Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study was aimed at evaluating the growth, fillet composition and digestive enzyme activity of jundiá (Rhamdia quelen, Heptapteridae) juveniles fed different protein sources for 90 days. Five hundred forty fish (initial weight=15.00±0.62g, total length=11,98±0,35cm) were distributed at random in 18 cages of 280L (30 fish/cage) in a water closed system, with controlled temperature. Water quality (total ammonia, nitrite, alkalinity, pH, dissolved oxygen) was checked daily, being in agreement with the appropriate conditions for the species. There were six treatments (with 3 replicates): MBMY (meat and bone meal + yeast), SY (soybean meal + yeast), S (only soybean meal), MBMS (meat and bone meal + soybean meal), FMY (fish meal + yeast) and FMS (fish meal + soybean meal). Growth measurements and data collection were made every 30 days. Performance was evaluated by weight, total and standard length, weight gain, survival, condition factor, specific growth rate, protein efficiency ratio, total biomass, dressing carcass, feed conversion ratio, voluntary feed intake were considered. Protein and fat deposition in the fillet were calculated. Acidic protease, amylase, trypsin and chymotrypsin activities were verified. Best performance was observed in fish fed the animal protein sources (meat and bone meal and fish) with soybean meal. Fat and protein deposition in the fillet was higher (P<0.05) in these treatments (MBMS e FMS). Lower survival was observed in fish fed fish meal plus soybean meal diet (92.86%). However these fish presented better protein efficiency ratio (1.53). Jundiás fed the diet containing only soybean meal (S) as the protein source had growth.reduction. Amilase and acidic protease activities were variable among the treatments. Trypsin activity was higher in fish fed animal protein sources, and the treatments SY and S suffered enzyme inhibition (P<0.0001). The same tendency was observed for chymotrypsin, where fish fed diets without animal protein sources presented smaller activity. In conclusion, jundiás fed only soybean meal present reduction of alkaline proteases activity and lower growth. The combination of animal protein sources with soybean meal provides good development for jundiá juveniles. / Este trabalho teve por objetivos avaliar o crescimento, composição do filé e atividade de enzimas digestivas em juvenis de jundiá (Rhamdia quelen, Heptapteridae) alimentados com diferentes fontes protéicas, durante 90 dias. Quinhentos e quarenta peixes (peso inicial=15,00±0,62g; comprimento inicial=11,98±0,35cm) foram distribuídos ao acaso em 18 tanques de 280L (30 peixes/tanques) em um sistema de recirculação de água, com temperatura controlada. Os parâmetros de qualidade da água de criação (amônia total, nitrito, alcalinidade, pH, oxigênio dissolvido) foram aferidos diariamente, ficando de acordo com as condições adequadas para a espécie. Testou-se 6 dietas (com 3 repetições), assim denominadas: CL (farinha de carne e ossos + levedura), SL (farelo de soja + levedura), S (somente farelo de soja), CS (farinha de carne e ossos + farelo de soja), PL (farinha de peixe + levedura) e PS (farinha de peixe + farelo de soja). As medições para acompanhamento do crescimento e coleta de dados aconteceram a cada 30 dias. Para avaliação do desempenho produtivo, estimaram-se parâmetros como peso, comprimento total e padrão, ganho em peso diário, sobrevivência, fator de condição, taxa de crescimento específico, taxa de eficiência protéica, biomassa total, rendimento de carcaça, conversão alimentar aparente, consumo diário. A partir dos valores de composição centesimal calcularam-se taxas de deposição de proteína e gordura no filé. Foram verificadas também as atividades de protease ácida, amilase, tripsina e quimotripsina. Os parâmetros de desempenho produtivo foram superiores nos tratamentos compostos pela combinação das farinhas de origem animal (carne e ossos e peixes) com farelo de soja. A quantidade de gordura e proteína depositada no filé dos peixes também foi superior (P<0,05) nestes tratamentos (CS e PS). Menor sobrevivência foi observada no tratamento a base de farinha de peixe mais farelo de soja (92,86%), porém os peixes deste tratamento apresentaram melhor taxa de eficiência protéica (1,53). Jundiás alimentados com ração contendo somente farelo de soja como fonte protéica sofreram redução no crescimento. As atividades de amilase e protease ácida foram variáveis entre os diferentes tratamentos. A atividade de tripsina foi maior nos peixes alimentados com fontes protéicas de origem animal, sendo que os peixes dos tratamentos SL e S apresentaram menor atividade desta enzima (P<0,0001). Mesma tendência foi observada para a quimotripsina, onde os tratamentos sem a inclusão de fontes de origem animal tiveram a menor atividade. Conclui-se que jundiás alimentados somente com farelo de soja apresentam redução na atividade de proteases alcalinas e também menor crescimento. A combinação de farinhas de origem animal com farelo de soja possibilita bom desenvolvimento para juvenis de jundiá (Rhamdia quelen).