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Petrografia e geoquímica das formações ferríferas bandadas do complexo arqueano granjeiro (2,54 Ga), NE do Brasil: implicações tectônicas e paleoambientaisPITARELLO, Michele Zorzetti January 2015 (has links)
Submitted by Teresa Cristina Rosenhayme (teresa.rosenhayme@cprm.gov.br) on 2015-09-24T18:58:22Z
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Previous issue date: 2015
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Palinogia da formação Solimões, neógeno da Bacia do Solimões, Estado do Amazonas, Brasil : implicações paleoambientais e bioestratigráficasLeite, Fátima Praxedes Rabelo 12 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2006. / Submitted by leandro spinola (l.spinolafla@gmail.com) on 2009-11-18T21:59:36Z
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Fátima Praxedes Rabelo Leite.doc: 386560 bytes, checksum: 3f1702b741f9abf92678b1572a7be265 (MD5) / Rejected by Carolina Campos(carolinacamposmaia@gmail.com), reason: Leandro, as teses e dissertações devem estar sempre em (pdf), nunca em (doc). Lembrando que os títulos e autores devem ser escritro em caixa baixa (minúsculo) sendo apenas a primeira letra do título e dos nomes próprios em caixa alta (maiúsculo).
Obrigada,
Carolina on 2009-11-24T17:13:55Z (GMT) / Submitted by leandro spinola (l.spinolafla@gmail.com) on 2009-12-01T11:05:41Z
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Previous issue date: 2006 / O arco de Iquitos influenciou a paisagem da região noroeste da América do Sul desde
o Mioceno tardio. Reflexos da sua dinâmica de soerguimento, antes vistos apenas em
afloramentos, podem também ser observados em sub-superfície. O estudo de palinologia,
mineralogia e geoquímica de isótopos de uma seção da Formação Solimões possibilitou a sua
correlação com as formações Pebas e Nauta da região de Iquitos. Essa correlação possibilita a
aplicação direta de um arcabouço palinostratigráfico nos sedimentos. O intervalo 401 – 300 m
do poço 1 AS 33 AM (Mioceno inferior / médio), depositado em ambiente principalmente de
água doce com alguma influência marinha, corresponde à Formação Pebas. O intervalo
seguinte 300 – 185 m (Mioceno superior / Plioceno) corresponde à camada superior da
Formação Pebas, designada na literatura como ‘Uppermost Pebas’. Na seção estudada esta
camada recobre discordantemente a Formação Pebas, assim como em algumas localidades no
Peru. É sugerido aqui um diacronismo para essa unidade uma vez que a idade atribuída a ela é
mais jovem que a descrita na literatura. A porção inferior desse intervalo (299,05 – 238,33 m)
está na zona de intervalo Asteraceae e a porção superior (238,33 – 185,00m) está na subzona
de intervalo Psilatricolporites caribbiensis. Não foi observada nenhuma discordância entre as
duas biozonas. O último intervalo de ca. 185 m até a superfície é formado por depósitos
típicos de sistema fluvial e é correlacionado aqui com a Formação Nauta. É considerado
Plioceno por corresponder à parte superior da subzona de intervalo Psilatricolporites caribbiensis, idade mais jovem que a proposta anteriormente. Os resultados sistemáticos de
palinologia consistem em 95 tipos identificados sempre que possível em nível específico. A
maioria deles são grãos de pólen de angiospermas com 85 espécies. Apenas uma espécie de
gimnosperma foi encontrada e sempre em quantidades reduzidas. De esporos, apesar muito
abundantes, somente oito espécies foram identificadas. Oito novas espécies são propostas e
formalmente descritas: Fenestrites garciae, Inaperturopollenites microechinatus,
Inaperturopollenites elizabetei, Inaperturopollenites solimoensis, Polyadopollenites marileae,
Psilaperiporites elizabetei, Psilatricolporites hoornii, Retitricolporites toigoi. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Iquitos arch influenced significantly the landscape since its uplift in the late
Miocene and it is possible to verify the forebulge dynamics, originally observed in outcrops,
in the sub-surface sediments. The palynology, mineralogy and isotope geochemistry of a
Miocene / Pliocene cored section in Brazil made possible the correlation of the Solimões
Formation with the Pebas and Nauta formations near the Iquitos arch in Peru, now with the
advantage of a biostratigraphic framework that enable a direct dating for the sediments. The
interval between 401 m and 300 m (middle / upper Miocene), deposited under a mainly fresh
water environment with some marine influence, corresponds to the Pebas Formation. The
following interval between 300 m and 185 m (upper Miocene / Pliocene) corresponds to the
‘Uppermost Pebas’ Formation. The Uppermost Pebas Formation unconformably overlies the
Pebas Formation in this section as well as in some areas in Peru. It is suggested here that the
top of the Pebas Formation in Brazil is younger than in Peruvian Amazonia, and thus
diachronic. The lower part of the interval (299,05 – 238,33 m) is in the Asteraceae Interval
Zone and the upper part (238,33 – 185,00) is in the Psilatricolporites caribbiensis Interval
Subzone. It was not observed any evidence of discontinuity between both biozones. The last
interval from ca. 185,00 m to the surface is a typical fluvial system deposit and is correlated
here to the Nauta Formation. It is considered Pliocene, corresponding to the upper part of the
Psilatricolporites caribbiensis Interval Subzone, a younger age than the originally proposed
to it. The palynological systematic results consist of 95 palynomorphs identified whenever
possible up to species level. Most of them were pollen grains of angiosperms with 85 types classified. Only one species of gymnosperm was present and always in small quantity. The
spores were very abundant although only eight types were identified. Eight new species are
proposed and formally described: Fenestrites garciae, Inaperturopollenites microechinatus,
Inaperturopollenites elizabetei, Inaperturopollenites solimoensis, Polyadopollenites marileae,
Psilaperiporites elizabetei, Psilatricolporites hoornii, Retitricolporites toigoi.
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Faciologia, proveniência e Paleogeografia das Formações Pirambóia e Botucatu no estado do Paraná / Not avilable.Donatti, Leandro Menezes 14 August 2002 (has links)
Através da análise de fácies dos arenitos das formações Pirambóia, Botucatu e Serra Geral nos estados do Paraná e extremo sul paulista (Piraju), subdividiram-se os depósitos estudados em quatro associações faciológicas com posicionamento estratigráfico distinto. Da base para o topo, estas associações correspondem a: A) lençóis de areia em planície de maré, B) campo de dunas costeiro com planícies interdunares inundadas, C) planície aluvial com rios entrelaçados e dunas eólicas incipientes e D) campo de dunas seco. As três primeiras associações caracterizam o registro de um sistema deposicional eólico úmido (isto é, cujo nível freático esteve próximo à superfície), o sistema deposicional eólico úmido Pirambóia. O nível freático elevado neste sistema pode ser atribuído à proximidade da paleocosta. A quarta associação de fácies, de campo de dunas seco, sobrepõe-se abruptamente aos depósitos flúvio-eólicos do sistema Pirambóia e corresponde ao sistema deposicional eólico seco Botucatu. O contraste entre os sistemas eólicos Pirambóia (úmido) e Botucatu (seco) é um critério importante para definir a inconformidade regional que separa os depósitos destes dois sistemas eólicos. O sistema seco teria sido interrompido por uma superfície de extensão regional, bacinal, ligada à manifestação do vulcanismo Serra Geral. Os resultados granulométricos confirmam a fácies de arenito grosso a conglomerático (ACg) como traço marcante da metade superior do registro do sistema Pirambóia. Os resultados de petrografia, MEV/EED e contagem de minerais pesados caracterizam a tendência para maior maturidade química e grau de cimentação dos arenitos Botucatu. A abundância de cimento de esmectita nos arenitos dos dois sistemas pode ser considerada um indício de ambiente de diagênese precoce com pouca água em circulação. Óxidos de ferro associados, principalmente no sistema Botucatu, apontam para cimentação na zona de aeração, portanto em condições de paleolençol freático baixo. A presença de paligorskita em fácies subaquosas do topo dos arenitos Pirambóia indica que condições evaporíticas já imperavam no final do sistema eólico úmido. As condições tectônicas, entretanto, não teriam permanecido constantes, perdendo na instalação do sistema Botucatu, o grau de atividade demonstrado no desfecho do sistema Pirambóia. A distribuição geográfica das fácies e dos vetores modais de azimute de estratificações cruzadas eólicas permite interpretar a existência de dois influxos no sistema Pirambóia, um continental, proveniente de Norte, e outro, costeiro, de Sul. A convergência dos rumos de paleoventos poderia estar associada à existência de um paleoalto na região de lineamento de Guapiara. Já o sistema Botucatu teria sido dominado por influxo voltado para SW e SE, com aumento de dispersão no topo. / The sandstones of the succession Pirambóia - Botucatu - Serra Geral (Paleozoic-Mesozoic Paraná Basin, Southeastern Brazil), in the Paraná State, was subdivided into four facies associations. From the base for the top, these associations correspond to: A) Sand sheets on tidal plain, B) Coastal dunefields with flooded interdunes, C) Alluvial plain with braided rivers and small eolian dunes, and D) Dry dunefields. The first three associations record a wet eolian depositional system (that is, a system whose freatic level was close to the surface), the Pirambóia system. The high freatic level in this system can be attributed to the proximity of the paleocost. The fourth facies association, of dry dunefields, is put abruptly upon to the Pirambóia fluvio-eolian deposits. It corresponds to the Botucatu dry eolian depositional system. The contrast between the Pirambóia (wet) and Botucatu (dry) eolian systems is an important criterion to define the regional unconformity that separates the sandstones of these two systems. The dry system would have been interrupted by a surface of bacinal extensional, associated with the manifestation of the Serra Geral volcanism. The grain-size results confirm the coarse to conglomeratic sandstone facies (ACg) as the main feature of the superior half of the Pirambóia system. The petrographic, SEM/EDS and heavy minerals results characterize the tendence for greater chemical maturity and cementation degree of the Botucatu sandstones. The abundance of smectite cement in the sandstones of the two systems is an indication of eodiagenesis with scarcy circulating water. Iron oxides, present mainly in the Botucatu sandstones, can be related to cementation in the vadose zone, therefore in conditions of low freatic level. The poligorskite presence in subaqueous facies of the top of the Pirambóia sandstones indicates that evaporitic conditions were already present in the end of wet eolian system. The tectonic conditions would not have stayed constant, losing, in the installation of the system Botucatu, the activity degree demonstrated in the ending of the Pirambóia system. The geographical distribution of the facies and of the modal dip directions of eolian cross-beddings allow to interpret the existence of two eolian influxes in the Pirambóia system, a continental influx, from North, and a coastal one, from South. The convergence of these paleowind directions could be associated with the existence of a high area along the Guapiara alignment. The Botucatu system would have been dominated by influ7x towards SW and SE, with increasing dispersion to the top.
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Evolução paleogeográfica das Formações Maricá e Crespos (Neoproterozóico III) na Porção Norte da Sub-Bacia Camaquã Ocidental, Caçapava do Sul, RS / Not available.Pelosi, Ana Paula de Meireles Reis 04 May 2001 (has links)
O objetivo deste trabalho foi o estudo da evolução paleogeográfica das formações Marica e Crespos (Neoproterozóico III) em uma região localizada a oeste da cidade de Caçapava do Sul, RS. Para tal, foram realizados trabalhos de mapeamento em escala 1:50.000 e coleta de dados de detalhe, incluindo: levantamento de seções colunares, análise de fáceis, proveniência e paleocorrentes, e interpretação de sistemas deposicionais e de seqüências. Estas unidades estudadas compreendem a porção inferior e intermediária do Grupo Camaquã, sendo caracterizadas por espessas sucessões de rochas sedimentares (Formação Marica) e vulcanogênicas (Formação Crespos). O Grupo Camaquã ainda é composto, no topo, pelos depósitos sedimentares da Formação Santa Bárbara (unidade não estudada neste trabalho). Estas três unidades registram a evolução da Bacia Camaquã. A Bacia Camaquã localiza-se na porção centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, subdividida em três sub-bacias alongadas segundo a direção N-NE, separadas pelos altos de Caçapava do sul e Serra Encantadas: (i) Sub-Bacia Camaquã Ocidental, (ii) Sub-Bacia Camaquã Central e (iii) Sub-Bacia Camaquã Oriental. Na porção norte da sub-Bacia Camaquã Ocidental, objeto da presente dissertação, as ocorrências das formações Maricá e Crespos foram separadas em 9 unidades litoestratigráficas que representam o desenvolvimento de eventos deposicionais e magmáticos distintos. A Formação Maricá foi dividida em cinco unidades litoestratigráficas separadas por superfícies erosivais e de inundação, de onde temos, da base para o topo: Unidade 1 - Arenitos e Conglomerados Inferiores - formadas por sistemas de planícies fluviais de canais entrelaçados, com paleocorrentes que indicam um transporte predominantemente para N; Unidade 2 - Arenitos e Ritmitos Inferiores - reúne espessos depósitos de turbiditos e tempestitos formados em ambientes de plataforma marinha dominada por ondas normais e de (continuação) tempestades; Unidade 3 - Lapilli-Tufito - mapeada como um nível de rocha piroclástica que registra um evento de vulcanismo ativo durante a Formação Maricá; Unidade 4 - Arenitos e Conglomerados Superiores - formada por sistemas de planícies fluviais de canais entrelaçados, com paleocorrentes para N-NE, subordinadamente para E; Unidade 5 - Arenitos E Ritmitos Superiores - composta por depósitos formados por sistemas de deltas lacustres. Estas unidades representam o desenvolvimento de duas seqüências, Seqüência Maricá 1 e Seqüência Maricá 2, separadas por uma discordância erosiva que ocorre na base da Unidade 4 (Arenitos e Conglomerados Superiores). A análise de proviniência realizada nas sucessões da Formação Maricá indicou que as áreas fontes eram compostas, predominantemente, por rochas graníticas e riolíticas, com pequena participação de fontes metamórficas. A presença de um nível piroclástico (Unidade 3) e a contribuição de fontes vulcânicas indicam que durante o desenvolvimento desta unidade já existia um vulcanismo ativo na Bacia Camaquã. A Formação Crespos foi separada em quatro unidades lioestratigráficas: Unidade 6 - Conglomerados e Arenitos Epiclásticos - composta por conglomerados, litoarenitos e ritmitos epiclásticos formados por sistemas de leques aluviais e deltaicos, que representam o desenvolvimento de uma terceira seqüência dentro do Grupo Camaquã (Seqüência Crespos 1), separada na base por uma discordância erosiva e no topo por derrames ácidos subaéreos; Unidade 7 - Riolitos Vulcânicos - compreende o registro dos derrames de lavas ácidas viscosas, associadas a ambientes de vulcanismo explosivo subaéreos; Unidade 8 - Riolitos Intrusivos - ocorre na forma de corpos intrusivos espalhados por toda a região, possivelmente relacionados ao mesmo evento magmático da unidade anterior (Riolitos Vulcânicos); Unidade 9 - Andesitos Vulcânicos e Intrusivos - registra o magmatismo de topo da ) Formação Crespos na região, sendo composto por rochas de composição básica e intermediária. Estas unidades vulcanogênicas são sobrepostas por discordância erosiva pelos depósitos sedimentares da Formação Santa Bárbara. As elevadas espessuras das seqüências das formações Maricá e Crespos, as associações de fácies, os dados de proveniência e paleocorrentes e as evidências de vulcanismo sedimentar sugerem que estas unidades se desenvolveram em uma bacia tectonicamente instável, com elevadas taxas de subsidência, estruturada na forma de um \"rift\" alongado em torno da direção N-NE com mar aberto para N. Os dados obtidos indicaram que a Bacia Camaquã teve sua evolução associada a eventos posteriores ao encerramento das atividades tectônicas da Orogenia Brasiliana, em ambientes de regimes de esforços extensionais, possivelmente anorogênicos, com magmatismo alcalino associado / The main purpose of this work was the study of the paleogeographical evolution of the Maricá and Crespos formations (Neoproterozoic III) in the west portion of the Caçapava do Sul municipality, RS. For that, field works were all carried out with emphasis on mapping at 1:50.000 scale, stratigraphic sections, faciological, depositional systems and sequence analysis, and provenance and paleocurrent measurements. The studied units were the lower and intermediate portion of the Camaquã Group, characterized by thick infiling of sedimentary (Maricá Formation) and volcanogenic (Crepos Formation) rocks. The Camaquã Basin comprises tree sub-basins separated by the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highlands, and is located at south-central portion of the state of Rio Grande do Sul. It is filled by thick sedimentary and volcanogenic successions of the Camaquã Group. This group originated during the end of Neoproterozoic III and the beginning of Cambrian and is composed of tree units: Maricá Formation, Crespos Formation and Santa Bárbara Formation. The Maricá Formation is composed by five lithostratigraphic units, which are divided by erosional and flooding surfaces, as follows, from bottom to the top: (1) Lower Sandstones and Conglomerates constituted by braided fluvial plain systems showing mean vector of paleocurrent to the north (2) Lower Sandstones and Rhythmites formed by a thick turbidite and tempestite succession originated in wave- and storm-dominated marine shelf, (3) Lapilli-Tufites represented by a single volcaniclastic layer registering the pyroclastic volcanism activity in the Maricá Formation, (4) Upper Sandstones and Conglomerates formed by braided fluvial plain systems showing mean vector of paleocurrent to the northeast, and subordinately, to the east, and (5) Upper Sandstones and Rhythmites composed of deltaic sandstones and laminites. In terms of sequence stratigraphy, the units described above represent the development of two sequences, Maricá Sequence 1 and Maricá Sequence 2, separated by an erosional surface that occurs at the base of Unit 4 (upper Sandstones and Conglomerates). Provenance analysis of the Maricá Formation have indicated that the source areas were multiple, composed mainly by rocks such as granites, rhyolites, and minor metamorphic rocks. The identification of a pyroclastic layer (Unit 3) - the unique volcaniclastic unit of the Maricá Formation in the studied area -, as well as the contribution of volcanic sources, suggest the early presence of an active volcanism in the Camaquã Basin during the sedimentation of the Maricá Formation. The Crespos Formation encompasses four lithostratigraphic units, as follows: Unit 6 - Epiclastic Conglomerates and Sandstones, formed by conglomerates, lithic sandstones and epiclastic rhythmites of alluvial and fan delta systems, representing the development of a third succession into the Camaquã Group (Crespos Succession 1), which is separated at the base by an erosional surface and at the top by acid flows, Unit 7 - Volcanic Rhyolites comprising acid viscose lava flows, associated to highly explosive subaerial volcanism, Unit 8 - Intrusive Rhyolites are composicionally similar to the Volcanic Rhyolites and occur over all the studied region, and its evolution is possibly related to the same magmatism event, Unit 8 - Volcanic and Intrusive Andesites, corresponding to the magmatism of the top of the Crespos Formation in the region, overlie all of the units described above and are composicionally basic to intermediate. All of this volcanogenic units are overlain by erosional unconformity by the post-volcanic sedimentary deposits of the Santa Bárbara Formation. The great thickness of the sequences of the Maricá and Crespos formations, the facies associations, provenance and paleocurrent data, and the occurrence of a syn-sedimentary volcanism, all of these observations suggest high subsidence rates and that all of units were deposited within an unstable tectonically basin. This basin probably was an elongated rift structured in the N-NE direction with an open sea to the north. The obtained data indicate that the Camaquã Basin had its evolution related to an extensional stress regime, possibly anorogenic, associated to alkaline magmatism, but these events only develop after the end of the Brasiliano Orogeny.
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Faciologia, proveniência e Paleogeografia das Formações Pirambóia e Botucatu no estado do Paraná / Not avilable.Leandro Menezes Donatti 14 August 2002 (has links)
Através da análise de fácies dos arenitos das formações Pirambóia, Botucatu e Serra Geral nos estados do Paraná e extremo sul paulista (Piraju), subdividiram-se os depósitos estudados em quatro associações faciológicas com posicionamento estratigráfico distinto. Da base para o topo, estas associações correspondem a: A) lençóis de areia em planície de maré, B) campo de dunas costeiro com planícies interdunares inundadas, C) planície aluvial com rios entrelaçados e dunas eólicas incipientes e D) campo de dunas seco. As três primeiras associações caracterizam o registro de um sistema deposicional eólico úmido (isto é, cujo nível freático esteve próximo à superfície), o sistema deposicional eólico úmido Pirambóia. O nível freático elevado neste sistema pode ser atribuído à proximidade da paleocosta. A quarta associação de fácies, de campo de dunas seco, sobrepõe-se abruptamente aos depósitos flúvio-eólicos do sistema Pirambóia e corresponde ao sistema deposicional eólico seco Botucatu. O contraste entre os sistemas eólicos Pirambóia (úmido) e Botucatu (seco) é um critério importante para definir a inconformidade regional que separa os depósitos destes dois sistemas eólicos. O sistema seco teria sido interrompido por uma superfície de extensão regional, bacinal, ligada à manifestação do vulcanismo Serra Geral. Os resultados granulométricos confirmam a fácies de arenito grosso a conglomerático (ACg) como traço marcante da metade superior do registro do sistema Pirambóia. Os resultados de petrografia, MEV/EED e contagem de minerais pesados caracterizam a tendência para maior maturidade química e grau de cimentação dos arenitos Botucatu. A abundância de cimento de esmectita nos arenitos dos dois sistemas pode ser considerada um indício de ambiente de diagênese precoce com pouca água em circulação. Óxidos de ferro associados, principalmente no sistema Botucatu, apontam para cimentação na zona de aeração, portanto em condições de paleolençol freático baixo. A presença de paligorskita em fácies subaquosas do topo dos arenitos Pirambóia indica que condições evaporíticas já imperavam no final do sistema eólico úmido. As condições tectônicas, entretanto, não teriam permanecido constantes, perdendo na instalação do sistema Botucatu, o grau de atividade demonstrado no desfecho do sistema Pirambóia. A distribuição geográfica das fácies e dos vetores modais de azimute de estratificações cruzadas eólicas permite interpretar a existência de dois influxos no sistema Pirambóia, um continental, proveniente de Norte, e outro, costeiro, de Sul. A convergência dos rumos de paleoventos poderia estar associada à existência de um paleoalto na região de lineamento de Guapiara. Já o sistema Botucatu teria sido dominado por influxo voltado para SW e SE, com aumento de dispersão no topo. / The sandstones of the succession Pirambóia - Botucatu - Serra Geral (Paleozoic-Mesozoic Paraná Basin, Southeastern Brazil), in the Paraná State, was subdivided into four facies associations. From the base for the top, these associations correspond to: A) Sand sheets on tidal plain, B) Coastal dunefields with flooded interdunes, C) Alluvial plain with braided rivers and small eolian dunes, and D) Dry dunefields. The first three associations record a wet eolian depositional system (that is, a system whose freatic level was close to the surface), the Pirambóia system. The high freatic level in this system can be attributed to the proximity of the paleocost. The fourth facies association, of dry dunefields, is put abruptly upon to the Pirambóia fluvio-eolian deposits. It corresponds to the Botucatu dry eolian depositional system. The contrast between the Pirambóia (wet) and Botucatu (dry) eolian systems is an important criterion to define the regional unconformity that separates the sandstones of these two systems. The dry system would have been interrupted by a surface of bacinal extensional, associated with the manifestation of the Serra Geral volcanism. The grain-size results confirm the coarse to conglomeratic sandstone facies (ACg) as the main feature of the superior half of the Pirambóia system. The petrographic, SEM/EDS and heavy minerals results characterize the tendence for greater chemical maturity and cementation degree of the Botucatu sandstones. The abundance of smectite cement in the sandstones of the two systems is an indication of eodiagenesis with scarcy circulating water. Iron oxides, present mainly in the Botucatu sandstones, can be related to cementation in the vadose zone, therefore in conditions of low freatic level. The poligorskite presence in subaqueous facies of the top of the Pirambóia sandstones indicates that evaporitic conditions were already present in the end of wet eolian system. The tectonic conditions would not have stayed constant, losing, in the installation of the system Botucatu, the activity degree demonstrated in the ending of the Pirambóia system. The geographical distribution of the facies and of the modal dip directions of eolian cross-beddings allow to interpret the existence of two eolian influxes in the Pirambóia system, a continental influx, from North, and a coastal one, from South. The convergence of these paleowind directions could be associated with the existence of a high area along the Guapiara alignment. The Botucatu system would have been dominated by influ7x towards SW and SE, with increasing dispersion to the top.
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Sedimentação atual aplicada a portos no Brasil / Not available.Ponçano, Waldir Lopes 27 September 1985 (has links)
As características da sedimentação atual em áreas de interesse à implantação/manutenção de portos são aqui apresentadas sob a perspectiva da história geológica mais recente, especialmente quaternária. Desta, destacam-se como eventos mais importantes os entalhes würmianos e subseqüentes oscilações do nível marinho, que, a partir de fatores tectônicos, explicam os principais traços da distribuição e conformação dos corpos d\'água costeiros. As investigações abrangeram as proximidades da Ilha dos Guarás (PA), a Baía de Sepetiba (RJ), Enseada dos Tainheiros e Baía de Aratu, na Baía de Todos os Santos (BA), e os estuários do Potengi (RN), de Santos (SP) e do Itajaí-Açu (SC). Na região de Gurás procedeu-se a estudo essencialmente cartográfico, através de fotos aéreas e cartas batimétricas defasadas, tendo-se constatado que, embora as profundidades dos canais de circulação se mantivessem no tempo, seus eixos de maiores profundidades apresentavam migração, compatível com o crescimento observado em partes emersas. Nos casos da Enseada dos Tainheiros, Baía de Aratu e Baía de Sepetiba, além das avaliações efetuadas a partir de cartas batimétricas e imagens de sensores, procedeu-se a levantamento sistemático das características dos sedimentos de superfície de fundo. Pôde-se nestes casos destacar a importância dos padrões regionais de circulação d\'águas e sedimentos, relacionados por sua vez a paleovales, na determinação das áreas mais e menos sucetíveis e erosão/deposição. Para os estuários, maior ênfase foi dada so estudo dos sedimentos de superfície, bem como a distribuição de salinidades e material em suspensão, como indicadores da tipologia estuarina. Esta abordagem foi particularmente desenvolvida para os estuários de Santos e do Itajaí-Açu. A influência fluvial na circulação estuarina aumenta do Potengi a santos ao Itajaí-Açu; no primeiro caso não há dados conclusivos sobre o tipo de circulação, embora os dados ) colhidos sejam sugestivos de mistura vertical. Já o Canal do Porto do estuário santista apresenta circulação em dois estratos, com mistura vertical, enquanto que o Canal de São Vicente apresenta circulação verticalmente homogênea, ambos sob condições de verão, de máxima descarga fluvial. Para o estuário do Itajaí-Açu, sob condições de vazões mínimas, pôde-se caracterizar circulação do tipo cunha salina para preamar, e em dois estratos com mistura vertical na baixa-mar. Variações temporais das fácies dos sedimentos de superfície dee fundo foram investigadas na Baía de Santos e, sob diversas condições de vazão, incluindo um episódio catastrófico, no estuário do Itajaí-Açu. No decorrer da exposição dos diferentes casos, são feitas diversas sugestões e revisões metodológicas. Destaque especial é dado ao problema da interpretação dinâmica dos parâmetros estatísticos granulométricos. Dados referentes a 588 amostras são altamente sugestivos de que desvio-padrão (grau de seleção), assimetria e curtose são dependentes, de modo definido e por intervalo granulométrico, do diâmetro médio. / This work presentes sedimentological investigations necessary to port assessment and planning, as referred to a framework of quaternary geological events. Among these the most important are believed to be the valley-cutting which took place during the wurm epoch and subsequent sea-level changes. Investigations were carried out on the vicinities of Guarás Island (PA), on Tainheiros (BA), Aratu (BA) and Sepetiba (RJ) Bays and on Potengi (RN), Santos (SP) and Itajaí-Açu (SC) estuaries. Studies undertaken in the Guarás Island region were essentially cartographic, based on analyses of bathymetric charts and aerial photographs. Results have shown migration of channels, al though their depths have been maintained throughout the investigated span of time. The inferred displacements of the channels agree with features of accretion observed in emergent surfaces. In Tainheiros, Aratu and Sepetiba Bays, cartographic and remote-sensing observations were a first step, to be complemented by systematic sampling and analysis of bottom sediments. In these cases the regional pattern of sediment and water circulation, mostly governed by paleo-valleys distribution, proved to be an important factor in determining erosion/accretion sites. In the studied estuaries stress has been put in the characterization of both and suspended sediments, as well as in water salinity, as guidelines to establish the types of estuarine circulation. This approach was developed in more detail for Santos and Itajaí-Açu estuaries. Fluvial influence grows increasingly from Potengi to Santos to Itajaí-Açu estuaires; there are no definite data to classify the first one of them, although its situation suggests a vertically mixed type. For the Porto Channel of the Santos estuary a two-layer flow with vertical mixing type was determined, whilst the São Vicente channel is vertically homogeneous, both under summer conditions of maximum fluvial discharge. Under conditions of minimum fluvial discharge the Itajaí-Açu estuary displays a salt-wedge pattern during high water, and a two-layer flow with vertical mixing pattern during the low water, both for spring tide. Time-dependent changes in granulometric characteristics of bottom sediment were investigated for Santos Bay and Itajaí-Açu estuary, this latter case including a catastrophic flooding. Some methodological review has been made, including remarks on the possibilities of dynamic interpretation of graim-size statistitcal parameters. Data from 588 samples are higly suggestive that square-deviation, skewness and kurtosis depend on the considered mean size of the sediment.
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Evolução paleogeográfica das Formações Maricá e Crespos (Neoproterozóico III) na Porção Norte da Sub-Bacia Camaquã Ocidental, Caçapava do Sul, RS / Not available.Ana Paula de Meireles Reis Pelosi 04 May 2001 (has links)
O objetivo deste trabalho foi o estudo da evolução paleogeográfica das formações Marica e Crespos (Neoproterozóico III) em uma região localizada a oeste da cidade de Caçapava do Sul, RS. Para tal, foram realizados trabalhos de mapeamento em escala 1:50.000 e coleta de dados de detalhe, incluindo: levantamento de seções colunares, análise de fáceis, proveniência e paleocorrentes, e interpretação de sistemas deposicionais e de seqüências. Estas unidades estudadas compreendem a porção inferior e intermediária do Grupo Camaquã, sendo caracterizadas por espessas sucessões de rochas sedimentares (Formação Marica) e vulcanogênicas (Formação Crespos). O Grupo Camaquã ainda é composto, no topo, pelos depósitos sedimentares da Formação Santa Bárbara (unidade não estudada neste trabalho). Estas três unidades registram a evolução da Bacia Camaquã. A Bacia Camaquã localiza-se na porção centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, subdividida em três sub-bacias alongadas segundo a direção N-NE, separadas pelos altos de Caçapava do sul e Serra Encantadas: (i) Sub-Bacia Camaquã Ocidental, (ii) Sub-Bacia Camaquã Central e (iii) Sub-Bacia Camaquã Oriental. Na porção norte da sub-Bacia Camaquã Ocidental, objeto da presente dissertação, as ocorrências das formações Maricá e Crespos foram separadas em 9 unidades litoestratigráficas que representam o desenvolvimento de eventos deposicionais e magmáticos distintos. A Formação Maricá foi dividida em cinco unidades litoestratigráficas separadas por superfícies erosivais e de inundação, de onde temos, da base para o topo: Unidade 1 - Arenitos e Conglomerados Inferiores - formadas por sistemas de planícies fluviais de canais entrelaçados, com paleocorrentes que indicam um transporte predominantemente para N; Unidade 2 - Arenitos e Ritmitos Inferiores - reúne espessos depósitos de turbiditos e tempestitos formados em ambientes de plataforma marinha dominada por ondas normais e de (continuação) tempestades; Unidade 3 - Lapilli-Tufito - mapeada como um nível de rocha piroclástica que registra um evento de vulcanismo ativo durante a Formação Maricá; Unidade 4 - Arenitos e Conglomerados Superiores - formada por sistemas de planícies fluviais de canais entrelaçados, com paleocorrentes para N-NE, subordinadamente para E; Unidade 5 - Arenitos E Ritmitos Superiores - composta por depósitos formados por sistemas de deltas lacustres. Estas unidades representam o desenvolvimento de duas seqüências, Seqüência Maricá 1 e Seqüência Maricá 2, separadas por uma discordância erosiva que ocorre na base da Unidade 4 (Arenitos e Conglomerados Superiores). A análise de proviniência realizada nas sucessões da Formação Maricá indicou que as áreas fontes eram compostas, predominantemente, por rochas graníticas e riolíticas, com pequena participação de fontes metamórficas. A presença de um nível piroclástico (Unidade 3) e a contribuição de fontes vulcânicas indicam que durante o desenvolvimento desta unidade já existia um vulcanismo ativo na Bacia Camaquã. A Formação Crespos foi separada em quatro unidades lioestratigráficas: Unidade 6 - Conglomerados e Arenitos Epiclásticos - composta por conglomerados, litoarenitos e ritmitos epiclásticos formados por sistemas de leques aluviais e deltaicos, que representam o desenvolvimento de uma terceira seqüência dentro do Grupo Camaquã (Seqüência Crespos 1), separada na base por uma discordância erosiva e no topo por derrames ácidos subaéreos; Unidade 7 - Riolitos Vulcânicos - compreende o registro dos derrames de lavas ácidas viscosas, associadas a ambientes de vulcanismo explosivo subaéreos; Unidade 8 - Riolitos Intrusivos - ocorre na forma de corpos intrusivos espalhados por toda a região, possivelmente relacionados ao mesmo evento magmático da unidade anterior (Riolitos Vulcânicos); Unidade 9 - Andesitos Vulcânicos e Intrusivos - registra o magmatismo de topo da ) Formação Crespos na região, sendo composto por rochas de composição básica e intermediária. Estas unidades vulcanogênicas são sobrepostas por discordância erosiva pelos depósitos sedimentares da Formação Santa Bárbara. As elevadas espessuras das seqüências das formações Maricá e Crespos, as associações de fácies, os dados de proveniência e paleocorrentes e as evidências de vulcanismo sedimentar sugerem que estas unidades se desenvolveram em uma bacia tectonicamente instável, com elevadas taxas de subsidência, estruturada na forma de um \"rift\" alongado em torno da direção N-NE com mar aberto para N. Os dados obtidos indicaram que a Bacia Camaquã teve sua evolução associada a eventos posteriores ao encerramento das atividades tectônicas da Orogenia Brasiliana, em ambientes de regimes de esforços extensionais, possivelmente anorogênicos, com magmatismo alcalino associado / The main purpose of this work was the study of the paleogeographical evolution of the Maricá and Crespos formations (Neoproterozoic III) in the west portion of the Caçapava do Sul municipality, RS. For that, field works were all carried out with emphasis on mapping at 1:50.000 scale, stratigraphic sections, faciological, depositional systems and sequence analysis, and provenance and paleocurrent measurements. The studied units were the lower and intermediate portion of the Camaquã Group, characterized by thick infiling of sedimentary (Maricá Formation) and volcanogenic (Crepos Formation) rocks. The Camaquã Basin comprises tree sub-basins separated by the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highlands, and is located at south-central portion of the state of Rio Grande do Sul. It is filled by thick sedimentary and volcanogenic successions of the Camaquã Group. This group originated during the end of Neoproterozoic III and the beginning of Cambrian and is composed of tree units: Maricá Formation, Crespos Formation and Santa Bárbara Formation. The Maricá Formation is composed by five lithostratigraphic units, which are divided by erosional and flooding surfaces, as follows, from bottom to the top: (1) Lower Sandstones and Conglomerates constituted by braided fluvial plain systems showing mean vector of paleocurrent to the north (2) Lower Sandstones and Rhythmites formed by a thick turbidite and tempestite succession originated in wave- and storm-dominated marine shelf, (3) Lapilli-Tufites represented by a single volcaniclastic layer registering the pyroclastic volcanism activity in the Maricá Formation, (4) Upper Sandstones and Conglomerates formed by braided fluvial plain systems showing mean vector of paleocurrent to the northeast, and subordinately, to the east, and (5) Upper Sandstones and Rhythmites composed of deltaic sandstones and laminites. In terms of sequence stratigraphy, the units described above represent the development of two sequences, Maricá Sequence 1 and Maricá Sequence 2, separated by an erosional surface that occurs at the base of Unit 4 (upper Sandstones and Conglomerates). Provenance analysis of the Maricá Formation have indicated that the source areas were multiple, composed mainly by rocks such as granites, rhyolites, and minor metamorphic rocks. The identification of a pyroclastic layer (Unit 3) - the unique volcaniclastic unit of the Maricá Formation in the studied area -, as well as the contribution of volcanic sources, suggest the early presence of an active volcanism in the Camaquã Basin during the sedimentation of the Maricá Formation. The Crespos Formation encompasses four lithostratigraphic units, as follows: Unit 6 - Epiclastic Conglomerates and Sandstones, formed by conglomerates, lithic sandstones and epiclastic rhythmites of alluvial and fan delta systems, representing the development of a third succession into the Camaquã Group (Crespos Succession 1), which is separated at the base by an erosional surface and at the top by acid flows, Unit 7 - Volcanic Rhyolites comprising acid viscose lava flows, associated to highly explosive subaerial volcanism, Unit 8 - Intrusive Rhyolites are composicionally similar to the Volcanic Rhyolites and occur over all the studied region, and its evolution is possibly related to the same magmatism event, Unit 8 - Volcanic and Intrusive Andesites, corresponding to the magmatism of the top of the Crespos Formation in the region, overlie all of the units described above and are composicionally basic to intermediate. All of this volcanogenic units are overlain by erosional unconformity by the post-volcanic sedimentary deposits of the Santa Bárbara Formation. The great thickness of the sequences of the Maricá and Crespos formations, the facies associations, provenance and paleocurrent data, and the occurrence of a syn-sedimentary volcanism, all of these observations suggest high subsidence rates and that all of units were deposited within an unstable tectonically basin. This basin probably was an elongated rift structured in the N-NE direction with an open sea to the north. The obtained data indicate that the Camaquã Basin had its evolution related to an extensional stress regime, possibly anorogenic, associated to alkaline magmatism, but these events only develop after the end of the Brasiliano Orogeny.
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Sedimentação atual aplicada a portos no Brasil / Not available.Waldir Lopes Ponçano 27 September 1985 (has links)
As características da sedimentação atual em áreas de interesse à implantação/manutenção de portos são aqui apresentadas sob a perspectiva da história geológica mais recente, especialmente quaternária. Desta, destacam-se como eventos mais importantes os entalhes würmianos e subseqüentes oscilações do nível marinho, que, a partir de fatores tectônicos, explicam os principais traços da distribuição e conformação dos corpos d\'água costeiros. As investigações abrangeram as proximidades da Ilha dos Guarás (PA), a Baía de Sepetiba (RJ), Enseada dos Tainheiros e Baía de Aratu, na Baía de Todos os Santos (BA), e os estuários do Potengi (RN), de Santos (SP) e do Itajaí-Açu (SC). Na região de Gurás procedeu-se a estudo essencialmente cartográfico, através de fotos aéreas e cartas batimétricas defasadas, tendo-se constatado que, embora as profundidades dos canais de circulação se mantivessem no tempo, seus eixos de maiores profundidades apresentavam migração, compatível com o crescimento observado em partes emersas. Nos casos da Enseada dos Tainheiros, Baía de Aratu e Baía de Sepetiba, além das avaliações efetuadas a partir de cartas batimétricas e imagens de sensores, procedeu-se a levantamento sistemático das características dos sedimentos de superfície de fundo. Pôde-se nestes casos destacar a importância dos padrões regionais de circulação d\'águas e sedimentos, relacionados por sua vez a paleovales, na determinação das áreas mais e menos sucetíveis e erosão/deposição. Para os estuários, maior ênfase foi dada so estudo dos sedimentos de superfície, bem como a distribuição de salinidades e material em suspensão, como indicadores da tipologia estuarina. Esta abordagem foi particularmente desenvolvida para os estuários de Santos e do Itajaí-Açu. A influência fluvial na circulação estuarina aumenta do Potengi a santos ao Itajaí-Açu; no primeiro caso não há dados conclusivos sobre o tipo de circulação, embora os dados ) colhidos sejam sugestivos de mistura vertical. Já o Canal do Porto do estuário santista apresenta circulação em dois estratos, com mistura vertical, enquanto que o Canal de São Vicente apresenta circulação verticalmente homogênea, ambos sob condições de verão, de máxima descarga fluvial. Para o estuário do Itajaí-Açu, sob condições de vazões mínimas, pôde-se caracterizar circulação do tipo cunha salina para preamar, e em dois estratos com mistura vertical na baixa-mar. Variações temporais das fácies dos sedimentos de superfície dee fundo foram investigadas na Baía de Santos e, sob diversas condições de vazão, incluindo um episódio catastrófico, no estuário do Itajaí-Açu. No decorrer da exposição dos diferentes casos, são feitas diversas sugestões e revisões metodológicas. Destaque especial é dado ao problema da interpretação dinâmica dos parâmetros estatísticos granulométricos. Dados referentes a 588 amostras são altamente sugestivos de que desvio-padrão (grau de seleção), assimetria e curtose são dependentes, de modo definido e por intervalo granulométrico, do diâmetro médio. / This work presentes sedimentological investigations necessary to port assessment and planning, as referred to a framework of quaternary geological events. Among these the most important are believed to be the valley-cutting which took place during the wurm epoch and subsequent sea-level changes. Investigations were carried out on the vicinities of Guarás Island (PA), on Tainheiros (BA), Aratu (BA) and Sepetiba (RJ) Bays and on Potengi (RN), Santos (SP) and Itajaí-Açu (SC) estuaries. Studies undertaken in the Guarás Island region were essentially cartographic, based on analyses of bathymetric charts and aerial photographs. Results have shown migration of channels, al though their depths have been maintained throughout the investigated span of time. The inferred displacements of the channels agree with features of accretion observed in emergent surfaces. In Tainheiros, Aratu and Sepetiba Bays, cartographic and remote-sensing observations were a first step, to be complemented by systematic sampling and analysis of bottom sediments. In these cases the regional pattern of sediment and water circulation, mostly governed by paleo-valleys distribution, proved to be an important factor in determining erosion/accretion sites. In the studied estuaries stress has been put in the characterization of both and suspended sediments, as well as in water salinity, as guidelines to establish the types of estuarine circulation. This approach was developed in more detail for Santos and Itajaí-Açu estuaries. Fluvial influence grows increasingly from Potengi to Santos to Itajaí-Açu estuaires; there are no definite data to classify the first one of them, although its situation suggests a vertically mixed type. For the Porto Channel of the Santos estuary a two-layer flow with vertical mixing type was determined, whilst the São Vicente channel is vertically homogeneous, both under summer conditions of maximum fluvial discharge. Under conditions of minimum fluvial discharge the Itajaí-Açu estuary displays a salt-wedge pattern during high water, and a two-layer flow with vertical mixing pattern during the low water, both for spring tide. Time-dependent changes in granulometric characteristics of bottom sediment were investigated for Santos Bay and Itajaí-Açu estuary, this latter case including a catastrophic flooding. Some methodological review has been made, including remarks on the possibilities of dynamic interpretation of graim-size statistitcal parameters. Data from 588 samples are higly suggestive that square-deviation, skewness and kurtosis depend on the considered mean size of the sediment.
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Evolução Tectônica e Paleogeográfica do Aulacógeno Agupaeí (1.2-1.0Ga) e dos Terrenos do seu Embasamento na Porção Sul do Cráton Amazônico / Not available.Saes, Gerson Souza 02 September 1999 (has links)
O Aulacógeno Aguapeí constitui um megaestrutura originada por rifteamento intracontinental na porção sul do Cráton Amazônico durante a parte final do Mesoproterozóico (1.2-1.0Ga). Sua posição sub-transversal em relação ao Cinturão Colisional Sunsas e sua evolução sedimentar, tectônica e metamórfica, lhe emprestam forte similaridade com bacias de mesma natureza, tanto em formação, como os rifts do leste africano, como com paleorifts encontrados no registro geológico de todos os continentes, notadamente a partir do final do Arqueano (2.5Ga), com a consolidação dos primeiros blocos cratônicos de grande extensão. O embasamento do Aulacógeno Aguapeí é formado pela amalgamação de terrenos tectono-estratigráficos distintos, constituídos por complexos metamórficos do Paleoproterozóico (> 1.6Ga) e intrusivas de idades e naturezas diversas. Os dados petrológicos, geoquímicos, radiométricos e geofísicos disponíveis, permitem relacionar sua evolução à acresção de cincoterrenos à porção sul da Paleoplaca Amazônia: (i) Jauru; (ii) Santa Helena; (iii) Rio Alegre; (iv) Paragua e (v) San Pablo. O Terreno Jauru é gerado pela aglutinação de arcos insulares intraoceânicos do Paleoproterozóico (\'DA ORDEM DE\'1,9Ga), afetados por intensa granitogênese calci-alcalina entre 1.5-1.4Ga, e pelo magmatismo toleítico intra-placas de Rio Branco (1,4Ga). O Terreno Santa Helena constitui um fragmento de arco cordilherano composto por granitos a tonalitos formados a em 1.45Ga. O Terreno Rio Alegre constitui uma associação de rochas efusivas e plutônicas básico-ultrabásicas e metassedimentos químicos, exibindo feições de alojamento alóctone ao longo do lineamento milonítico regional que marca a suturacolisional entre os terrenos Santa Helena e Paragua. É aqui interpretado como remanescente de litosfera oceânica alojado por obducção ao longo daquele limite. O Terreno Paragua possui um embasamento composto por complexos gnaissico-granulíticos ) (Chiquitania e Lomas Maneches) e cinturões de supracrustais essencialmente metassedimentares (San Ignacio), invadido em 1.3Ga pela granitogênese de afinidade calci-alcalina do Batólito Pensamiento. O Terreno San Pablo registra provavelmente a evolução de um arco magmático cordilherano, acrescido à porção sul da Amazônia durante a orogênese colisional Sunsas (1.0Ga). A Bacia Aguapeí inicia seu desenvolvimento pela reativação distensional e ruptura da porção sul do Cráton Amazônico, com dois braços de uma junção tríplice evoluindo para um limite divergente de placas (Margem Passiva Sunsas). O terceiro braço da junção tríplice (braço abortado), registra a evolução do Rift Intracontinental ou Aulacógeno Aguapeí. A compartimentação sin-sedimentar do aulacógeno foi controlada pelos traços fundamentais do seu embasamento, com um depocentro linear (Zona Central) coincidindo com o Terreno Rio Alegre, e zonas marginais, recobrindo tanto o Terreno Paragua como os terrenos Santa Helena e Jauru. Este a comportamento da cobertura Aguapeí, configura uma típica seqüencia de recobrimento (overlap sequence), transgredindo os limites de terrenos previamente acrescidos pela colagem tectônica que acompanhou o fechamento do Mar Rio Alegre. Constitui assim, o primeiro horizonte litoestratigráfico passível de correlação através dos diferentes terrenos. O preenchimento sedimentar do Aulacógeno Aguapeí se processou em três estágios deposicionais: Rift, Sinéclise e Inversão, rastreados com bastante segurança nas zonas marginais. O exame das litofácies, tendências isópacas e paleocorrentes, permitiram a elaboração de uma síntese paleogeográfica da bacia, iniciando-se pordepósitos regressivos aluviais, deltaicos e estuarinos, passando para um trato de sistemas de mar alto, com lamas marinhas e areias acumuladas em barras de plataforma (tempestitos) ou leques submarinos (turbiditos). O completo consumo dalitosfera oceânica ) Grenville, culminando com a colisão Amazônia-Laurentia em \'DA ORDEM DE\'1.0Ga, se refletiu no aulacógeno por transpressão dextral da zona de sutura subjacente ao seu depocentro, ali deformando, metamorfizando e ressedimentando osdepósitos dos estágios Rift e Sinéclise. Este estágio deposicional, denominado de Inversão, é marcado pela continentalização da bacia, deposição em sistemas aluviais e dunas eólicas, exibindo nítida inversão do sentido das paleocorrentes em relação aos estágios precedentes. A deformação da Bacia Aguapeí registra o encerramento do regime de colisões do Ciclo Grenville no Mesoproterozóico no sul do Cráton Amazônico e a amalgamação final do Supercontinente Rodínia há cerca de 1.0Ga. O reflexo deste evento tectônico está registrado principalmente ao longo da Zona Central do aulacógeno, onde se alinharam as principais ocorrências auríferas da região, alojadas em uma diversidade de trapas estruturais/estratigráficas, criadas durante a deformação Sunsa e que mineralizaram tanto os metassedimentos Aguapeí como seu embasamento. / The Aguapeí Aulacogen is a megastructure originated by intracontinental rifting of the southern portion of Amazon Craton during the late Mesoproterozoic (1.2-1.0Ga ). Its subtransversal position in relation to the Sunsas Colisional Orogen and its sedimentary, metamorphic and tectonic evolution makes it very similar to basins of same nature, both in formation ( east african rifts ) as well as with paleorifts as evidenced in the geological record of all continents, especially after the consolidation of the first cratonic blocks of great extension in the end of Archean (2.5Ga ) . The basement of Aguapeí Aulacogen is formed by amalgamation of different tectonostratigraphic terranes, composed of metamorphic complexes of Paleoproterozoic age (> 1.6Ga ) and intrusives with different ages and nature. On the basis of petrological, geochemical, radiometric and geophysical data, the evolution of this basement is related to the acretion of three terranes to the southern portion of Amazonian Paleoplate: (i) Jauru; (ii) Santa Helena; (iii) Paragua; (iii) Rio Alegre and; ( v) San Pablo terranes The Jauru Terrane was generated by the assembly of intraoceanic island arc of Peleoproterozoic age ( ~1.9Ga ), affected by intense calc-alcaline granitogenesis between 1.5- 1.4Ga and by toleitic intraplate magmatism of Rio Branco ( 1.4Ga ). The Santa Helena Terrane constitutes a piece of a cordilheran arc, composed by granites to tonalites formed at 1.45Ga. The Rio Alegre Terrane constitutes a basic-ultrabasic, efusive and plutonic igneous suite associated with chemical metasediments showing evidence of allocthonous positioning across the milonitic lineament that mark the collision suture between the Santa Helena and Paragua terranes. It\'s interpreted as an oceanic litosphere remain emplaced by obduction along this limit. The Paragua Terrane has a basement composed by gnaiss-granulitic complexes ( Chiquitania and Lomas Maneches ) and essentialy metasedimentary supracrustals ( San Ignacio ) invaded at l.3Ga by the intense calc-alkaline ganitogenesis of Pensamiento Batolite. The San Pablo Terrane records probably a cordilheran magmatic arc evolution, acreted to the southern portion of Amazon during the Colisional Sunsas Orogeny (1.0Ga). The Aguapeí Basin start its development by distentional reactivation of the southern portion of Amazonian Craton, with two arms of a triple junction evolving to a divergent plate limit ( Sunsas Passive Margin ). The third arm of the triple junction ( failed arm ), records the evolution of a Intracontinental Rift ( the Aguapeí Aulacogen ) The sinsedimentary compartimentation of the aulacogen was controlled by the fundamental traces of its basement with a linear depocenter ( Central Zone ) coinciding with the Rio Alegre Terrane and marginal zones ,covering both the Paragua as the Santa Helena and Jauru terranes . This behaviour of Aguapeí cover, configurates a typical overlap sequence, transgressing the limits of previously acreted terranes by tectonic colage that had follow the Rio Alegre Sea closing. It constitutes in this manner, the first lithoestratigraphic horizon passible of correlation across the different terranes. The depositional sequence is maked of three distinct episodes ( Rift, Sineclesis and Inversion ), which are well recognized in the marginal zones. The lithofacies, isopach and paleocurrents analyses permited the elaboration of a paleogeographic syntesis of the basin starting with a regressive sequence of alluvial, deltaic and estuarine deposits (Graben Facies) passing up to a highstanding system tract with marine muds and sands deposited on offshore bars and submarine fans (turbidites). The definitive consume of the Grenville Ocean endding with the Amazonia-Laurentia collision at 1.0Ga was reflected on the aulacogen by dextral transpression of the suture zone underliyng its depocenter with deformation, metamorphism and resedimentation of the deposits of the Rift and Syneclesis stages. The continentalization of the basin in this stage is marked principaly in the marginal zones, by deposition of coarse clastics in an alluvial fans, braided rivers and eolian dunes system (Molassic Facies), exibiting a inversion of the paleocurrents directions from SE to NW (Inversion Stage). The Aguapeí Basin deformation records the end of Grenvillian collisional regime in the southern portion of Amazon Craton and the final assembly of Rodinia at 1.0Ga. This tectonic event is recorded principally along the Central Zone of the aulacogen, where was concentrated the principal auriferous ocurrences of the region emplaced in diverse stratigraphic-structural traps generated during the Sunsas deformation and which was mineralized both the Aguapeí metasediments and its basement.
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Evolução ambiental da Bacia do Paraná durante o Neopermiano no leste de Santa Catarina e do Paraná / Not available.Rohn, Rosemarie 07 March 1995 (has links)
A presente tese aborda a lito-, crono- e bioestratigrafia do Grupo Passa Dois, particularmente das formações Teresina e Rio do Rasto (membros Serrinha e Morro Pelado), visando interpretar a história ambiental e deposicional da Bacia do Paraná durante o Neopermiano. Os resultados fundamentam-se nos dados paleontológicos e litofaciológicos levantados ao longo de 16 estradas nos estados do Paraná e de Santa Catarina, e nas análises de testemunhos e de perfis geofísicos de poços situados no leste da bacia. Foram descritas 32 litofácies e discutidos, de modo sucinto, os possíveis Processos deposicionais e os prováveis paleoambientes de origem. A distribuição espacial de 13 espécies de bivalves da Formação Teresina (46 assembléias; 8 tafofácies) e 17 espécies da Formação Rio do Rasto (125 assembléias; 7 tafofácies) substancia a redefinição das zonas Pinzonella neotropica, Leinzia similis e Palaeomutela? platinensis e da Subzona Nothoterraia acarinata-Relogiicola delicata. Na área estudada, também ocorrem elementos das zonas Barbosaia angulata-Anhembia froesi e Pinzonella illusa, estabelecidas originalmente para depósitos das formações Serra Alta e Corumbataí no Estado de São Paulo. Entretanto, seu registro escasso inviabiliza ampliar formalmente a abrangência geográfica dessas zonas. Megafósseis vegetais são registrados em 14 afloramentos da Formação Teresina e em 133 afloramentos da Formação Rio do Rasto (no total, 8 tafofácies). São propostas as zonas Lycopodiopsis derbyi, Sphenophyllum paranaense e Schizoneura gondwanensis. Entre as duas primeiras zonas existe \"um intervalo florístico pobremente representado\" (informal), que deve refletir as mudanças ambientais ocorridas na transição entre as formações Teresina e Rio do Rasto. Sphenophyllum é um gênero seguramente permiano. A zona S. paranaense é a mais diversificada (abundantes glossopterídeas, filicíneas, pteridófilas, esfenófitas, entre outras). A Zona S. gondwanensis já atesta relativo declínio da vegetação, provavelmente por condições climáticas mais secas, com sobrevivência praticamente apenas das esfenófitas e de outros vegetais que ocupavam as margens dos corpos aquosos. De modo geral, as tafofloras estudadas são mais pobres que as coevas do Gondwana, sugerindo maior aridez na região da Bacia do Paraná. São conhecidas 13 espécies de conchostráceos na Formação Rio do Rasto e, através das novas investigações, o número de ocorrências elevou-se para 136 (192 assembléias; 9 tafofácies). Os conchostráceos evidenciam baixa salinidade da água e coadunam com a interpretação de condições climáticas relativamente secas. Ouanto à bioestratigrafia, são redefinidas as zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata, Paranaleaia supina (incluindo a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"intervalo final\". Representantes da Família Leaiidae, encontrados quase até o topo da formação, constituem forte evidência da idade permiana. Os depósitos das formações Serra Alta, Teresina e Rio do Rasto foram Correlacionados e subdivididos em 11 intervalos de conotação cronoestratigráfica. Após a deposição da Formação lrati (unidade basal do Grupo Passa Dois), voltaram a ocorrer algumas grandes transgressões-regressões na Bacia do Paraná, condicionadas possivelmente pela tectônica global e pelas variações da pluviosidade. Os depósitos registram predominantemente as fases regressivas. Próximo à paleoborda da bacia (região de Santo Antônio da Platina), a coluna sedimentar está mais incompleta e há maior abundância de rochas calcíferas. Porém o caráter epicontinental muito raso da bacia resultou na preservação de fácies bastante similares entre as margens e as porções mais centrais, mascarando as grandes discordâncias provavelmente existentes ao longo da sucessão. A Formação Serra Alta representa o primeiro grande ciclo transgressivo-regressivo. A parte inferior da Formacão Teresina, correlacionável à Zona P.illusa da Formação Corumbataí no Estado de São Paulo, corresponde ao final dessa regressão. Nesse intervalo, pode ter subsistido alguma comunicação com a Bacia do Karoo, porém não mais com o oceano. Os raros fósseis que evocam paleoambiente \"marinho\" devem ser descendentes de organismos marinhos euritópicos bem mais antigos, a exemplo do que se observa atualmente no Mar Cáspio. Provavelmente incidiram fases de grande aridez durante a deposição da Formação Teresina que propiciaram o desenvolvimento de carbonatos nas margens do \"lago-mar\"; esses carbonatos comumente eram retrabalhados e transportados para áreas mais centrais da bacia, por fluxos induzidos por tempestades. A ampla distribuição geográfica de Pinzonella neotropica permite concluir que novas subidas do nível de base causaram inundações em grandes áreas (por exemplo, até o extremo nordeste do Estado de São Paulo e o Paraguai). O último ciclo transgressivo-regressivo reconhecido para a Formação Teresina deve ter sido controlado por acentuado aumento da pluviosidade. Nessa fase houve extinção dos bivalves da Zona P.neotropica, provavelmente causada por diminuição da salinidade. O Membro Serrinha registra ambiente deposicional lacustre raso, com grande aporte de areia através das desembocaduras dos rios e frequente retrabalhamento dos depósitos por ondas de tempestade. A reexpansão dos limites deposicionais da bacia, a dulcificação da água, a escassez dos carbonatos, as modificações da fauna e o melhor desenvolvimento da flora atestam condições climáticas mais úmidas. Não obstante a maior pluviosidade, devem ter ocorrido alguns grandes ressecamentos da bacia, manifestando-se principalmente pelas novas substituições das malacofaunas e pelo aparecimento de fácies eólicas e fluviais. O Membro Morro Pelado é caracterizado pelas evidências do crescente aumento da aridez. São comuns sucessões litológicas cíclicas (10-30 m de espessura) que devem representar a rápida progradação de barras de desembocadura após ligeiras subidas do nível de base (relacionadas a recorrências de clima um pouco mais úmido); no topo das sucessões cíclicas, são encontrados depósitos fluviais e/ou eólicos e superfícies de erosão. Algumas discordâncias intraformacionais, especialmente na região de Cândido de Abreu, indicam quedas do nível de base mais acentuadas, possivelmente relacionadas a alguma instabilidade tectônica. A Formação Pirambóia deve representar o apogeu da aridização, podendo ter iniciado a sua deposição no norte da bacia, enquanto ainda se acumulava a Formação Rio do Rasto nas porções mais centrais. Ponderando vários dados paleontológicos e informações de caráter global do Gondwana, a Formação Teresina provavelmente é kazaniana e a Formação Rio do Rasto, na área de afloramentos, é tatariana. / This thesis deals with litho-, crono- and bioestratigraphiy of the Passa Dois Group, particularly of the Teresina and Rio do Rasto Formations (Serrinha and Morro Pelado Members) in order to interpret the environmental/sedimentary history of the Paraná Basin during the Neopermian. The results are supported by paleontological and lithofaciological data, including the description of 32 lithofacies, collected along 16 roads in the states of Paraná and Santa Catarina, as well as by analyses of drill-cores and geophysical logs of boreholes situated in the eastern part of the basin. The spacial distribution of 13 species of bivalves of the Teresina Formation (46 assemblages; 8 taphofacies) and 17 species of the Rio do Rasto Formation (125 assemblages; 7 taphofacies) supports the redefinition of the Pinzonella neotropica, Leinzia simillis and Palaeomutela? zones, and of the Nothoterraia acarinata-Relogiicola delicata Subzone. ln the studied area, there are also representatives of the Barbosaia angulata-Anhembia froesi and Pinzonella illusa zones, originally established for deposits of the Serra Alta and Corumbataí Formations in the State of São Paulo, yet its sparse occurrence does not allow formal amplification of the geographic area of these zones. Plant megafossils are registered in 14 outcrops of the Teresina Formation and in 133 outcrops of the Rio do Rasto Formation (for a total of 8 taphofacies). The Lycopodiopsis derbyi, Sphenophyllum paranaense and Schizoneura gondwanensis zones are here revised. Between the first two zones there exists a poorly represented, informal floristic \"interval\", which must reflect environmental changes that occurred in the transition between the Teresina and Rio do Rasto formations. Sphenophyllum is certainly a Permian genus. The S. paranaense zone is the most diversified (abundant glossopterids, ferns, sphenopsids, among others). The S. gondwanensis zone already shows a relative decline in díversity, probably because of drier climatic conditions, with survival of practically only the sphenopsids and other plants that occupied the margins of aqueous environments. ln general, the studied taphofloras are poorer than other coeval Gondwana examples, suggesting drier conditions for the Paraná Basin region. Thirteen species of conchostracans are known in the Rio do Rasto Formation, and through new investigations, the number of occurrences has increased to 136 (192 assemblages; 9 taphofacies). The conchostracans comprise evidence of low salinity of water and support the interpretation of relatively dry climatic conditions. The Cyzicus sp., Monoleaia unicostata, Paranaleaia supine zones (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and a \"final interval\" are redefined. Representatives of the Leaiidae Family, found until almost the top of the formation, constitute strong evidence for a Permian age. The deposits of the Serra Alta, Teresina and Rio do Rasto Formations were correlated and subdivided into 11 chronostratigraphic intervals. After deposition of the lrati Formation (basal unit of the Passa Dois Group), great transgressionsregressions started again in the Paraná Basin, possibly controlled by global tectonics and by variations in rainfall. The deposits document predominantly the regressive phases. Close to the paleo-margin of the basin (Santo Antônio da Platina region), the sedimentary record is more incomplete and there is a greater abundance of calcite bearing rocks. Even so, the epicontinental, very shallow character of the basin resulted in the preservation of very similar facies from the margin to the center, masking the great unconformities which probably exist throughout the succession. The Serra Alta Formation represents the first great transgressive-regressive cycle. The lower part of the Teresina Formation, equivalent to the P.illusa Zone of the Corumbataí Formation in the State of São Paulo, corresponds to the end of this regression. During this time, there may have been some aquatic communication with the Karoo Basin, but not with a true marine environment. The rare fossils of \"marine\" affinities must be descendants of much older eurytopic marine organisms, such as some invertebrates today in the Casplan Sea. There probably were phases of great aridity during the deposition of the Teresina Formation leading to the deposition of carbonates at the margins of the \"sea-lake\"; these carbonates commonly were reworked and transported to more central areas of the basin by storm-induced currents. The broad geographical distribution of Pinzonella neotropica indicates that new rises in water level caused inundation of great areas of the margin of the basin (for example, as far as the extreme northeast of the São Paulo State and Paraguay). The last transgressive-regressive cycle recognized for the Teresina Formation must have been controlled by a marked increase in rainfall. The extinction of bivalves of the P.neotropica zone, was probably caused by decreasing salinities. The Serrinha Member records a shallow lake environment, with a great input of river-mouth sand and frequent reworking of the deposits by storm waves. The new expansion of the sedimentary limits of the basin, the decreasing salinity of the water, the lack of carbonates, the modifications of the fauna and the greater diversity of the flora attest to more humid climatic conditions during deposition of this formation. ln spite of the greater rainfall, drops in great lake level must have occurred, as indicated mainly by new changes in the bivalve faunas and by the first occurrences of eolian and fluvial facies. The Morro Pelado Member is characterized by evidences of progressive desertification. Cyclic upward-thickening and -coarsening successions are common (10-3O m thick) which must represent progradation of mouth bars after small rises in water level (related to short intervals of slightly more humid climate); at the top of the cyclic successions, are observed fluvial and/or eolian deposits and erosion surfaces. Some intraformational unconformities in the upper portions of the formation, especially in the Cândido de Abreu region, indicate major lowering of the relative base level, possibly caused by tectonic instability. The Piramboia Formation must represent the climax of aridization, and its deposition may have begun in the northern part of the basin while the Rio do Rasto Formation was still accumulating in the more central portions. Much of the paleontological data collected, together with other information concerning Gondwana, suggest that the Teresina Formation is probably of Kazanian age, and the Rio do Rasto Formation, where exposed, is of Tatarian age.
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