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Rousseau e a origem do mal: o sentido da religiosidade na obra de Jean-Jacques RousseauCosta, Israel Alexandria January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / O mal é assunto privilegiado das investigações de Jean-Jacques Rousseau e o exame desse tema é crucial para a compreensão do caráter revolucionário de suas idéias sobre religião. Como atestam Cassirer e Starobinski, no bojo das considerações sobre a questão da origem do mal, Rousseau entra em conflito com os defensores dos dogmas da tradição religiosa do século XVIII e, ao mesmo tempo, propõe uma experiência religiosa fundada no princípio da consciência moral. A leitura das cartas endereçadas a Philopolis, a Voltaire e ao Arcebispo de Beaumont revela que as convicções pessoais do genebrino se chocam com uma importante noção conexa ao tema do mal: o dogma da perversidade intrínseca da natureza humana e o conseqüente apelo à intervenção divina para a redenção do sofrimento nascido do pecado original. Em lugar dessa noção, Rousseau oferece o postulado da bondade da natureza originária do homem e uma justificação da Providência enquanto instância garantidora da mera existência de agentes livres e responsáveis pela importunidade de seus próprios sofrimentos. O sentido revolucionário dessas idéias parece estar dirigido para a fundação de um direito em nome do qual o homem pode reivindicar uma subjetividade livre e capaz de reger, com absoluta autonomia, o curso de sua própria história. / Salvador
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