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IdentificaÃÃo de fungos carreados por formigas em hospitais terciÃrios do MunicÃpio de Fortaleza-CearÃ. / Identification of fungi carried by ants Tertiary Hospitals in the city of Fortaleza, CearÃ.Lydia Dayanne Maia Pantoja 27 August 2008 (has links)
Estudos demonstram que os hospitais sÃo locais propÃcios para a instalaÃÃo e proliferaÃÃo de determinados insetos. Essa situaÃÃo à particularmente preocupante, pois alguns insetos, como as formigas, apresentam o potencial de carrear microrganismos em sua superfÃcie. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade das espÃcies de formigas presentes em dois hospitais terciÃrios do MunicÃpio de Fortaleza, Cearà de carrear espÃcies fÃngicas, buscando uma correlaÃÃo com a microbiota fÃngica do ar. No perÃodo entre marÃo de 2007 a fevereiro de 2008, 2.899 formigas foram capturadas nos dois hospitais. A fauna de formigas foi amostrada mensalmente, em dois turnos, por meio da disposiÃÃo de iscas atrativas nÃo tÃxicas. Concomitantemente à coleta das formigas, por meio da sedimentaÃÃo passiva em placas de Petri, contendo Ãgar Sabouraud 2% de dextrose, foi possÃvel isolar e identificar fungos presentes no ar dos ambientes hospitalares. Para a identificaÃÃo entomolÃgica, uma amostra das formigas capturadas em cada isca foi enviada ao LaboratÃrio de Entomologia da Universidade Estadual do CearÃ, sendo classificadas por critÃrios morfolÃgicos. Simultaneamente, outra amostra das formigas capturadas de cada isca foi encaminhada ao Centro Especializado em Micologia MÃdica. A identificaÃÃo micolÃgica foi realizada mediante cultivo em meios de cultura, que eram semeados e incubados a 26 â 28ÂC por atà 15 dias, sendo identificados por anÃlise macro e micromorfologica, perfil bioquÃmico e utilizaÃÃo de meio cromogÃnico. Foram identificados cinco gÃneros e 13 espÃcies de formigas, presentes em Ãreas crÃticas (8% das formigas coletadas) e semicrÃticas (92%) e nos perÃodos diurno (48% das formigas coletadas) e noturno (52%). Na anÃlise micolÃgica, observou-se que 75% das formigas carreavam fungos, sendo a espÃcie Tapinoma melanocephalum e as espÃcies do gÃnero Pheidole as com maior potencial carreador de fungos anemÃfilos (75% e 18%, respectivamente) e de leveduras (6% e 1%, respectivamente). Dentre os fungos anemÃfilos, os gÃneros Aspergillus (46%), Penicillium (18,5%) e Cladosporium (7%) foram os mais comuns na superfÃcie externa das formigas. Com relaÃÃo ao grupo de leveduras, destacou-se o gÃnero Candida (70% dos isolados). Ao comparar os dados referentes Ãs cepas fÃngicas encontradas no ar com as cepas fÃngicas encontradas na superfÃcie externa das formigas, nÃo se estabeleceu qualquer tipo de correlaÃÃo estatÃstica, embora os gÃneros fÃngicos encontrados na microbiota fÃngica do ar e na microbiota fÃngica das formigas sejam semelhantes. Em suma, as formigas atuam como carreadoras de fungos anemÃfilos e leveduras, incluindo algumas espÃcies patogÃnicas, sendo a vigilÃncia entomolÃgica e o monitoramento sistematizado do ar, de grande importÃncia para a saÃde hospitalar. / Estudos demonstram que os hospitais sÃo locais propÃcios para a instalaÃÃo e proliferaÃÃo de
determinados insetos. Essa situaÃÃo à particularmente preocupante, pois alguns insetos, como as
formigas, apresentam o potencial de carrear microrganismos em sua superfÃcie. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade das espÃcies de formigas presentes em dois hospitais terciÃrios do MunicÃpio de Fortaleza, Cearà de carrear espÃcies fÃngicas, buscando uma correlaÃÃo com a
microbiota fÃngica do ar. No perÃodo entre marÃo de 2007 a fevereiro de 2008, 2.899 formigas foram capturadas nos dois hospitais. A fauna de formigas foi amostrada mensalmente, em dois turnos, por meio da disposiÃÃo de iscas atrativas nÃo tÃxicas. Concomitantemente à coleta das formigas, por meio da sedimentaÃÃo passiva em placas de Petri, contendo Ãgar Sabouraud 2% de dextrose, foi possÃvel isolar e identificar fungos presentes no ar dos ambientes hospitalares. Para a
identificaÃÃo entomolÃgica, uma amostra das formigas capturadas em cada isca foi enviada ao LaboratÃrio de Entomologia da Universidade Estadual do CearÃ, sendo classificadas por critÃrios morfolÃgicos. Simultaneamente, outra amostra das formigas capturadas de cada isca foi
encaminhada ao Centro Especializado em Micologia MÃdica. A identificaÃÃo micolÃgica foi realizada mediante cultivo em meios de cultura, que eram semeados e incubados a 26 â 28ÂC por atà 15 dias, sendo identificados por anÃlise macro e micromorfologica, perfil bioquÃmico e utilizaÃÃo de meio cromogÃnico. Foram identificados cinco gÃneros e 13 espÃcies de formigas, presentes em Ãreas crÃticas (8% das formigas coletadas) e semicrÃticas (92%) e nos perÃodos diurno (48% das formigas coletadas) e noturno (52%). Na anÃlise micolÃgica, observou-se que 75% das formigas carreavam fungos, sendo a espÃcie Tapinoma melanocephalum e as espÃcies do gÃnero Pheidole as com maior potencial carreador de fungos anemÃfilos (75% e 18%, respectivamente) e de leveduras (6% e 1%, respectivamente). Dentre os fungos anemÃfilos, os gÃneros Aspergillus (46%), Penicillium (18,5%) e Cladosporium (7%) foram os mais comuns na superfÃcie externa das formigas. Com relaÃÃo ao grupo de leveduras, destacou-se o gÃnero Candida (70% dos isolados).
Ao comparar os dados referentes Ãs cepas fÃngicas encontradas no ar com as cepas fÃngicas encontradas na superfÃcie externa das formigas, nÃo se estabeleceu qualquer tipo de correlaÃÃo estatÃstica, embora os gÃneros fÃngicos encontrados na microbiota fÃngica do ar e na microbiota
fÃngica das formigas sejam semelhantes. Em suma, as formigas atuam como carreadoras de fungos anemÃfilos e leveduras, incluindo algumas espÃcies patogÃnicas, sendo a vigilÃncia entomolÃgica e o monitoramento sistematizado do ar, de grande importÃncia para a saÃde hospitalar. / Studies show that hospitals are propitious sites for the establishment and proliferation of certain insects. This situation is of particular concern because some insects, such as ants, can carry microorganisms on their body surfaces. The aim of this study was evaluate capacity to the ant species present in two tertiary public hospitals in the city of Fortaleza, CearÃ, to carry fungi and to establish a correlation with the airborne fungal microbiota. From March 2007 to February 2008, 2,899 ants were evaluated at two hospitals. The ant communities were sampled monthly, during two periods (day and night), by setting out nontoxic baited traps. Along with collection of the ants, the fungi present in the air of the hospital environments were isolated and identified through the passive sedimentation method in Petri dishes containing Sabouraud dextrose agar. To identify the ant species, a sample from each trap was sent to the Entomology Laboratory of State University of CearÃ, where the ants captured were classified by morphological criteria. Another sample of the captured ants from each trap was sent to the Specialized Medical Mycology Center of the same university. The mycological identification was done by growth in culture media, seeded and incubated at 26-28ÂC for up to 15 days, with identification through macro and micromorphological analysis, biochemical profiling and growth in chromogenic medium. From this study, five genera and thirteen species of ants were identified, from the hospitalsâ critical areas (8% of the collected ants) and semi-critical areas (92%), during the daytime (48%) and nighttime (52%) periods. In the mycological analysis, 75% of the ants were fungi carriers, with Tapinoma melanocephalum and species from the genus Pheidole having the most potential as carriers of airborne fungi (75% and 18%, respectively) and yeasts (6% and 1%, respectively). Among the airborne fungi identified, those belonging to the Aspergillus (46%), Penicillium (18.5%) and Cladosporium (7%) genera were most common on the antsâ body surfaces. The predominant yeasts belonged to the Candida genus (70% of those isolated). Comparison of the fungal strains found in the air with those found on the ants did not establish any statistic correlation between the two fungal microbiotas. In summary, ants act as potential vectors of airborne fungi and yeasts, including some pathogenic species. Therefore, vigilance against insects and systematic air monitoring are important measures to ensure the healthfulness of hospital environments. / Studies show that hospitals are propitious sites for the establishment and proliferation of
certain insects. This situation is of particular concern because some insects, such as ants, can carry
microorganisms on their body surfaces. The aim of this study was evaluate capacity to the ant
species present in two tertiary public hospitals in the city of Fortaleza, CearÃ, to carry fungi and to
establish a correlation with the airborne fungal microbiota. From March 2007 to February 2008,
2,899 ants were evaluated at two hospitals. The ant communities were sampled monthly, during two
periods (day and night), by setting out nontoxic baited traps. Along with collection of the ants, the
fungi present in the air of the hospital environments were isolated and identified through the passive
sedimentation method in Petri dishes containing Sabouraud dextrose agar. To identify the ant
species, a sample from each trap was sent to the Entomology Laboratory of State University of
CearÃ, where the ants captured were classified by morphological criteria. Another sample of the
captured ants from each trap was sent to the Specialized Medical Mycology Center of the same
university. The mycological identification was done by growth in culture media, seeded and
incubated at 26-28ÂC for up to 15 days, with identification through macro and micromorphological
analysis, biochemical profiling and growth in chromogenic medium. From this study, five genera
and thirteen species of ants were identified, from the hospitalsâ critical areas (8% of the collected
ants) and semi-critical areas (92%), during the daytime (48%) and nighttime (52%) periods. In the
mycological analysis, 75% of the ants were fungi carriers, with Tapinoma melanocephalum and
species from the genus Pheidole having the most potential as carriers of airborne fungi (75% and
18%, respectively) and yeasts (6% and 1%, respectively). Among the airborne fungi identified,
those belonging to the Aspergillus (46%), Penicillium (18.5%) and Cladosporium (7%) genera were
most common on the antsâ body surfaces. The predominant yeasts belonged to the Candida genus
(70% of those isolated). Comparison of the fungal strains found in the air with those found on the
ants did not establish any statistic correlation between the two fungal microbiotas. In summary, ants
act as potential vectors of airborne fungi and yeasts, including some pathogenic species. Therefore,
vigilance against insects and systematic air monitoring are important measures to ensure the
healthfulness of hospital environments.
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