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Ensino de história, narratividade e racismo : o potencial ético da aula de históriaGinity, Eliane Goulart Mac January 2018 (has links)
A elaboração de narrativas históricas ficcionais pelos alunos da educação básica foi o objeto de estudo desta dissertação. Pretendi analisar como é possível construir conceitos históricos, como racismo e identidade, reconhecer e desenvolver posicionamentos ético-políticos através das narrativas. Além disso, a proposta também foi explorar as possibilidades do “e se?”. A pesquisa foi realizada em duas turmas de segundo ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Presidente Costa e Silva, na cidade de Porto Alegre, durante os meses de agosto a outubro de 2017. O objetivo foi oportunizar aos estudantes, com o uso da imaginação e da escrita criativa, pensar outras possibilidades para a história, fazendo da sala de aula espaço de percepção das múltiplas narrativas históricas e de como estas constroem-se. Isso a partir da seguinte provocação: “Escreva uma narrativa histórica ficcional pensando como seria o Brasil se os africanos tivessem vindo para cá em outra condição que não a de cativos ou, e se jamais tivessem vindo?”. Foi com base nesse enunciado que os alunos escreveram suas narrativas ficcionais. Assim, é por meio deste assunto específico que este trabalho volta-se para uma proposta de educação antirracista, tomando como norte para tal, os princípios da Educação das Relações Étnico-Raciais. Do mesmo modo, utilizei como referenciais teóricos, os conceitos de imaginação histórica, sob o prisma do historiador estadunidense Hayden White e de narrativa histórica e narrativa histórica ficcional sob a ótica do filósofo francês Paul Ricoeur. As análises das narrativas constataram que os alunos buscam explicações para o racismo no passado escravista do país e na falta de conhecimento das pessoas. Muitas das concepções sobre o racismo estão baseadas em discursos construídos pela mídia, através da produção de materiais didáticos de história e pelas próprias aulas desta disciplina, onde se fundamentam ideias negativas a respeito do continente africano, principalmente, aqueles relacionados à pobreza. Quando se trata das populações negras, estas estão vinculadas à escravidão, ao trabalho e ao sofrimento. Localizam-se em uma posição de sujeição e desprovidas de subjetividade. No entanto, os alunos tendem a positivar a presença africana no Brasil, tendo sua cultura e costumes como elementos essenciais da construção da identidade brasileira. Posicionam-se firmemente contra o racismo e acreditam nos fundamentos da democracia e na educação como capazes de transformar o panorama das relações étnico-raciais no país. / The elaboration of fictional historical narratives by students of basic education was the object of study of this dissertation. I wanted to analyze how it is possible to construct historical concepts, in this case, racism, identity, recognize and develop ethical-political positions through narratives. In addition, the proposal is to explore the possibilities of "what if?". The research was carried out in two classes of second year of high school in the State School of Higher Education in the city of Porto Alegre, during the months of August to October of 2017. The objective was to provide students with the use of imagination, and creative writing, to think of other possibilities for history, making the classroom space of perception of the multiple historical narratives and how they are constructed. This from the following provocation: "Write a fictional historical narrative thinking how Brazil would have been if the Africans had come here in a condition other than that of captives, or if they had never come?" It was on the basis of this statement that the students wrote their fictional narratives. Thus, it is through this specific subject that this work turns to a proposal of antiracist education, taking as the north for such, the principles of the Education of the Ethnic-Racial Relations In the same way, I used as theoretical references the concepts of historical imagination, under the prism of the American historian Hayden White and of historical narrative and fictional historical narrative from the perspective of the French philosopher Paul Ricoeur. The analysis of the narratives found that the students seek explanations for racism in the slave-owning past of the country and the lack of knowledge of the people. Many of the conceptions about racism are based on discourses constructed by the media, through the production of didactic materials of history and by the classes of this discipline, where negative ideas are based on the African continent, especially those related to poverty. When it comes to black populations, these are linked to slavery, to work and to suffering. They are located in a position of subjection and devoid of subjectivity. However, students tend to positivize the African presence in Brazil, having their culture and customs as essential elements of the construction of the Brazilian identity. They stand firmly against racism and believe in the foundations of democracy and education as capable of transforming the landscape of ethnic-racial relations in the country.
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Carl Sagan: a exploração e colonização de planetas - ficção científica,cência e divulgaçãoSouza, Carlos A. Loiola de 29 May 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-05-29 / Sci - fi books depending on how they are structured by their authors, might be in our
case, the astronomer Carl Sagan, be used as reference texts in Science History by his
indisciplinity. The specific case of interplanetary trips, theorized and thought scientificaly and
advertised under a sci - fi language in books of Carl Sagan, is what this dissertation talks
about.The authors of fiction texts, such as Sagan Arthur Charles Clarke and Issac Asimov, try
to found their extrpolate in careful notes of trends that happen in society and science, and
develop the ( narration, in Asmov and Clarke´s case ) implication or advertising with rigidity
and consistency.On the other hand, part of the futuristic literature would be an important
History of Science analysis instrument, for it to be possible of thinking in alternative
proposals for a scientific policy and taught which may have a social reach. A kind of
experiment or imaginary exercise.
In other words, what is studied here, is the relation between sci - fi and science, which
talks about interplanetary trips, and how they are explained in Sagan´s books. However, the
dissertation, delimitates, in the first instance, must be considered about interplanetary trips,
its dissimilation from the 30´s to the 60´s and the adverstising through two of the best sci - fi
writers of the twentieth century, whose work was to advertise scientific ideas or Astronautic
for a better understanding of the science, its role and the impact of science and technology, in
a society which moves really fast, but without many details. After all, as it was a relevant
realization of some of these realized fantasies by Carl Sagan´s commitment, initially, with the
American industial military complexduring the Cold War against USSR, and after that by
NASA.And what we have learned scientifically from the exploration of the Solar Sistem and
the nearest planets, in a way that the results of this spacial exploration could be advertised
with the help from literature and fiction, in a type of alert about the problems that we will
have to face in a near future.
At last, the mankind destiny, imagined by Sagan in a kind of manifest advertised by
himself in his main books and analysed here for it to be possible to keep its parallelism of
contents and trends between sci - fi books and the academic literatureabout the development
of science and technology and the destiny of mankind and the individuals that make itself.
This is a conclusion that History students having a beginning or complementary graduation in
humanities, will be able to find on the shelves of science history, a worthy manifest for an
unexpective reflection or for a militancy / Obras de ficção científica podem, dependendo de como estiverem estruturadas por
seus autores, em nosso caso, o astrônomo Carl Sagan, ser usadas como textos de referência
em História da Ciência por sua interdisciplinaridade. O caso específico das viagens
interplanetárias, pensadas e teorizadas cientificamente e divulgadas sob a linguagem da ficção
científica nos livros de Carl Sagan, é o de que se ocupa esta dissertação.
Os autores de textos de ficção, como os colegas de Sagan Arthur Charles Clarke e
Isaac Asimov, procuram, como acontece com textos teóricos acadêmicos, assim como
também eram alguns dos textos de Sagan, fundamentar suas extrapolações em observações
cuidadosas de tendências em ação na sociedade e na ciência e desenvolver sua (narração, no
caso de Asimov e Clarke) implementação ou divulgação com rigor e consistência. Ou seja,
parte da literatura futurística seria um instrumento importante de análise de História da
Ciência para que esta possa pensar em propostas alternativas para uma política científica e de
ensino científico que tenha um alcance social. Uma espécie de experimento ou exercício
imaginário.
Em outras palavras, o que aqui se estuda é a relação entre ficção científica e ciência
que fale das viagens interplanetárias e como elas estão expressas nas obras de Sagan.
Portanto, a dissertação delimita o que, em primeiro lugar, deve-se considerar sobre as viagens
interplanetárias, sua disseminação nos anos de 1930 a 1960 e sua divulgação através de dois
dos melhores escritores de ficção científica do século XX, que se empenharam em divulgar
idéias científicas ou de Astronáutica para uma melhor compreensão da ciência, do papel da
ciência e do impacto da ciência e tecnologia numa sociedade com uma velocidade em
movimento rápido, mas sem muitos detalhes. Depois, como foi a realização primordial de
algumas dessas fantasias realizadas pelo envolvimento de Carl Sagan, inicialmente, com o
complexo militar industrial dos Estados Unidos da América durante a Guerra Fria com a
URSS e depois pela NASA. E o que se aprendeu, cientificamente, com a exploração de nosso
sistema solar e de nossos planetas mais próximos, de maneira que esses resultados da
exploração espacial pudessem ser divulgados com a ajuda da literatura de ficção em forma de
alerta sobre os problemas que teremos de enfrentar num futuro bem próximo.
E, por último, o destino da humanidade imaginado por Sagan numa espécie de
manifesto divulgado por ele mesmo em seus principais livros e aqui analisado para que se
pudesse manter o paralelismo de conteúdo e tendências entre as obras de ficção e a literatura
acadêmica sobre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e o destino da humanidade e
dos indivíduos que a compõem.
Isto nos leva a concluir que o estudante de História da Ciência, tendo uma formação
inicial ou complementar em humanidades, poderá encontrar na estante de História da Ciência
um valioso manifesto para uma reflexão despretensiosa ou para a militância
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