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A alternância entre o futuro do pretérito e o pretérito imperfeito do indicativo na oração principal em contextos hipotéticos na fala de alagoanos / The alternation between two verb tenses future do pretérito ( future of past tense) and pretérito imperfeito do indicativo (imperfect tense) in main clauses of hypothetical contexts in the speech of alagoanosOliveira, Fernando Augusto de Lima 10 February 2010 (has links)
The goal of this work is the study of the alternation between two verb tenses Futuro do Pretérito ( Future of Past Tense) and Pretérito Imperfeito of the Indicativo (Imperfect Tense) in main clauses of hypothetical contexts in the speech of alagoanos (people who live in Alagoas, in the northeast of Brazil). We adopt as the theoretical and methodological framework the theory of Linguistic Variation (LABOV, 1972). The alternation between these two verb tenses becomes possible because of the fact that these tenses share the property to refer to unfinished/unbounded events/actions. What puzzles us is the reason(s) that makes a speaker choose one or another verb tense. We start from the hypothesis that the Imperfect Tense supersedes the Future of Past Tense in main clauses of hypothetical contexts of spoken language. In this dissertation we intend to verify what linguistic and non-linguistic variables are statistically significant in terms of VARBRUL for the dependent variable. For this purpose, we selected as external factors age, gender and educational level; and as internal factors we selected the formal parallelism and the order of the clause. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho tem como objeto de estudo a variação entre o futuro do pretérito (FP) e o pretérito imperfeito do indicativo (PII) na oração principal em contextos hipotéticos na fala de alagoanos. Seguimos como pressuposto teórico/metodológico o da Teoria da Variação Linguística, representado por William Labov (1972), uma vez que a variação é algo inerente à língua, já que ela é indissociável da comunidade que a fala e não existe comunidade linguística homogênea (BELINE, 2003). A alternância entre os tempos verbais (FP) e (PII) se torna possível pelo fato de esses verbos compartilharem a possibilidade de manifestar traços de aspecto inconcluso. O que nos intriga é (são) o (s) motivo (s) que leva (m) o falante a optar por uma forma ou outra. Partimos da hipótese de que o (PII) suplanta o (FP) na oração principal em contextos hipotéticos, na língua falada. Nesta dissertação buscamos, portanto, verificar quais variáveis linguísticas e não linguísticas são estatisticamente significativas na rodagem do VARBRUL para a variável dependente. Para tanto, selecionamos como fatores externos: a idade, o sexo e a escolaridade; e como fatores internos: o paralelismo formal e a ordem da sentença.
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"Você me faria um favor?" o futuro do pretérito e a expressão de polidezAraujo, Andréia Silva 24 March 2014 (has links)
Politeness is a linguistic strategy used in order to avoid conflicts in verbal interaction. Politeness is an influential variable in sociolinguistic (cf. MEYERHOFF, 2006) to be related to language use: the pragmatic point of view, the social distance, power relations and the cost of enforcing variables are strongly involved in evaluation of linguistic strategies which are polished or not (BROWN; LEVINSON, 2011 [1987]); and sociolinguistic point of view, the sex/gender proves to be significant. Among the linguistic strategies used to express this value, we are interested in the verbal form of the future tense (FP). The use of this verb form may vary according to the value of temporal reference: past, present, future. A ware of this possibility of variation of the FP and considering that politeness can be seen on a continuum (the less polished the more polished), this research aimed to investigate the effects of pragmatic and sociolinguistic aspects of the uses FP as a function of time reference in the speech data of informants Itabaiana/SE. The general hypothesis guiding our research is that the FP alone does not encode politeness, but a set of contextual features in specific timeframes. To develop research in this perspective, we used as the sample speech corpus social network of university informants Itabaiana/SE. This sample consists of interactions conducted - the informants themselves lead to interaction - collected from a methodological model developed in our study specifically to capture the nuances of politeness, both in its pragmatic aspects as sociolinguistic. The collected data were categorized and analyzed statistically. The results were generated from three rounds statistics, with the variable rule the temporal reference of the form of FP (past, present, future) and the expression of politeness: past x present x future, past x no past, present x future. The results obtained in the first round showed that none of the controlled variables was significant in the expression of the phenomenon under study. In the second round, the program selected only two variables as significant: the verb form and the kind of discursive sequence. The results showed that the use of FP with past temporal reference is favored when the verb occurs with the assist going and the type of sequence is narrative. In the third round statistics, present x future, five variables were selected as significant: control of the interaction terms of sex/gender, verbal, linguistic parallelism, cost of enforcing and question-answer pair and comment. Among these, we highlight the results obtained with the control of the interaction terms of sex/gender which showed that men when they are in the field of the topic tend to use more verbal form of FP with present time reference. Regarding the variable cost of the levy, the results showed that the less imposing was the most recurring topic was the use of the FP with this timeframe. As for the question-answer pair variable and review, the results showed that the use of FP with present time reference was conditioned in contexts that were characterized as comment/contextualization the topic. In general, the use of theoretical and methodological collection procedures focusing on the pragmatic and sociolinguistic effects to capture the effects of politeness allowed us to demonstrate that there are significant differences regarding the use of the FP, especially regarding social distance and sex/gender. / A polidez é uma estratégia linguística utilizada com o objetivo de evitar conflitos na interação verbal. Trata-se de uma variável influente na sociolinguística (cf. MEYERHOFF, 2006) por estar relacionada à língua em uso: do ponto de vista pragmático, a distância social, as relações de poder e o custo da imposição são variáveis fortemente envolvidas na avaliação de quais estratégias linguísticas são polidas ou não (BROWN; LEVINSON, 2011 [1987]); e do ponto de vista sociolinguístico, o sexo/gênero mostra-se significativo. Dentre as estratégias linguísticas utilizadas para expressar esse valor, interessa-nos a forma verbal de futuro do pretérito (FP). O uso dessa forma verbal pode variar conforme o valor da referência temporal: passado, presente, futuro. A par dessa possibilidade de variação do FP e considerando que a polidez pode ser analisada em um continuum (do menos polido ao mais polido), objetivamos nesta pesquisa verificar os efeitos dos aspectos pragmáticos e sociolinguísticos nos usos do FP em função da referência temporal em dados de fala de informantes de Itabaiana/SE. A hipótese geral que norteia a nossa investigação é a de que o FP por si só não codifica polidez, mas sim um conjunto de traços contextuais em referências temporais específicas. Para desenvolvermos a pesquisa nessa perspectiva, utilizamos como corpus a amostra de fala Rede Social de Informantes Universitários de Itabaiana/SE. Esta amostra é composta por interações conduzidas - os próprios informantes conduzem a interação - coletada a partir de um modelo metodológico elaborado em nosso estudo especificamente para captar as nuanças de polidez, tanto em seus aspectos pragmáticos quanto sociolinguísticos. Os dados coletados foram categorizados e submetidos à análise estatística. Os resultados foram gerados a partir de três rodadas estatísticas, tendo como regra variável a referência temporal da forma de FP (passado, presente, futuro) e a expressão de polidez: passado x presente x futuro, passado x não passado, presente x futuro. Os resultados obtidos na primeira rodada evidenciaram que nenhuma das variáveis controladas foi significativa na expressão do fenômeno em estudo. Já na segunda rodada, o programa selecionou apenas duas variáveis como significativas: a forma verbal e o tipo de sequência discursiva. Os resultados evidenciaram que o uso do FP com referência temporal passada é favorecido quando a forma verbal ocorre com o auxiliar ir e o tipo de sequência é narrativo. Na terceira rodada estatística, presente x futuro, cinco variáveis foram selecionadas como significativas: o controle da interação quanto ao sexo/gênero, forma verbal, paralelismo linguístico, custo da imposição e par pergunta-resposta e comentário. Dentre estas, ressaltamos os resultados obtidos com o controle da interação quanto ao sexo/gênero, os quais demonstraram que os homens quando estão com domínio do tópico tendem a utilizar mais a forma verbal de FP com referência temporal presente. No que concerne a variável custo da imposição, os resultados evidenciaram que quanto menos impositivo era o tópico, mais recorrente foi o uso do FP com referência temporal presente. Quanto a variável par pergunta-resposta e comentário, os resultados mostraram que o uso do FP com referência temporal presente foi condicionado em contextos que se caracterizavam como comentário/contextualização do tópico. Em termos gerais, o uso de procedimentos teórico-metodológicos de coleta focalizando os efeitos pragmáticos e sociolinguísticos para captar os efeitos de polidez permitiu-nos comprovar que há diferenças significativas em relação ao uso do FP, principalmente, quanto à distância social e ao sexo/gênero.
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