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Estudo dos determinantes da insegurança alimentar em pacientes atendidos em um serviço de assistência especializada em HIV/AIDS / Study of food and nutrition insecurity factors concerning HIV/AIDS patients who are treated in a specialized assistance service

Cozer, Mirian 13 December 2016 (has links)
Submitted by Juliana Correa (juliana.correa@unioeste.br) on 2017-09-06T12:24:56Z No. of bitstreams: 2 Mirian Cozer2017.pdf: 1856355 bytes, checksum: dc40a22ee1d3ec03781ba2aaa786e5b1 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-06T12:24:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Mirian Cozer2017.pdf: 1856355 bytes, checksum: dc40a22ee1d3ec03781ba2aaa786e5b1 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-12-13 / People living with HIV/Aids are generally a vulnerable group in many aspects: socially, economically and/or regarding health issues. Therefore, food and nutrition insecurity might be a recurring problem. Our research aims to determine insecurity prevalence concerning this group of people who are treated in Francisco Beltrão/PR Specialized Assistance Service (SAS). This dissertation is described as a cross-sectional study, with data collection from a questionnaire. The analysis was carried out through quantitative and qualitative methodologies and a statistics software that was used in order to develop our descriptive stats: frequency calculus, rate and standard deviation. As for comparisons between proportions we employed Yates's or Fischer's chi-square test, correcting 2x2 charts. Results were considered statistically meaningful on p<0,05 level. 126 individuals living with HIV/Aids were participants on the research. These people are treated in the SAS, they are all over 18 and under 60 years old. They underwent a questionnaire with questions ranging from social to economic and health aspects of their lifes. After that they went through anthropometric evaluation and an individual interview with the researcher. Our aim there was to determine their food and nutrition insecurity levels through the Brazilian Food and Nutrition Insecurity Scale (EBIA). 61,9% (N=78) of the interviewees faced food and nutrition insecurity in some level, the prevalence was of 16,7%: 9,7% with small insecurity; 4,9% with moderate insecurity and 2,1% with major insecurity. This condition is more significant in individuals who have less than three minimum wages worth of income, according to the following odds ratio (OR): 0,151 (0,0644 - 0,3544), odds ratio (OR): 0,2174 (0,0468 - 1,0099). 74,45% of those who suffer from this condition live with up to three minimum wages worth of income (R$2.376,00). When analysing non communicable chronic diseases we checked that patients with one NCCD or more were under greater risk of suffering from food and nutrition insecurity, however, not meaningful regarding p<0,05. Concerning the patients nutritional situation there were more eutrophic ones for the body mass index (BMI) and arm circunference (AC) evaluation parameters. According to the theoretical model for food and nutritional insecurity we could see that, on the triad that assumes distal risk factors as social, demographic and economic attributes were meaninful. We emphasize that these variables can directly act on food and nutritional insecurity, the third distal risk factor might be affected by it (demographic attribute), causing insecurity to happen. 63% (N=70) from the participants under insecurity have CD4 cell count over 200/mm3 and 62% (N=56) viral load below 40 copies/ml, which indicates that HIV/Aids presence is not a decisive factor for insecurity in contrast to food habits and life quality, which are usually decisive for causing it. Alongside it 66% (N=52) from the non-safe participants have habits such as drinking alcohol, which is another life quality decisive factor. According to the obtained results it is possible to affirm that the disease compromises the individual in his/her working potential, which causes him/her to be more susceptible to food and nutrition insecurity, and this can be seen as an inequality cause concerning the economic system once poverty and inequality are decisive factors for food and nutrition insecurity and, for that reason, its estimates can be used, as a complementary factor, in order to identify biases and driving factors for regional development as a whole. / Portadores de HIV/Aids são formados por um público vulnerável tanto no aspecto social, quanto no econômico e no que concerne à saúde. Estes aspectos fazem com que eles se encontrem em situações de insegurança alimentar (InSA). Esse estudo objetivou determinar a prevalência e fatores de risco deste fator em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) atendidas no Serviço de Assistência Especializada (SAE) em Francisco Beltrão/PR, caracteriza-se como estudo do tipo transversal, com coleta de dados através de questionário aplicado pela pesquisadora. A análise deu-se através de métodos quantitativos, por meio de software estatístico para a realização da estatística descritiva, com cálculos de frequências, médias e desvios-padrão. Para as comparações entre proporções utilizou-se o teste do Quiquadrado de Pearson, teste do Qui-quadrado de Yates ou teste do Qui-quadrado de Fischer com correção para tabelas 2x2. Os resultados foram considerados estatisticamente significantes ao nível de p<0,05. Participaram da pesquisa 126 pessoas que vivem com HIV/Aids em tratamento no SAE, com idade superior a 18 anos e inferior a 60 anos, os quais responderam a um questionário contendo perguntas de cunho social, econômico e de saúde, com posterior avaliação antropométrica e anamnese individual, objetivando determinar seu nível de insegurança alimentar e nutricional através da Escala Brasileira de Insegurança alimentar (EBIA). Por meio das análises verificou-se que 61,9% (N=78) da amostra encontrava-se em algum grau de InSA, perfazendo uma prevalência de 16,7%, sendo 9,7% para a insegurança leve; 4,9% para insegurança moderada e uma prevalência de 2,1% para a insegurança grave. A probabilidade de InSAé maior em indivíduos que possuem renda menor de três salários mínimos, conforme a odds ratio de (OR) 6,6206 (2,8218 - 15,5332). Destacase que 74,45% dos participantes em InSA vivem com até três salários mínimos (R$2.376,00). Ao analisar as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) verificou-se que pacientes que possuíam uma ou mais de uma DCNT, apresentavam maiores risco de estar em insegurança alimentar, porém, sem significância ao p<0,05. Com relação ao seu estado nutricional obtevese o predomínio de eutróficos para os parâmetros avaliativos de índice de massa corporal (IMC) e circunferência braquial (CB). Conforme modelo teórico proposto para InSA verificou-se que na tríade que pressupõe os determinantes distais como os fatores sociais, demográficos e econômicos houve significância para a renda, sendo caracterizado como fatores econômicos. Ressalta-se que essas variáveis podem agir de maneira direta na InSA, podendo haver interferência com os demais determinantes distais desencadeando a InSA. Detectou-se que 63% (N=70) dos pacientes analisados em condições de InSA possuem contagem de células CD4 acima de 200/mm3 e 62% (N=56) com carga viral abaixo de 40 cópias/ml, indicando que a presença do HIV/Aids não é o fator determinante para a InSA, podendo denotar-se que o hábito alimentar e qualidade de vida adotados podem caracterizarse como fatores provocadores da InSA. Corroborando esses dados tem-se que 66% (N=52) dos não seguros apresentam o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, o que se apresenta como mais um fator de qualidade de vida. Diante dos resultados obtidos, verifica-se que a doença compromete o indivíduo no seu potencial laborativo acarretando, dessa forma, maior suscetibilidade à InSA, o que pode ser um marcador de desigualdades relativas ao sistema econômico, sendo a pobreza e a desigualdade social fatores determinantes para a InSA e, por esse motivo, suas estimativas podem ser utilizadas, de forma complementar, para a identificação dos vieses e fatores propulsores do desenvolvimento regional.

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