: 2008-12-11 / The publication of Martin Heidegger´s Complete Works has been offering new elements for students to consider his intelectual trajectory. In the early 1920´s, he shares Husserl´s perception that philosophy is [CONFUSÃO MIXED UP] and can only be phenomenology. He disagrees that phenomenology must be limited to the description of the consciousness. It is the explicitation of factical life experience (faktische Lebenserfahrung). In his theological studies, Heidegger discovered the questionability of each one´s concrete life. Theoretical knowledge, which drives contemporary philosophy and, according to him, has its beginning in greek philosophy, is unable to describe it. Factical life experience is not objective, thus a new method is necessary to describe it. Phenomenology is such method. This study focuses on the lecture course called Introduction to the Phenomenology of Religion, taught in the 1920-21 winter semester. The lessons show contemporary philosophy´s inability to access the factical life experience of primal christianity found on Saint Paul´s Epistles. Phenomenology allows such proto-christian religious experience to show itself. It is a way of living one´s life in which one figts against the tendency to seek ilusionary security in daily experiences. For the christian, the end of time is already present since conversion. And conversion is always actualized. Heidegger discovers a temporality that is different and inaccessible to theory, which only know chronological time. It is factical life experience´s kairological time. Metaphysics is thus a way of seeking security. In this study, the lesson course is contextualized within Heidegger´s historical moment. Philosophy and life are implicated. Next, Heidegger´s way of demonstrating factical life experience´s originality and philosophy´s need of returning to such origin are shown. To do so, are presented 1) a brief description of factical life experience , 2) the formal indication as the phenomenological concept able to describe it, and 3) philosophy and the sciences as its possibilities. At last, Heidegger´s interpretation of Saint Paul´s Epistles is followed in order to understand the apostle´s factical life according to how it shows itself, instead of taking as point of departure previously conceived theories. In doing so, it is human life which unveals itself. That is the task of phenomenology / A publicação das Obras Completas de Martin Heidegger tem oferecido aos estudiosos novos elementos para que se considere sua trajetória intelectual. Esta começa na teologia e desemboca na filosofia. No começo da década de 1920, ele compartilha com Husserl que a filosofia, que se encontra enredada em confusão com as ciências objetivas, só pode ser fenomenologia. Diverge de seu mestre, entretanto, em que a fenomenologia não se limita à descrição da consciência. Ela é explicitação da experiência de vida fáctica (faktische Lebenserfahrung). Nos estudos de cunho teológico, Heidegger descobrira a questionabilidade da vida concreta de cada qual. O conhecimento teórico, que anima a filosofia de sua contemporaneidade e cuja origem ele encontra na filosofia grega, mostra-se incapaz de tematizá-la. A experiência de vida fáctica não é objetiva, de modo que necessita de um novo método para ser tematizada. A fenomenologia é esse método. No presente estudo, destaca-se o curso ministrado no semestre de inverno de 1920-21, intitulado Introdução à Fenomenologia da Religião , no qual Heidegger demonstra a incapacidade da filosofia contemporânea de acessar a experiência de vida fáctica do cristão primitivo contida nas Epístolas Paulinas. Com a fenomenologia, a experiência religiosa protocristã pode mostrar-se. Trata-se de um modo de viver pelo qual se luta contra a tendência a encontrar ilusório asseguramento nas experiências quotidianas. O cristão é aquele para quem o fim dos tempos já se faz presente desde a conversão; esta sendo sempre atualizada. Heidegger encontra nisso uma temporalidade diferente e inacessível à teoria, que só conhece o tempo cronológico. É a temporalidade kairológica, própria da experiência de vida fáctica. A metafísica revela-se, assim, um modo de buscar asseguramento. Neste estudo, contextualiza-se o curso no momento histórico de vida de Heidegger, pois filosofia e vida imbricam-se. Em seguida, apresenta-se o exercício que ele realiza para demonstrar a originalidade da experiência de vida fáctica e a necessidade de a filosofia ser capaz de retornar a essa sua origem. Para isso, mostra-se 1) uma breve descrição da experiência de vida fáctica , 2) a indicação formal como conceito fenomenológico capaz de tematizá-la e 3) a filosofia e as ciências como possibilidades dela. Por fim, realiza-se com Heidegger a interpretação das Epístolas Paulinas, a fim de compreender a vida fáctica do apóstolo tal como se apresenta a partir dele, e não de teorias previamente concebidas. Com isso, é a vida humana que se desvela. Essa é a tarefa da fenomenologia

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