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Ronald Fisher e a eugenia: estatística, evolução e genética na busca da civilização permanente / Ronald Fisher and eugenics: statistics, evolution and genetics in the quest for permanent civilizationCruz, Rodrigo Andrade da 12 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the beginning of the 20th century, England was the stage for an
intense debate on the mechanisms of inheritance and their relationship with
evolution. To the biologists known as gradualists it was impossible to
reconcile Mendelian genetics with Darwinian thought. In turn, advocates of
saltationism admitted Mendelian inheritance, but put the foundations of
evolution theory into question. This opposition defines the context for the work
of Ronald Fisher, who through the use of statistics was able to bridge the gap
between the contending positions and thus contributed to the formulation of
so-called evolutionary synthesis or Neodarwinism.
However, the literature often passes over the fact that the background
for the debate and formulation of evolutionary synthesis was provided by
eugenics, namely, the science that sought to improve humankind through the
control of reproduction. To be sure, eugenics called the attention of Fisher
since his youth, and in time he became one of its main developers and
advocates. A large part of the theoretical-conceptual grounds of contemporary
statistics and population genetics was formulated as a function of Fisher’s
concerns with the phenomenon he called differential fertility. According to him,
the higher reproduction rates of ‘inadequate’ people by comparison to the
‘best stocks’ was the main cause of the problems humankind had to deal with
all along history and also in his time / No início do século XX ocorreram na Inglaterra intensos debates sobre
os mecanismos de hereditariedade e suas vinculações com o darwinismo.
Uma corrente de biólogos, denominada gradualista, hesitava em aceitar os
preceitos mendelianos. Segundo esses não havia composição entre a
genética mendeliana e o darwinismo. Por sua vez, a corrente denominada
saltacionista, aceitava a genética mendeliana, porém questionava os
fundamentos darwinistas de evolução. É nesse contexto que o trabalho de
Ronald Fisher se destaca. Ele é considerado um dos principais responsáveis
pela formulação da síntese neodarwiniana, ao utilizar a estatística como
conciliadora de ambas as correntes.
Como pano de fundo das formulações de Fisher e de vários outros
naturalistas do período, entretanto, estava a eugenia: a ciência do
melhoramento da espécie humana a partir do controle da reprodução. Desde
muito jovem as ideias eugênicas chamaram a atenção de Fisher – que se
tornou um de seus grandes formuladores e defensores. Grande parte da
formulação teórico-conceitual da estatística e da genética de populações foi
elaborada sob a preocupação com o fenômeno que Fisher denominou de
fertilidade diferencial. Para ele, as maiores taxas de reprodução dos
“inadequados” em comparação às ‘melhores linhagens’ humanas era a maior
causa dos problemas que a humanidade enfrenta e enfrentou ao longo de
toda a história
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