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Gênero/Sexo/Sexualidade: Representações e Práticas Elaboradas por Professoras/es da Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino em SalvadorMiranda, Amanaiara Conceição de Santana 12 March 2014 (has links)
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DISSERTAÇÃO VERSÃO FINAL.pdf: 3299553 bytes, checksum: 7a121084ad0e572db3f8154101d7e21c (MD5) / A escola é um importante espaço de construção e reprodução de valores sociais, permeado por
relações de poder que se estabelecem através dos códigos das práticas e dos símbolos,
produzindo hierarquias entre os sujeitos que dela fazem parte. No que se refere a
gênero/sexo/sexualidade, são perceptíveis as tensões existentes no cotidiano educacional
acerca dessas temáticas, fato que tem sido objeto de vários estudos nacionais da área de
Educação. No entanto, poucos são os estudos na área da Educação Infantil que realizam uma
análise a partir da perspectiva de gênero/sexo/sexualidade. Investigações neste campo são
necessárias para analisar como a prática pedagógica favorece ou não a assimetria de gênero e
suas interseccionalidades em indivíduos que ainda estão no primeiro nível da educação básica.
A abordagem metodológica é qualitativa para identificar e compreender as representações e
práticas elaboradas por professoras/professores da Educação Infantil na rede pública
municipal de ensino, em Salvador, acerca de gênero/sexo/sexualidade. Assim, a pesquisa para
a coleta de dados utilizou dois instrumentos metodológicos: observação direta da prática
docente, subsidiada pelas orientações de Vianna (2013) e a técnica do grupo focal, apoiada
nas reflexões de Placco (2005). Para apreender as representações e práticas das professoras
utilizou-se a Teoria das Representações Sociais (TRS), a partir dos estudos de Moscovici
(2012) e Minayo (2010). Em relação às teorias feministas há destaque, em especial, na Teoria
do Ponto de Vista baseada nos estudos de Harding (2002), Haraway (1995; 2004) e outros
estudos de Jaggar (1997), Sardenberg (2002) e Andrade (2011). Na busca de fazer a leitura
dos dados empíricos foram utilizados, além das/dos autoras/autores citadas/citados, os
pensamentos das/dos teóricas/teóricos: Butler (1998; 2001; 2002; 2003), Felipe (1999; 2007),
Scott (1995; 1999), Lima e Souza (2002; 2011), Miskolci (2012; 2009; 2007), Messeder
(2009; 2012), Louro (2012; 2010; 2008; 2003; 1997), Foucault (1996; 2006), dentre outros.
Os resultados sinalizam que as professoras demonstraram se basear em pressupostos teóricos
e filosóficos específicos da Biologia, Psicologia e da Religião para pensar ou atuar na
Educação Infantil com conteúdos referentes a gênero e sexualidade. O estudo observou ainda
que o discurso docente quase sempre se desenvolve sob a ideia de que a criança é assexuada e
heterossexual, sendo ignoradas interpelações das crianças que fogem da heteronormatividade.
Por outro lado, é oportuno lembrar que as crianças não requisitam letras, números e cores, e,
cotidianamente, nas escolas, nas creches e pré-escolas esses são os conteúdos que elas são
induzidas a aprender.
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