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Caracterização das funções dos linfócitos T CD4+ e T CD8+ na cromoblastomicose experimental / Characterization of the functions of CD4+ T lymphocytes and T CD8+ in experimental chromoblastomycosis

Maria da Gloria Teixeira de Sousa 14 September 2005 (has links)
A cromoblastomicose é uma infecção fúngica subcutânea causada por fungos da família Dematiceae sendo o principal agente etiológico o fungo Fonsecaea pedrosoi (F. pedrosoi). Estes fungos induzem uma lesão crônica na pele de freqüente recidivas. O objetivo do trabalho foi avaliar alguns aspectos imunológicos na cromoblastomicose experimental através de dois modelos de infecção pelas vias: intraperitoneal (i.p.) e subcutânea (s.c.). No primeiro modelo de infecção pela via s.c. em camundongos BALB/c infectados com 106 conídios de F. pedrosoi, ocorreu a cura espontânea da infecção em aproximadamente 4 semanas. Na subtipagem de linfócitos T em linfonodos regionais ocorreu um predomínio de células T CD4+ que foi constante até a 4ª semana de infecção, no entanto, observamos aumento significativo de linfócitos T CD8+ ao longo da infecção sugerindo que essa população tenha também uma importante participação no controle da doença. Os ensaios de linfoproliferação demonstraram, na 1ª semana de infecção, elevado índice de proliferação celular quando as células de linfonodos foram estimuladas in vitro com antígenos de F. pedrosoi, além da liberação principalmente da citocina IFN-γ, já na 4ª semana de infecção não foi detectado proliferação celular. Esses resultados sugerem que no início da infecção a resposta celular seja mediada principalmente por linfócitos T CD4+ produtores de IFN-γ, o que nos sugere, que neste modelo experimental, polarize uma resposta de células T do tipo Th1. No segundo modelo de infecção, via intraperitoneal (i.p.), camundongos BALB/c infectados com 106 conídios de F. pedrosoi mostraram desenvolvimento de infecção crônica com preservação da imunidade celular mesmo após a 8ª semana. Ainda pela via i.p., os camundongos C57BL/6 nocautes de T CD4+ apresentaram uma maior carga fúngica no início da infecção e em tempos mais tardios a carga fúngica foi semelhante aos camundongos controles (C57BL/6); esses mesmos animais nocautes não apresentaram uma ativação da resposta celular medida pelo teste de HTT (Hipersensibilidade do Tipo Tardio). Quando avaliamos o padrão de citocinas, a citocina IFN-γ produzida pelos órgãos baço e fígado apresentou menores níveis no início da infecção quando comparado ao camundongos controle. Já os níveis de IL-10 aumentaram gradativamente ao longo da infecção e IL-4 não apresentou diferenças em relação ao controle. Nos camundongos nocautes para coa (C57BL/6 CD8 \"KO\"), a carga fúngica, os níveis de citocinas e o teste de HTT foram semelhantes aos animais controle. Esses resultados mostraram que pela via i.p. os linfócitos T, principalmente células T CD4+ são importantes no controle inicial da infecção. Em tempos mais tardios a infecção foi controlada mesmo em camundongos deficientes de linfócitos TCD 4+ ou T CD8+, sugerido que outras células como macrófagos ou NK, estariam atuando de forma mais efetiva no controle da infecção. / Abstract not available.
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Análise da interação in vitro entre Fonsecaea pedrosoi e macrofagos peritoneais de camundongos C57/BL6 e BALB/c

YAMANO, Suellen Sirleide Pereira 02 April 2008 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-03-04T18:46:38Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseInteracaoVitro.pdf: 11076207 bytes, checksum: d5fc5bd6532bdaceb159c5cb59308b40 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-03-05T15:37:51Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseInteracaoVitro.pdf: 11076207 bytes, checksum: d5fc5bd6532bdaceb159c5cb59308b40 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-03-05T15:37:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseInteracaoVitro.pdf: 11076207 bytes, checksum: d5fc5bd6532bdaceb159c5cb59308b40 (MD5) Previous issue date: 2008 / A cromoblastomicose e uma infeccao subcutanea cronica, granulomatosa, causada pela implantacao traumatica de diversas especies de fungos demaceos, sendo Fonsecaea pedrosoi o principal agente etiologico. O Brasil possui a segunda maior prevalencia mundial da doenca, sendo o estado do Para a maior area endemica. Histologicamente, a cromomicose e caracterizada pela presenca de celulas gigantes, onde podem ser observadas celulas escleroticas fagocitadas por macrofagos. O objetivo do presente estudo foi analisar os diferentes aspectos da interacao de macrofagos peritoneais de camundongos BALB/c e C57/BL6 com conidios ou celulas escleroticas de F. pedrosoi, determinando os indices de infeccao, fagocitose e fusao celular. Os resultados mostraram indices de fagocitose e infeccao maiores em conidios do que em celulas escleroticas para BALB/c (p<0.05), ocorrendo efeito inverso no indice de fusao, com a formacao de celulas gigantes do tipo Langhans na interacao com celulas escleroticas e celulas gigantes do tipo corpo estranho na interacao com conidios. Os macrofagos de BALB/c em interacao com conidios produziram mais TNF-α que o controle nos tempos de 3 a 72h; e mais IL-10 apos 3h. Macrofagos interagindo com celulas escleroticas produziram mais TNF-α que o controle nos tempos de 1h e 3h; e a quantidade de IL- 10 foi maior apos 72h de interacao. No co-cultivo de macrofagos de C57/BL6 com conidios observou-se a presenca de vacuolos aumentados apos 24h, enquanto na interacao com celulas escleroticas, os macrofagos se desprenderam da laminula nos tempos posteriores a 24 h. A quantidade de TNF-α e maior na interacao de conidios comparado ao controle em 1 e 72 h; e a quantidade de IL-10, no tempo de 48h. Ja na interacao com celulas escleroticas, apenas a quantidade de IL-10 diferiu do controle, sendo maior nos tempos de 1 a 48h. Estes dados sugerem que a resposta e macrofagos ao fungo e diferente entre os camundongos de BALB/c e C57/BL6, diferindo tambem a resposta de um mesmo tipo de macrofago para cada forma fungica, sendo as celulas escleroticas aparentemente mais imunogenicas que os conidios. / Chromoblastomycosis (CBM) is a chronic, subcutaneous, granulomatous infection caused by traumatic implantation in the skin of several dematiaceous fungi, usually Fonsecaea pedrosoi. Brazil has second highest disease prevalence in the world and Para State is the most endemic area. Histologically, CBM is characterized by the presence of multinucleated giant cells and sclerotic cells can be found engulfed by macrophages. The objective of this study was to analyze the different aspects of interaction between peritoneal macrophages from BALB/c or C57/BL6 mice with F. pedrosoi conidia or sclerotic cells, calculating infection, phagocytosis and cellular fusion rates. The results showed phagocytosis and infection rates with conidia higher than sclerotic cells to BALB/c (p <0.05), while the rate of cellular fusion was higher for sclerotic cells interaction, with Langhans giant cells formation, in comparison to foreign-body giant cells after interaction with conidia. Macrophages from BALB/c co-cultured with conidia produced more TNF-α than control group after 3 to 72 hours, and more IL-10 after 3h. Macrophages interacting with sclerotic cells produced more TNF-α than control group after 1h and 3h, and the amount of IL-10 was higher after 72h of interaction. In the co-culture of C57/BL6 macrophages with conidia, the presence of large vacuoles after 24h was observed, while in the coculture with sclerotic cells, macrophages were detached from coverslip glasses after 24 h. Our results indicate higher levels of TNF-α after interaction of conidia compared to controls at 1 and 72 h and increase of IL-10 after 48h. However, after interaction with sclerotic cells, only IL-10 differed from control, being higher after 1 to 48 hours. All of these data suggest that macrophage response to fungus is different between BALB/c and C57/BL6 mice, differing also on the response of the same type macrophage for each fungal form, sclerotic cells apparently being more immunogenic than conidia.
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Análise morfológica in vitro da ação de antifúngicos em cepas de Fonsecaea pedrosoi

MASSOUD JUNIOR, Heleno Ramos 21 February 2014 (has links)
Submitted by Cleide Dantas (cleidedantas@ufpa.br) on 2014-06-30T17:21:43Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseMorfologicaInvitro.pdf: 1331306 bytes, checksum: 8d285129bae349ca9666416e0942f78a (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2014-07-31T15:12:36Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseMorfologicaInvitro.pdf: 1331306 bytes, checksum: 8d285129bae349ca9666416e0942f78a (MD5) / Made available in DSpace on 2014-07-31T15:12:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseMorfologicaInvitro.pdf: 1331306 bytes, checksum: 8d285129bae349ca9666416e0942f78a (MD5) Previous issue date: 2014 / FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A cromoblatomicose (CBM) é uma doença causada por implantação transcutânea de várias espécies de fungos melanizados. O estado do Pará é a principal área endêmica do país, sendo Fonsecaea pedrosoi o principal agente etiológico. O tratamento desta doença não é padronizado e diversas formas de intervenção são relatadas na literatura. Por outro lado, os testes de susceptibilidade in vitro aos fármacos antifúngicos podem ajudar na escolha do esquema terapêutico e na identificação de cepas resistentes. Este trabalho tem como objetivo avaliar a susceptibilidade in vitro ao itraconazol (ITZ), ao cetoconazol, (CTZ), ao fluconazol (FCZ) e a terbinafina (TBF) em 20 isolados clínicos de Fonsecaea pedrosoi, bem como as possíveis alterações morfológicas induzidas por ITZ ou TBF na Concentração Inibitória Mínima (CIM) e em altas concentrações. Os testes de susceptibilidade foram conduzidos de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, documento M38-A2). As concentrações finais de ITZ, TBF e CTZ em cada teste variaram de 16 a 0.03 μg/mL e de 64 a 0.125 μg/mL para o FCZ. A CIM para cada fármaco utilizado foi obtida após cinco dias de incubação a 30°C, sendo definida como a mínima concentração do fármaco capaz de reduzir em 100% o crescimento visual do fungo quando comparado com o grupo controle. O ITZ demonstrou ser o fármaco mais efetivo in vitro contra conídios de F. pedrosoi (CIM 90= 1μg/mL). A TBF apresentou baixa atividade in vitro, com 70% das cepas apresentando CIM ≥ 0.5 μg/mL. Quando se analisa morfologicamente os conídios tratados com a CIM para ITZ observa-se um aumento no diâmetro celular, a presença de conídios em processo de divisão e formação de pequenas cadeias. Na maior concentração do teste de susceptibilidade (16 μg/mL) observou-se a irregularidade no contorno celular, o desprendimento de material pigmentado da parede celular e a vacuolização. Em 32 μg/mL e 64 μg/mL notou-se a ruptura da parede celular e conídos amorfos. Não foram observadas - em nenhuma das concentrações analisadas - alterações morfológicas significativas induzidas pela TBF. Além disso, a 5-Fluorocitosina (5-FC) e o FCZ não impediram o crescimento dos conídios, mesmo em altas concentrações. No entanto, alterações ultraestruturais foram notadas após tratamento com 5-FC 64 μg/mL. Portanto, sugere-se um comportamento morfológico diferente de conídios frente ao ITZ ou TBF durante os testes de susceptibilidade in vitro. Em síntese, dentre os fármacos estudados, ITZ apresentou a melhor atividade antifúngica in vitro, enquanto a 5-FC somente provocou alterações estruturais em hifas e conídios na mais alta concentração utilizada no estudo. / Choromoblastomycosis (CBM) is a disease caused by traumatic implantation of many species of melanized fungi. The State of Pará is the major endemic area in Brazil and Fonsecaea pedrosoi is the major etiological agent. The treatment is not standardized and many forms of interventions are related in the literature. In the other hand, the in vitro susceptibility test to antifungal drugs may help in the therapeutic choice and in the identification of resistant strains. The objective of this work is to evaluate the in vitro susceptibility of 20 F. pedrosoi clinical isolates to itraconazole (ITZ), ketoconazole (KCZ), fluconazole (FCZ) and terbinafine (TBF) as well as the possible morphological alterations induced by ITZ or TBF in the Minimal Inhibitory Concentration (MIC) and high concentrations. The tests were performed according to the Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, M38-A2 document) recommendations. The final concentrations of ITZ, TBF and KCZ in each test were to 16 to 0.03 μg/mL. To FCZ the final concentrations were to 64 to 0.125 μg/mL. The MIC was defined as the lowest drug concentration that inhibit 100% the visual growth when compared to the non-treated group after five days of incubation at 30°C. ITZ proved to be the most effective drug in vitro against F. pedrosoi (CIM 90= 1μg/mL). TBF showed a low drug activity with 70% of the isolates with MIC ≥ 0.5 μg/mL. The conidia morphological analysis revealed an increasing in the diameter, an interruption of the cellular division and the formation of little chains after the treatment with ITZ in the MIC. At the high concentration used in the susceptibility test we noticed an irregular shape, a detachment of pigmented material from the cell wall and a vacuolization. Rupture in cell wall and amorphous conidia were observed at 32 μg/mL and 64 μg/mL. Significant alterations were not observed after treatment with TBF at the same concentrations. Moreover, the 5-fluorocytocise (5-FC) and FCZ do not stop the conidia growth at high concentrations. However, ultrastructure alterations were noticed after treatment with 5-FC 64 μg/mL. Thus, it is suggested a different morphological pattern after ITZ or TBF treatment during the in vitro susceptibility test. In synthesis, ITZ shown better in vitro antifungal activity while 5-FC only provoked structures alterations in the highest concentration tested.

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