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Imagens da loucura no documentário brasileiroGalante, Maria Silvia Sampaio 12 April 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-04-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nesta pesquisa verificamos como a loucura é posta em cena no cinema brasileiro através do gênero documentário. Para chegarmos a esse enquadramento do tema, passamos por uma deambulação que se deteve no modo como o artista vem sendo retratado no cinema, efetuando uma longa listagem de filmes. A nosso ver o artista acaba sendo equiparado ao louco, e resolvemos investigar esse grupo. Após efetuarmos outra listagem, dessa vez relacionada aos loucos postos em cena na ficção, nos demos conta de que, no Brasil, é no território do documentário que o tema é explorado com maior freqüência e de modo mais instigante. Decididos a nos
situar no panorama nacional, partimos para a seleção e análise de um grupo de filmes que tiveram circulação comercial e, até mesmo, em festivais, como: Imagens
do Inconsciente, Leon Hirszman (1986); Estamira, Marcos Prado (2006); e três documentários de Miriam Chnaiderman: Dizem que sou louco (1994), Passeio pelo Recanto Silvestre (2006) e Procura-se Janaíana (2007). Eles se situam entre os
anos 80 e nosso momento contemporâneo, 2009. O conceito de loucura, ou a escolha das personagens caracterizadas como loucas, não é uma atribuição feita por nós, eles são assim apontados nos próprios filmes, daí nossa busca em tentar verificar o que está sendo dito e mostrado, ou melhor, posto em cena através dessa classificação. Nestes filmes terminamos por distinguir o "louco" institucionalizado daquele que está circulando no mundo com suas particularidades. Fala-se sobre o que está internado, seja para explicar o que tem, seja para denunciar o que ocorre por conta da própria institucionalização. Os outros "loucos" falam por si mesmos,
podendo vir a se indagar sobre a atribuição a eles conferida, ou, em outros casos, nenhuma alusão é feita a ela.
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