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Relações entre barreiros e a fauna de vertebrados no nordeste do Pantanal, Brasil

Coelho, Igor Pfeifer January 2006 (has links)
Os barreiros são áreas de depressões, com pouca cobertura vegetal e solos úmidos, visitadas por muitos animais. O consumo de solo (geofagia) nestes locais é reconhecido para várias espécies de vertebrados em diversas regiões do mundo, sugerindo que os barreiros sejam importantes componentes do hábitat desses organismos. Na Amazônia e no Pantanal, estes lugares são muito procurados por populações humanas tradicionais para a caça. Assim, o conhecimento sobre o uso destas áreas pela fauna é importante para o delineamento de estratégias conservacionistas. A intensidade e horários preferenciais de uso de oito barreiros por vertebrados foram avaliados através de armadilhas fotográficas na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC-Pantanal, nordeste do Pantanal brasileiro. As amostragens foram realizadas durante as estações seca e cheia do ano de 2005. Durante 7375 horas de amostragem, foram registradas 24 espécies de mamíferos, 11 de aves e 2 de répteis utilizando os barreiros de alguma forma. Em 14 destas espécies a geofagia foi documentada, sendo a forma de uso predominante. Este comportamento foi registrado para a cutia (Dasyprocta azarae), o bugio-preto (Alouatta caraya), ungulados (Tayassu pecari, Tapirus terrestris, Pecari tajacu, Sus scrofa, Mazama americana e M. gouazoubira), cracídeos (Penelope ochrogaster, Pipile pipile, Crax fasciolata e Ortalis canicolis) e pombas (Leptotila sp. e Claravis pretiosa). Carnívoros, como a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis), visitam estas áreas provavelmente devido à grande concentração de presas. O queixada (T. pecari) e a anta (T. terrestris) foram as espécies que mais utilizaram os barreiros. Os horários preferenciais de uso, em geral, são semelhantes aos padrões de atividade conhecidos para as espécies. A composição de espécies e intensidade de uso foram diferentes entre os barreiros avaliados e entre as estações. Barreiros pequenos apresentaram menor riqueza de espécies e índice de uso mais baixo, parâmetros que foram mais altos na seca em comparação à estação cheia. Diversos fatores, relativos aos barreiros e/ou aos organismos envolvidos, podem estar associados a estas variações. Fatores como tamanho dos barreiros, composição química e estrutural do solo, composição e arranjo da paisagem de entorno, relações dos organismos com esta paisagem e relações intra e interespecíficas podem estar atuando isoladamente ou em sinergismo. Uma das espécies mais freqüentes nos barreiros foi a anta (T. terrestris), um ungulado capaz de responder à heterogeneidade de paisagens em um amplo espectro de escalas. Análises foram realizadas com o objetivo de avaliar se os barreiros, unidades de hábitat em uma escala refinada, são importantes elementos na paisagem para a predição da distribuição local dessa espécie na área da RPPN SESC-Pantanal. Correlações entre a intensidade de uso de oito barreiros por T. terrestris e a composição da paisagem de entorno em diferentes escalas foram realizadas. As probabilidades de ocorrência de antas, obtidas através de um modelo de distribuição potencial a partir da composição da paisagem em áreas de diferentes tamanhos centradas nos barreiros, também foram correlacionadas com a intensidade de uso dos barreiros pela espécie. Áreas com composição da paisagem similar apresentaram diferentes intensidades de uso dos barreiros e locais com reduzida probabilidade de ocorrência de antas apresentaram elevada intensidade de uso, indicando que os barreiros são unidades discretas da paisagem relevantes para a geração de modelos de ocorrência potencial de T. terrestris na região. Considerando estes resultados, os barreiros no nordeste do Pantanal podem ser reconhecidos como importantes unidades de hábitat para diversas espécies de vertebrados. Estratégias conservacionistas locais e regionais, como o zoneamento da RPPN SESC-Pantanal e projetos de manejo e sustentabilidade de caça em reservas extrativistas, devem considerar estas informações para uma maior efetividade.
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Cretaceous Nerineacean gastropods

Vaughan, Pamela Georgina January 1988 (has links)
The Nerineacea form a distinctive and significant component of shallow marine Mesozoic Tethyan macrofaunas. They occur in shelf sediments deposited in tropical regions during the Jurassic and Cretaceous. The group first appears in the early Jurassic and high diversity levels had developed by late Jurassic and early Cretaceous times. A major extinction episode occurred during the latter part of the Cenomanian and the Turonian, with the Nerineacea becoming finally extinct in the Maastrichtian. The heterostrophic nature of the ncrineacean protoconch (described here from Nerineidae and Nerinellidae species) indicates opisthobranch affinities. The Nerineacea is placed in the Entomotacniata, an independent order within the Opisthobranchia. The Entomotaeniata is considered to show greatest affinities with some members of the Acteonacea. The Pyramidcllacea are not included in the Entomotaeniata. The order contains the Ceritellidae, Nerineidae, Nerinellidae and ltieriidae. Early phylogenetic separation of the first three families is indicated. Within each family a limited number of "stable" internal fold patterns developed independently which reflected anatomical features of the abapical portion of the nerineid animal. The Nerineacea typically inhabited warm, clear, carbonate-dominated shallow marine environments on and around off-shore "highs", however, some genera lived in prelittoral or lagoonal situations. Only Ptygmatis shows any evidence of tolerance of abnormal salinities. Carbon and oxygen isotope analyses demonstrate that Nerinella and Simploptyxis specimens from Austrian Gosau deposits lived in water of normal marine salinity. Most Cretaceous nerineid genera were probably mobile epifaunal herbivores, although Nerinellidae species may have been infaunal. Cretaceous Nerineacea are taxonomically reviewed; the diagnoses of the subfamily Umboneinae; Diozoptyxis, Adiozoptyxis; Julesia and Phaneroptyxis are revised. Stratigraphic and palaeogeographic ranges indicate that certain species could potentially be used for correlation. Quantitative measurements of various parameters are included in specific descriptions; the value of these in specific resolution is tested in appropriate cases. An analysis of morphological range in one species (Diozoptyxis cochleaeformis) demonstrates wide continuous variation in overall shell shape and whorl concavity. However, external ornament and internal fold pattern do not show significant intraspecific variation; these features therefore provide reliable characters for species definition.
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Relações entre barreiros e a fauna de vertebrados no nordeste do Pantanal, Brasil

Coelho, Igor Pfeifer January 2006 (has links)
Os barreiros são áreas de depressões, com pouca cobertura vegetal e solos úmidos, visitadas por muitos animais. O consumo de solo (geofagia) nestes locais é reconhecido para várias espécies de vertebrados em diversas regiões do mundo, sugerindo que os barreiros sejam importantes componentes do hábitat desses organismos. Na Amazônia e no Pantanal, estes lugares são muito procurados por populações humanas tradicionais para a caça. Assim, o conhecimento sobre o uso destas áreas pela fauna é importante para o delineamento de estratégias conservacionistas. A intensidade e horários preferenciais de uso de oito barreiros por vertebrados foram avaliados através de armadilhas fotográficas na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC-Pantanal, nordeste do Pantanal brasileiro. As amostragens foram realizadas durante as estações seca e cheia do ano de 2005. Durante 7375 horas de amostragem, foram registradas 24 espécies de mamíferos, 11 de aves e 2 de répteis utilizando os barreiros de alguma forma. Em 14 destas espécies a geofagia foi documentada, sendo a forma de uso predominante. Este comportamento foi registrado para a cutia (Dasyprocta azarae), o bugio-preto (Alouatta caraya), ungulados (Tayassu pecari, Tapirus terrestris, Pecari tajacu, Sus scrofa, Mazama americana e M. gouazoubira), cracídeos (Penelope ochrogaster, Pipile pipile, Crax fasciolata e Ortalis canicolis) e pombas (Leptotila sp. e Claravis pretiosa). Carnívoros, como a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis), visitam estas áreas provavelmente devido à grande concentração de presas. O queixada (T. pecari) e a anta (T. terrestris) foram as espécies que mais utilizaram os barreiros. Os horários preferenciais de uso, em geral, são semelhantes aos padrões de atividade conhecidos para as espécies. A composição de espécies e intensidade de uso foram diferentes entre os barreiros avaliados e entre as estações. Barreiros pequenos apresentaram menor riqueza de espécies e índice de uso mais baixo, parâmetros que foram mais altos na seca em comparação à estação cheia. Diversos fatores, relativos aos barreiros e/ou aos organismos envolvidos, podem estar associados a estas variações. Fatores como tamanho dos barreiros, composição química e estrutural do solo, composição e arranjo da paisagem de entorno, relações dos organismos com esta paisagem e relações intra e interespecíficas podem estar atuando isoladamente ou em sinergismo. Uma das espécies mais freqüentes nos barreiros foi a anta (T. terrestris), um ungulado capaz de responder à heterogeneidade de paisagens em um amplo espectro de escalas. Análises foram realizadas com o objetivo de avaliar se os barreiros, unidades de hábitat em uma escala refinada, são importantes elementos na paisagem para a predição da distribuição local dessa espécie na área da RPPN SESC-Pantanal. Correlações entre a intensidade de uso de oito barreiros por T. terrestris e a composição da paisagem de entorno em diferentes escalas foram realizadas. As probabilidades de ocorrência de antas, obtidas através de um modelo de distribuição potencial a partir da composição da paisagem em áreas de diferentes tamanhos centradas nos barreiros, também foram correlacionadas com a intensidade de uso dos barreiros pela espécie. Áreas com composição da paisagem similar apresentaram diferentes intensidades de uso dos barreiros e locais com reduzida probabilidade de ocorrência de antas apresentaram elevada intensidade de uso, indicando que os barreiros são unidades discretas da paisagem relevantes para a geração de modelos de ocorrência potencial de T. terrestris na região. Considerando estes resultados, os barreiros no nordeste do Pantanal podem ser reconhecidos como importantes unidades de hábitat para diversas espécies de vertebrados. Estratégias conservacionistas locais e regionais, como o zoneamento da RPPN SESC-Pantanal e projetos de manejo e sustentabilidade de caça em reservas extrativistas, devem considerar estas informações para uma maior efetividade.
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Endemismo, vicariância e padrões de distribuição da herpetofauna do Cerrado

Azevedo, Josué Anderson Rêgo 28 August 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, 2014. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2015-11-27T17:56:41Z No. of bitstreams: 1 2014_JosuéAndersonRêgoAzevedo.pdf: 4760184 bytes, checksum: 531ae6c84b1da4bc30f61aea6ecd752e (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-01-25T13:16:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_JosuéAndersonRêgoAzevedo.pdf: 4760184 bytes, checksum: 531ae6c84b1da4bc30f61aea6ecd752e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-25T13:16:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_JosuéAndersonRêgoAzevedo.pdf: 4760184 bytes, checksum: 531ae6c84b1da4bc30f61aea6ecd752e (MD5) / Esta dissertação foi realizada com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES). / Tomando proveito das diferenças gerais entre as duas Ordens e da grande quantidade de dados acumulados em sínteses recentes sobre o Cerrado, tenho como objetivos principais buscar padrões de distribuição coincidentes entre esses dois grupos da herpetofauna, destacando também eventuais padrões únicos de cada linhagem, e por fim, inferir se tais padrões foram originados pelos mesmos eventos e processos. No capítulo 1, para verificar se é possível delimitar um padrão único de regionalização para os dois grupos, eu complementei as bases de dados de registros de localidades provenientes das sínteses recentes para herpetofauna endêmica do Cerrado (Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012a). Para isso, a partir de buscas bibliográficas, eu adicionei novos registros que ampliassem as distribuições conhecidas e espécies adicionais recentemente descritas. As análises para determinação das unidades biogeográficas foram realizadas com os dados de distribuição de cada grupo em separado (somente Anura ou somente Squamata) e comparadas com uma análise com os dados conjuntos dos dois grupos. No capítulo 2, a partir das unidades biogeográficas delimitadas, eu busco resolver a relação entre essas áreas ao longo do tempo. Para isso, utilizo filogenias datadas de táxons que possuam registros em, ao menos, três unidades biogeográficas distintas para a produção de um cladograma geral de áreas. A partir deste cladograma de áreas, eu discuto os possíveis eventos envolvidos na diversificação das faunas de anuros e répteis Squamata, verificando se há padrões congruentes de diversificação entre os dois grupos.
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The Silurian Ostracoda of the Oslo region, Norway

Pollicott, Paul D. January 1987 (has links)
A study of the ostracode fauna from the Silurian of Norway has been undertaken. All of the taxa recoverd and described are from the Llandovery and Wenlock Series; one species from the topmost part of the Ordovician of the Oslo region is also figured. Research has concentrated particularly upon the Palaeocopa Henningsmoen, 1954, but also includes the Leperditicopida Scott, 1961. The 'non-palaeocopes', because of particular problems related to preservation and taxonomy, are not treated as extensively. Primary revision has been made wherever possible. Such work has been augmented by studies of extensive new collections made from throughout the Oslo region, particularly from the Ringerike, Oslo-Asker and Holmestrand districts. This study has concentrated firstly on the taxonomy of the fauna. There are chapters on the Leperditicopa, Palaeocopa and 'non-palaeocopes'. Other chapters deal with the palaeoecology, biostratigraphy and correlation and affinities of the fauna. A full faunal and associated locality list, together with information on regional stratigraphy, is also presented. The fauna is 26 genera (2 new), 43 named species (14 new) and 15 other forms are described under open nomenclature. The Silurian ostracode fauna of Norway is mostly endemic (at specific level) but does have affinities with Gotland, Siberia and Britain. Ostracode potential for correlation between various districts of the Oslo region is best realised in the Steinsfjorden Formation. Standard micropalaeontological techniques have been used throughout, with most material being prepared by 'Vibrotool', and photographed on the Scanning Electron Microscope.
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Relações entre barreiros e a fauna de vertebrados no nordeste do Pantanal, Brasil

Coelho, Igor Pfeifer January 2006 (has links)
Os barreiros são áreas de depressões, com pouca cobertura vegetal e solos úmidos, visitadas por muitos animais. O consumo de solo (geofagia) nestes locais é reconhecido para várias espécies de vertebrados em diversas regiões do mundo, sugerindo que os barreiros sejam importantes componentes do hábitat desses organismos. Na Amazônia e no Pantanal, estes lugares são muito procurados por populações humanas tradicionais para a caça. Assim, o conhecimento sobre o uso destas áreas pela fauna é importante para o delineamento de estratégias conservacionistas. A intensidade e horários preferenciais de uso de oito barreiros por vertebrados foram avaliados através de armadilhas fotográficas na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC-Pantanal, nordeste do Pantanal brasileiro. As amostragens foram realizadas durante as estações seca e cheia do ano de 2005. Durante 7375 horas de amostragem, foram registradas 24 espécies de mamíferos, 11 de aves e 2 de répteis utilizando os barreiros de alguma forma. Em 14 destas espécies a geofagia foi documentada, sendo a forma de uso predominante. Este comportamento foi registrado para a cutia (Dasyprocta azarae), o bugio-preto (Alouatta caraya), ungulados (Tayassu pecari, Tapirus terrestris, Pecari tajacu, Sus scrofa, Mazama americana e M. gouazoubira), cracídeos (Penelope ochrogaster, Pipile pipile, Crax fasciolata e Ortalis canicolis) e pombas (Leptotila sp. e Claravis pretiosa). Carnívoros, como a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis), visitam estas áreas provavelmente devido à grande concentração de presas. O queixada (T. pecari) e a anta (T. terrestris) foram as espécies que mais utilizaram os barreiros. Os horários preferenciais de uso, em geral, são semelhantes aos padrões de atividade conhecidos para as espécies. A composição de espécies e intensidade de uso foram diferentes entre os barreiros avaliados e entre as estações. Barreiros pequenos apresentaram menor riqueza de espécies e índice de uso mais baixo, parâmetros que foram mais altos na seca em comparação à estação cheia. Diversos fatores, relativos aos barreiros e/ou aos organismos envolvidos, podem estar associados a estas variações. Fatores como tamanho dos barreiros, composição química e estrutural do solo, composição e arranjo da paisagem de entorno, relações dos organismos com esta paisagem e relações intra e interespecíficas podem estar atuando isoladamente ou em sinergismo. Uma das espécies mais freqüentes nos barreiros foi a anta (T. terrestris), um ungulado capaz de responder à heterogeneidade de paisagens em um amplo espectro de escalas. Análises foram realizadas com o objetivo de avaliar se os barreiros, unidades de hábitat em uma escala refinada, são importantes elementos na paisagem para a predição da distribuição local dessa espécie na área da RPPN SESC-Pantanal. Correlações entre a intensidade de uso de oito barreiros por T. terrestris e a composição da paisagem de entorno em diferentes escalas foram realizadas. As probabilidades de ocorrência de antas, obtidas através de um modelo de distribuição potencial a partir da composição da paisagem em áreas de diferentes tamanhos centradas nos barreiros, também foram correlacionadas com a intensidade de uso dos barreiros pela espécie. Áreas com composição da paisagem similar apresentaram diferentes intensidades de uso dos barreiros e locais com reduzida probabilidade de ocorrência de antas apresentaram elevada intensidade de uso, indicando que os barreiros são unidades discretas da paisagem relevantes para a geração de modelos de ocorrência potencial de T. terrestris na região. Considerando estes resultados, os barreiros no nordeste do Pantanal podem ser reconhecidos como importantes unidades de hábitat para diversas espécies de vertebrados. Estratégias conservacionistas locais e regionais, como o zoneamento da RPPN SESC-Pantanal e projetos de manejo e sustentabilidade de caça em reservas extrativistas, devem considerar estas informações para uma maior efetividade.
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Malacofauna Associada ao Fital de Halimeda opuntia (Linnaeus) J.V.Lamouroux no Pontal do Cupe, Ipojuca PE, Brasil

Gonçalves Bezerra, Maíra 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:59:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2652_1.pdf: 1458547 bytes, checksum: 3f04f53e32ba41f9de84fd94263db2c7 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo desse estudo foi realizar o inventário da biodiversidade da malacofauna marinha associada ao fital Halimeda opuntia (Linnaeus) J.V.Lamouroux em ambiente de recife arenítico, na praia do Cupe, Ipojuca PE (08º 27 31,9 S e 034º 09 00,1 W), Brasil. As coletas foram realizadas em duas estações: seca (nos meses de setembro, outubro, dezembro de 2009 e janeiro de 2010); e chuvosa (nos meses de abril, junho, julho e agosto de 2010), totalizado oito meses de coleta, quatro em cada uma das situações. Três pontos foram previamente demarcados e em cada um foram realizados três lançamentos mensais, totalizando 72 amostras em todo período de coleta. Um quadrado de 25x25cm foi utilizado para demarcarção e as frondes inscritas nele foram envolvidas em saco plástico e retiradas com auxílio de uma espátula e conservadas em freezer para as etapas posteriores. Em laboratório, foram realizadas lavagens em baldes e água corrente, peneiragem em malha de 500 m, triagem e identificação das espécies com o auxílio de um microscópio estereoscópico. O material foi conservado em álcool 70%. Foram analisadas: densidade de organismos, diversidade, equitabilidade, distribuição, análise de componentes principais e similaridade das comunidades encontradas. A malacofauna foi composta por 12.038 indivíduos distribuídos em 72 espécies, com representantes das classes Gastropoda, Bivalvia e Polyplacophora, tendo sido a primeira a mais representativa. A densidade média anual de malacofauna foi 136,3 ± 70,12 ind. 100 ml-1, sendo o mínimo de 58,4 ± 21,6 ind. 100 ml-1 no mês de agosto de 2010 e o máximo de 260,8 ± 59,0 ind. 100 ml-1 em julho do mesmo ano. As espécies Caecum ryssotitum e Schwartziella bryerea ambas gastrópodes, apresentaram as maiores abundâncias relativas, respondendo por 76,5% de todos os espécimes encontrados, e densidades de organismos, com média de 674,4 ind. 100 ml-1 e 331,3 ind. 100 ml-1 respectivamente. A análise de componentes principais apontou salinidade e precipitação como principal fator de correlação (25,6%), influenciando as espécies Anachis lyrata, Arca imbricata, Bittiolum varium, Boonea jadisi, Bulla striata, Caecum ryssotitum, Costoanachis catenata, Costoanachis sparsa, Eulithidium bellum, Granulina ovuliformis, Melanella sarsi e Schwartziella bryerea. As maiores similaridades foram encontradas entre as espécies que apresentaram maior abundância. A presença de juvenis sugere que o fital de Halimeda opuntia na Praia do Cupe, pode servir como berçário ou área de recrutamento para algumas espécies
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A fauna dos bancos de areia de phragmatopoma lapidosa Kinberg, 1867, (Annelidae-Polychaeta), da região de Ubatuba, SP

Souza, Rita Cerqueira Ribeiro de 12 May 1989 (has links)
Orientador : A. Cecilia Z. Amaral / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-16T10:04:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Souza_RitaCerqueiraRibeirode_M.pdf: 6658045 bytes, checksum: 20e2faece24f5ec814010998ad843851 (MD5) Previous issue date: 1989 / Resumo: Sabellariideos têm sido notados por sua habilidade em formar arrecifes ou aglomerados de tubos. Utilizando partículas de areia cimentadas com muco proteínas, constroem estruturas compactas as quais abrigam considerável fauna associada. No Brasil os estudos sobre esta família restringem-se a pequenas notas e observações preliminares. Constatada a importância de Phragmatopoma lapidosa, espécie de Sabellariidae mais abundante no litoral de Estado de São Paulo, como abrigo ou substrato para diversos organismos, propôs-se estudar a composição de espécies e estrutura de sua fauna associada, assim como os principais fatores que determinam sua presença. Para tento, 15 amostragens foram efetuadas, abrangendo cinco colônias da Praia do Lamberto e agrupamentos de tubos da Praia do Lázaro, ambas em Ubatuba, litoral norte do Estado de São Paulo. Foram coletadas amostras de aproximadamente 1500 g, todos os organismos foram separados, contados e identificados, em sua maioria a nível de espécie. Paralelamente às amostras biológicas analisou-se oxigênio dissolvido, salinidade e temperatura da água do mar, de superfície, hidrodinamismo e granulometria. Um total de 9240 indivíduos e 122 espécies (de Mollusca, Crustacea, Polychaeta, Olygochaeta, nematoda, Nemertinea, Chidaria, Echinodermata, Turbellaria, Porifera, Bryozoa, Pycnogonida, Sipuncula e Ascidiacea) foram encontrados. A freqüência e abundância de cada espécie foram utilizadas na determinação das espécies características, associadas e ocasionais da fauna associada a P. lapidosa nas praias consideradas. ...Observação: O resumo, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: Sabellaria have been noticed by their ability in building reefs or agglomerates of tubes. They constructed compact structures cimenting particles of sand with microproteins, that shelter considerable associated fauna. In Brazil studies of this family are restricted to little notes and preliminary observations. Verified the importance of Phragmatopoma lapidosa, the more abundant Sabellariidae specie on the coast of the State of São Paulo, as shelter or substract for other species, this study proposes to describe the associated fauna of colonies of Lamberto Beach, in the northeast coast of São Paulo state. After fragmentation of samples weighing 1500 g each, all organisms were taken from 5 colonies of Lamberto Beach, and of agglomerated tubes of Lázaro Beach, in the northeast cost of São Paulo state. After fragmentation of samples weighing 1500 g each, all organisms were removed, separated by taxa and counted. The most pert was identified to the specie level. Also the dissolved oxygen, the surface water temperature and salinity, the water moviment and the sediment grain size were analysed. A total of 9240 specimens belonging to 122 species of Mollusca, Crustacea, Polychaeta, Olygochaeta, nematoda, Nemertinea, Chidaria, Echinodermata, Turbellaria, Porifera, Bryozoa, Pycnogonida, Sipuncula and Ascidiacea were collected. The fauna of P. lapidosa inhabiting the two studied beaches was classified as characteristic, associated or occasional species, based in their frequency and abundance. The diversity was estimated by the Shannon-Weaver Index for better comprehension of community structure. ...Note: The complete abstract is available with the full electronic digital thesis or dissertations / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Faunística e distribuição geográfica de hidróides bentônicos (Cnidaria, Hydrozoa) do sudoeste do Atlântico / Faunistic and geographic distribution of benthic hydroids (Cnidaria, Hydrozoa) from southwestern Atlantic

Miranda, Thaís Pires 07 December 2009 (has links)
O aprofundamento de estudos faunísticos e taxonômicos é essencial para a inferência de áreas de distribuição geográfica e, conseqüentemente, de áreas de endemismo. Estes estudos são incipientes para o ambiente marinho, incluindo o sudoeste do Atlântico, particularmente em relação aos cnidários. Os principais objetivos deste estudo foram (1) levantar a fauna de hidróides bentônicos da região entre Cabo Frio (Brasil) e Terra do Fogo (Argentina) e (2) inferir a distribuição geográfica das espécies levantadas, buscando uma eventual caracterização de áreas de endemismo. No total, 181 morfoespécies de hidróides foram registradas, sendo que destas, 10 são registros novos para a região (Aglaophenia trifida, Antennella secundaria, Cryptolarella abyssicola, Filellum contortum, Lafoea coalescens, Lovenella gracilis, Macrorhynchia grandis, ?Nemertesia ciliata, Sertullarella leiocarpa e Zygophylax sibogae) e 9 são espécies endêmicas (Corymorpha januarii, Ectopleura obypa, Eudendrium caraiuru, Hydractinia uniformis, Lytocarpia canepa, Parascyphus repens, Plumularia insignis, Ralpharia sanctisebastiani, Symplectoscyphus magellanicus) para a área. A riqueza de espécies teve uma pequena diminuição com o aumento da latitude e diminuiu drasticamente em águas mais profundas (abaixo das isóbatas de 100 e 1000m). A análise de PCA demonstrou que os substratos Algae, Hydrozoa, Mollusca, Porifera e Rocha apresentaram os maiores números de ocorrência de morfoespécies de hidróides. A análise de cluster resultou na delimitação de três grupos de fauna: (1) brasileiro costeiro, (2) uruguaio-argentino e (3) oceânico contínuo por toda a área amostrada. Em relação às áreas de endemismo, as análises com o NDM-VNDM resultaram em duas principais áreas endêmicas costeiras para o litoral do Brasil (entre 22-24°S 43-46°W e entre 26-29°S 48-49°W), sendo que a metodologia PAE resultou em quatro áreas endêmicas para a região de estudo: (1) áreas costeiras contínuas para o Brasil ou Argentina; (2) áreas costeiras e contínuas entre o Brasil e Argentina; (3) áreas oceânicas contínuas entre Cabo Frio e Terra do Fogo; (4) áreas restritas à região do rio da Prata. Nossos resultados revelaram que a correspondência entre as faunas de profundidade brasileira e de regiões mais rasas do litoral argentino pode estar relacionada com o regime de frentes oceânicas atuantes no sudoeste do Atlântico. Além disso, análises incluindo exclusivamente espécies de hidróides que produzem medusa em seus ciclos de vida resultaram em áreas de endemismo mais restritas à costa em relação às espécies que formam somente gonóforos fixos. Estes resultados contradizem o paradigma clássico que associa a presença de medusa com a alta capacidade dispersiva das espécies. / Increasing on faunistic and taxonomic knowledge is essential for reliable inferences on the geographical distribution and, consequently, on areas of endemism. This knowledge is incipient for the marine realm, including southwestern Atlantic, and particularly poor for cnidarians. The main goal of this study was (1) to survey the fauna of benthic hydroids from the region between Cabo Frio (Brasil) and Terra do Fogo (Argentina), and (2) to infer the geographic distribution of the surveyed species, aiming to propose areas of endemism. A total of 181 morphospecies of hydroids was recorded, 10 species are new records (Aglaophenia trifida, Antennella secundaria, Cryptolarella abyssicola, Filellum contortum, Lafoea coalescens, Lovenella gracilis, Macrorhynchia grandis, ?Nemertesia ciliata, Sertullarella leiocarpa e Zygophylax sibogae) and 9 are endemic species (Corymorpha januarii, Ectopleura obypa, Eudendrium caraiuru, Hydractinia uniformis, Lytocarpia canepa, Parascyphus repens, Plumularia insignis, Ralpharia sanctisebastiani, Symplectoscyphus magellanicus) for the area. Species richness slightly decreases along higher latitudes and along deeper waters (below 100 and 1000m isobaths). A PCA analyses has demonstrated that the substrata, Algae, Hydrozoa, Mollusca, Porifera and Rock showed a higher number of morphospecies of hydroids. Cluster analysis resulted in three faunistic groups: (1) Brazilian-coastal, (2) Uruguayan-Argentinean and (3) and oceanic group continuous along the entire surveyed area. Concerning areas of endemism, NDM-VNDM analyses resulted in two main coastal areas of endemism on the Brazilian coast (between 22-24°S 43-46°W and between 26-29°S 48- 49°W), and PAE resulted in four areas of endemism for the studied area: (1) coastal area in Brazil or Argentina; (2) a coastal and continuous area along Brazil and Argentina; (3) an oceanic and continuous area; (4) a Rio de La Plata area. Our results have shown that faunal affinities between Brazilian deep fauna and Argentinean shallow water fauna might be related to the marine fronts present in the southwestern Atlantic. Moreover, analyses exclusively including hydroid species with medusa in the life cycle resulted in more limited areas of endemism closer to the coast than those analyses exclusively including hydroids species with fixed gonophores. These results contradict the classical paradigm associating the presence of medusa and higher dispersive capabilities of the species.
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Distribuição espacial e estrutura da comunidade de crustáceos de águas intersticiais de um igarapé amazônico e um riacho da mata atlântica / Spatial distribution and structure of interstitial water crustacean assemblages in an Amazonian stream and an Atlantic forest stream

Andrade, Luciana Paes de 03 May 2007 (has links)
As comunidades da fauna de copépodes de águas intersticiais da zona hiporrêica de um igarapé da Amazônia Central e de um rio da mata atlântica da região Sudeste do Brasil são comparadas quanto à composição, diversidade, e distribuição dos organismos. A relação das espécies identificadas com os fatores abióticos é analisada, com o objetivo de se estabelecer quais são os fatores determinantes para a distribuição das mesmas. Os fatores abióticos mensurados são: temperatura, pH, oxigênio dissolvido e granulometria do sedimento. Na areia grossa, há dominância de copepoditos e do gênero Forficatocaris (uma espécie para a mata atlântica e duas novas para a Amazônia). Essas três espécies e os copepoditos exploram o mesmo tipo de micro-hábitat no substrato. Quando a areia média é o substrato predominante, há o aumento na presença dos outros gêneros, como Potamocaris (uma espécie para a mata atlântica e uma nova espécie para a Amazônia) e Parastenocaris (mata atlântica), além do declínio no número de copepoditos. Há uma relação direta entre a temperatura e a distribuição dos microcrustáceos, ocorrendo o predomínio destes animais em temperaturas mais baixas. Há diferenças significativas dos valores de pH quando comparadas localidades distintas (Amazônia e mata atlântica); no entanto, quando comparadas as estações seca e chuvosa de um mesmo local, essa diferença não aparece. Sugere-se que o pH influencie na composição das espécies, e não em sua distribuição. Há um número similar de espécies ocupando os dois ambientes e um padrão de distribuição da fauna hiporrêica. Estas semelhanças apontam para a existência de padrões na estrutura e funcionamento destas comunidades naturais de microcrustáceos intersticiais, moldadas por pressões seletivas parecidas. / The assemblages of the copepod fauna from interstitial waters in the hyporheic zones from a stream in Central Amazon and a stream in the Atlantic rainforest of southeastern Brazil were compared in terms of composition, diversity and organism distribution. The relation of the identified species with abiotic factors was analyzed, aiming at establishing which factors were determinant for their distribution. The abiotic factors analyzed were: temperature, pH, dissolved oxygen, and sediment granulometry. In thick sand, there is predominance of copepodites and of the genus Forficatocaris (one species found in the Atlantic rainforest and two new species in the Amazon). These three species of Forficatocaris and the copepodites explore the same kind of microhabitat in the sediment. When medium size of sand grains prevail, there is an increase in the presence of other genera, such as Potamocaris (one species for the Atlantic rainforest and one new species for the Amazon) and Parastenocaris (Atlantic rainforest), besides a decline in number of copepodites. There is a direct ratio between the temperature and the distribution of microcrustaceans, with a predominance of these invertebrates in lower temperatures. There are significant differences in pH values when both localities (Amazon and Atlantic rainforest) are compared; however, comparisons between seasons (lower rainfall versus rainy periods) in a same location did not yield differences. It is suggested that the pH influences species composition, but not species distribution. There is a similar number of species inhabiting both environments and a distribution pattern for the hyporheic fauna. These similarities point at the existence of patterns in the structure and behavior in these natural communities of interstitial microcrustaceans, molded by similar selective pressures.

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